"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

‘Valorização pelo Mérito é lamentável’ diz Gabriel Chalita








Juliana Franco

“A Valorização pelo Mérito é lamentável”. Essa é a opinião do ex-secretário de Educação do Estado de São Paulo e atual vereador da Capital, Gabriel Chalita (PSB) sobre o programa de incentivo por mérito para professores, lançado pelo governo do Estado. A proposta foi aprovada no dia 21, pela Assembléia Legislativa e prevê reajuste de 25% para docentes da rede estadual de São Paulo que tiverem melhor desempenho em avaliação, aplicada anualmente. A mudança salarial ou promoção também será determinada pela análise da vida funcional do profissional, que avaliará a assiduidade e o tempo de permanência na escola.



“O ponto central de uma avaliação deve ser o aluno. A iniciativa vai estimatizar o professor. Se o docente precisa ser avaliado para receber aumento, por que não avaliar os engenheiros, os médicos ou os políticos do Estado para receber aumento?”, questiona. “Não sou contra formar professor ou avaliar, muito pelo contrário. Acho que o processo avaliativo sempre é bom, mas o ponto central deve ser o aluno. Não acho que o professor que tirar dez na prova é o que tem melhor desempenho dentro da sala de aula. Esses critérios são obsoletos em termos educacionais, mas são mostrados como inovação”, acrescenta.



Segundo Chalita, a realidade brasileira é complexa e a heterogeneidade dentro da sala de aula é gritante. “O professor não tem que decorar teorias pedagógicas. Tem que saber dar aula e se relacionar com seus alunos”, afirma.


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domingo, 25 de outubro de 2009

Proteína freia avanço de esclerose lateral em ratos





da France Presse, em Washington



Uma enzima parecida com a utilizada para tratar de septicemias graves (infecções causadas por microrganismos) desacelerou o avanço do mal de Charcot (esclerose lateral amiotrófica, doença da qual sofre o famoso físico britânico Stephen Hawking) em ratos portadores.

Esta enzima, denominada proteína C ativada ou drotrecogina, permitiu diminuir o ritmo da morte das células nervosas em ratos nos quais havia sido inoculado o equivalente a uma forma particularmente agressiva do mal de Charcot --o que permitiu prolongar sua vida em aproximadamente 25%, afirmam os autores da pesquisa publicada no "Journal of Clinical Investigation".

Enzima desacelerou avanço do mal de Charcot (esclerose lateral amiotrófica) em ratos; físico Stephen Hawking é portador da doença

A drotrecogina também prolongou o tempo durante o qual estes animais se mostraram capazes de funcionar normalmente apesar do fato de demonstrarem sintomas desta doença incurável e fatal.

Esta substância também desacelerou o ritmo da perda de massa muscular, que afeta as pessoas com esclerose lateral amiotrófica.

Apesar de os pesquisadores afirmarem que devem ser realizados estudos adicionais antes de testar esta enzima em humanos que sofram desse mal, se declararam estimulados pelo fato de que uma substância muito parecida já é utilizada sem problemas no homem para tratar a septicemia.

Eles esperam poder realizar testes clínicos nos próximos cinco anos.


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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Chalita no umbigo do furacão

Acordo nesta sexta sabendo das notícias políticas de ontem. O PSDB pretende ”caçar” o mandato do Chalita. Dizem que foram eles quem deram o mandato a ele. Será? E os milhares de eleitores que fizeram dele o vereador mais votado da história de São Paulo? Tudo isso porque mudou de partido por não concordar com a política educacional de José Serra. Depois de uma quinta-feira de debates tão importantes é impressionante ver o Chalita ao vivo no programa do Pe. Fábio, sem fazer sequer uma referência ao fato. Mas eu faço. Debate é sempre saudável. Parece que as forças políticas que determinarão a eleição presidencial do ano que vem já estão em forte interação. E Chalita está no umbigo do furacão. O santo que celebramos hoje foi governador e juiz antes de se tornar sacerdote. Chalita tem chance. Pode ser governador e depois… quem sabe padre! Brincadeiras sérias à parte… o PSDB perdeu uma chance de ficar calado. O PT não precisa defender Chalita. Ele tem voz e vez. Tem personalidade serena e forte. Não se iluda com o sorriso leve e permanente. As portas se abrem e o mundo se inclina diante de um homem que pensa. E aí está um deles!

Pe.Joãozinho

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Desrespeito aos professores!

Desrespeito aos professores!




Sempre defendi a tese de que o professor precisa ser valorizado em três pontos: na cabeça, no coração e no bolso. O projeto de aumento salarial do Governo Serra conseguiu a façanha de, numa só tacada, destruir o professor nesses três pontos. Ao justificar que o professor que sabe mais, ensina melhor, demonstra total desconhecimento dos desafios que o professor enfrenta em sala de aula. Qualquer um sabe que, além de conhecimento do conteúdo, o sucesso da aprendizagem está na capacitação desse profissional para atuar em sala de aula, no enfrentamento diário da heterogeneidade dos alunos, na construção e reconstrução da história de cada um, histórias muitas vezes marcadas pela violência, pelo desamor, pela ausência de referenciais. É imprescindível a formação humanista, voltada ao desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais que promovam a inserção dos alunos na sociedade. Tudo isso aliado à habilidade cognitiva, que sozinha não satisfaz.





Outra incoerência está na fala no Gov. Serra que afirma que TODOS precisam ter incentivos na vida para trabalhar bem. No entanto, seu projeto prevê o incentivo a, no máximo, 20% dos professores, vinculado – ainda – à aprovação dos professores e disponibilidade de orçamento. O que significa que esses 20% podem minguar. E os outros 80% e os aposentados, claramente excluídos do reajuste salarial? Certamente, estarão fadados à baixa auto-estima, ao desestímulo, à desesperança. Faz-me lembrar dos tempos em que a escola chamava, à frente de todos, os alunos com notas mais altas para serem aplaudidos e os de notas mais baixas para serem vaiados. Uma pérola de nossa prática pedagógica!





