"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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terça-feira, 20 de novembro de 2012



Aqui o sol não nasce. A fuligem o cobre. Barulhos. Silêncio total. A água foi cortada de novo. No armário, apenas uns pedaços de pão amanhecido. Um pouco de azeite. Barulho. Disparo. Gritos. Choros. Será que a água vai voltar? As crianças e...
stão com fome, comeram a comida. Disparos. Sirenes. Gritos. O hospital está lotado, mas não existe hospital aqui. Não há médicos nem remédios. Os médicos morreram. Funeral do meu tio, funeral do meu primo. O funeral do meu terceiro irmão. Barulho. Vultos pretos cortando o céu. Nuvem de cinza, de pó, de sujeira. O sol da já se pôs, mas nós nem o vimos nascer. Rezamos com fome. Dormimos com fome e com medo para poder esquecer a fome. Nos trazem comida. Há uma grande disputa entre nós. Quem pegará o maior pedaço? Ainda é pouco, mas é o que tem. Não temos banquetes. Temos apenas migalhas para repartir. Passou-se um dia. Chegou a noite. Somos acordados pelos tiros e pela fome. Rezamos a noite. Rezamos em cima de pedras que outrora foram mesquitas. Pedimos por dias melhores. Guardamos o Alcorão na cabeça. Os papéis foram queimados. Amanhã será igual. E depois e depois. Meu nome é Palestina.

CONFISSÕES DE UM TERRORISTA

Ocuparam minha pátria
Expulsaram meu povo
Anularam minha identidade
E me chamaram de terrorista

Confiscaram minha propriedade
Arrancaram meu pomar
Demoliram minha casa
E me chamaram de terrorista

Legislaram leis fascistas
Praticaram odiada apartheid
Destruíram, dividiram, humilharam
E me chamaram de terrorista

Assassinaram minhas alegrias,
Sequestraram minhas esperanças,
Algemaram meus sonhos,
Quando recusei todas as barbarias
Eles...mataram um terrorista.

- Mahmoud Darwish, Poeta Palestino (Poema publicado originalmente em árabe)
 
 
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"Em nome de Deus, o Misericordioso, o Misericordiador!
 
Ó Senhor Nosso, hoje e todos os dias, ergo minhas mãos ao céus e rogo em nome dos nossos irmãos que estão sendo humilhados e mortos na Palestina. 

Ó Senhor Nosso, proteja nossas crianças, proteja nossas mães, proteja nossos idosos e abençoe nossos mártires.
 
Ó Senhor Nosso, Ó Fonte de Paz, conceda a Tua extensa Misericórdia para este povo sofrido, remova o temor de seus corações e encha-os de esperança e fé na Tua senda.
 
Ó Senhor Nosso, Rei do Universo, Soberano do Dia do Juízo, faça com que a justiça se cumpra e os opressores sejam destituídos de seus cargos e que paguem pela corrupção que estão espalhando na Tua terra. Julgue-os neste e no Outro Mundo, pois, Tú é o melhor dos Juízes, O Justo, e por certo, quando Tú julgas não há injustiça e que se arrependam antes que suas almas sejam elevadas e o som da trombeta final seja tocado.
 
Ó Senhor Nosso, O que tudo vê, restitua o direito do órfão, o direito da viúva e o direito da jovem cujo corpo foi corrompido por mãos sangrentas e impiedosas.
 
Ó Senhor Nosso, Senhor de Toda a Majestade e o Único merecedor de nossos louvores, remova a coragem do opressor, onde quer que ele esteja. Remova sua prepotência e encha o coração negro deles de medo e temor. E se for da Tua vontade, guia-os de volta a Tua senda, aceite seus pedidos de perdão e coloque-os no exército dos Muslimeen e guie-os rumo ao estabelecimento da Tua Lei na terra.
 
Ó Senhor Nosso, A Luz, eu não sei nada, porém, Tú sabes melhor, Tú és o conhecedor do Oculto e se isto trará a vitória no Outro Mundo, para o nosso povo palestina, rogo que conceda força e coragem aos nossos mártires e fé para nossas famílias para suportar Teu Teste.
 
Somos de Ti e a Ti retornaremos, perdoe nossos pecados e faça-nos compreender e aceitar Teus desígnios com humildade e submissão."
 
Equipe Pérolas do Alcorão




"Em nome de Deus, o Misericordioso, o Misericordiador!

Ó Senhor Nosso, hoje e todos os dias, ergo minhas mãos ao céus e rogo em nome dos nossos irmãos que estão sendo humilhados e mortos na Palestina.

Ó Senhor Nosso, proteja nossas crianças, proteja nossas mães, proteja nossos idosos e abençoe nossos mártires.
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Ó Senhor Nosso, Ó Fonte de Paz, conceda a Tua extensa Misericórdia para este povo sofrido, remova o temor de seus corações e encha-os de esperança e fé na Tua senda.

Ó Senhor Nosso, Rei do Universo, Soberano do Dia do Juízo, faça com que a justiça se cumpra e os opressores sejam destituídos de seus cargos e que paguem pela corrupção que estão espalhando na Tua terra. Julgue-os neste e no Outro Mundo, pois, Tú é o melhor dos Juízes, O Justo, e por certo, quando Tú julgas não há injustiça e que se arrependam antes que suas almas sejam elevadas e o som da trombeta final seja tocado.

Ó Senhor Nosso, O que tudo vê, restitua o direito do órfão, o direito da viúva e o direito da jovem cujo corpo foi corrompido por mãos sangrentas e impiedosas.

Ó Senhor Nosso, Senhor de Toda a Majestade e o Único merecedor de nossos louvores, remova a coragem do opressor, onde quer que ele esteja. Remova sua prepotência e encha o coração negro deles de medo e temor. E se for da Tua vontade, guia-os de volta a Tua senda, aceite seus pedidos de perdão e coloque-os no exército dos Muslimeen e guie-os rumo ao estabelecimento da Tua Lei na terra.

Ó Senhor Nosso, A Luz, eu não sei nada, porém, Tú sabes melhor, Tú és o conhecedor do Oculto e se isto trará a vitória no Outro Mundo, para o nosso povo palestina, rogo que conceda força e coragem aos nossos mártires e fé para nossas famílias para suportar Teu Teste.

