"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Reitoria da UFF apura denúncia de abuso sexual em trote



O reitor da UFF (Universidade Federal Fluminense), Roberto Salles, determinou que a direção da Faculdade de Direito abra uma sindicância para investigar a denúncia de que uma caloura do curso teria sido obrigada a fazer sexo oral durante um trote, na última quinta-feira (20). Em nota publicada domingo (23) no site da instituição, o reitor repudia a ação violenta dos veteranos.

"Os responsáveis serão punidos exemplarmente. A Universidade Federal Fluminense não irá tolerar nenhum tipo de trote que leve ao constrangimento, violência ou discriminação, assim como os que obrigam os alunos a se humilharem para arrecadar dinheiro nas ruas", afirmou Salles, em nota.

De acordo com o comunicado, há oito anos a universidade criou o projeto Trote Cultural, que teria sido adotado pela maioria dos Diretórios Acadêmicos. "Entretanto, alguns grupos de estudantes insistem em praticar atividades que causam constrangimento e que são indignas em relação ao recebimento de seus novos alunos".

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

UFF abre sindicância para investigar denúncia de trote violento



A UFF (Universidade Federal Fluminense) anunciou nesta segunda-feira (24) que irá abrir uma comissão de sindicância para apurar a denúncia de trote violento durante a recepção de calouros da faculdade de direito da instituição.De acordo com notícia publicada na sexta-feira (24) na coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, oito veteranos teriam dito a uma caloura que ela teria que fazer sexo oral para não ter que pagar a cota de R$ 250, que é exigida dos novatos para a festa dos calouros. Para conseguir a quantia, os calouros fazem o tradicional "pedágio".Segundo a caloura, as novatas teriam sido separadas entre "bonitas" e "barangas". As bonitas eram levadas para um lugar diferente, onde estavam cerca de oito estudantes - o mais forte deles teria ficado na porta para impedi-la de sair. Os veteranos teriam dito à jovem que ela teria duas opções: "fazer sexo oral neles e ser promovida à condição de veterana ou beijá-los na boca".A estudante escapou do trote, mas ficou abalada emocionalmente. Ela não formalizou queixa, pois temia passar por mais constrangimentos.Em nota, a universidade afirma que "repudia a atitude de alunos veteranos que recebem calouros com trote violento" e "repele os trotes que geram constrangimento, violência e discriminação". O reitor Roberto Salles determinou a abertura de comissão de sindicância para a apuração dos fatos.Caso seja comprovada a agressão, os acusados podem ser suspensos ou até expulsos da universidade. A apuração pode demorar até 30 dias.

Professor falta 5 dias por ano por problemas de voz




FÁBIO TAKAHASHI da Folha de S.Paulo

Por ano, os professores da educação básica do país faltam cinco dias às aulas, apenas por causa de problemas na voz. Nas demais profissões, a média de ausência não chega a um dia.
A conclusão está em um levantamento nacional, com 3.265 pessoas, feito pelo Centro de Estudos da Voz, pelo Sinpro-SP (sindicato dos professores da rede particular) e pela Universidade de Utah (EUA). Os dados consideram a rede pública e a privada. Também foram ouvidos profissionais fora do magistério.
A professora de matemática Sheila Benetti usa microfone para evitar desgaste na voz
Segundo as autoras da pesquisa, apesar de a docência naturalmente exigir mais da voz do que a maioria das atividades, a diferença está muito acentuada --e poderia diminuir, com medidas tanto dos professores quanto dos colégios.

O representante das escolas privadas admite o problema. "Os professores entram em licença e, por isso, precisamos contratar outros. É um transtorno", afirma José Augusto de Mattos Lourenço, presidente da Fenep (federação das escolas particulares). Ele diz, porém, que os colégios têm procurado atenuar o problema.


"Não dá mais para adiar ações, tanto por parte da rede privada quanto dos governos", diz a coordenadora do estudo, Mara Behlau. Segundo ela, é a primeira pesquisa nacional quantitativa sobre o tema.

Entre as medidas, Behlau sugere a aquisição de microfones para os professores e melhorias acústicas das salas de aula.
"O gasto com contratações deve superar o de adequações física das escolas. Sem contar a frustração do professor de não conseguir exercer sua profissão", afirma. Sem voz

Com apenas quatro anos no magistério, Daniela Faustino de Oliveira, 23, diz já sentir desgaste. "Vivo sem voz ao final do dia. As salas são numerosas e não têm boa ventilação. Por isso, as janelas ficam abertas, o que aumenta o barulho. É difícil competir", afirma Daniela, que leciona em escola particular da zona leste de São Paulo.
Algumas vezes, ela diz que muda a programação da aula porque está sem voz. Em vez de explicar oralmente, passa todo o conteúdo na lousa e só tira algumas dúvidas.

"A situação em que o professor precisa mudar sua aula apareceu muito nas entrevistas", afirma a fonoaudióloga Fabiana Zambon, uma das autoras do levantamento. "É comum a aula ser trocada por vídeo ou seminário. Ou seja, mesmo que não falte, ele perde rendimento", diz.

Zambon diz que uma das dificuldades é que os professores têm pouco conhecimento para diminuir o problema. Algumas das sugestões são beber água durante as aulas e não falar escrevendo na lousa (o volume precisa ser mais alto, e o pó do giz vai para a garganta).

Os problemas mais citados pelos professores na pesquisa foram garganta seca (45% disseram ter), rouquidão (41,2%) e cansaço vocal (36,9%). No restante da população, os porcentagens foram 21,4%, 14,8% e 11,7%, respectivamente.

Universitários de Taubaté (SP) terão de prestar serviços comunitários após trote violento


Alunos do curso de medicina da Unitau (Universidade de Taubaté), no Vale do Paraíba, terão de prestar serviços comunitários em um asilo e pagar multas por terem praticado trotes violentos contra calouros no início deste ano.

A punição foi definida em acordo firmado com o Ministério Público, que evitou que os universitários respondessem a processo por crime de constrangimento ilegal. Cinco estudantes, matriculados no 4º, 5º e 6º anos do curso, foram punidos: quatro deles com prestação de serviço e multa e um deles apenas com multa.

No acordo, a Promotoria ainda se comprometeu a não divulgar o nome dos envolvidos e o da instituição onde eles irão prestar os serviços.

O caso começou a ser investigado depois de um calouro procurar a polícia para denunciar os abusos praticados pelos veteranos nos trotes, que aconteceram no início do ano letivo, em fevereiro. Constrangido pelas humilhações que sofreu, o aluno desistiu do curso.