Tenho tranquilidade em tratar desse assunto porque, ao longo de minha gestão, consegui dar aos professores PEB I , por exemplo, um aumento de 42,95%, embora tenha certeza de que eles mereciam mais. No entanto, foi o máximo possível para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado. Já o governo Serra conseguiu a proeza de oferecer um aumento de 4,7% a esses mesmos educadores, desde que assumiu o governo.





As entidades representativas do professorado paulista estão revoltadas com a truculência do governo que, por meio de interlocutores, chegou a impedir, num primeiro momento, a entrada de professores nas galerias da Assembléia Legislativa. Notícias dão conta de que a tropa de choque foi chamada para revistar os professores para ingressarem no plenário, proibindo a entrada inclusive de seus lanches, sob o argumento de que poderiam ser atirados nos deputados. Uma afronta àqueles que incansavelmente dignificam a educação!



É o jeito Serra de respeitar os professores. . .


Gabriel Chalita


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TRISTEZA : Professores assassinados em Porto Seguro


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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

PSDB quer ROUBAR meu voto! Votei em GABRIEL CHALITA e não no partido!

PSDB entra na Justiça para reaver mandato de Chalita




Seguindo o script anunciado no início de outubro, o PSDB ingressou, anteontem, com pedido no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) para tentar reaver o mandato do vereador Gabriel Chalita, que ingressou em setembro no PSB com o plano de concorrer ao Senado em 2010.

A ação ajuizada se baseia em determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2007, reconhecendo que o mandato político é do partido pelo qual o candidato foi eleito, e não do ocupante do cargo.

De acordo com lideranças da sigla, foram convocados para testemunhar em defesa do partido o secretário estadual da Educação, Paulo Renato Souza, o presidente municipal do PSDB em São Paulo, José Henrique Reis Lobo, e o presidente estadual do partido, Mendes Thame.
Os três foram arrolados por terem sido alvo das críticas feitas por Chalita quando saiu do PSDB. Antes de ingressar no PSB, o vereador atacou a gestão do governador José Serra na área da Educação: "A atual administração passa a imagem de que os professores são vagabundos."

Os tucanos, que até então evitavam falar sobre o episódio, saíram em defesa da sigla. Paulo Renato, por exemplo, afirmou que a saída do vereador soava como oportunismo político. Reis Lobo justificou: "A maneira como ele deixou o partido e as críticas que fez a Serra levaram a sigla a requerer a vaga."

Assessores de Chalita já afirmaram que preparam um pedido de justa causa para justificar a saída do PSDB. O pessebista irá alegar que trocou de legenda por ter sido perseguido por lideranças tucanas, que refutaram alguns de seus programas para a área de Educação durante seu primeiro ano como vereador na legislatura atual.

Outro argumento que deve ser usado é que o PSDB mudou suas bandeiras ideológicas, contrariando posições históricas defendidas por líderes como Franco Montoro e Mário Covas.

Além da ação ajuizada nesta semana, a previsão é de que uma nova ação seja impetrada no TRE-SP para tentar reaver o mandato de Chalita. O pedido será movido em nome de Aníbal de Freitas Filho, primeiro suplente do PSDB no Legislativo municipal


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Mais uma farsa do governo de SP

da Folha de S.Paulo

A Assembleia Legislativa aprovou na madrugada de hoje, com 48 votos favoráveis a 21 contrários, projeto do governo de São Paulo que prevê reajuste salarial de 25% aos professores da rede estadual mais bem avaliados em uma prova de conhecimentos.

SP divulga desempenho para pagamento de professores

Professores rejeitam projeto de remuneração por resultados

A proposta cria cinco faixas salariais. A cada avanço, o docente terá aumento de 25%. Por ano, até 20% dos docentes em cada patamar terão o reajuste. O número dependerá da disponibilidade orçamentária.

Além da prova, também contará o número de faltas dos docentes e o tempo de permanência na mesma escola. Receberão o aumento os mais bem avaliados nos exames (haverá nota de corte para a ascensão).

O governador José Serra (PSDB), que ainda precisa sancionar a lei, defende que o projeto cria um estímulo aos professores da rede, além de atrair jovens mais bem preparados para o magistério. A qualidade na educação é um dos principais problemas do governo.

Já a oposição afirma que os aumentos previstos beneficiarão poucos professores, o que desestimulará os demais.

Para pleitear o benefício, o professor precisa ficar ao menos três anos em cada patamar. Quem não estiver entre os mais bem avaliados e não receber o aumento seguirá na política regular de reajuste na rede.

Segundo os cálculos do governo, um professor com curso superior poderá chegar a um salário final de R$ 6.270 (242% acima do piso), se conseguir atingir a quinta faixa. Se não conseguir as boas colocações nos exames, chegará a R$ 3.181 (73% acima do valor inicial).


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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Antidepressivo ajuda a recuperar lesão de medula, mostra estudo



CLÁUDIA COLLUCCI

da Folha de S.Paulo



Um antidepressivo comum associado a um programa intensivo de treinamento em esteira pode ajudar pessoas com lesões parciais da medula espinhal a andar mais rapidamente e com mais desenvoltura, revela uma pesquisa inédita apresentada anteontem em congresso de neurociência que acontece em Chicago (EUA).

Os antidepressivos são usados para tratar dor crônica de lesionados na medula, mas é a primeira vez que um estudo com humanos mostra benefícios na recuperação motora.
Segundo os autores, o uso de um antidepressivo inibidor da recaptação de serotonina ajudou a fortalecer as conexões nervosas remanescentes da coluna, dando aos pacientes mais capacidade de controlar os músculos das pernas.

"A droga por si só não é milagrosa. Você precisa é da droga mais o treinamento", explica o médico George Hornby, professor do Instituto de Reabilitação de Chicago e um dos autores do estudo.

Segundo Hornby, foram testados os efeitos do antidepressivo em 50 pessoas que tinham capacidade parcial para mover-se, um ano após terem sofrido uma lesão da medula espinhal.

Durante oito semanas, os pacientes participaram de um treinamento em uma esteira motorizada, assistido por um robô ou por um fisioterapeuta. Eles tiveram o apoio de um suporte para não cair.