Somos de Ti e a Ti retornaremos, perdoe nossos pecados e faça-nos compreender e aceitar Teus desígnios com humildade e submissão."

Equipe Pérolas do Alcorão


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Isso não é guerra é genocídio, contraditoriamente, termo definido por um advogado judeu polonês ao tentar definir o que aconteceu com o povo "israelense":


O termo "genocídio" não existia antes de 1944; ele foi criado como um conceito específico para designar crimes que têm como objetivo a eliminação da existência física de GRUPOS nacionais, étnicos, raciais, e/ou religiosos. Em contraste, "direitos humanos", tais como definidos pela Declararação dos Direitos do Cidadão nos Estados Unidos ou pela Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas de 1948, dizem respeito a direitos INDIVIDUAIS.
Em 1944, Raphael Lemkin (1900-1959), um advogado judeu polonês, ao tentar encontrar palavras para descrever as políticas nazistas de assassinato sistemático, incluindo a destruição dos judeus europeus, criou a palavra "genocídio" combinando a palavra grega geno-, que significa raça ou tribo, com a palavra latina -cídio, que quer dizer matar. Com este termo, Lemkin definiu o genocídio como "um plano coordenado, com ações de vários tipos, que objetiva à destruição dos alicerces fundamentais da vida de grupos nacionais com o objetivo de aniquilá-los". No ano seguinte, o Tribunal Militar Internacional instituído em Nuremberg, Alemanha, acusou os líderes nazistas de haverem cometido "crimes contra a humanidade", e a palavra "genocídio" foi incluída no processo, embora de forma apenas descritiva, sem cunho jurídico.
Em 9 de dezembro de 1948, sob a sombra recente do Holocausto e em grande parte pelos esforços incansáveis de Lemkin, as Nações Unidas aprovaram a Convenção para a Prevenção e Punição de Crimes de Genocídio. Esta Convenção estabeleceu o "genocídio" como crime de caráter internacional, e as nações signatárias da mesma comprometeram-se a "efetivar ações para evitá-lo e puní-lo", definindo-o assim:
Por genocídio entende-se quaisquer dos atos abaixo relacionados, cometidos com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial, ou religioso, tais como:
(a) Assassinato de membros do grupo;
(b) Causar danos à integridade física ou mental de membros do grupo;
(c) Impor deliberadamente ao grupo condições de vida que possam causar sua destruição física total ou parcial;
(d) Impor medidas que impeçam a reprodução física dos membros do grupo;
(e) Transferir à força crianças de um grupo para outro.
Embora muitos casos de violência contra determinados grupos hajam ocorrido ao longo da história, e mesmo após a Convenção haver se tornado válida, o desenvolvimento internacional e jurídico do termo concentra-se em dois períodos históricos distintos: o primeiro, a partir da criação do termo até sua aceitação como lei internacional (1944-1948), e o segundo, desde que ele foi efetivado através do estabelecimento de tribunais para o julgamento de crimes internacionais de genocídio. A prevenção do genocídio, também parte integral da Convenção, é um desafio que nações e indivíduos ainda enfrentam.
Para mais informações, visite a página do Comitê da Consciência, do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos . O mandato do Comitê da Consciência é o de alertar a população, trabalhar junto a legisladores para informá-los sobre o tema, bem como estimular ações mundiais para confrontar e coibir atos de genocídio ou outros tipos de crimes contra a humanidade.

  • Veja aqui o comportamento de pessoas que são difíceis de se relacionar:

    O DISSIMULADO
    Diferente do “impulsivo” que explode, põe a raiva pra fora, depois se acalma e vem conversar como se nada fosse. O dissimulado não é assim. Ele não explode “por fora”. Explode “por dentro”. A palavra correta seria “implode”. Ele mantém tudo guardado dentro de si e arma ciladas para quem não gosta e, o pior, pelas costas para que ninguém perceba que foi ele quem armou para prejudicar aqueles com quem não se simpatiza. Com vários sorrisos à nossa frente, ele é capaz de ser cruel por trás. Geralmente, não costuma ir direto ao ponto, fica dando voltas… Seu tom de voz é meloso, mas se você reparar vai perceber que isso não é natural. É fingido. Sua postura também não é natural. Ele mais parece estar num palco representando um personagem do que participando da vida.

    Existem três maneiras de lidar com o dissimulado.
    Evite fazer parte do seu círculo de relações, mantenha-se bem longe dele.
    Responda suas perguntas com evasivas ou diga que prefere não tocar em assuntos que são só seus. Ele vai insistir um pouco, mas depois desistirá.
    Se o dissimulado tiver que conviver com você, o melhor a fazer é falar sobre ética, responsabilidade mútua, sinceridade. Se perceber alguma artimanha, desmonte-a; se flagrar mentiras, desmascare-as. Tudo com muita calma e muita classe. Ele pode continuar a ser dissimulado, mas vai saber que com você isso não funciona.

    O ARROGANTE
    Fácil de identificar: nariz empinado, expressão de desdém, olha todo mundo por cima, como se fosse um ser superior. Procura manter a voz mansa, controlada. Na verdade, ele usa a arrogância como forma – doentia - de afastar a sua própria insegurança. Acha suas próprias idéias e opiniões muito mais importantes do que as outras pessoas. Pensa que é o centro do universo.

    Como lidar com pessoas assim:
    O arrogante é inseguro e tem auto-estima baixa. Evite discussões, porque isso reforça esses sentimentos e o torna ainda mais arrogante. Quando ele passar dos limites, diga-lhe isso com carinho e firmeza. Peça para reconsiderar sua atitude. Quando sua arrogância estiver em alta, afaste-se o máximo que puder, lembre-se de que esse tipo de comportamento é uma armadura, uma defesa que o arrogante pensa que tem. Perdoe-o por isso. Não se deixe abater por ele.

