"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Para quem imagina que a mídia brasileira “pirou”, pense outra vez. A fúria da direita estadunidense:

Por Vi o mundo - http://www.viomundo.com.br/
Obama, inimigo dos Estados Unidos, governa tomado por espírito de bêbado e polígamo

Para quem imagina que a mídia brasileira “pirou”, pense outra vez. Depois dos anos 80, quando houve uma espécie de coalizão entre os grandes grupos midiáticos e a sociedade civil brasileira — culta, limpinha e moradora no eixo Rio-São Paulo –, as empresas de mídia cresceram durante os dois mandatos de FHC, incorporaram novos negócios e transformaram o jornalismo, acima de tudo, em um veículo para defender seus próprios interesses políticos e econômicos, fazendo isso quase sempre sob o manto da defesa do “interesse público”.

A Folha de S. Paulo, neste momento, por exemplo, busca reconquistar legitimidade defendendo a liberdade de expressão que não foi ameaçada, em nosso nome!

Não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. Vejam esse ataque a Barack Obama, na revista Forbes, que está causando grande polêmica nos Estados Unidos. É uma “formulação” intelectual calcada no preconceito, na ignorância e na xenofobia — três coisas nas quais a direita é especialista em qualquer parte do mundo. Uma coleção de anedotas que termina com uma espécie de ritual satânico:
 
Como Obama pensa

por Dinesh D’Souza, na revista Forbes

Barack Obama é o presidente mais anti-iniciativa privada em uma geração, talvez na história dos Estados Unidos. Graças a ele a era do grande governo está de volta. Obama acumula dívidas para o contribuinte não em bilhões, mas em trilhões. Ele expandiu o controle do governo federal sobre os financiamentos da casa própria, os bancos de investimentos, serviços de saúde, setor automobilístico e energia. O Weekly Standard (Nota do Viomundo: Bíblia dos neocons estadunidenses) resume o estilo Obama como onipotência em casa, impotência fora.

As ações do presidente são tão bizarras que elas confundem tantos os críticos quanto os apoiadores. Considerem esta manchete na edição de 18 de agosto de 2009 do Wall Street Journal:”"Obama apoia a exploração de petróleo no mar”. Você leu corretamente? Sim. O governo apoia a exploração no mar — mas no mar da costa do Brasil. Com o apoio de Obama, o Banco de Importações-Exportações dos Estados Unidos ofereceu empréstimos e garantias de 2 bilhões de dólares para a empresa estatal brasileira Petrobras financiar a exploração na bacia de Santos, perto do Rio de Janeiro — assim o petróleo não virá para os Estados Unidos. Ele está financiando a exploração brasileira para que o petróleo continue no Brasil.

Mais comportamento estranho: o discurso de Obama no dia 15 de junho de 2010 em resposta ao vazamento de petróleo no Golfo não focou as estratégias de limpeza mas o fato de que os estadunidenses “consomem mais de 20% do petróleo do mundo mas tem menos de 2% das reservas”. Obama continuou falando sobre “o vício de um século dos Estados Unidos em combustíveis fósseis”. Mas o que tem isso a ver com o vazamento de petróleo? Teria sido a calamidade um problema menor se os americanos consumissem meros 10% dos recursos do mundo?
 
As estranhezas vão em frente. O governo Obama declarou que mesmo os bancos que quiserem pagar tudo o que emprestaram do governo [durante a crise financeira] precisam pedir permissão para fazê-lo. Apenas depois que a equipe de Obama no Tesouro submeter o banco a um “teste de stress” ele pode devolver o dinheiro emprestado dos contribuintes. Mesmo assim, declarou o secretário do Tesouro Tim Geithner, o governo pode forçar os bancos a ficar [mais tempo] com o dinheiro.