Cinco horas antes do treino, metade do grupo recebeu 10 mg de antidepressivo e a outra metade, placebo. Ambos os grupos melhoraram, mas aqueles que tomaram o remédio foram capazes de andar muito mais rápido, de acordo com Hornby.

Ele diz que a droga aumentou os espasmos musculares nos pacientes e que esses reflexos podem ser treinados. "Os pacientes que têm uma lesão da medula espinhal podem invocar esses reflexos para andar."
Os voluntários só tomaram o antidepressivo no dia do treinamento, mas os benefícios permaneceram mesmo depois que os efeitos da droga haviam passado, afirma o pesquisador.

Qualidade de vida
Segundo o médico Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho, titular de ortopedia da USP e especialista em lesão medular, os resultados da pesquisa são "muito positivos", mas são necessários estudos maiores para que o tratamento seja incluído na prática clínica. "Está bem longe da cura, mas pode melhorar a qualidade de vida desses pacientes", diz ele.
Barros Filho explica que as pesquisas em animais já haviam demonstrado que o antidepressivo pode melhorar o tratamento de lesionados da medula porque facilitam a transmissão dos impulsos nervosos na coluna. "É uma peça a mais nesse gigantesco quebra-cabeça [que é a medula]."

De acordo com o neurologista Jaderson da Costa, coordenador do projeto e diretor do Instituto de Pesquisas Biomédicas da PUC-RS, o antidepressivo age aumentando a disponibilidade de serotonina em pacientes que ainda têm um substrato neural na medula (lesão parcial) e isso pode ajudar na recuperação motora.
Ele lembra que esse tipo de droga também pode melhorar a disponibilidade afetiva, o que faz com que os pacientes se engajem em um programa de treinamento com mais facilidade. "O cérebro ajuda o cérebro."

O médico Cícero Vaz, fisiatra do Hospital Israelita Albert Einstein, avalia que mais estudos serão necessários para comprovar se o benefício apontado pelo estudo é neurofisiológico (pela ação da serotonina nos impulsos nervosos) ou emocional. "Esse tipo de paciente tende à depressão. Será que, ao melhorar, não há mais aderência ao tratamento?"


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sábado, 17 de outubro de 2009

A literatura perpassa a pequenez humana...

A literatura perpassa a pequenez humana...


Por Gabriel Chalita

Para o final de mais uma semana, um pouco de literatura e um convite à reflexão. A literatura é a história dos sentimentos. Ler é sempre muito prazeroso, desafiador, instigante e revelador. Muitas das angústias dos homens permanecem, ao longo dos tempos, independente do progresso que a inteligência humana é capaz de realizar. Relendo o mais célebre e notável poema em língua portuguesa, Os Lusíadas, de Camões , logo no Primeiro Canto, fui desafiado a uma reflexão: a pequenez humana diante das infindáveis buscas que este mesmo homem empreende.









“No mar tanta tormenta e tanto dano

Tantas vezes a morte apercebida

Na terra tanta guerra, tanto engano,

Tanta necessidade aborrecida

Onde pode acolher-se um fraco humano

Onde terá segura a curta vida,

Que não se arme e se indigne o céu sereno

Contra um bicho da terra tão pequeno?”





O desvendar da natureza humana povoou a mente dos filósofos, dando origem a diversas teorias. Mas, ainda no Século XXI, essa questão inquieta o ser humano, que parece, muitas vezes, mais se distanciar da essência da resposta do que caminhar em sua direção.





Intrigante a atualidade da constatação do poeta português do século XVI em intertextualidade com Drummond, cujo poema a seguir traça o mesmo cenário da trajetória humana, em sua “dificílima e dangerosíssima viagem de si a si mesmo” e a pequenez humana:







O homem, bicho da Terra tão pequeno

chateia-se na Terra

lugar de muita miséria e pouca diversão,

faz um foguete, uma cápsula, um módulo

toca para a Lua

desce cauteloso na Lua

pisa na Lua

planta bandeirola na Lua

experimenta a Lua

coloniza a Lua

civiliza a Lua

humaniza a Lua



Lua humanizada: tão igual à Terra.

O homem chateia-se na Lua.



Vamos para Marte – ordena a suas máquinas.

Elas obedecem, o homem desce em Marte

pisa em Marte

experimenta

coloniza

civiliza

humaniza Marte com engenho e arte.



Marte humanizado, que lugar quadrado.

Vamos a outra parte?



Claro – diz o engenho

sofisticado e dócil.

Vamos a Vênus.

O homem põe o pé em Vênus,

vê o visto – é isto?

idem

idem

idem.



O homem funde a cuca se não for a Júpiter

proclamar justiça junto com injustiça

repetir a fossa

repetir o inquieto

repetitório.



Outros planetas restam para outras colônias.

O espaço todo vira Terra-a-terra.

O homem chega ao Sol ou dá uma volta

só para tever?

Não-vê que ele inventa

roupa insiderável de viver no Sol.

Põe o pé e:

mas que chato é o Sol, falso touro

espanhol domado.



Restam outros sistemas fora

do solar a col-

onizar.

Ao acabarem todos

só resta ao homem

(estará equipado?)

a dificílima dangerosíssima viagem

de si a si mesmo:

pôr o pé no chão

do seu coração

experimentar

colonizar

civilizar

humanizar

o homem

descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas

a perene, insuspeitada alegria

de con-viver. ( Carlos Drummond de Andrade)
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Estudos ligam boa educação a maior salário de professores



da Folha de S.Paulo



Um estudo divulgado neste ano comparando os sistemas cubano, brasileiro e chileno ("A Vantagem Acadêmica de Cuba", de Martin Carnoy), aponta que uma das razões para o sucesso cubano é que seus professores recebem, em média, o mesmo rendimento de outros profissionais, o que faz com que a carreira fique atrativa para os melhores estudantes.