    O EGOÍSTA
    A gente logo conhece o egoísta: só pensa nele, comporta-se como se fosse a única pessoa do mundo. Não se importa com ninguém, quer sempre levar vantagens a ponto de esquecer a pessoa que está ao seu lado. É também vingativo; acha normal “castigar” aqueles que não se rendem à sua vaidade. Faz isso para humilhar o outro.

    A tática para lidar com pessoas assim é semelhante à do dissimulado.
    Abra o jogo, fale com sinceridade sobre os problemas que encontra em se relacionar com ele. Se mesmo assim não der resultado, aprenda a não se estressar, escute por um ouvido e solte pelo outro. Um dia o egoísta se “toca”.

    O AUTORITÁRIO
    O autoritário faz o possível para esconder suas verdadeiras intenções. Ele demonstra isso na voz e nos gestos; fala alto como se fosse uma pessoa determinada e segura, mas na verdade faz isso para tentar intimidar a pessoa. Os gestos são contidos, poucos e pequenos… não acolhem o outro. Ao contrário, quer impor-lhe um caminho. Só fala a linguagem da imposição. Na verdade, falta confiança nele mesmo e julgar-se acima dos demais lhe dá a ilusão de autoconfiança.

    É importante evitar confrontações com ele. Quando se sentir humilhado e magoado, olhe para a pessoa nos olhos e procure transmitir carinho, simpatia e confiança. Lembre-se de que ele não sabe acolher ninguém. Demonstre compreensão. Mas mostre com palavras e atitudes que o relacionamento seria muito melhor se ele o respeitasse, assim como você o respeita.

    O CONTROLADOR
    O tipo controlador chega com perguntas inocentes, buscando informações para controlar a sua vida. Quando conhece as fraquezas e vulnerabilidade da pessoa, passa a usá-las contra a própria pessoa, pelo simples prazer de exercer o controle. Isso lhe dá o falso sentimento de poder. Ele controla as pessoas somente para “entregá-las” a outras. Não se incomoda de inventar mentiras para prejudicar sua vítima. Como o egoísta, ele pode ser também terrivelmente vingativo.

    Ter pessoas assim por perto é o mesmo que sentir-se vigiado o tempo todo por olhos invisíveis. Não dê importância ao controlador, não reaja. Aja! Faça o que precisa ser feito sem se importar com a vigilância. Não lhe dê informações que ele poderá usar a qualquer momento contra você. Não lhe confie segredos.

    O DOMINADOR
    Essa necessidade de mando revela insegurança íntima, coisa que o dominador jamais reconhecerá. Ele se julga forte, imbatível, quase um semideus. Por esse motivo acha que tem o direito de controlar as pessoas, para que elas façam o que ele quer. Esse tipo gosta de fazer perguntas, tem um ar sedutor e, quando contrariado, mostra sua raiva querendo se impor ainda mais. O dominador não reconhece o outro como possuidor de direitos porque acha que só ele os tem. E convencê-lo do contrário é impossível. É potencialmente destrutivo. Perto dele não há criatividade que floresça nem novas idéias que sejam respeitadas. Você pode fazer o melhor projeto do mundo que ele não reconhecerá as qualidades nem do que você fez nem as suas. É como um túmulo: enterra todas as boas intenções.

    Para lidar com pessoas assim demonstre a sua segurança e o que vale pra você é o modo como você pensa e como age. Não lhe dê importância alguma, não permita que ele o domine. Afinal… você é você e não ele!

    O IRADO (AGRESSIVO)
    São pessoas que não pensam para xingar e agredir, por isso tem muita dificuldade nos relacionamentos. O irado já está com a agressividade à flor da pele; costuma xingar a pessoa de burra, lerda, incapaz, etc. e não se incomoda em dar escândalos em público. Suas relações interpessoais se tornam dificílimas, as palavras gritadas, os exageros, os descontroles, as ameaças contribuem para que as pessoas temam essas reações e por isso procurem não estar onde ele está. Na verdade, elas são capazes de tudo para se sentirem amadas, entretanto são incapazes de permitir esse amor. Por mais que afirmem adorar o temperamento que possuem e se dizem sinceros, autênticos, lamentam muito a conseqüência de cada agressão, de cada ira.

    A melhor maneira de lidar com essas pessoas, é mostrar o contrário daquilo que ela faz. Falar baixo, com calma, ser dócil e compreensivo nos momentos de tumulto, ou discussão, esta é uma maneira inteligente e sábia de agir. Assim, você o ensina “sutilmente” como lidar com certas situações e pessoas, sem precisar xingar, sem ser agressivo, resolvendo tudo no diálogo e compreensão.
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O desafio turco

Quanto mais cautelosa tiver sido a reação dos países árabes — reunidos ontem no Cairo — diante da postura de Recep Erdogan em seu confronto com Israel, mais consequente ela promete ser. Como disse o primeiro-ministro turco, antes de embarcar na segunda-feira para o Cairo, Israel não atua só com crueldade na Faixa de Gaza, mas também com a irresponsabilidade de criança mimada.
Só faltou dizer quem mima a criança, mas não seria necessário. Durante muito tempo, o acalanto a Israel foi quase natural: o Ocidente guardava uma mauvaise conscience pelo antissemitismo histórico, agravado pelo massacre executado pelos nazistas nos campos de extermínio.