O presidente continua a defender um pacote de estímulo ainda que centenas de bilhões de dólares em fundos utilizados tenham tido pouco efeito. A taxa de desemprego quando Obama assumiu o poder em janeiro de 2009 estava em 7,7%; agora, está em 9,5%. Ainda assim ele quer gastar mais e quer colocar a conta nas costas dos americanos que ganham mais de 250 mil dólares por ano. Os ricos, Obama insiste, não estão pagando a “fatia justa”. Isso parece estranho já que 1% dos americanos mais ricos pagam 40% de todos os impostos de renda federais; os próximos 9% pagam outros 30%. Os 10% de cima pagam 70% dos impostos; os 40% de baixo não pagam quase nada. Isso de fato nos parece injusto — para os ricos.

A política externa de Obama não é menos estranha. Ele apoia a construção de uma mesquita de 100 milhões de dólares que deve ser construída perto do lugar no qual terroristas derrubaram o World Trade Center em nome do islã. A razão de Obama, de que “nosso compromisso com a liberdade religiosa é inquebrantável” parece irrelevante para a proposta de construir a Cordoba House perto do Marco Zero.

Recentemente o Times de Londres informou que o governo Obama apoiou a liberdade condicional de Abdel Baset al-Megrahi, o terrorista de Lockerbie condenado pela morte de 270 pessoas, a maioria de americanos. Isso chamou a atenção porque quando a Escócia soltou Megrahi da prisão e o mandou de volta para a Líbia em agosto de 2009 o governo de Obama protestou pública e apropriadamente. O Times, no entanto, obteve um documento que o governo Obama mandou para a Escócia uma semana antes do evento, no qual disse que soltar Megrahi “por motivos de compaixão” era aceitável desde que ele fosse mantido na Escócia e que isso era “preferível” a mandá-lo de volta para a Líbia. As autoridades escocesas interpretaram como se as objeções dos Estados Unidos à soltura de Megrahi não fossem para valer. Elas soltaram Megrahi para seu país de origem, onde ele vive hoje como um homem livre.
 
Mais uma anomalia: alguns meses atrás o chefe da NASA Charles Bolden anunciou que de agora em diante a missão primária da agência espacial americana seria melhorar as relações com o mundo muçulmano. Como é que é? Bolden disse que recebeu ordem direta do presidente. “Ele queria que eu encontrasse uma forma de aproximação com o mundo muçulmano, para que nos engajássemos com as nações majoritariamente islâmicas e eles se sentissem bem quanto às contribuições históricas do islã à Ciência, à matemática e à engenharia”. Bolden acrescentou que a Estação Espacial Internacional era o modelo para o futuro da NASA, já que não era apenas uma operação dos Estados Unidos mas inclui russos e chineses. A nova direção dada por Obama causou consternação na agencia, de ex-astronautas como Neil Armstrong e John Glenn e mesmo entre apoiadores do presidente. A maioria das pessoas pensa que o papel da NASA é fazer pousos na lua e em Marte e explorar outros destinos longínquos. Com certeza todos nós somos pela autoestima dos muçulmanos, mas o que o Obama quer nesse caso?
 
Há muitas teorias para explicar as ações e os objetivos do presidente. Os críticos na comunidade de negócios — inclusive alguns eleitores de Obama que agora se arrependem de seus votos — tendem a focar em dois temas principais. O primeiro é que Obama nada sabe sobre o mundo dos negócios. O segundo é que Obama é socialista — não um marxista, mas um socialista do estilo europeu, com uma queda por redistribuição de renda governamental.
 
Essas teorias não estão erradas, mas inadequadas. Mesmo que pudessem dar conta da política doméstica de Obama, não explicam sua política externa. O problema real com Obama é pior — muito pior. Mas ficamos cegos sobre sobre sua agenda real porque, em todo o espectro político, procuramos enquadrá-lo em alguma versão da história dos Estados Unidos. No processo, ignoramos a própria história de Obama. Aqui está um homem que passou seus anos formativos — os primeiros 17 anos de vida — fora do território continental dos Estados Unidos, no Havaí, na Indonésia e Paquistão, como jornadas múltiplas subsequentes à África.