Um estudo divulgado em 2007 pela consultoria McKinsey chegou a uma conclusão parecida ao identificar como uma das características comuns em países bem avaliados no Pisa (Programa de Avaliação Internacional de Estudantes) o fato de a carreira ser atrativa aos melhores profissionais que se formam no ensino médio.



Apesar dessas evidências, há controvérsias entre especialistas a respeito do impacto do rendimento do professor no desempenho dos alunos, já que estudos correlacionando salários com a nota dos estudantes mostraram que, para a rede pública brasileira, não há impacto estatisticamente significativo.



Para Bernardete Gatti, que coordenou o estudo da Unesco sobre professores, essas análises que só correlacionam salários e notas captam retrato de momento: "O problema é que se um jovem bem preparado não vê boas perspectivas salariais na carreira, irá procurar profissões mais atraentes".


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Situação de professores no Brasil é preocupante, afirma consultor da Unesco



da Agência Brasil



Problemas na formação continuada dos professores e até mesmo na formação inicial, além da baixa remuneração, compõem um cenário "preocupante", de acordo com o consultor em educação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil, Célio da Cunha.



Ao comentar o estudo "Professores do Brasil: Impasses e Desafios", lançado pela Unesco na semana passada, Cunha lembrou que os professores representam o terceiro maior grupo ocupacional do país (8,4%), ficando atrás apenas dos escriturários (15,2%) e dos trabalhadores do setor de serviços (14,9%). A profissão supera, inclusive, o setor de construção civil (4%).



O especialista destaca, entretanto, que é preciso "elevar o status" do professor no Brasil. A própria Unesco, ao concluir o estudo, recomenda a necessidade de "uma verdadeira revolução" nas estruturas institucionais e de formação. Dados da pesquisa indicam que 50% dos alunos que cursam o magistério e que foram entrevistados disseram que não sentem vontade de ser professores. Outro dado "de impacto", segundo Cunha, trata dos salários pagos à categoria --50% dos docentes recebem menos de R$ 720 por mês.



O estudo alerta para um grande "descompasso" entre a formação teórica e a prática do ensino. Para Cunha, a formação do docente precisa estabelecer uma espécie de "aliança" entre o seu conteúdo e um projeto pedagógico, para que o professor tenha condições de entrar em sala de aula.



Como recomendações, a Unesco defende a real implementação do novo piso salarial e a política de formação docente, lançada recentemente. Cunha acredita que esses podem ser "pontos de partida" para uma "ampla recuperação" da profissão no Brasil.



"Se houver continuidade e fazendo os ajustes necessários que sempre surgem, seguramente, daqui a alguns anos, podemos ter um cenário bem mais promissor do que o atual", disse, ao ressaltar que sem professores bem formados e com uma remuneração digna não será possível atingir a qualidade que o Brasil precisa para a educação básica. "Isso coloca em risco o futuro do país, por conta da importância que a educação tem em um mundo altamente competitivo e em uma sociedade globalizada."


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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

FELIZ DIA DOS PROFESSORES



Por Gabriel Chalita


Desde 1827, quando D.Pedro I decretou, no dia 15 de outubro daquele ano, que toda cidade, vila ou lugarejo deveria ter uma escola de ensino elementar, Escolas de Primeiras Letras, determinou-se a essência e razão desta comemoração : o Dia do Professor. Um dia em que as escolas devem parar para comemorar e exaltar, com dignidade e alegria, a função do mestre, o semeador da esperança. Semeadores, assim defino os professores. Semeadores que se dedicam a fomentar a vida, a esperança. Semeiam porque acreditam no futuro pródigo das sementes que regam , todos os dias, incansavelmente. Sementes que brotam, dando frutos e flores, porque a terra é cuidadosamente preparada. Com afeto, dedicação e sabedoria. O futuro plantado em cada aprendiz, a boa semeadura, revela a boniteza do ofício de professor. A boniteza de ser professor, como professava o mestre maior, Paulo Freire:



“Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por esse saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser o testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa, mas não desiste. Boniteza que se esvai de minha prática se, cheio de mim mesmo, arrogante e desdenhoso dos alunos, não canso de me admirar.”





Eu também sou professor. Sou professor porque tenho paixão pelo que faço. Sou professor porque respeito e admiro os outros professores. Sou professor porque quando olho os meus alunos não vejo apenas sementes, mas frondosas árvores em flor. Sou professor porque me renovo a cada dia, no contato prazeroso com os alunos, porque busco tocar a alma dos jovens e crianças com os quais convivo. Ser professor é uma grande obra, proclamava Cecília Meireles:





“É, certamente, uma grande obra chegar a consolidar-se numa personalidade assim. Ser ao mesmo tempo um resultado — como todos somos — da época, do meio, da família, com características próprias, enérgicas, pessoais, e poder ser o que é cada aluno, descer à sua alma, feita de mil complexidades, também, para se poder pôr em contato com ela, e estimular-lhe o poder vital e a capacidade de evolução.



E ter o coração para se emocionar diante de cada temperamento.

E ter imaginação para sugerir.

E ter conhecimentos para enriquecer os caminhos transitados.”





Que difícil missão a de um professor! E que prazeroso ofício! Como prêmio por sua luta , a certeza de se eternizar em cada um de seus alunos:





“E, depois de ter vivido diante dos seus olhos, dirigindo uma classe, pudesse morar para sempre na sua vida, orientando-a e fortalecendo-a com a inesgotável fecundidade da sua recordação.” (Cecília Meireles)



Reverencio a todos vocês, Semeadores da Esperança!


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terça-feira, 13 de outubro de 2009

APRENDI E DECIDI

Walt Disney



E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...

Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.

Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.

Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.

Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.

Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.

Naquele dia, descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.

Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tenha sido.

Deixei de me importar com quem ganha ou perde; agora, me importa simplesmente saber melhor o que fazer.

Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.

Aprendi que o melhor triunfo que posso ter, é ter o direito de chamar alguém de "AMIGO".

Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, “o amor é uma filosofia de vida ”

Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser a minha própria tênue luz deste presente.

Aprendi que de nada serve ser luz se não vai iluminar o caminho dos demais.

Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...

Naquele dia, aprendi que os sonhos são somente pra fazer-se realidade.