"[Os veteranos] fizeram barbaridades [contra os calouros]. Cuspiam na cara, simulavam sexo na rua e os obrigavam a ingerir álcool em excesso, a comer ovo cru e até lamber vômito", afirma o promotor Antônio Carlos Ozório Nunes.

De acordo com o promotor, no início do ano 52 alunos fizeram denúncia anônima à direção da Unitau confirmando os abusos. Depois, todos eles, com exceção do calouro que procurou a polícia, voltaram atrás e, por pressão dos veteranos, se negaram a testemunhar contra os suspeitos.

A Unitau, por meio de sua assessoria, diz que não comentará a punição aplicada aos alunos de medicina. Afirma ainda que abriu uma sindicância para apurar o caso, cujo resultado deve ser divulgado nos próximos dias. Ainda de acordo com a universidade, os cinco estudantes envolvidos nos trotes continuam frequentando as aulas normalmente.

Eles vão ter que pagar multas que variam de R$ 1.000 a R$ 3.000, em um total de R$ 10 mil. Todo o dinheiro será revertido para um asilo da cidade. Dois dos veteranos, considerados os mentores dos trotes, vão ter que cumprir seis meses de trabalhos comunitários no asilo. Outros dois vão se dedicar ao trabalho, no mesmo local, por três meses.


Advogado de quatro dos cinco universitários, Decio Azevedo nega envolvimento deles em trotes violentos. Segundo ele, os alunos aceitaram o acordo com o Ministério Público para evitar o processo e também para servir de exemplo.

"Nenhum deles aplicou trote violento. Mas eles aceitaram fazer esse acordo para que, no futuro, venham a servir de exemplo. O que precisa é coibir os abusos", diz o advogado.A reportagem não conseguiu falar com o advogado do outro aluno punido.

domingo, 16 de agosto de 2009

O Evangelho nos permite ficarmos próximos uns dos outros



O ressuscitado está entre nós e o proclamamos liturgicamente quando dizemos: "Ele está no meio de nós". A Canção Nova só pode estar em São Paulo, porque nós acreditamos na força desta invocação litúrgica. A Igreja se desdobra na sua ação ministerial e na sua ação sacramental, porque ela é a primeira representante desse desdobramento. Essa foi a ordem de Jesus a Pedro no momento em que o coloca no seu desdobramento direto da sua missão: "E eu te declaro: 'Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (São Mateus 16,18).


Padre Fábio de Melo

Você não pode construir uma casa sobre as águas, mas pode buscar a pedra. Jesus retira Simão das águas; aí está todo o significado da vida sacramental.Nós nos transformamos naquilo que comemos. Jesus se utiliza do alimento da ceia para mostrar como é que Ele estará presente em nós. A Eucaristia é aquele momento derradeiro, onde Jesus não tem mais um corpo, porque agora a sua presença é gloriosa. Então, Ele diz: "Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: 'Tomai e comei, isto é meu corpo'" (Mateus 26,26).Eu o retiro da água e o coloco no sustento de Pedro. Continue nele, continue nesta comunhão eclesial, sacramental, siga nos mesmos passos, porque isso é caminho de salvação, é o sinal de que estamos no caminho certo. Eucaristia é isso. Cristo não está ausente, nós é que não podemos vê-lo com os nossos olhos, assim como eu posso ver você. A presença da Igreja no mundo apressa este retorno, é esperança de vida eterna que os nossos olhos ainda não podem contemplar.É difícil ficar diante das propostas de Jesus e não ser tocado por Ele, pois a Sua missão não começa com pessoas perfeitas. O reino de Deus começa quando eu me coloco no lugar do outro; e se o nosso olhar é de igual para igual, tudo muda.
A missão que eu tenho de viver é amar quem não merece ser amado. Muitas vezes, pensamos que no Cristianismo encontraríamos glamour, mas de repente Deus me mostra que o meu Cristianismo é muito diferente, porque eu tenho que amar as pessoas que eu não suporto.Jesus trazia as pessoas para perto d'Ele sem medo de quem elas eram. Ele se abaixou enquanto traziam aquela mulher para ser apedrejada e o pior é que ela sabia que seria morta, pois tinha "culpa no cartório". O poder opressor da culpa estava sobre ela. Nós religiosos temos o mau hábito de provocar culpa quanto deveríamos provocar arrependimento. Para aquela mulher não havia outra coisa senão a morte, e ela conhecia a lei, por isso estava curvada sob o peso da culpa. Mas Jesus faz uma pergunta muito simples aos agressores dela: "Quem de vocês nunca falhou na vida ou, arrependido, não quis voltar?". Isso era tudo o que aquela mulher precisava escutar e a direção que Jesus lhe deu não foi a mesma dos moralistas que ali estavam, porque o processo de salvação na vida dela já estava acontecendo.Naquele momento, todo mundo se recordou de seus erros e ficaram paralisados com um discurso humanizador. No momento em que todos se reconheceram no mesmo lugar que aquela mulher, eles viraram as costas e saíram. A Eucaristia que Jesus ainda não tinha realizado, ela experimentou. "Eu não vim para os santos, mas para os que estão doentes, para os miseráveis.O destino da missão de Jesus é você. Pense no que aconteceu no coração daquela mulher; de renegada, a convidada a um lugar nobre no banquete.Eu posso morrer errando, mas quero morrer nos braços da misericórdia. Peço a Deus que Ele nunca permita que eu olhe para alguém com desdém, porque eu não quero ser um instrumento de juízo, mas de salvação. E dizer: "Eu lhe perdoo em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Vá e não volte a pecar”.Hoje, a Canção Nova tem anunciado ao mundo a Boa Nova, e a nossa missão está ligada à missão de Jesus. Hoje, a Boa Notícia está batendo à sua porta.Sabe o que é mais bonito? É saber que você é portador desta notícia também, pois as pessoas estão precisando de um olhar seu que transmita Jesus.
Descubra que o bonito do Evangelho nos permite ficar próximos uns dos outros. A Canção Nova não engoliu a verdade suprema, estamos ainda em processo de conhecimento e o anúncio deve ser de misericórdia. Ou então vamos contrariar aquilo que Jesus pediu de nós. Se algum dia eu me esquecer de que Deus me ama, então não poderei mais anunciar.Não podemos anunciar uma superioridade religiosa que não faz bem a ninguém. É muito fácil sermos diabólicos jogando o outro na lama. Eu preciso viver para estabelecer comunhão. Eu vou viver para que o meu lar seja melhor, vou assumir com Jesus e procurar onde existe alguém que precise de um lugar salvífico, porque Deus não tem outro objetivo no mundo senão o de colocar você em pé.A missão da Canção Nova é anunciar que Deus nos ama e nos quer de pé, é dar a nós uma frase que faça o nosso coração acordar. Como é difícil acreditar nessa verdade! Mas a força do ressuscitado em nós é para nos libertar de todos os pesos.Precisamos nos sentir amados por Deus. E quando temos a consciência de que não somos qualquer coisa, mesmo que tenhamos cometido muitos erros, sabemos que o amor de Deus é muito maior que os nossos erros. Nós precisamos colocar os nossos pés nesta verdade.Eu lhe convido a olhar Jesus nos olhos, porque n'Ele toda a culpa pode ser dissolvida. Peça ao Senhor que Ele transforme a sua culpa em arrependimento. Busque, dentro de você, essas culpas e as examine, porque elas estão na mira da misericórdia. Depois que você fizer isso, ninguém o humilhará mais.