Uma forma simples de discernir o que motiva Obama é fazer uma pergunta simples: Qual é o sonho dele? É o sonho americano? É o sonho de Martin Luther King? Ou é outra coisa?
 
Não é certamente o sonho americano como concebido pelos fundadores [dos Estados Unidos]. Eles acreditavam em uma nação como “uma nova ordem para séculos”. Meio século depois Alexis de Tocqueville escreveu que os Estados Unidos criavam “uma espécie distinta da Humanidade”. Isso é conhecido como o excepcionalismo dos Estados Unidos. Mas quando perguntado sobre isso em uma entrevista coletiva em 2009, se ele acreditava neste ideal, Obama disse não. Os Estados Unidos, ele sugeriu, não são mais únicos ou excepcionais que o Reino Unido, a Grécia ou qualquer outro país.

Talvez, então, Obama tenha o mesmo sonho de Martin Luther King, de uma sociedade cega para a cor da pele. O presidente tirou proveito deste sonho; ele fez campanha como um candidato não-racial e muitos americanos votaram nele porque ele representa esse ideal. Mesmo assim, o sonho de King não é o de Obama: o presidente nunca defende a ideia de neutralidade racial. Essa falta de ação não é meramente tática; a questão racial simplesmente não é o que impulsiona Obama.
 
Qual é, então, o sonho de Obama? Não precisamos especular porque o presidente nos diz em sua autobiografia, Dreams From my Father. De acordo com Obama, o sonho dele é o sonho do pai dele. Notem que o título não diz “Sonhos de meu pai”, mas sonhos “Sonhos vindos de meu pai”. Obama não escreve sobre os sonhos do pais dele; ele escreve sobre os sonhos que recebeu do pai.

Então, quem era Barack Obama Sr.? Era um homem da tribo Luo que cresceu no Quênia e estudou em Harvard. Era um polígamo que, no curso de sua vida, teve quatro mulheres e oito filhos. Um de seus filhos, Mark Obama, acusou o pai de bater na mulher. Ele também era um alcoólatra que se envolveu em vários acidentes, matando um homem e fazendo com que suas próprias pernas fossem amputadas devido a ferimentos em outro acidente. Em 1982 ele se embebedou em um bar de Nairobi, bateu numa árvore e se matou.
 
Uma escolha estranha, certamente, para um herói. Mas para o filho, o velho Obama representava uma causa grande e nobre, a causa do anticolonialismo. Obama pai cresceu durante a luta da África para se tornar livre da colonização europeia e ele foi um dos integrantes da primeira geração de africanos escolhidos para estudar nos Estados Unidos e depois dar direção ao futuro do país [Quênia].
 
Sei muito sobre o anticolonialismo porque nasci em Mumbai, na Índia. Sou parte da primeira geração nascida depois da independência de meu país do Reino Unido. O anticolonialismo era a palavra de ordem da política no Terceiro Mundo pela maior parte da segunda metade do século 20. Para a maioria dos norte-americanos, no entanto, o anticolonialismo é uma ideia pouco familiar, assim deixem-me explicar.
 
Anticolonialismo é a doutrina pela qual os países ricos do Ocidente enriqueceram ao invadir, ocupar e pilhar os países pobres da Ásia, África e América do Sul. Como um dos que influenciaram intelectualmente Obama, Frantz Fanon, escreveu em The Wretched of the Earth, “o bem estar e o progresso da Europa foram construídos com o suor e os corpos de negros, árabes, hindus e gente das raças amarelas”.