E desde aquele dia já não durmo para descansar... agora simplesmente durmo para sonhar.


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A ARTE DE SER FELIZ

Cecília Meireles



Houve um tempo em que minha janela se abria

Sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.

Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.

Era época de estiagem, de terra esfarelada,

E o jardim parecia morto.

Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,

E, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.

Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não

Morresse.

E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caiam de seus

Dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

Ás vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.

Outras vezes encontro nuvens espessas.

Avisto crianças que vão para a escola.

Pardais que pulam pelo muro.

Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.

Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.

Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.

Ás vezes, um galo canta.

Ás vezes, um avião passa.

Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.

E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,

Que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,

Outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,

Finalmente, que é preciso aprender olhar, para poder vê-las assim.


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Serra injeta política em missa ‘dedicada’ à padroeira

Não há quem desconheça a passagem bíblica em que Jesus, em rara erupção de fúria, põe para correr os vendilhões do templo.
Está no Novo Testamento. Tome-se o relato do apóstolo Mateus (capítulo 21, versículos 12 e 13).
Ele conta que Jesus ''expulsou todos os que vendiam e compravam no templo...”
“E derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas''. Em seguida, Jesus vociferou:
''Está escrito: a minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores''.
Se tornasse hoje à Terra, Jesus não precisaria ser levado à cruz. Morreria antes, de desgosto.
Tombaria ao notar o modo como o templo vem sendo varejado pelos vendilhões da política.

Nesta segunda (12), por exemplo, o governador José Serra (PSDB) foi à Basílica de Aparecida do Norte (SP).

O presidenciável tucano participou da missa em comemoração ao dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.
Celebrou-a o arcebispo de Salvador, Dom Geraldo Magela Agnelo. Presentes algo em torno de 40 mil fiéis.

A alturas tantas, Dom Geraldo apresentou Serra aos devotos. Cedeu o microfone ao governador.
"O Brasil precisa de governantes que sejam íntegros, que sirvam ao povo, em vez de se servirem do povo”, Serra discursou.
Governantes “que tenham como preocupação central abrir oportunidades a nossas famílias...”
“...Oportunidades de trabalho, de cultura, em um ambiente de espiritualidade fraterna [...]”.
Em abril do ano passado, Dom Geraldo dera declarações que levantaram a suspeita de que esconde sob a batina uma plumagem tucana.
Fervilhava nas manchetes o caso dossiê em que a Casa Civil, sob Dilma Rousseff, detalhara gastos sigilosos da presidência de FHC.
Questionado a respeito, o acerbepisto de Salvador soara inclemente: "Se for verdade, a gente fica perplexo...”
“...Não está comprovado, mas Deus queira que não haja tanta maldade assim no mundo..."
“...Tudo serve na época de eleições para os interesses que estão em jogo, sobretudo a mentira e a fraude..."
"...Tudo isso serve para alguém que queira se eleger a qualquer custo, não tem escrúpulos e não tem fundamentos éticos".
Ao permitir que Serra injetasse política no templo de Nossa Senhora, o prelado demonstrou que, de fato, “tudo serve na época de eleições”.
A assessoria de Serra apressou-se em levar ao portal do governo de São Paulo a “notícia” de que o governador dera as caras em Aparecida.
“Serra saudou os peregrinos de todo o Brasil, que participaram das celebrações no Santuário”, informou o texto.
Em entrevista, o governador declarou-se “devoto” de Nossa Senhora. Algo até então insuspeitado.
No sábado (10), Dilma Rousseff, a rival petista de Serra, estivera na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador (BA).
No domingo (11), a ex-materialista Dilma, agora uma dedicada beata, desfilara sua candidatura na procissão do Círio de Nazaré, em Belém (PA).
Mantido esse ritmo, até o dia da eleição mesmo o mais jucundo dos incréus vai acabar acreditando em Deus. Ficou difícil acreditar em qualquer outra coisa.


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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Fuvest descarta uso da nota do Enem no vestibular 2010


 
A USP (Universidade de São Paulo) divulgou nota nesta quarta-feira (7) informando que a Fuvest não vai utilizar a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 no vestibular.
 
A data do Enem foi alterada para os dias 5 e 6 de dezembro, após vazamento do conteúdo da prova prevista para 3 e 4 de outubro. Segundo a Fuvest, o novo calendário inviabiliza, "lamentavelmente", a utilização das notas no processo seletivo, "por razões operacionais".

Com isso, a nota da primeira fase da Fuvest será exatamente o número de pontos que o candidato obtiver na avaliação do dia 22 de novembro. Antes, o Enem 2009 poderia ser utilizado na primeira fase do vestibular, valendo até 20% do total de pontos nessa fase.


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terça-feira, 6 de outubro de 2009

NOTA OFICIAL DE GABRIEL CHALITA

Antes tentavam me impor o silêncio. Agora querem também o mandato. Pelo imperativo ético de respeito a meus eleitores, nesses dez meses de exercício da vereança, jamais deixei de cumprir exemplarmente meus deveres constitucionais. Jamais faltei a uma sessão da Câmara. Jamais negligenciei o trabalho nas comissões. Sempre mantive as portas de meu gabinete abertas aos munícipes.Mesmo tendo sido o vereador mais votado do Brasil, nas eleições municipais do ano passado, não tive voz nem voto em qualquer instância partidária. Essa falta de respeito atinge todos os 102.048 paulistanos que me honraram com seus votos. E é, em respeito a eles, que defenderei meu mandato.Na minha história política, sempre fui coerente com os valores da dignidade humana. A escola de tempo integral, as escolas abertas em finais de semana, a luta pela valorização do magistério paulista, entre outras, sempre foram defendidos na minha gestão como secretário estadual da Educação e na minha plataforma como candidato a vereador. O governador José Serra fechou a metade das escolas em finais de semana e diminuiu as de tempo integral, além de não dar aos professores o devido valor. Não posso concordar com isso. O atual comando do PSDB contraria as posições históricas de Franco Montoro e Mário Covas e se opõe ao próprio programa da Social Democracia.O PSDB acaba de receber vários políticos vindos de outros partidos, entre eles, Rita Camata, Flávio Arns e Geraldo Vinholi. Deveriam eles também perder os seus mandatos?O presidente do partido disse que o que pesou em favor da decisão de ir à Justiça foram as críticas a Serra. Isso é democracia? Minhas críticas não foram pessoais. Por que a retaliação?Confio na Justiça.