Eu te aprecio e te amo


Eu queria começar essa conversa com um trechinho de Isaías 43,4: “Porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti, entrego nações em troca de ti. ” A Palavra do Senhor diz 'aprecio' e 'te amo'. Apreciar é diferente de amar, pois quem ama o faz acima de todas as coisas; apreciar é olhar para aquilo que a pessoa faz e gostar daquilo. O Senhor nos olha hoje e nos diz: "Meu filho, eu te aprecio e te amo".Depois de termos sido traídos, nós começamos a nos achar feios e passamos a não nos apreciar; então, queremos ser outra pessoa. Mas precisamos admirar o que somos, porque ninguém é igual a ninguém; somos únicos, somos templos do Espírito Santo. Muitas vezes na nossa vida encontramos pessoas que pisam em nossos sonhos, por isso começamos a nos sentir inferiorizados e a querer ser igual a outras pessoas; olhamos para nós mesmos e não conseguimos ver o que há de bom em nós, mas cada um de nós tem seu talento próprio. Mesmo que, na sua história familiar, seus pais, seus irmãos, ou seu esposo (a) não tenham lhe dado valor, a Palavra de Deus lhe diz: “Meu filho, eu te aprecio e te amo”. É o Senhor lhe falando para cicatrizar a sua ferida; Ele está declarando o Seu amor por você. Deus tem amor por você, Ele o trouxe a este encontro para que você reze por essa cidade e também para que você perceba que é templo do Espírito Santo. Essas palavras têm de estar forte em seu coração: “Eu te amo e aprecio”.
Gabriel Chalita
Foto: Natalino Ueda
Você é um projeto que deu certo. Mesmo que haja pedras no meio caminho – um desemprego ou uma pessoa que trabalha com você e lhe pisa e destrói seus sonhos –, você é um profeta, pois tem a força que Deus lhe concedeu.Em toda a história da Igreja, tivemos homens e mulheres maravilhosos; vários santos passaram pela noite traiçoeira, profetas também choraram. Muitas vezes, choramos de saudades de alguém que já faleceu, por acontecimentos que não voltarão mais. Mas nosso choro também vem de experiências ruins, porque fomos traídos, humilhados, por sermos fracos, termos familiares alcoolizados, ou pela falta de oportunidade que existe em nossa vida. A vida é assim, mas isso não significa que Deus tenha nos abandonado. São nestes momentos que Ele nos carrega e nos diz: "Você é precioso aos meus olhos". Diga: "Eu sei que sou precioso ao Seus olhos, que o Senhor me ama e me aprecia, eu sou amado por Deus". E se Deus o ama e aprecia, como você pode não se gostar? Como pode se olhar no espelho e se achar feio ou burro, dizendo que não tem talento?Deus olha para você e, por maior que seja sua dor, Ele quer que você tome posse de Sua bênção. Mesmo que o outro não o trate bem, não dê poder para que isso mande no seu comportamento e você maltrate outra pessoa. Reclamamos, muitas vezes, que as pessoas nos tratar mal, mas nós também as tratamos assim quando destruímos os sonhos delas.Que o Senhor nos ajude a ter dom da gentileza e um coração capaz de amar de verdade assim como Maria amou.




Transcrição e adaptação: Regiane Calixto

Chegamos ao consenso


Nas últimas duas semanas foram lançados três ótimos livros sobre a educação no Brasil, escritos por gente que conhece a realidade das escolas dentro e fora do país. Os trabalhos mostram que, enfim, chegamos ao consenso, acima de partidos e ideologias: a questão essencial para o futuro de nossa educação é ensinar o professor a dar aula, cobrar resultados e premiar o desempenho.
É o que se extrai das obras "A Reforma Educacional de Nova York", de Patrícia Guedes e Norman Gall, do Instituto Braudell, "A Educação Básica no Brasil", de vários autores, e a " Vantagem Acadêmica de Cuba", de Martins Carnoy, economista e professor da Universidade de Stanford.
Constata-se que os professores poucos aprendem sobre como dar aula, não são supervisionados e, em geral, não são cobrados. Nas experiências que deram certo, segundo esses três livros, o professor é sempre acompanhado.
Possivelmente, o Brasil chegou, na educação, ao consenso que chegou para acabar com a inflação. Vai demorar muito tempo, mas, pelo menos, estamos no caminho.
*
O detalhamento desses livros está no site (www.dimenstein.com.br). Pelo site pode ser baixado, na integra, o texto sobre a reforma educacional de Nova York, com a comparação com as escolas brasileiras.

