"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A "nata" da estupidez humana



O problema do Brasil não é a pobreza. São os pobres


É o que você aprende com a dupla Debi e Lóide. Debi, num programa de televisão, disse que os miseráveis são culpados pelas mortes nas estradas. Quer dizer, metade culpados. A outra metade da culpa é do governo espúrio que deu condições para os miseráveis comprarem um carro.

Carro é para nós, os ricos, para Debi.

Segundo Debi, o miserável motorizado vai para a estrada se distrair porque não suporta a mulher e nem ele a ela. E depois de bater é observado por desgraçados que gostam de ver cadáveres mesmo quando para isso têm que atravessar uma estrada congestionada.

Debi é comentarista da RBS em Santa Catarina.

Debi diz que o miserável compra o carro antes de ler um livro. Hmmm. Ainda bem para quem gosta de livro. Já pensou como ficariam as livrarias com pobres interessados em comprar livros?

Lóide gosta de voar. Mas os aeroportos hoje têm pobres demais, e ele não gosta disso, como escreveu num artigo na Folha de S. Paulo. Não conhecia Lóide. Vi um pouco dele no Google. Pobre Locke, pobre Hume, tão citados por ele para defender o indefensável – o nexo de seus textos.

Debi e Lóide simbolizam a direita brasileira destes dias, na qual têm a companhia de gente como Jabor, Merval Pereira, Reinaldo de Azevedo, Ali Kamel e William Waack.

Na campanha eleitoral, um artigo memorável de Merval culpava os pobres por não serem capazes de entender a gravidade das denúncias contra o governo. Não que as denúncias pudessem ser inconsistentes, não que as explicações pudessem ser incompreensíveis ou nada persuasivas. Não. Os pobres é que não conseguiram apreender o tamanho do drama.

A solução do Brasil não é acabar com a pobreza, para a nova direita da dupla Debi e Lóide e amigos de fé.

É simplesmente acabar com os pobres.



by Paulo Nogueira

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