Quem deu a ordem para o PSDB tirar o mandato do Chalita?




Suspeita-se que a cabeça de Chalita foi pedida por alguém na foto acima




Por sugestão de um amigo navegante, o Conversa Afiada levanta a seguinte questão: quem foi que determinou que o PSDB deve pedir na Justiça o mandato do vereador Gabriel Chalita, que trocou o PSDB pelo PSB?

Para entender melhor o assunto, o amigo navegante sugere também a leitura da notícia, escondida na página A7 da Folha (*):


PSDB decide pedir à Justiça mandato de Gabriel Chalita

CATIA SEABRA da Folha de S.Paulo

A Executiva do PSDB de São Paulo decidiu na noite de ontem, por unanimidade, requerer o mandato do vereador Gabriel Chalita à Justiça Eleitoral. Recém-filiado ao PSB, Chalita fez ataques ao governador José Serra para justificar sua saída do partido.
Apesar de afirmar que entrará na Justiça com base no argumento jurídico de que o mandato pertence ao PSDB, o presidente municipal do partido, José Henrique Lobo, admitiu que as declarações do vereador pesaram. “Ele deixou o partido de maneira deselegante e descortês e investiu pesadamente contra Serra.”

Leia a íntegra da notícia na Folha Online.

Leia também:
Serra tenha caráter: diga que é candidato


Paulo Henrique Amorim

Em nota, Chalita diz que defenderá mandato na Câmara de Vereadores



Em nota divulgada nesta terça-feira (6), o vereador de São Paulo Gabriel Chalita, que trocou o PSDB pelo PSB, disse que defenderá seu mandato. A nota foi uma resposta à decisão do PSDB de ir à Justiça para pedir a cadeira do vereador na Câmara.

"O PSDB acaba de receber vários políticos vindos de outros partidos, entre eles, Rita Camata, Flávio Arns e Geraldo Vinholi. Deveriam eles também perder os seus mandatos?", questionou o vereador.

A assessoria de imprensa do PSDB disse que os motivos para pedir o mandato de Chalita são técnicos e não políticos. "O pedido deverá ser apresentado em juizo nos próximos dias e será fundamentado em razões exclusivamente de natureza jurídica."

Na nota, Chalita afirma que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), "fechou a metade das escolas em finais de semana e diminuiu as de tempo integral, além de não dar aos professores o devido valor" e que não poderia "concordar com isso". O vereador diz que está sendo vítima de retaliação por ter feito críticas ao governador. O G1 procurou a assessoria de Serra e aguarda resposta.

Nota
Veja a íntegra da nota divulgada por Chalita:"Antes tentavam me impor o silêncio. Agora querem também o mandato. Pelo imperativo ético de respeito a meus eleitores, nesses dez meses de exercício da vereança, jamais deixei de cumprir exemplarmente meus deveres constitucionais. Jamais faltei a uma sessão da Câmara. Jamais negligenciei o trabalho nas comissões. Sempre mantive as portas de meu gabinete abertas aos munícipes. Mesmo tendo sido o vereador mais votado do Brasil, nas eleições municipais do ano passado, não tive voz nem voto em qualquer instância partidária. Essa falta de respeito atinge todos os 102.048 paulistanos que me honraram com seus votos. E é em respeito a eles, que defenderei meu mandato. Na minha história política, sempre fui coerente com os valores da dignidade humana. A escola de tempo integral, as escolas abertas em finais de semana, a luta pela valorização do magistério paulista, entre outras, sempre foram defendidos na minha gestão como secretário estadual da Educação e na minha plataforma como candidato a vereador. O governador José Serra fechou a metade das escolas em finais de semana e diminuiu as de tempo integral, além de não dar aos professores o devido valor. Não posso concordar com isso. O atual comando do PSDB contraria as posições históricas de Franco Montoro e Mário Covas e se opõe ao próprio programa da Social Democracia. O PSDB acaba de receber vários políticos vindos de outros partidos, entre eles, Rita Camata, Flávio Arns e Geraldo Vinholi. Deveriam eles também perder os seus mandatos? O presidente do partido disse que o que pesou em favor da decisão de ir à Justiça foram as críticas a Serra. Isso é democracia? Minhas críticas não foram pessoais. Por que a retaliação? Confio na Justiça.



São Paulo, 6 de outubro de 2009


Vereador Gabriel Chalita"

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MEC decide afastar consórcio do Enem





VALDO CRUZMARIA CLARA CABRALda Folha de S.Paulo, em Brasília


O Ministério da Educação quer rescindir o contrato com o consórcio Connasel, responsável pela aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), e busca uma forma jurídica para tomar a medida.
Segundo a Folha apurou, o ministro Fernando Haddad pediu relatório ao departamento jurídico para ter "segurança de que sua decisão terá respaldo" e o ministério não correrá riscos de ser obrigado a pagar multa ou parcelas do contrato.
O valor total do contrato é de R$ 116 milhões, dos quais já foram gastos R$ 35 milhões com a impressão da prova que vazou e terá de ser descartada. O relatório será entregue hoje ao ministro pela sua área jurídica.
Haddad, segundo assessores, está decidido a afastar o Connasel depois de firmar a convicção de que o grupo cometeu "diversas falhas". Entre elas, na segurança da prova, já que o vazamento ocorreu numa fase de responsabilidade do consórcio.
No final de semana, a Polícia Federal praticamente esclareceu o furto do exame --dois suspeitos foram indiciados e um terceiro, que era contratado do Connasel e atuava na gráfica responsável pela impressão das provas, deve ser indiciado hoje.
Além disso, o Connasel permitiu que professores levassem as provas para suas casas, uma falha considerada "grave" pelo ministério. "Amanhã [hoje] será uma reunião conclusiva com o consórcio, porque há questões jurídicas a serem elucidadas", disse o ministro.
O consórcio nega falhas na segurança e deve entregar hoje um relatório com respostas a vários questionamentos feitos pelo MEC aos procedimentos adotados para o Enem.
Caso haja embasamento jurídico para a rescisão do contrato, o MEC buscará, primeiro, conversar com empresas e entidades para checar se elas têm condições de assumir a aplicação do Enem. Na lista estão a Cespe/UnB, a Cesgranrio e a Fundação Carlos Chagas.
"Teremos parceiros que vão se somar na segunda edição da prova. Na terça, nós fechamos o modelo da nova [prova]. Equacionadas as reuniões na segunda e terça-feira, nós teremos o fechamento do quadro e a provável divulgação do calendário e das medidas que serão tomadas", afirmou Haddad.