Ensino abaixo da média



Um aluno desleixado, desinteressado pelos estudos, que não fazia seu dever de casa e vivia repetindo o ano, hoje se transformou em um estudante atento, esforçado, que corre para recuperar o tempo perdido. Essa é a imagem do Brasil que aparece no minucioso raio X da situação do ensino médio e fundamental revelada pelo livro "Educação Básica no Brasil". O volume, que será lançado na segunda-feira pela editora Campus/Elsevier, reúne uma série de levantamentos e pesquisas que procuram jogar luz sobre os diferentes nós do problema educacional brasileiro. A análise, feita majoritariamente por economistas, entre eles o Prêmio Nobel James Heckman, trata de um caleidoscópio de questões que vão desde a difícil criação de um sistema de incentivos e punições para escolas, diretores e professores, passa pelo impacto da educação sobre a renda, a desigualdade e a violência e chega às experiências inovadoras que estão sendo realizadas no Brasil e no mundo.Há boas e más notícias. O lado bom é que, pela primeira vez o Brasil - depois de vencida a hiperinflação nos anos 1990 e tendo atacado a desigualdade na distribuição de renda nesta década - se beneficia de um programa claro de combate ao enorme passivo educacional que emperra seu desenvolvimento. Enfim, uma política pública que começou há 15 anos, na administração de Fernando Henrique Cardoso, e foi continuada e aperfeiçoada pelo governo Lula, com a criação de um fundo específico para a área (o Fundef, depois substituído pelo Fundeb), de programas de incentivo à frequência escolar (o Bolsa Escola, seguido pelo Bolsa Família) e de mecanismos de avaliação e de responsabilização (como o Saeb, o Enem e o Ideb).A má notícia é que os resultados ainda não são animadores, principalmente quando comparados com outros países. Apesar de alguns avanços no período, quando foi atingido o objetivo de pôr todas as crianças de 7 a 14 anos na escola, o Brasil ainda está mal em vários aspectos, tanto em termos quantitativos como qualitativos.Exemplo: enquanto aqui só 30% da população entre 25 e 64 anos completou o ensino médio, chega-se a 88% nos Estados Unidos e na Rússia. Os indicadores de qualidade são ainda mais preocupantes. A classificação do Brasil no último teste do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) - que, em 2006, mediu o conhecimento de estudantes de 15 anos de 57 países - foi 54º lugar em matemática, 52º em ciências e 49º em leitura. Esse desempenho, muito baixo em termos absolutos, também é inferior à posição que se esperaria de um país com nível de renda per capita equivalente ao brasileiro (veja gráfico na pág 19)."Hoje existe certo consenso de que a educação é importante, mas os resultados, veja nosso desempenho no Pisa, ainda são um desastre", afirma o professor do Ibmec Rio Fernando Veloso, um dos organizadores do livro e autor de dois capítulos.Para Veloso, no governo FHC, da mesma forma que a partir de meados dos anos 1990, houve uma convergência em torno de princípios gerais da política econômica (meta de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flexível), o mesmo processo se deu em relação às diretrizes da educação, que têm um terreno comum baseado em diagnóstico e avaliação.Nestes 15 anos, o maior desvio de percurso, aponta o economista, ocorreu no início do primeiro governo Lula, quando o ensino superior teria sido privilegiado em detrimento da educação básica - rota corrigida, afirma, depois da entrada de Fernando Haddad no ministério.O gasto excessivo com o ensino superior é um dos alvos prediletos dos autores do livro, que criticam a inversão de prioridades que ocorre no Brasil. Em relação ao investimento em educação, o problema não seria tanto o total de recursos destinados à área - afinal, o gasto brasileiro, de 4,4% do PIB, é equivalente ao da Coreia do Sul e maior que o do Japão (3,5%). O equívoco estaria na desproporção de gastos entre a educação básica e o ensino superior. Enquanto o gasto público por aluno no ensino básico nos países desenvolvidos é de cerca de 20% da renda per capita, no Brasil de 15% no ensino fundamental e de 11% no nível médio. Já no ensino superior, a proporção é de 95% da renda per capita. Na Coreia, por exemplo, é de apenas 9,3%. "Nesse país, que fez uma revolução educacional e hoje colhe seus frutos, a relação de despesas é inversa, com mais gasto por aluno na educação básica do que no ensino superior", comenta Veloso.Um dos autores do capítulo "Educação, Crescimento e Distribuição de Renda", Samuel Pessôa, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também destaca essa discrepância, lembrando que ela já foi muito maior nos anos 1950 e 60. Nessa época, gastava-se com ensino médio, então de boa qualidade e para um reduzido número de alunos - a taxa bruta de matrícula era de 7% -, dez vezes mais, por aluno, do que no fundamental. Com estudantes do ensino superior, essa razão chegava a cem vezes.Para Pessôa, esses números refletem as escolhas de uma sociedade elitista, "doente, esquizofrênica, que vivia um sonho dourado da era JK, do Rio bossa-nova", que gastava importantes recursos construindo Brasília. Enquanto isso, os investimentos em educação ficavam em apenas 1,5% do PIB, e a taxa de crescimento populacional, na casa dos 3%, fazia do país uma "fábrica de bebês". Uma combinação explosiva, cujas consequências apareceriam nas décadas seguintes: favelização das grandes cidades, altíssima criminalidade, baixa produtividade do trabalhador e péssima distribuição de renda.Pessôa ressalta que, naquela época, o Brasil foi capaz de levantar a bandeira "O petróleo é nosso", mas ninguém pensou em fazer uma campanha para pôr as crianças na escola e universalizar o ensino. O economista afirma ainda que a esquerda sempre subestimou a importância da educação, tanto para o desenvolvimento econômico quanto para a redução da desigualdade.Em seu trabalho, Pessôa cita um dado contundente: cerca de 30% a 50% da desigualdade no Brasil é explicada pela educação dos indivíduos, índice bem acima do verificado em outros países, em torno de 15%. Logo, ter mais escolaridade, numa sociedade que investiu tão pouco em educação, faz muita diferença. Está entre os investimentos mais rentáveis. A taxa de retorno da educação no Brasil é de quase 15% por ano de estudo, bastante alta se comparada a aplicações financeiras.Mas, se a educação gera um retorno privado tão alto, por que os brasileiros investem tão pouco nessa área? É a pergunta que Marcelo Neri, economista da FGV e colunista do Valor, tenta responder em seu capítulo, que trata do paradoxo da evasão escolar. Neri mostra, primeiramente, como o nível de escolaridade tem enorme impacto sobre a média salarial, que variava, em 2007, de R$ 392, entre os analfabetos, a R$ 3.469 entre aqueles que já frequentaram a pós-graduação. A diferença na taxa de ocupação nesses dois extremos também é grande, subindo de 59,8% (analfabetos) para 86,3% (pós-graduados).Ao analisar as respostas à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referentes à evasão escolar na faixa etária crítica dos 15 aos 17 anos, Neri observa que, diferentemente do senso comum, o principal motivo que leva os alunos a abandonar a sala de aula não tem a ver com a necessidade de geração de renda, mas à falta de interesse intrínseco pelos estudos.As motivações para a evasão foram divididas em grupos de respostas. As razões ligadas à falta de oferta educacional (falta de vaga, inexistência de escola perto de casa etc.) representaram, em 2006, apenas 10,9% do total. Os motivos ligados à falta de renda (trabalhar ou procurar trabalho, ajudar nos afazeres domésticos etc.) foram responsáveis por 27,1% dos abandonos. Já a falta de interesse intrínseco chegou a 40,3% e desse total 13,67% se explicariam por que o aluno "concluiu a série ou curso desejado" e 83,38% por que o jovem "não quis frequentar".Para Neri, esses dados trazem uma mensagem pessimista para a questão da educação no Brasil por que apontam para soluções ainda mais difíceis. Segundo ele, o problema não se resolverá, como geralmente se acredita, priorizando-se apenas a oferta, ou seja, oferecendo mais escolas, mais professores, mais livros, mais computadores. Também não será combatido simplesmente com políticas que diminuam as restrições de renda, como crédito educativo, concessão de bolsas ou transferências