Hoje, essa amabilidade com o Estado de Israel passou a ser incentivo a uma guerra que pode ampliar-se para além do Mediterrâneo. Erdogan é conciso, ao dizer que Israel não percebeu que o mundo mudou, e que cabe a Tel Aviv encontrar uma forma de conviver bem com seus vizinhos e com o resto da Humanidade.
A Turquia é uma nação chave na geopolítica do Mediterrâneo. É um país muçulmano e europeu e se define como laico. Erdogan não é árabe. Ele acha conveniente que todos os países do Oriente Médio também se identifiquem como estados laicos, o que favoreceria o entendimento mundial. Em razão de sua atitude, começa a crescer como necessária liderança no Oriente Médio. Ele tem razão, ao declarar que, em maio do ano passado, o governo de Tel Aviv violou as regras internacionais, ao atacar um barco desarmado, de bandeira turca, em águas de livre navegação, com ajuda humanitária a um povo sitiado e constantemente agredido. No ataque, morreram nove cidadãos turcos.
Falando do Cairo, o nosso embaixador no Egito, Cesário de Melo Antonio, foi ao ponto: começa a concertar-se uma tríplice aliança contra o governo de ultradireita de Israel, composta da Turquia, do Egito e do Irã. Ele, que foi embaixador em Teerã e em Ancara, antes de ser removido para o Cairo, conhece o ânimo dos três povos, mais do que o ânimo dos governos.
Poderia ter citado a Síria, mas não o fez. E não se pode esquecer o poder militar e político do Hizbollah no Líbano. Se espicharmos o horizonte histórico um pouco além de nossa visão, alcançaremos o momento em que, livres da presença militar norte-americana, o Iraque, o Afeganistão e, possivelmente, o Paquistão, irão somar-se à poderosa coalizão anti-Israel na região.
Erdogan anunciou que irá patrulhar o Mediterrâneo, a fim de garantir a livre navegação no grande mar interior. A Rússia mantém uma base naval em porto sírio, o de Tartus, e isso explica por que a Otan — de que a Turquia faz parte, é bom registrar — ainda é reticente em atender ao desejo francês de intervenção contra Assad. Esse jogo estratégico coincide com o esperado reconhecimento, pela ONU, e ainda este mês, do Estado Palestino, dentro das fronteiras anteriores a 1967.
O Brasil, pelo que sabemos, não está ausente das preocupações com o Mediterrâneo. É interessante notar que, em 11 de setembro, o chanceler brasileiro Antonio Patriota se encontrava em Istambul e, ali, condenava o excesso de poder militar no mundo. A presidente Dilma Rousseff visitará a Turquia no mês que vem.

Israel se encontra diante da grande oportunidade de negociar sua sobrevivência com os países árabes e com o mundo. Isso reclamará a difícil renúncia à presunção de superioridade — que anima parte de seu Exército, de seus intelectuais e políticos — e a disposição de conviver em paz com os palestinos. Os Estados Unidos, que o protegem com seu poder bélico e econômico, se encontram em situação difícil.
O New York Times, em sua edição de domingo, publicou importante artigo do príncipe saudita Turki A-Faiçal, ex-embaixador nos Estados Unidos, ex-chefe dos serviços de segurança de seu país e conhecido estudioso dos problemas muçulmanos. Al-Faiçal deu a seu texto o título forte: Veto a State, lose an ally. Se os Estados Unidos usarem o poder de veto ao reconhecimento do Estado da Palestina, correrão o risco de perder o seu maior aliado no Oriente Médio: a Arábia Saudita, e, provavelmente, com ela, o único suprimento confiável de petróleo da região.
Os analistas de política internacional não percebem que, não obstante a força diplomática e militar de Washington, há um ponto que une todos os muçulmanos, além de outros povos: o apoio aos palestinos. As relações mais ou menos normais entre Israel e alguns países muçulmanos foram determinadas pela conjuntura histórica, que os fizeram ocasionalmente aliados dos Estados Unidos, mas essa situação está mudando, e rapidamente.
Israel venceu as guerras contra os árabes em certo momento histórico. Enfrentou adversários que haviam saído debilitados da guerra, sem ajuda estrangeira e sem exércitos próprios bem armados e adestrados. Hoje, a Turquia, por si só, tem poder bélico muito superior ao de Israel, embora tenha a bomba atômica, e poder equilibrado na aviação militar. Na Marinha de Guerra é acachapante a superioridade turca, bem como no número de combatentes. A Turquia tem uma população dez vezes superior à de Israel.
Ninguém quer a guerra, mas os que desdenham a paz talvez pensem que sua invencibilidade é eterna. Não é o que vimos no Vietnã e, ao que tudo indica, veremos no Iraque e no Afeganistão.
Os Estados Unidos anunciaram que vetarão o reconhecimento do Estado Palestino. Ao que parece, não levam em conta a advertência de Faiçal. O fato é que, com o veto, se não recuarem dessa decisão anunciada, não perderão apenas a Arábia Saudita – mas o pouco que lhes resta do respeito do mundo.
E para completar o quadro, quando fechávamos ontem este artigo, alvos norte-americanos, da Otan e do governo títere afegão, se encontravam sob o continuado ataque dos combatentes talibãs.






Mauro Santayana, do Jornal do Brasil

terça-feira, 2 de agosto de 2011

RAMADAN - O Mês de Jejum: Sagrado Ramadan


A comunidade islâmica deu início, segunda, 1, ao Ramadan. Durante aproximadamente 30 dias, os muçulmanos dedicam-se a fazer jejum do nascer ao pôr-do-sol. O Ramadan é o quarto dos cinco pilares da religião islâmica. O momento para os fiéis também é de humildade, solidariedade e adoração à Allah.No período do Ramadan, os muçulmanos não podem comer, ingerir líquidos, fumar e ter relações sexuais durante o dia. O crente deve também se abster de tudo o que vai contra a moral, pois o jejum é visto como uma grande prática de disciplina e da doutrina.
O presidente da Sociedade Beneficente Islâmica Árabe Palestina do Brasil em Rio Grande, José Khattab Hassan, diz que o período é de renovar a fé, praticar a caridade e viver a fraternidade e os valores da vida familiar. “É um momento em que pede-se ao crente maior proximidade dos valores sagrados, leitura mais assídua do Alcorão, frequência à mesquita, correção pessoal e autodomínio”, afirma. O jejum é encerrado com início da noite, em um momento de reunir a família e os amigos em uma celebração de fé e alegria. Depois do desjejum, os muçulmanos reúnem-se na Mesquita para oração, em um momento de súplicas a “Alá”.
Embora seja um dos cinco pilares da religião, o Ramadan possui algumas ressalvas. O cumprimento do jejum deve ser realizado por jovens a partir da puberdade, com idades entre 13 e 15 anos. Mulheres grávidas, lactantes, pessoas que necessitam de remédios controlados, mulheres no período de menstruação, ou ainda, idosos e pessoas que não tenham condições físicas e psicológicas, não devem realizar o jejum, desde que se responsabilizem em alimentar um necessitado durante os 30 dias.
Segundo Hassan, o Ramadan é realizado conforme o calendário lunar. E tem uma diferença de aproximadamente 10 dias para acontecer entre um ano e outro. Em Rio Grande, há cerca de 500 muçulmanos, e aproximadamente 80% praticam o jejum.
Por Melina Brum Cezar