Se ninguém aceitar a tarefa, o MEC adotará um plano emergencial, com o apoio do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), dos Correios e do Banco do Brasil. A segurança ficaria com a Força de Segurança Nacional.
Amanhã, Haddad se reunirá com o ministro Tarso Genro (Justiça), quando pode pedir o auxílio da Força e o apoio da PF. Hoje, o ministro se reúne com reitores e representantes estaduais para discutir qual a melhor data para a realização do exame, o que só deve ser divulgado na quarta-feira. O ministro voltou a descartar que o exame aconteça na primeira quinzena de novembro.
Haddad classificou o furto da prova do Enem, que levou à suspensão do exame, de "ato de delinquentes". "Era uma questão de honra chegar até essas pessoas. Ainda há uma a ser localizada. A partir do fechamento do inquérito teremos acesso ao modo de operação das pessoas envolvidas", afirmou.

Suspeito de desvio da prova do Enem depõe em SP



da Folha Onlineda Folha de S.Paulo

A PF (Polícia Federal) em São Paulo ouve na tarde desta segunda-feira o depoimento de Felipe Pradella, um dos principais suspeitos de envolvimento no vazamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), na semana passada.

Pradella, que estava desaparecido desde que o caso veio à tona, se apresentou à PF no final da manhã de hoje. Ele ainda era ouvido por volta das 14h30. A PF ainda não deu informações sobre o depoimento.
Funcionário contratado temporariamente pela Cetro, uma das três empresas que compõem o consórcio Connasel --responsável pela elaboração e aplicação do Enem--, Pradella foi admitido para atuar na Plural, gráfica contratada pelo consórcio para imprimir as provas.
A expectativa é que o suspeito seja indiciado. Desde sábado (3), quando prestaram depoimento em São Paulo, o empresário Luciano Rodrigues e o DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid passaram a ser investigados por três crimes: violação de sigilo funcional (seis meses a 2 anos de prisão), corrupção passiva (2 a 12 anos) e estelionato (1 a 5 anos).
Investigação
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De acordo com as investigações, Pradella obteve a prova na gráfica e, com o DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid --também investigado--, tentou vendê-la a veículos de comunicação por preços que chegaram a R$ 1 milhão. Um amigo do DJ, o empresário Luciano Rodrigues, dono de uma pizzaria nos Jardins, em São Paulo, foi quem fez o contato com o jornal "O Estado de S.Paulo", que denunciou o vazamento.
Apesar de Pradella ter sido contratado pelo consórcio, a empresa nega falhas na segurança e deve entregar hoje um relatório com respostas a vários questionamentos feitos pelo MEC aos procedimentos adotados para o Enem.
Caso haja embasamento jurídico para a rescisão do contrato, o MEC buscará, primeiro, conversar com empresas e entidades para checar se elas têm condições de assumir a aplicação do Enem. Na lista estão a Cespe/UnB, a Cesgranrio e a Fundação Carlos Chagas.
Reuniões
O MEC realiza entre esta segunda e a terça-feira (6) uma série de reuniões para discutir a nova prova do Enem e decidir se romperá o contrato com o consórcio Connasel, responsável pela aplicação da prova.
Às 15h30 de hoje, o ministro Fernando Haddad (Educação) se reúne com o comitê de governança, que inclui reitores de algumas universidades federais e representantes estaduais. O objetivo do evento é discutir qual a melhor data para a realização do exame.
Em seguida, representantes do Inep, órgão ligado ao MEC, participam de uma reunião com integrantes do consórcio para decidir se o governo poderá romper o contrato com os responsáveis pela aplicação e logística do exame.
A área jurídica do Ministério da Educação está avaliando se há possibilidade de rompimento do contrato, uma vez que não houve outras empresas participantes da licitação que escolheu o Connasel para o Enem. A empresa, porém, nega irregularidades.
Já nesta terça-feira pela manhã, Haddad deverá se reunir com a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior). O horário do encontro de amanhã ainda não foi divulgado.
"A data vai depender da reunião com os reitores, marcada para amanhã, e das universidades. Aí poderemos fazer o fechamento do quadro e a divulgação do calendário e das medidas a serem tomadas", afirmou o ministro.