de renda condicionadas, tal qual o Bolsa Família. Como o problema é essencialmente de interesse, a solução - mais morosa - passa por criar a demanda por educação, mostrar ao jovem e à sua família que a taxa de retorno por ter escolaridade é alta."Temos dois desafios: não só o de oferecer ensino de qualidade, mas o de convencer o jovem a ir lá, frequentar a escola. O benefício da educação é gigantesco, mas os estratos mais pobres da população não têm a dimensão desse retorno. O problema da proficiência e da evasão está na casa do aluno. Se pais e filhos não estiverem absolutamente convencidos da importância da educação, as outras políticas públicas não vão resolver", afirma o economista, que ressalta a necessidade de a escola mudar o conteúdo e a forma como ele é apresentado para que o ensino seja mais atraente.Esses resultados da pesquisa de Neri estão perfeitamente de acordo com os achados de outros autores do livro. É o caso do estudo feito por Naercio Menezes-Filho em coautoria com Fernanda Patriota Ribeiro. Seu objetivo foi encontrar quais são os fatores determinantes do rendimento escolar dos alunos do ensino básico paulista. Para isso, foram analisadas as notas em matemática obtidas na Prova Brasil 2005 e no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) de 2007.Mais uma vez, os fatores ligados à escola tiveram menos impacto (cerca de 20%) do que o imaginado. Nada menos que 80% da variação das notas foi explicada pelas características dos próprios alunos. Desse total, 60% estariam relacionados, entre outros dados, a diferenças de inteligência, temperamento e concentração do estudante e 20% são explicados por outros atributos individuais, sendo os mais importantes a cor da pele, a escolaridade dos pais e sua preocupação com o estudo e ter cursado a pré-escola.No que se refere às condições da escola, os fatores que se mostraram mais benéficos ao desempenho dos alunos foram: ter um corpo docente permanente, de professores concursados, estável e sem muitas faltas, além de um espaço de recreação e banheiros excelentes. Quanto ao diretor, ter estudado pedagogia ou receber salários mais altos não ajuda a melhorar o desempenho do aluno. Mas faz diferença se o diretor completou o mestrado e exerce a função há mais de 20 anos."Isso tudo é importante, mas, mesmo que a escola melhore muito e atenda a todos esses requisitos, o desempenho do aluno cresceria 20%. Já é um ganho substancial. Precisamos, porém, avançar sobre os outros 80%, nos quais temos de lidar com o 'background' familiar: se os pais são escolarizados, se incentivam a fazer as tarefas, se há um lugar calmo para estudar em casa. São fatores mais difíceis de ser atingidos por políticas públicas.No entanto, há outros que podem ser perfeitamente alcançados, como a ampliação do número de vagas em creches e pré-escolas", afirma Naercio, também colunista do Valor e professor do Insper (ex-Ibmec-SP). Esse impacto favorável da educação infantil no desenvolvimento intelectual posterior do aluno é analisado no interessante capítulo escrito por Aloisio Pessoa de Araújo, Flávio Cunha, Rodrigo Moura e pelo americano James Heckman, Nobel de economia de 2000. Eles mostram como os primeiros anos de vida são um período determinante no desenvolvimento da cognição, que está quase totalmente formada antes da entrada na escola.Isso mostra, defendem os autores, a importância da criação de programas educacionais voltados para crianças em idade pré-escolar que vivem em condições desfavoráveis (famílias desestruturadas, pais que não têm boa escolaridade ou não dão incentivo aos estudos). A intervenção precoce seria uma forma de reduzir a repetência, combater preventivamente a violência e diminuir as desigualdades sociais.A eficiência do ensino pré-escolar é ilustrada por meio de quatro programas experimentais (três nos Estados Unidos e um nas Ilhas Maurício) realizados nos anos 1960 e 70. Neles, os alunos foram acompanhados durante muitos anos (em um dos projetos, o Perry, até atingir os 40 anos). E comparou-se o desempenho das crianças que participaram do programa (grupo de tratamento) com o das que pertenceram ao grupo de controle, formado por alunos com características socioeconômicas semelhantes.No programa Perry, enquanto 45% dos participantes no grupo de controle concluíram o ensino médio, esse porcentual foi de 66% no grupo de tratamento. No projeto Abecedarian, 13% concluíram o ensino superior, proporção três vezes maior do que daqueles que não participaram do programa na infância. A educação pré-escolar também teve forte impacto na redução da violência. No programa CPC, de Chicago, 25% dos jovens que não participaram do projeto já tinham sido presos pelo menos uma vez até os 21 anos. No grupo de tratamento, esse porcentual foi 30% menor."A educação infantil tem de ser a bola da vez. Ainda não houve tanto debate sobre essa fase do ensino. Mas essas experiências mostram como o desenvolvimento cerebral se dá muito cedo e é fundamental para a trajetória de toda a vida. Os programas são caros, por que são mais complexos, demandam pessoas muito qualificadas, mas os benefícios individuais e para a sociedade são muito evidentes", afirma o economista Aloisio Pessoa de Araújo. Em 2006, o custo dos programas Perry e CPC foi, respectivamente, de US$ 9.785 e US$ 8.273 por criança participante. Mas o retorno estimado para a sociedade foi de US$ 9 e US$ 7 para cada dólar investido nos dois programas.Esse rigor, mais disseminado em países desenvolvidos, de mensurar a qualidade e o impacto do ensino, também está se consolidando no Brasil. É um dos pontos fortes no processo de pôr a educação brasileira nos trilhos, como destaca o livro. A construção de um sistema abrangente de avaliação, que não existia até meados da década de 1990, representou um avanço nos últimos anos, possibilitando o estabelecimento de metas e políticas públicas claras.O tema é tratado por Reynaldo Fernandes e Amaury Gremaud no capítulo "Qualidade da Educação: Avaliação, Indicadores e Metas". Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), Fernandes afirma que a avaliação não deve servir só como um diagnóstico, mas tem o papel de alterar atitudes e gerar um sistema de incentivos.É o que tem ocorrido com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Para Fernandes, o Ideb representa um terceiro momento da evolução do sistema brasileiro de avaliação. No fim dos anos 1980, aponta, a preocupação principal era apenas com indicadores de fluxo, como repetência e evasão. Num segundo momento, passou-se a enfatizar a qualidade do aprendizado, mas haver cuidados com a evasão. O mecanismo de avaliação do Ideb valoriza essas duas dimensões: fluxo e desempenho. "Não adianta melhorar a nota do aluno à custa de reprovações e do aumento da evasão", diz.A partir do Ideb, foi possível criar o sistema de metas denominado Compromisso Todos pela Educação, introduzido pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A cada rede de ensino e escola compete um esforço similar, mas com metas diferenciadas, dependendo do ponto em que se encontravam em 2005. O objetivo é que esse esforço conjunto faça o Brasil atingir, até 2021, o padrão de qualidade de ensino dos países desenvolvidos. Como fazer isso é o que se está discutindo agora.Fernandes lembra que, diferentemente de países europeus, como França e Inglaterra, no Brasil o sistema é muito descentralizado. Por um lado, há vantagens, já que a taxa de inovação é maior. Mas corre-se o risco de não se difundirem as boas práticas se cada sistema se isolar. Quanto à controvertida questão sobre um sistema de incentivo, Fernandes defende um modelo baseado mais na premiação do que na punição de escolas e profissionais. "Os sistemas de incentivo importam, mas acho o modelo de premiação mais justo. Quando se põe punição, o quadro pode piorar. Tem de haver pelo menos uma correção, pois não se pode punir uma escola que teve resultados ruins só por que atende alunos mais pobres. Também não posso punir sem dar autonomia ao gestor. Se ele não pode contratar, fazer escolhas, fica difícil responsabilizá-lo pelos resultados."A questão é polêmica e complexa. Mas demonstra como o nível do debate sobre a educação tem avançado no país, recebendo as mais variadas contribuições em livros como este "Educação Básica no Brasil".
Por :Cristian Klein - Valor Enconômico