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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Chico Xavier e Frei Betto


"As escrituras registram que Jesus passou a vida fazendo o bem.O mesmo se aplica a Francisco de Paula Cândido Xavier,o mais famoso Kardecista brasileiro e um dos autores mais lidos do país.Conheci-o nos anos 5o,em Minas Gerais.Nos meios católicos contavam-se horrores a se respeito.Espíritas e Protestantes eram "queimados" na fogueira de nosso preconceito,até que o Papa joão XXIII,nos anos 60,abriu as portas da Igreja católica ao ecumenismo.Chico Xavier é cristão na fé e na prática.Famoso,fugiu datribuna.Poderoso,nunca enriqueceu.Objeto de peregrinações a Uberaba,jamais posou de guru.Quem dera que nós,católicos,em vez de nos inquietarmos com os mortos que escrevem pela mão de Chico,seguissemos,com os vivos,seu exemplo de bondade e amor"
Frei Betto
(entrevista dada a revista Época,em 1990)

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terça-feira, 14 de junho de 2011

Sutileza


Não entendo os homens. Ou melhor eles não me entendem. Acham que gosto de tudo direto, reto, sem enfeite. Na verdade aprecio sutileza.

Sutileza dá trabalho, é elaborada, implica em compromisso com a busca das palavras. Sutileza deixa você com água na boca, dá um pouco e o resto fica por conta da imaginação.

Ser sutil requer vivência. Re...
finamento. Conhecimento. Certo grau de inteligência e total vontade de conquistar. O homem sutil é bem isso homem, não sapo, nem porco ou outro animal.

Ah! Difícil encontrar sutileza. Mesmo os "lords" esqueceram como a utilizar. E eu fico aqui, açoitada por diretas, sem vontade de responder. Pois, sutil quero ser, mas é capaz de não entender.

Ah! Sutileza, recebi recentemente, só que do outro lado do mar, tocou minha alma e me deixou a sonhar e desejar.

Sutileza é forma e cor, provocação e incitação. Sutileza é o começo do ato de fazer amor.
by Heleny Galati

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Frei Betto: Os Gays e a Bíblia


Frei Betto - Escritor e assessor de movimentos sociais

É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.
No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as "pessoas diferenciadas”...).
Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc.).
No 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países membros da União Europeia assinaram resolução à ONU pela "despenalização universal da homossexualidade”.
A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu Catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.
Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.
São alarmantes os índices de agressões e assassinatos de homossexuais no Brasil. A urgência de uma lei contra a homofobia não se justifica apenas pela violência física sofrida por travestis, transexuais, lésbicas etc. Mais grave é a violência simbólica, que instaura procedimento social e fomenta a cultura da satanização.
A Igreja Católica já não condena homossexuais, mas impede que eles manifestem o seu amor por pessoas do mesmo sexo. Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que "quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama...).
Por que fingir ignorar que o amor exige união e querer que essa união permaneça à margem da lei? No matrimônio são os noivos os verdadeiros ministros. E não o padre, como muitos imaginam. Pode a teologia negar a essencial sacramentalidade da união de duas pessoas que se amam, ainda que do mesmo sexo?
Ora, direis ouvir a Bíblia! Sim, no contexto patriarcal em que foi escrita seria estranho aprovar o homossexualismo. Mas muitas passagens o subtendem, como o amor entre Davi por Jônatas (I Samuel 18), o centurião romano interessado na cura de seu servo (Lucas 7) e os "eunucos de nascença” (Mateus 19). E a tomar a Bíblia literalmente, teríamos que passar ao fio da espada todos que professam crenças diferentes da nossa e odiar pai e mãe para verdadeiramente seguir a Jesus.
Há que passar da hermenêutica singularizadora para a hermenêutica pluralizadora. Ontem, a Igreja Católica acusava os judeus de assassinos de Jesus; condenava ao limbo crianças mortas sem batismo; considerava legítima a escravidão e censurava o empréstimo a juros. Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?
Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei.



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[Frei Betto é escritor e assessor de movimentos sociais, autor de "Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros. www.freibetto.org - twitter:@freibetto

quarta-feira, 18 de maio de 2011

♥ Canção da Plenitude ♥


Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)

O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo a força - que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés - mesmo se fogem - retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços,
mas o sonho interminável das sereias.