Os anticolonialistas dizem que mesmo os países que garantem independência política podem se tornar economicamente dependentes de seus exploradores. Essa dependência é chamada neocolonialismo, um termo definido pelo estadista africano Kame Nkrumah (1909-72) em seu livro Neocolonialismo: O último estágio do imperialismo. Nkrumah, o primeiro presidente de Gana, escreveu que os países pobres são nominalmente livres, mas que continuam a ser manipulados de longe por poderes corporativos e elites plutocráticas. Essas forças do neocolonialismo oprimem não apenas o povo do Terceiro Mundo mas também cidadãos em seus próprios países. Obviamente a solução é resistir e derrubar os opresssores. Esta era a ideologia anticolonial de Barack Obama Sr. e de muitos de sua geração, incluindo muitos de meus parentes na Índia.
 
Obama pai era um economista e, em 1965, publicou um artigo importante no East Africa Journal chamado “Problemas diante de nosso socialismo”. Obama pai não era um socialista doutrinário; em vez disso, ele via a apropriação dos meios de produção pelo estado como uma forma necessária para atingir o objetivo anticolonial — tirar recursos dos estrangeiros e restaurá-los para o povo da África. Para Obama pai era uma questão de aut0nomia nacional. “É o africano que tem posse do país? Se sim, por que ele não deveria controlar os meios econômicos de crescimento deste país?”.

Como ele escreveu, “precisamos eliminar as estruturas de poder que foram construídas através da excessiva acumulação de riqueza, de forma que poucos indivíduos controlem a grande magnitude de recursos, como é o caso agora”. Obama pai propôs que o estado confiscasse terras privadas e aumentasse impostos para os mais ricos. Na verdade, ele insistiu que “teoricamente não há nada que possa evitar que o governo cobre 100% de impostos, desde que as pessoas recebam benefícios do governo equivalentes à renda taxada”.
 
Surpreendentemente, o presidente Obama, que conhece a história do país muito bem, nunca mencionou esse artigo dele. Ainda mais surpreendente é que não há virtualmente notícia de um documento que parece diretamente relevante ao que Obama junior está fazendo na Casa Branca.

Enquanto Obama pai pedia que a África se tornasse livre da influência neocolonial da Europa e especificamente do Reino Unido, ele sabia quando veio para os Estados Unidos em 1959 que o equilíbrio de poder estava mudando. Mesmo então, ele reconheceu o que se tornou um novo parâmetro da ideologia anticolonial: o líder neocolonial de hoje não é a Europa, mas os Estados Unidos. Como o teórico palestino Edward Said — ele foi um dos professores de Obama na Universidade de Columbia — escreveu sobre cultura e imperialismo, “os Estados Unidos substituiram os grandes impérios e são a força dominante”.
Da perspectiva anticolonial, o imperialismo americano está no ataque. Por um tempo, o poder dos Estados Unidos estava em cheque diante da União Soviética, mas desde o fim da guerra fria os Estados Unidos são o único superpoder. Além disso, o 11 de setembro forneceu a ocasião para que os Estados Unidos invadissem e ocupassem dois países, o Irã e o Afeganistão, além de buscar o mesmo domínio político que os impérios francês e britânico tiveram um dia. Na visão anticolonial, os Estados Unidos são o elefante que subjuga e pisa sobre os povos do mundo.

Pode parecer incrível sugerir que a ideologia anticolonial de Barack Obama pai é a mesma do filho, o presidente dos Estados Unidos. É o que estou dizendo. Desde os primeiros anos de vida e nos anos formativos, Obama aprendeu a ver os Estados Unidos como uma força da dominação e destruição global. Ele passou a ver os militares americanos como instrumento de ocupação neocolonial. Ele adotou as posições do pai de que o capitalismo e os mercados livres são palavras-código para a pilhagem econômica. Obama cresceu para entender os ricos como uma classe opressiva, uma espécie de poder neocolonial dentro dos Estados Unidos. Em sua visão de mundo, o lucro é uma medida de quanto eficaz você foi furtando o resto da sociedade e o poder dos Estados Unidos no mundo é a medida de quanto o país consome dos recursos do globo e como ameaça domina o resto do planeta.