Apesar do fantasma da gripe suína, escolas recomeçam aulas amanhã

O uniforme de Gabriel, 12, já está preparado para a volta às aulas na próxima segunda-feira. Se depender da mãe dele, a assistente Silvana Vieira, 38, o garoto deve retomar a rotina no Colégio Jardim São Paulo, apesar do fantasma da gripe A (H1N1). "Fico preocupada, mas não dá para deixar a criança isolada em casa", diz.

A dona de casa Tânia Vilela, 50, compartilha a mesma opinião. Apesar de se preocupar com a epidemia, ela não vai impedir que o filho Lucas, 15, retome a rotina escolar no Hexag.

A caçula Letícia, 10, voltou aos livros nesta semana no colégio Edir Monteiro. "A escola dela deu instruções de como se prevenir contra a gripe. Ensinaram às crianças sobre a importância de limpar as mãos com álcool gel, de não compartilhar copos e toalhas. E avisaram aos pais que, se a criança estiver espirrando, não deve ir ao colégio", afirma.

Segundo o infectologista Pedro Tauil, especialista em saúde coletiva, impedir que as crianças voltem à escola não é garantia de proteção contra o vírus. "O adiamento das aulas diminui o risco de contaminação, mas não o elimina. Se não for no colégio, o contato pode acontecer nos transportes, no shopping, na visita de um parente. É preciso tomar cuidado, mas não adianta viver numa redoma", afirma o especialista.

Juvêncio Furtado, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, acredita que a epidemia deve diminuir nas próximas semanas, mas, mesmo assim, as escolas precisam estar preparadas para o retorno dos alunos. "As escolas devem estar preparadas para disponibilizar pias, sabão, álcool para a higienização das mãos dos alunos. Os professores também têm de estar preparados para reconhecer qualquer sinal de doença respiratória", afirma.


Beijo


O Colégio Bandeirantes, zona sul de São Paulo, decidiu orientar os alunos sobre o risco de transmissão do vírus A (H1N1) durante o beijo. O assunto é tratado no artigo "É proibido beijar... gripado", publicado no site da escola.


O tema foi definido pela sexóloga Maria Helena Vilela, que escreve mensalmente um texto para os alunos da escola, mas a coordenadora de educação sexual do Bandeirantes, Maria Estela Zanini, diz que a escolha caiu como uma luva para os pais preocupados com os efeitos das férias esticadas.

Eles temiam que os filhos ficassem mais expostos ao vírus por causa do tempo livre. Nos dias de folga, os jovens poderiam ir a shoppings e baladas, locais fechados onde poderiam encontrar mais gente e, também, beijar mais.

"Não é para criar pânico. Eles precisam saber os riscos que vivem", diz Vilela. Para ela, os adolescentes devem dispor de informações para poderem assumir os riscos quando se relacionam. Como prevenção, o Bandeirantes instalou dispensadores de copo descartável próximos aos bebedouros.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Os girassóis e nós.



Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los.
A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez que mudar a direção do Regente.
Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis.
Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de voltar-me para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. É Nele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo, o que Nele já está realizado.
Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos.
Eu Dele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa.
O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol, e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se Nele não colocarmos a direção dos nossos olhos.
Cada vez que o nosso olhar se desvia de sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol, o que na verdade não passa de luz artificial.
Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.
A vida é o lugar da Revelação divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir nas realidades humanas algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr.
Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz.
Sejamos como os girassóis...
Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.
Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo.
Girassol só pode ser feliz se para o Sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.
Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.