de Lya Luft

domingo, 1 de maio de 2011

Impossibilidades

De repente aconteceu, não esperava, sequer acreditava. Como toda pessoa, apenas sonhava. Então, sem que esperasse, percebesse ou acreditasse aconteceu: você se apaixonou por mim.
Apaixonou? Não, você passou a me amar. Amor verdadeiro e profundo, como diz. Amor impossível como pensa. Amor sem futuro, mas que não cala na alma, mente ou coração.
E quando começou esse amor? Foi naquela curva ou na serra escondida no meio das árvores verdes que agora eram brancas? Ele começou no momento em que tocou meu corpo ou quando compreendeu minha mente?
Você que disse ser incapaz de amar. Contido em seus sentimentos, irascível na opinião de que amor não serve para nada a não ser fazer sofrer. Agora diz que me ama. Sente minha falta e me quer aí, bem perto de você.
Como pode se entregar assim? Ao sentimento que tanto repudiava, temia e escondia. Como pode agora abrir-se como o céu depois da tempestade e iluminar meu mundo com esse amor.
Sol, Luz, Estrela, Vida., é isso que é para mim. Complemento perfeito de alguém que caminhou sozinha por muito tempo. Parceiro de mente e corpo. Alma e sentimentos.
Diz que gostaria de ter muito para poder me dar mais. Você me dá tanto. Deu vida, consciência de mim mesma, coragem para suplantar todas as pequenas e grandes provas que me oferece a vida. Desde a primeira vez foi você que me estendeu a mão, ninguém mais. E você diz que nada me deu?
Dar-me a vida não é nada? Libertar a felicidade, é sem significado?
E agora, quando entregue ao amor que sinto por você, resignada em amar sem ser amada. Contida em tudo e feliz por pelo menos poder amar você. Agora que estava habituada a não ser, você me diz, assim, sem rodeios, “Amo você verdadeiramente e demais, mesmo sabendo que esse amor é impossível.
Olho em seus olhos e digo: "Se é impossível para você é impossível para mim. Não por me ser impossível, mas por ser a você."
Coloco a música que sempre cantou para mim. Peço que feche os olhos e pense em quais são as impossibilidades. Buscamos juntos uma a uma, derrubamos juntos cada uma delas. Resta apenas aquela que nunca imaginei. Aquela que sequer pensei um dia. Resta apenas uma diferença, insignificante par mim, complexa a você.
E eu paro perplexa. Descubro que o que sou é o problema. Ser como sou, ter o tenho torna o impossível real.
Olho em seus olhos com calma. Tento compreender sem conseguir. É amor e amor é compartilhar. É amor e amor é acreditar. É amor e amor é combinar. Por que não podemos combinar o que somos, temos e queremos?
Você não responde, só diz ser impossível.
Meu sorriso se abre. Movo montanhas, oceanos para estar com você, nem que seja perto, observando. Você sorri a minha afirmação, diz que existem personagens que cavaram montanhas por seu amor.
Não as cavo. Explodo. Removo tudo de meu caminho para estar com você. Ter sua mão na minha, sua voz em meu ouvido, o perfume e acima de tudo seu corpo com o meu.
Lhe dou tudo que tenho e assim você terá mais do que eu. Pelo menos pensará assim, pois no fundo tenho tudo, pois tenho seu amor aquele que sempre quis e nunca pensei alcançar. Amor real, infinito e que me alimenta. Amor de sonhar e realizar. Amor de um homem por uma mulher.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Brasil é 3º país onde mais se crê em Deus, diz pesquisa

 Estudo em 23 países indica que 84% dos brasileiros acreditam em existência de 'Deus ou de um ser supremo

Da BBC

O Brasil foi o terceiro país em que mais se acredita em 'Deus ou em um ser supremo' em uma pesquisa conduzida em 23 países.
A pesquisa, feita pelo empresa de pesquisa de mercado Ipsos para a agência de notícias Reuters, ouviu 18.829 adultos e concluiu que 51% dos entrevistados 'definitivamente acreditam em uma 'entidade divina' comparados com os 18% que não acreditam e 17% que não têm certeza'.
O país onde mais se acredita na existência de Deus ou de um ser supremo é a Indonésia, com 93% dos entrevistados. A Turquia vem em segundo, com 91% dos entrevistados e o Brasil é o terceiro, com 84% dos pesquisados.
Entre todos os pesquisados, 51% também acreditam em algum tipo de vida após a morte, enquanto que apenas 23% acreditam que as pessoas param de existir depois da morte e 26% 'simplesmente não sabem'.
Entre os 51% que acreditam em algum tipo de vida após a morte, 23% acreditam na vida após a morte, mas 'não especificamente em um paraíso ou inferno', 19% acreditam 'que a pessoa vai para o paraíso ou inferno', outros 7% acreditam que 'basicamente na reencarnação' e 2% acreditam 'no paraíso, mas não no inferno'.
Nesse mesmo quesito, o México vem em primeiro lugar, com 40% dos entrevistados afirmando que acreditam em uma vida após a morte, mas não em paraíso ou inferno. Em segundo está a Rússia, com 34%. O Brasil fica novamente em terceiro nesta questão, com 32% dos entrevistados.
Mas o Brasil está em segundo entre os países onde as pessoas acreditam 'basicamente na reencarnação', com 12% dos entrevistados. Apenas a Hungria está à frente dos brasileiros, com 13% dos entrevistados. Em terceiro, está o México, com 11%.
Entre os que acreditam que a pessoa vai para o paraíso ou para o inferno depois da morte, o Brasil está em quinto lugar, com 28%. Em primeiro, está a Indonésia, com 62%, seguida pela África do Sul, 52%, Turquia, 52% e Estados Unidos, 41%.
Criação X evolução
As discussões entre evolucionistas e criacionistas também foram abordadas pela pesquisa do instituto Ipsos.
Entre os entrevistados no mundo todo, 28% se definiram como criacionistas, acreditam que os seres humanos foram criados por uma força espiritual como o Deus em que acreditam e não acreditam que a origem do homem viesse da evolução de outras espécies como os macacos.
Nesta categoria, o Brasil está em quinto lugar, com 47% dos entrevistados, à frente dos Estados Unidos (40%). Em primeiro lugar está a Arábia Saudita, com 75%, seguida pela Turquia, com 60%, Indonésia em terceiro (57%) e África do Sul em quarto lugar, com 56%.
Por outro lado, 41% dos entrevistados no mundo todo se consideram evolucionistas, acreditam que os seres humanos são fruto de um lento processo de evolução a partir de espécies menos evoluídas como macacos.
Entre os evolucionistas, a Suécia está em primeiro lugar, com 68% dos entrevistados. A Alemanha vem em segundo, com 65%, seguida pela China, com 64%, e a Bélgica em quarto lugar, com 61% dos pesquisados.
Descrentes e indecisos
Entre os 18.829 adultos pesquisados no mundo todo, um total de 18% afirmam que não acreditam em 'Deus, deuses, ser ou seres supremos'.
No topo da lista dos descrentes está a França, com 39% dos entrevistados. A Suécia vem em segundo lugar, com 37% e a Bélgica em terceiro, com 36%. No Brasil, apenas 3% dos entrevistados declararam que não acreditam em Deus, ou deuses ou seres supremos.
A pesquisa também concluiu que 17% dos entrevistados em todo o mundo 'às vezes acreditam, mas às vezes não acreditam em Deus, deuses, ser ou seres supremos'.
Entre estes, o Japão está em primeiro lugar, com 34%, seguido pela China, com 32% e a Coréia do Sul, também com 32%. Nesta categoria, o Brasil tem 4% dos entrevistados. 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Amor e Amor

O amor é um mergulho do mais alto penhasco. É saltar no espaço sem pensar onde está o chão. Amor é sentimento? É energia? O amor é apenas agonia da tristeza que trazemos no coração.
 