Para Obama, as soluções são simples. Ele precisa trabalhar para acabar com o neocolonialismo nos Estados Unidos e no Ocidente. E aqui é onde nosso entendimento do anticolonialismo de Obama realmente decola, porque fornece uma chave vital para explicar não só suas principais ações políticas mas também os pequenos detalhes, de forma que nenhuma outra teoria consegue.
Por que apoiar a exploração de petróleo na costa do Brasil e não nos Estados Unidos? Obama acredita que o Ocidente usa uma fatia desproporcional dos recursos de energia do mundo, então ele quer que os Estados Unidos neocoloniais tenham menos e os países que foram colonizados tenham mais. Mais amplamente, sua proposta de impostos sobre o carbono tem pouco a ver com o fato do planeta se tornar mais frio ou quente; é mais uma forma de penalizar e, assim reduzir, o consumo de carbono dos Estados Unidos. Tanto quando era senador como agora, em seu discurso como presidente nas Nações Unidas, Obama propôs que o Ocidente subsidie maciçamente a produção de energia em países em desenvolvimento.
Rejeitando a fórmula socialista, Obama não demonstrou a intenção de nacionalizar os bancos de investimento ou o setor de saúde. Em vez disso, ele procura descolonizar essas instituições e isso significa colocá-las sob coleira governamental. É por isso que Obama retém o direito de se negar a receber os pagamentos dos bancos — para manter controle sobre eles. Para Obama, as companhias de seguro de saúde são golpistas opressivas, mas assim que elas se submeteram ao controle federal ele ficou feliz em fazer negócios com elas. Ele até prometeu expandir os negócios como resultado de uma lei que força todo americano a comprar apólices de seguro.

Se Obama é parte da mesma cruzada anticolonial de seu pai, isso explicaria porque ele quer que pessoas que já pagam perto de 50% de sua renda em impostos paguem ainda mais. O anticolonialista acredita que desde que os ricos prosperaram às custas dos outros, a riqueza deles na verdade não pertence a eles; desta forma o que quer que for extraído deles é automaticamente justo. Relembrem o que Obama pai disse em seu artigo de 1965: não há impostos muito altos, e mesmo uma taxa de 100% é justificada sob certas circunstâncias.
Obama apoia a mesquita no Marco Zero porque para ele o 11 de Setembro é um evento que libertou o monstro americano e nos levou ao Iraque e ao Afeganistão. Ele vê alguns dos muçulmanos que estão lutando contra os Estados Unidos como resistentes ao imperialismo americano. Certamente foi assim que o terrorista de Lockerbie Abel Baset al-Megrahi se via em seu julgamento. A percepção de Obama de Megrahi como um integrante da resistência anticolonial explicaria porque ele deu apoio tácito para que o assassino de centenas de americanos fosse libertado da prisão.
Finalmente, a NASA. Nenhuma explicação que não o anticolonialismo faz sentido para o curioso “mandato” que Obama deu para converter a agência espacial numa agência para relacionamento com os muçulmanos e o mundo. Podemos ver como nossa teoria está certa relembrando o pouso da Apollo 11 em 1969. “Um pequeno passo para o homem”, Neil Armstrong disse. “Um salto gigantesco para a Humanidade”.
 
Mas não foi o que o resto do mundo viu. Eu tinha 8 anos de idade então e vivia em minha Índia nativa. Eu relembro meu avô dizendo sobre a grande disputa entre os Estados Unidos e a Russia para colocar um homem na lua. Claramente, os Estados Unidos tinham vencido, e se tratou de um salto gigantesco não para a Humanidade, mas para os Estados Unidos. Se Obama tem essa mesma visão, não é de estranhar que ele queira detonar o programa espacial, tirando dele o papel de símbolo da grandeza dos Estados Unidos para transformá-lo em programa mais modesto de relações públicas.