domingo, 4 de outubro de 2009

Gasto de R$ 2 bilhões reduz pouco o analfabetismo no país



da Folha Online

Lançado seis anos atrás com a meta de erradicar o analfabetismo no país, o programa Brasil Alfabetizado já consumiu mais de R$ 2 bilhões até este ano, mas o índice de brasileiros que não sabem ler nem escrever um bilhete simples caiu apenas 13% entre 2004 e 2008, segundo reportagem de Marta Salomon, publicada nesta segunda-feira na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Meta de redução do analfabetismo pode não ser alcançadaIBGE aponta queda de apenas 0,1% no analfabetismo entre 2007 e 2008Brasil é o país com maior número absoluto de analfabetos na América Latina
Segundo o texto, ainda há mais de 14 milhões de jovens e adultos analfabetos --o equivalente a um a cada dez brasileiros com 15 anos ou mais. "Não vou brigar com os números", reagiu André Lázaro, secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação: "A queda do analfabetismo não é proporcional ao nosso esforço", completou.
No ritmo de queda registrado desde o início do programa, o Brasil ainda vai demorar pelo menos o dobro do tempo --oito anos-- para tirar do papel o compromisso de Dakar. "A [atual] taxa não é o que queríamos, mas vamos cumprir a meta", insiste Lázaro, com o aval do ministro Fernando Haddad.
Estados
O combate ao analfabetismo foi bastante desigual no Brasil. E o percentual de jovens e adultos que não sabem ler nem escrever aumentou em 2008 no Distrito Federal e em mais 11 Estados --entre eles São Paulo--, mostra o detalhamento dos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tabulados pelo Ministério da Educação.
Embora tenha a segunda menor taxa de analfabetismo do país, o Distrito Federal registrou o maior aumento percentual (8%), número que surpreendeu o governo local. Já em São Paulo, a taxa aumentou 3% entre 2007 e 2008.
A Bahia é o Estado que reúne o maior número de jovens e adultos analfabetos (1,8 milhão de pessoas). Em proporção da população dos Estados, o ranking do analfabetismo é liderado por Alagoas, Piauí e Paraíba, todos com mais de 20% da população acima de 15 anos analfabeta.

Alunos serão impedidos de cursar duas universidades públicas simultaneamente



da Agência Senado

Um mesmo estudante não poderá ocupar, ao mesmo tempo, duas vagas de cursos de graduação em instituições públicas de ensino superior. Já adotada por muitas universidades públicas, essa proibição poderá ser regra geral estipulada em lei, como previsto em projeto aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte, nesta terça-feira (29). Originária da Câmara dos Deputados, a proposta segue agora à sanção presidencial.
Pelo projeto, se o aluno fizer mais de uma matrícula, depois de obter aprovação na seleção vestibular, terá prazo de até cinco dias úteis para optar por uma das vagas. Caso não houver manifestação dentro desse prazo, o estabelecimento providenciará o cancelamento da matrícula mais antiga se a duplicidade ocorrer em instituições diferentes. Quando se tratar de matrículas em uma mesma instituição, a mais recente será cancelada. Será decretada a perda dos créditos adquiridos no curso em que a matrícula tiver sido fechada.
O projeto foi apresentado à Câmara pelo deputado Maurício Rands (PT-PE). Conforme o autor, o limite estabelecido vem para permitir que maior número de estudantes possa chegar às universidades publicas. Para o relator na CE, senador Augusto Botelho (PT-RR), a medida é justa diante das "notórias" dificuldades que o poder público enfrenta para possibilitar o acesso à educação superior aos que reivindicam esse ingresso.
Botelho disse que chegou a considerar a preparação de parecer contrário à matéria. No entanto, como revelou, acabou mudando o ponto de vista inicial depois de ouvir a opinião de diversos reitores de universidades. Segundo ele, o relato foi de que alunos aprovados em mais de uma universidade pública se matriculam em todas, mas acabam cursando apenas uma, gerando ociosidade de vaga que poderia ter sido ocupada por outro estudante.
Divergência
A votação não expressou posição de consenso, tendo havido um voto contrário e uma abstenção. Quem se posicionou contra foi o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que fez questão de justificar o voto. Segundo ele, um estudante com capacidade para passar em mais de uma universidade pública deve ter a oportunidade de fazer os cursos ou manter a vaga por tempo suficiente para decidir qual o curso ou instituição que mais atenda suas expectativas.
Para Salgado, os reitores argumentam contra a ociosidade de vagas, mas muitas vezes há vagas abertas e as instituições deixam de atender pedidos de transferência de alunos de fora. Marisa Serrano (PSDB-MS), vice-presidente da Comissão de Educação, que estava à frente dos trabalhos no dia, e Fátima Cleide (PT-RO) apoiaram o relator. No seu período de universidade, anotou Marisa Serrano, os alunos não podiam cursar simultaneamente dois cursos.

Nova prova do Enem deve ser na segunda quinzena de novembro, diz MEC


da Agência Brasilda Folha de S.Paulo, em Brasília


O Ministério da Educação deve anunciar na próxima terça-feira a nova data para a realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que foi cancelado por causa do vazamento da prova ocorrido nesta semana em São Paulo.
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a prova deve acontecer na segunda quinzena de novembro, já que não haveria tempo para organizar a aplicação do exame já nos primeiros quinze dias do próximo mês.
O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Reynaldo Fernandes, que esteve reunido durante toda a tarde deste sábado com o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que o comitê gestor do Enem vai se reunir na segunda-feira com 55 reitores de universidades para definir a melhor data para a realização do exame.
Ele não descartou a possibilidade de a prova ser realizada em um dia de semana devido à dificuldade de conciliar a nova data do Enem com os vestibulares. Fernandes acrescentou que a nova prova já está pronta e guardada em um local seguro no Inep.
Neste domingo ocorrerá outra reunião entre representantes do ministério e do Inep para discutir questões ligadas à logística e à segurança das informações do Enem.
Já a reunião entre os diretores do Connasel (Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção), representantes do ministério e do Inep para reorganizar a logística da aplicação da prova deve ser retomada na segunda-feira. Iniciada ontem, a reunião foi suspensa de madrugada. Os diretores do Connasel pediram um prazo para apresentar novas propostas.
Vazamento
O jornal "O Estado de S. Paulo" informou ao ministro da Educação que foi procurado quarta-feira (30) por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas do Enem que entregaria em troca de R$ 500 mil.
O Connasel foi formado para participar da licitação do Enem 2009 e é composto pela Funrio, pela Consultec e pelo Instituto Cetro.
Aproximadamente 4 milhões de alunos se inscreveram para o exame que seria realizado neste final de semana. Não está descartada a hipótese de o Ministério da Educação cancelar o contrato de R$ 116 milhões com o consórcio Connasel, liderado pela Consultec.
O problema é que, caso rompa o contrato, não haverá tempo para fazer nova licitação e há o risco de não haver empresas interessadas em um contrato emergencial --o prazo exíguo para organizar o exame foi uma das principais críticas feitas ao MEC.

PENSAMENTOS