A negação da humanidade


O debate sobre o toque de recolher para jovens menores de idade já virou polêmica em várias cidades do Estado. Fernandópolis, Itapura e Ilha Solteira recorreram à medida como política de segurança pública no combate à violência juvenil. Em todo o País, treze cidades a adotaram. Outros vinte municípios estariam discutindo seguir o mesmo caminho. Em Birigui, Santópolis do Aguapeí, Coroados, Clementina e Brejo Alegre, a restrição vale somente para jovens em conflito com a lei. Sete cidades da região noroeste adotam medidas como fechar o comércio à meia noite.
Um estrangeiro ao ler estas linhas poderia perfeitamente sentir-se diante de uma sociedade em guerra civil. O sentimento se transformaria quase em certeza se ele soubesse que, nos últimos trinta anos, mais de 1 milhão de pessoas foram mortas em todo o País, na maioria jovens e muitas, menores de idade. Quando lembramos que o Estatuto da Criança e do Adolescente já vigora há 19 anos, é inevitável imaginar quão maior não seria o número de homicídios sem ele. Pior ainda é pensar que talvez nem tanto, pois quem mata à revelia da lei o faz como se ela não existisse.
Dados do Conselho Tutelar de Pereira Barreto mostram que depois do fechamento do comércio à meia-noite, há dois meses, as infrações de menor porte caíram em 24%. Na mesma cidade, a Polícia Civil aponta que furtos e roubos diminuíram pela metade, enquanto a violência doméstica caiu 60%. Mesmo assim, as restrições dividem opiniões. O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conama) critica as medidas, dizendo que elas ferem a Constituição e o ECA; o Conselho Nacional de Justiça e juristas de renome nacional defendem as medidas. O Conselho se pronunciou a favor da decisão de uma magistrada em Nova Andradina sobre o funcionamento de bares e restaurantes até mais tarde. Por enquanto, o assunto é de caráter administrativo, pois foi instituído por portarias das prefeituras. E o parecer do CNJ refere-se exclusivamente à competência de uma juíza em determinar o toque de recolher. A esperança do Conanda é de que o julgamento do mérito suspenda a decisão judicial de Andradina e as portarias das demais cidades. Por fim, sempre haverá a possibilidade de recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Mas o que me importa como educador, e a vocês como pais, é o futuro de seus filhos. Se por um lado a aplicação das medidas tem obtido resultados satisfatórios em algumas cidades, por outro não há como negar a ocorrência de constrangimentos e o desrespeito, sim, ao direito constitucional de ir e vir. Em alguns casos, é verdade, o toque vale para menores encontrados nas ruas sem a companhia dos pais, onde o encaminhamento a suas residências tem caráter protetor. Seja como for, voltando a pensar no futuro das crianças e adolescentes abordados pela autoridade policial nas ruas de cidades pequenas, onde todos se conhecem, impossível não lamentar tais situações.
Como secretário estadual da Juventude e depois da Educação, sempre me ocupei da questão educacional num enfoque humano e afetivo. Com o devido respeito à interpretação jurídica em nome da segurança e integridade física da juventude, tenho profunda preocupação com o perfil de ser humano que estamos formando. Temo pelo equilíbrio emocional e psicológico de futuros adultos com um passado de privações geradoras de medo, desrespeito e revolta para com o Estado, na figura da autoridade policial, que pode aumentar ainda o risco de confrontos nas ruas das mesmas cidades.
A violência que acomete nossa juventude muitas vezes está dentro da própria escola ou do lar e em horários que nenhum toque de recolher resolve. Por isso, apresentei o projeto que já virou lei, sobre o bullying escolar. A expressão inglesa de que trata a nova lei refere-se a todo o tipo de provocação, preconceito ou molestamento que uma criança ou um jovem pode sofrer no ambiente escolar, que muitas vezes evolui para a violência física e causa mortes.
Chega de jovens morrendo em São Paulo! Junto com a Lei do Bullying, propus a criação do cargo de psicopedagogos nas escolas da rede pública municipal para atendimento específico a este tipo de caso. A idéia, mais do que assegurar a integridade da pessoa agredida, é garantir o futuro de seu caráter e personalidade. De que adianta o ótimo nível de ensino que sempre buscamos sem alunos felizes?
O filósofo francês La Boétie, no seu "Discurso da servidão voluntária", já reclamava, na terra das liberdades totais, que o absolutismo impusesse tanto medo e tirania ao povo. Para ele, o homem nega sua essência ao deixar de ser livre. Negar a liberdade é negar nossa humanidade.
Guardadas as proporções, pondero em nome do bom senso e do equilíbrio, enquanto a Justiça não cria uma jurisprudência adequada ao tema. Do contrário, quem terá razão será o estrangeiro a achar que vivemos em uma guerra civil.
O professor Gabriel Chalita é escritor, educador e vereador à Câmara Municipal de São Paulo. Foi secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer e da Educação


Diário de Sorocaba

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CONTRA O PROJETO DISCRIMINATÓRIO DO GOVERNO ESTADUAL


A Diretoria Estadual Colegiada da APEOESP (DEC) reuniu-se no dia 10/08 na Sede Central para analisar o Projeto de Lei Complementar nº 29/2009 do governo estadual que institui sistema de promoção para os integrantes do Quadro do Magistério da Secretaria da Educação.A Diretoria concluiu que o PLC 29/2009 não atende às necessidades da escola pública estadual e da categoria, embora o governo, através da mídia, venha criando um marketing em torno da proposta a partir da ilusória perspectiva de que os professores poderão alcançar altos salários.
Governo não respeita as entidades

Não podemos aceitar o método utilizado pelo governo para impor seu projeto, desrespeitando a APEOESP e demais entidades representativas do Magistério, com as quais não estabeleceu qualquer diálogo. Também desrespeitou a própria Lei Complementar 836/97 (Plano de Carreira) que, em seu artigo 25, cria a comissão paritária de gestão da carreira, na qual quaisquer assuntos relativos à carreira do Magistério - sobretudo as referentes à evolução funcional - teriam que ser discutidas previamente.

Lembramos que o governo tentou inviabilizar esta comissão (fruto da nossa luta) com o veto do então governador Mário Covas, que foi derrubado pela Assembleia Legislativa no ano 2000 (quando houve longa greve da categoria). Depois ingressou com ação judicial, derrubada em 2006 no STF. Agora, recusa-se a cumprir a lei. Diante disto, caso o governo não recue e reúna a comissão, a APEOESP poderá tomar as providências judiciais cabíveis.

Marketing minimiza restrições do projeto

O tipo de abordagem feito por setores da mídia e pelo governo minimiza aspectos importantes do projeto, que restringem drasticamente o seu alcance, entre eles:

As notas mínimas exigíveis para a promoção dos professores são crescentes, sendo 6 do primeiro para o segundo nível; 7 do segundo para o terceiro nível; 8 do terceiro para o quarto nível; e 9 do quarto para o quinto nível, num possível de 10.

Para atingir o quinto nível, um professor ingressante necessitará trabalhar de forma ininterrupta, no mínimo, por 13 anos, desde que cumpridas as demais exigências e obtidas as notas acima referidas.

Além das demais condições, para participar de cada etapa da progressão o professor precisará permanecer na mesma escola ou unidade administrativa (no caso de supervisor de ensino) durante, no mínimo, 3 anos e 2 meses (na primeira avaliação) e 2 anos e oito meses (nas demais avaliações). Entretanto, não há qualquer política de incentivo salarial e profissional para que o professor, hoje, permaneça na mesma escola.

Também é exigido do professor alto índice de frequência para participar do processo de promoção, não respeitando os direitos estabelecidos pela legislação como faltas médicas (já restritas pela lei 1041/2008); licença-prêmio e outras.

Serão penalizados no processo professores que tenham feito uso de faltas abonadas.
Serão promovidos à faixa seguinte, no máximo, 20% dos integrantes de cada faixa salarial, desde que cumpridos os demais requisitos. Este é o percentual máximo; entretanto, seu cumprimento depende da disponibilidade orçamentária declarada pelo governo em cada ano, o que significa que o índice de promovidos poderá, no limite mínimo, ser próximo de zero, se o governo entender que não dispõe de recursos para mais que isto.