O amor toma, transforma, engrandece, se isso não faz, não é amor apenas parece. E se dói, é porque não compreendemos; se entristece, é por não sabermos, que o amor deve ser seu e não a posse de alguém.
O amor acorda cedo, preenche o dia com sussuros de desejos. Desejo de estar perto, desejo de ver feliz, desejo de poder tocar, de entrar e ficar, escondido naquele canto perto do coração, dentro da mente, no fundo da alma.
O amor passa o dia sorrindo. Sorri dos obstáculos, das dificuldades, sorri de tudo, pois sabe que no fundo, sua força os transcenderá. O amor é forte, corajoso, possui discernimento e conhecimento. Caso assim não seja não é amor, é tormento.
O amor vê os olhos e a mente. Enxerga no infinito a beleza por quem sente. O amor abre portas e janelas. Traz luz e direção. Amor é vida, paciência, calma e perdão. Amor seja como for, por um amigo, um irmão, ou ainda o amor que você sabe que ficará para sempre em seu corpo e coração, é aquele sem o qual você não existe, não é humano e se persiste em não sentir, termina vazio, na escuridão.
Amor assim, que sinto por você. Que mesmo na distância me faz compreender, que as ações que tomo, as palavras que profiro, são reflexos de quem sou, preciosos indícios do que trago no coração. Não havia percebido, o que me disse então: “Neste mundo não existe pessoa, que mereça menos sofrer do que você. Você tem um diamante no coração.” Surpresa, pois sempre fui assim, querendo tocar e mudar, amar e deixar em todos um pouco de mim.
E eu que amava você, sem cobranças, sem medos, amava, simples assim. Fiquei tocada por perceber que você também amava a mim. Um amor livre, completo e complexo. Amor que assume o caminho escolhido sem disfarce e desculpas. Amor entre um homem e uma mulher. Amor raro neste mundo, onde tudo é apenas desejo e adeus. Amor que você me dá do amanhecer ao anoitecer e que retibuo a cada segundo do meu viver.
Amor que aprendemos dia a dia a reconhecer, amor que comparilhamos com amigos, família, com quem quiser um bem querer. Somos melhores e maiores, felizes e fortes, tudo porque você ama a mim e eu a você.

by Heleny Galati


www.helenyfalando.blogspot.com

 

terça-feira, 19 de abril de 2011

Lua e Estrela

Chegando ao cais ele me viu ao longe, o olhar dizia que era hora da liberdade. Aquilo que ficara aprisionado por tanto tempo poderia se expandir. Era tão poderoso, forte, envolvente que quem se aproximasse perceberia algo inimaginável e maravilhoso acontecendo ali
E este é o momento, exato momento, onde tudo será possível e todos os sonhos e fantasias terão seu lugar. Na cidade à beira do mar, no porto que tantos desejaram, muitos conquistaram, mas que nunca deixou de ser abrigo aos que eram capazes de sonhar. Foi neste lugar sem tempo, que ele tocou minha mão e juntos seguimos pelo caminho. Reis passaram ali, agora quem seguia era nosso desejo.
Desejo de tocar lugares inesquecíveis com perfumes impossíveis de imaginar. Beijar os beijos mais invasores, àqueles nos quais o caração para e respirar não importa mais. Onde o olhar fica transparente e em nossa mente apenas o outro tem lugar.
Ânsia de deslizar meu corpo sobre o dele, almas se mesclando com as cores do arco-íris, corpos iluminando o desejo que olhares não escondem mais. E seguimos ávidos procurando nosso lugar. Pequeno em tamanho, infinito a nos abrigar. Lugar cujo perfume conhecemos muito bem, onde muitas vezes perdemos os sentidos, esquecidos de nossa humanidade, pensando apenas em nossa entrega e comunhão.
No leito macio, suave aconchego aos corpos extasiados pelo encontro, deitamos lentamente. Primeiro os beijos, depois o toque e finalmente a entrega de tudo que temos. O tempo que correu antes parecia não existir, pois cada parte nossa, cada átomo lembrava exatamente desse sentir.
E mesmo envolvida em seus carinhos, recordei de quando perguntei se lembrava do meu gosto e beijos e você disse: “Como poderia esquecer?”
Então me olhou, forte, sem medo e entregou a mim todos os segredos naquele olhar. Deixou ver sua alma, límpida, pura e repleta de amar. Amar quem sou, o que sou, da mesma forma que aceito cada pedaço de você.
E na janela, no manto escuro da noite, a Lua e a Estrela acompanhavam a dança do nosso amor. Você enroscado em mim, eu mergulhada em você, subindo e descendo, indo em vindo, em ondas de prazer.
A Lua companheira, curiosa e faceira, decidiu se aproximar. Nos presenteou com sua luz branca, quase prateada, iluminou meu corpo e fez você se maravilhar. Com a pele clara, seda rara, que era sua para tocar. E você tocou, provou com precisão cada parte do corpo meu, banhado pela Lua, mergulhado em uma luz que o deixava com novo sabor.
A Estrela enciumada, não quis deixar para depois. Aproximou-se também, para poder ver bem, como era forte aquele amor. Coisa rara e preciosa que a deixou toda esperançosa de como o mundo poderia ser. Deu então a você seu brilho e transformou-o por um momento em um princípe a me cortejar.
Supreendida pela descoberta, envolvida pelo desejo aproprie-me de você. Em seu corpo percebi, que tudo que havia ali, estava além da compreensão. Não éramos apenas uma mulher e um homem, éramos a Lua e Estrela, apaixonadas e fascinadas com esse amor. Astros poderosos que num instante trasnformaram tudo ao redor.
E na manhã fria, com céu azul e sol. Acordamos lado a lado, com um sorriso nos lábios e o desejo de novo do amor.
 
 
by Heleny Galati

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A história das coisas

Ligar ataque ao islã cria preconceito

CIRILO JUNIOR




Representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, o xeque Jihad Hassan Hammadeh disse ontem que a tentativa de associar ao islã o ataque de Wellington Menezes de Oliveira pode criar um preconceito infundado.