Claramente a ideologia anticolonial de Barack Obama pai ajuda a explicar as ações e as políticas de seu filho no salão oval. E podemos ter dupla certeza da influência de seu pai porque aqueles que conhecem Obama bem testemunham sobre isso. Sua avó Sarah Obama (não é avó real mas uma das outras esposas do pai) disse à Nesweek, “eu olho para ele e vejo as mesmas coisas — ele tem tudo do pai. O filho está fazendo tudo o que o pai queria. Os sonhos do pais ainda estão vivos no filho”.

Em seus próprios escritos Obama enfatiza a centralidade de seu pai não apenas em suas crenças e valores mas em sua própria identidade. Ele chama o seu livro “o registro de uma jornada pessoal, interior — a busca de um filho pelo pai e através daquela busca um sentido para sua vida como um negro americano”. E, de novo, “foi na imagem do meu pai, um homem negro, filho da África, que eu carreguei todos os atributos que buscava para mim”. Embora o pai tenha ficado ausente virtualmente por toda a sua vida, Obama escreve, “a voz de meu pai ainda assim permaneceu límpida, inspiradora, dando ou segurando a aprovação. Você não trabalha suficientemente duro, Barry. Você precisa ajudar na luta de seu povo. Acorde, homem negro!”.

O climax da narrativa de Obama é quando ele vai para o Quênia e chora no túmulo do pai. É arrebatador: “Quando minhas lágrimas finalmente estavam gastas”, ele escreveu, “eu senti a calma sobre mim. Senti que o círculo tinha se fechado. Eu me dei conta que, quem eu era, as coisas que me preocupavam não eram mais uma questão de intelecto ou de obrigação, não mais uma construção de palavras. Vi minha vida nos Estados Unidos — a vida negra, a vida branca, o sentimento de abandono que senti quando criança, a frustração e a esperança que eu tinha testemunhado em Chicago — tudo isso estava conectado a este pequeno pedaço de terra, a um oceano de distância, conectado por mais que acidente de um nome ou cor de minha pele. A dor que senti era a dor de meu pai”.
 
Numa conclusão arrepiante, Obama escreve que “eu sentei no túmulo de meu pai e falei com ele através do solo vermelho africano”. Em certo sentido, através da terra em si, ele faz comunhão com o pai e recebe o espírito do pai. Obama adota a luta do pai, não pela recuperação do corpo, mas abraçando sua causa. Ele decide que, onde Obama pai fracassou, será bem sucedido. O ódio de Obama pai pelo sistema colonial se torna o ódio de Obama Jr.; as tentativas fracassadas do pai de endireitar o mundo definem o objetivo do filho. Através de um rito sacramental na tumba da família, a luta do pai se torna a marca de nascença do filho.

O colonialismo hoje é uma questão morta. Ninguém se preocupa com ele a não ser o homem na Casa Branca. Ele é o último anticolonialista. Economias de mercados emergentes como a China, Índia, Chile e Indonésia resolveram o problema do atraso; eles estão explorando a vantagem competitiva no trabalho e crescem muito mais rapidamente que os Estados Unidos. Se os Estados Unidos pretendem ficar no topo, precisamos competir num ambiente cada vez mais duro.

Mas em vez de nos preparar para o desafio, nosso presidente está preso na máquina de tempo do pai. Incrivelmente, os Estados Unidos estão sendo governados de acordo com os sonhos de um homem da tribo Luo dos anos 50. Este socialista africano, bêbado e promíscuo, que odiava o mundo por negar a realização de seus sonhos anticoloniais, agora define a agenda da Nação através da reencarnação de seus sonhos em seu filho. O filho faz acontecer, mas ele admite que está apenas vivendo os sonhos do pais. O pai invisível fornece inspiração e o filho diligentemente faz o trbalho. Os Estados Unidos hoje são governados por um fantasma.

Dinesh D’Souza, the president of the King’s College in New York City, is the author of the forthcoming book The Roots of Obama’s Rage (Regnery Publishing).

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