Os atuais aposentados não serão beneficiados.

O Adicional de Local de Exercício e o Adicional de Transporte se incorporam nos proventos da aposentadoria proporcionalmente ao tempo de contribuição (1/30 por ano para o homem e 1/25 por ano para a mulher), mas somente à medida que passarem a sofrer o desconto previdenciário previsto no projeto, reduzindo o que o professor da ativa de fato recebe mensalmente.

Governo quer desviar atenção da sociedade

Com este projeto o governo Serra quer desviar a atenção da sociedade da nossa luta salarial e dos graves problemas da escola pública e, por meio de mais uma avaliação, jogar novamente sobre as costas dos professores a responsabilidade pelas deficiências do ensino. Quer desviar a atenção de suas próprias falhas, como a imposição de medidas educacionais fragmentadas; falta de infra-estrutura das escolas; ausência de política salarial e de valorização dos professores; centralização, confecção e distribuição de materiais paradidáticos inadequados e contendo erros grosseiros (quem não se lembra das cartilhas com dois “Paraguais” e dos livros pornográficos?); autoritarismo e falta de autonomia didático-pedagógica das escolas e tantas outras.

Além disso, o governo mais uma vez tenta dividir nossa categoria, estabelecendo reajustes salariais diferenciados e criando, também, a possibilidade de que haja qualidade de ensino diferenciada nas escolas estaduais, de acordo a remuneração do corpo docente.

Projeto eleitoreiro

Finalmente, fica clara a intenção eleitoral do governo Serra, quando prevê que em 2010 (ano das eleições) a avaliação prevista no PLC 29 será aplicada no mês de janeiro. Nos demais anos, está prevista para julho.

O que está em discussão é o embate entre dois projetos antagônicos. De um lado um governo que não investe na escola pública, não respeita e não valoriza os professores, não assegura condições para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem e cria propostas que se resumem a puro marketing. De outro, uma categoria que trabalha em condições adversas e, ainda assim, mantém profundo compromisso com a educação pública porque tem plena consciência de seu papel social na formação dos cidadãos brasileiros e que, por isso, precisa ser valorizada e remunerada de forma digna.

Incorporação das gratificações e reajuste para todos!

Na realidade, o governo Serra está alterando o Plano de Carreira em vigor sem corrigir suas graves distorções, entre elas a existência de gratificações (GAM e GTE) e a brutal queda do poder aquisitivo dos salários dos professores. Para nós, qualquer alteração no Plano de Carreira tem que ser precedida da imediata incorporação das gratificações (e sua extensão aos aposentados) e a reposição imediata de 27,5% sobre nossos salários, de forma a recuperar as perdas acumuladas desde março de 1998. A partir daí, sim, queremos fazer um debate global sobre a nossa carreira, pois há diversos pontos a serem alterados.

Por uma Carreira aberta!

Lutamos por uma carreira aberta, na qual os professores possam chegar aos índices salariais mais altos sem a necessidade de deixar a sala de aula, valorizando assim a função docente. Queremos uma carreira que nos ofereça uma amplitude muito maior de possibilidades de evolução funcional e salarial recuperando, em parte, uma realidade que existiu até a promulgação da LC 836/97, que reduziu nossas possibilidades de evolução a apenas cinco faixas salariais. Queremos uma carreira que nos ofereça programas de formação continuada em serviço, associados a uma jornada de trabalho adequada, com no mínimo 1/3 dedicado a atividades extraclasses, conforme prevê a lei do piso salarial profissional nacional. Queremos uma carreira que esteja associada a condições adequadas de trabalho, a começar pelo fim da superlotação das salas de aula.

Diante do debate realizado, a DEC reafirmou o seguinte calendário de luta: Dia 26/08 – Reuniões de Representantes de Escolas e AposentadosDia 28/08 – Assembleia Estadual – 15 horas – Praça da República

CUT convoca todos os trabalhadores para ato em defesa do emprego, do salário e dos direitos
A Central Única dos Trabalhadores realizará uma grande manifestação de rua nesta sexta-feira, 14 de agosto, em defesa do emprego, do salário e dos direitos de todos os trabalhadores. O ato acontecerá na Praça Oswaldo Cruz, a partir das 11 horas, seguido de passeata até o vão livre do Masp.

A atividade faz parte do Plano de Lutas aprovado no 10º CONCUT, realizado no período de 03 a 08 de agosto último. Também reforçará a campanha pela redução da jornada constitucional de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, o que permitirá a geração de empregos. Durante o ato, a APEOESP vai denunciar o Projeto de Lei Complementar 29, mais um ataque do governo de São Paulo contra os professores (leia texto acima).

domingo, 9 de agosto de 2009

ACREDITE SE QUISER!!!

Salário de professor pode chegar a R$ 7.000 em São Paulo

O governador de São Paulo, José Serra, vai lançar na próxima terça-feira projeto para que um professor da rede estadual tenha um salário de até R$ 7.000 e um diretor, R$ 8.000 --os valores são cerca do dobro que essas categorias atingem atualmente, depois de chegar ao máximo da carreira.
Serra quer elite dos professoresMônica Bergamo: Professores de SP terão prova para aumentoGrupo de professores cobra mudança na USP
Mas, para chegar lá, eles terão de submeter a vários testes, não faltar às aulas e ficar pelo menos três anos na mesma escola. Foi o jeito encontrado de reduzir a rotatividade e o absenteísmo, além de estimular a formação.
Veja a tabela de salários em www.dimenstein.com.br
Todo o processo vai demorar 12 anos, dividido em quatros exames a cada três anos. Se aprovado, o candidato terá um aumento de 25% no salário. Mas a nota exigida será maior a cada exame, indo de 6 a 9, tornando mais difícil atingir o salário máximo.
Uma das ideias é fazer com que os professores e diretores sejam ajudados presencialmente ou em cursos a distância a realizar os exames.
Ninguém será obrigado a fazer os exames, mas, aí, terá se submeter aos aumentos regulares, baseados em tempo de serviço e diplomas --um professor com 40 horas/aulas ganha, no final da carreira, cerca de R$ 3.100 mensais.
A educação é apontada como uma das áreas mais vulneráveis da gestão do PSDB em São Paulo --a imensa maioria dos alunos sai do ensino médio sem saber ler e escrever adequadamente. Neste ano, foi lançada a obrigatoriedade para que todo professor que passe no concurso tenha de ficar pelo menos quatro meses estudando até ir para sala de aula.

PENSAMENTOS