Em manuscritos encontrados em sua casa, o atirador faz referências à religião muçulmana. Wellington, no entanto, também guardava outros textos, inclusive com referências cristãs. Hammadeh participou ontem de ato multirreligioso em frente à escola Tasso da Silveira, em memória às 12 crianças mortas no local.

Folha - Wellington é reconhecido como uma pessoa adepta do islamismo?

Jihad Hassan Hammadeh - Ele não é muçulmano, não faz parte de religião nenhuma. O que ele fez não tem religião.

Ele dizia seguir doutrinas propagadas pelo islamismo...

A internet está aberta, e existem sites de todos os tipos. Se uma pessoa estudou uma religião, tirou fotos ou tem manuscritos, não significa que seja adepta. E se for adepta, essas atrocidades não são justificadas pela religião. A pessoa tem direito de pesquisar sobre qualquer religião. Mas não se pode culpar a religião por seus erros, não pode culpar sua família ou amigos, ninguém. Ele é o culpado pelos seus erros.

O senhor acha que a mensagem do islamismo está sendo distorcida na internet?

Há dois tipos de arma que estão sendo usadas de forma errada. A de Wellington e uma outra: o microfone ou a caneta de algumas pessoas que estão deturpando informações. Isso é outra violência que está sendo cometida contra uma parte inocente.

Quais as consequências disso para os seguidores no Brasil?

As pessoas adeptas da religião islâmica podem sofrer, porque cria uma instabilidade social, um preconceito infundado. Temos de nos preocupar em não aumentá-lo. O ato de Wellington não tem justificativa e nenhuma ligação com religião nenhuma.

O episódio trouxe prejuízos para o islamismo no Brasil?

Certamente acaba respingando. Somos adeptos de uma religião que prega paz, não guerra. O islamismo condena a violência, condena qualquer pessoa que aja violentamente e tire vidas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Emagrecer não é fácil

Seja apenas por motivos estéticos ou até mesmo de saúde, o sobrepeso e a obesidade são muito temidos, especialmente entre as mulheres. Mas que podem agravar outras doenças ou causar danos por si próprios, como na obesidade, o excesso de peso é um dos problemas de mais difícil reversão.
Segundo a professora Eliane Rosado, do Departamento de Nutrição Dietética (DND) do Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC/UFRJ), a obesidade é uma doença multifatorial. “Uma das causas da obesidade é a base genética, mas também é necessário o fator ambiental para o desenvolvimento da doença”, esclarece a professora.
Um problema enfrentado pelos obesos é a dificuldade na perda de peso. Isso se deve, segundo a professora Eliane, à grande capacidade de absorção do obeso que existe devido à base genética do indivíduo. “Ao obeso nós chamamos de aproveitador, porque ele absorve muito e tem dificuldade de liberar essa energia”, explica Eliane Rosado.
Outro fator importante são as doenças associadas à obesidade. Entre as mais famosas estão as cardíacas e as articulares. Mas a professora diz que as doenças psicológicas atormentam grande parte dos pacientes, sendo elas causa ou consequência, mais frequentemente, da obesidade. Outro problema clássico enfrentado pelo obeso é a diabetes, que devido à dificuldade encontrada pelo paciente para se submeter ao tratamento, causa o agravamento desse quadro.
Os tratamentos para a obesidade seguem quatro linhas principais, sendo elas, a dieta, principalmente, a atividade física, o medicamento, em alguns casos, e, em último caso, a cirurgia bariátrica. Segundo Eliane, não existe fórmula fácil para emagrecer, e o obeso não pode nunca descuidar do tratamento, já que tem predisposição à doença.
Muitos perguntam se a doença não pode ser prevenida, por meio de uma identificação de base genética ou algum outro exame. A professora Eliane explica que a conduta nos exames é perguntar sobre histórico de obesidade na família. “A melhor prevenção são os hábitos saudáveis”, ela conclui.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Aprender é como poder conter nas mãos a Terra


Ibrahin Ercan meu querido "Hocam" de turco.





Ele às vezes parece um menino. Não aqueles agitados, frenéticos que vemos nos pátios das escolas. Nem os melancólicos, apáticos. É menino contemplativo, que olha o mundo e analisa. Um menino curioso, mas que esconde a curiosidades atrás do silêncio, do sorriso.
Toda vez que o encontro é como se a porta de um mundo mágico se abrisse. Palavras, poemas, textos pulam e passeiam a minha frente. Ele e eu provamos de cada um. Ele com seu jeito perfeito de menino, eu com o meu estabanado de mulher.
E os sons, importância das palavras que compartilhamos, vão criando o vínculo. Amizade entre seres diferentes por fora, semelhantes por dentro.
Ele não é tão menino assim. Longe de casa, no meio de uma cultura nova, tem mostrado coragem em enfrentar desafios, tentar compreender as diferenças e tirar dali o melhor proveito.
Eu não sou tão fechada a ponto de achar que não posso aprender com ele. Ambos temos percorrido lado a lado o caminho das descobertas e é seu saber, cultura e inteligência que cativam dia a dia.
Com ele passeio por pequenas cidades, montanhas, rios. Entro em livros desconhecidos, de autores pouco falados por aqui. Através de sua paciente apresentação começo a comprender sua língua, hábitos e tradições. Esforçando-me nos sons desconhecidos de letras e palavras.
Os momentos que compartilhamos: ele como professor, eu como aprendiz, me proporcionam o mergulhar novamente na oportunidade do saber. E isso me torna muito mais jovem, ativa e realizada.
Tenho sido feliz demais nesses dias de aprendizado, felicidade só comparada a que tenho quando viajo. E é exatamente isso. Estar com ele é viajar, percorrer o mundo das letras, do conhecimento. É ativar a mente e deixar tudo de lado, começar de novo, sob nova perspectiva.
Ele é tão jovem, parece um menino, mas é um menino que tem dentro todo um Universo.





PENSAMENTOS