"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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terça-feira, 20 de novembro de 2012



Aqui o sol não nasce. A fuligem o cobre. Barulhos. Silêncio total. A água foi cortada de novo. No armário, apenas uns pedaços de pão amanhecido. Um pouco de azeite. Barulho. Disparo. Gritos. Choros. Será que a água vai voltar? As crianças e...
stão com fome, comeram a comida. Disparos. Sirenes. Gritos. O hospital está lotado, mas não existe hospital aqui. Não há médicos nem remédios. Os médicos morreram. Funeral do meu tio, funeral do meu primo. O funeral do meu terceiro irmão. Barulho. Vultos pretos cortando o céu. Nuvem de cinza, de pó, de sujeira. O sol da já se pôs, mas nós nem o vimos nascer. Rezamos com fome. Dormimos com fome e com medo para poder esquecer a fome. Nos trazem comida. Há uma grande disputa entre nós. Quem pegará o maior pedaço? Ainda é pouco, mas é o que tem. Não temos banquetes. Temos apenas migalhas para repartir. Passou-se um dia. Chegou a noite. Somos acordados pelos tiros e pela fome. Rezamos a noite. Rezamos em cima de pedras que outrora foram mesquitas. Pedimos por dias melhores. Guardamos o Alcorão na cabeça. Os papéis foram queimados. Amanhã será igual. E depois e depois. Meu nome é Palestina.

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