"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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quinta-feira, 26 de julho de 2007


. . .Fui dando os primeiros passos no nada.Meus primeiros passos hesitantes em direçãoà vida e abandonando a minha vida.


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CLARICE LISPECTORIn:"A paixão segundo G.H."




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Quando fazemos tudo para que nos amem... e não conseguimos, resta-nos um ulimo recurso, não fazer mais nada.Por isto digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado...melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram.Não façamos esforços inúteis, pois o amor nasce espontaneamente, mas nunca por força de imposição.Ás vezes é inútil esforçar-se demais... nada se consegue; outras vezes nada damos e o amor se rende a nossos pés.Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido.Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos a quem melhor nos quer.Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de nada mais fazer.



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"Clarice Lispector)In:"O Diário da Noite"




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sexta-feira, 20 de julho de 2007

AMIGO



Amigo é quem te dá um pedacinho de chão, quando é de terra firme que você
precisa, ou um pedacinho de céu, se é o sonho que te faz falta.
Amigo é mais que mão estendida. É mente aberta, coração pulsante, costas largas. É quem tentou e fez .
É quem não tem egoísmo.
É aquele que dá e não espera o retorno porque o ato de compartilhar já satisfaz.
É quem já sentiu, ou um dia vai sentir o mesmo que você.
É aquele que entende o seu desejo de voar ou de sumir.
É quem fica enfurecido ao enxergar o seu erro, embora saiba que a perfeição é utopia.
É o sol que seca as suas lágrimas.
É a polpa que adocica o seu sorriso.
O amigo é aquele que toca a sua ferida.
Vibra com suas vitórias, ou faz piada para amenizar um problema.
É quem sorri, sem motivo aparente.
É o que acha aquilo que você nem sabia que buscava.
É aquele que te ouve ao telefone, com a mesma atenção de quem está olhando nos olhos.
Amigo é quem ouve e fala com o olhar.
E tem a palavra certa o olhar que expressa dor ou alegria.
É a lua, a estrela mais brilhante, a luz que renova a cada instante.
Amigo é aquele que diz te amo, sem risco de ser mal interpretado.
Amigo é quem te ama e ponto final. É verdade, é razão, é sonho ou sentimento.
Amigo é para sempre!!!...
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quarta-feira, 18 de julho de 2007

COMPREENSÃO,INSTRUMENTO DA PEDAGOGIA



O filme inglês Iris (EUA, 2002), dirigido por Richard Eyre, aborda uma das mais importantes qualidades do caráter: a compreensão. Esta é uma palavra utilizada para determinar a capacidade de perceber completamente, com perfeito domínio intelectual, uma pessoa, uma coisa ou um assunto. Mas compreensão também significa a faculdade de possuir um espírito de complacência, indulgência ou simpatia para com as dificuldades de uma pessoa, percebendo os obstáculos que venham a suceder com alguém. A compreensão ajuda a conviver melhor.
Quantos casos há de alunos que desistem por fatores externos à sala de aula. Tantas razões existem e são desconhecidas para que um aluno não consiga aprender. Bloqueios que nascem de uma educação castradora ou sem afeto. Medo de errar, medo de não ter inteligência, medo de ser rejeitado, medo de não dar certo. O educador compreensivo conhece seu aluno para ajudá-lo. Pais compreensivos compreendem as diferenças entre os filhos e aceitam os caminhos que cada um opta trilhar segundo os impulsos das escolhas nascidas da reflexão. Talvez o que possam fazer é ajudar a refletir. Pais compreensivos não exigem que os filhos vivam os sonhos não realizados por eles. A projeção da felicidade não é felicidade. Daí a assertiva sartreana de que "o inferno são os outros", isto porque cada um projeta no outro a própria realização. E o resultado será a infelicidade para toda a gente.
Professores compreensivos conseguem entender que a aprendizagem é múltipla, e que cada um aprende de uma forma diversa. E mais: têm a humildade de mudar a estratégia para que os alunos que estejam à margem, por qualquer motivo, sintam-se integrados.
A compreensão faz com que casais que se educam mutuamente entendam que príncipes e princesas existem na ficção e alimentam os sonhos, mas que, na prática, são todos mortais, com as imperfeições e as idiossincrasias que marcam o ser humano. Imperfeições que desafiam. Os compreensivos se completam e por isso se respeitam e conseguem conviver em harmonia.

Compreendendo o ser humano
O longa-metragem Iris destaca partes da vida da romancista e filósofa irlandesa Iris Murdoch, alternando cenas que retratam o início de seu relacionamento com o professor de literatura, John Bayley, e outras que reproduzem os momentos finais de sua existência, já abalada pelo Mal de Alzheimer. Em sua juventude, Iris Murdoch (interpretada por Kate Winslet), revela uma personalidade forte, destemida e dominadora, que contrasta com o comportamento tímido, dócil e respeitoso de seu culto colega da Universidade de Oxford, John Bayley (representado pelo ator Hugh Bonneville).
Na fase madura da vida, Iris (agora interpretada por Judi Dench), é laureada com o título de Dama da Ordem do Império Britânico, em reconhecimento ao seu inegável talento na arte da palavra. Está no auge de uma bem-sucedida carreira literária, notabilizada por um extraordinário domínio da linguagem e pelo habilidoso uso dos recursos da imaginação, próprios de uma mente privilegiada. Mas é a mente que começa a sofrer os efeitos da doença degenerativa que a acometeu. Na companhia de seu apaixonado e zeloso companheiro - representado então por Jim Broadbent -, experimenta o progressivo comprometimento de seu cérebro, por meio da dramática diminuição de sua memória, de constrangedoras dificuldades de raciocínio e pensamento, e aniquiladoras alterações comportamentais.
Acima de tudo, seus romances lidam com questões morais. Conflitos entre o bem e o mal também estão freqüentemente presentes em cenas mundanas, que ganham força mítica e trágica por meio da sutileza com que são descritas. Embora intelectualmente sofisticados, seus romances são sempre melodramáticos e cômicos, fixados - como ela mesma dizia - num desejo de contar uma "boa história".
Foi fortemente influenciada por pensadores como Platão, Freud, Simone Weil e Sartre, e por romancistas ingleses e russos do século XIX. Seus romances, muitas vezes, incluem personagens homossexuais, animais afetuosos e eventualmente um poderoso e quase demoníaco "galanteador", que impõe sua vontade sobre a dos outros personagens.
No filme, há um trecho em que Iris fala para uma platéia lotada. Fala, emocionada, sobre a importância da educação. O que se destaca do pensamento dela é a compreensão da pessoa humana. Um posicionamento que requer, afinal, uma atitude de desligar-se de si mesma e ir em busca da outra pessoa, percebendo com os olhos da alma o que se passa em seus corações. Veja a seguir alguns trechos do filme, em que ela reflete sobre este assunto:

- "A educação não traz felicidade e nem sequer liberdade. Não nos tornamos felizes porque somos livres, se somos, ou porque somos ou fomos educados, se formos. Mas porque a educação pode ser o meio pelo qual percebemos que somos felizes. Ela abre nossos olhos e ouvidos. Conta-nos onde se escondem os prazeres. Convence-nos de que só existe uma liberdade que realmente importa. A da mente. E nos dá a segurança, a confiança para trilhar o caminho que a nossa mente educada proporciona."

- "Os seres humanos se amam. No sexo, na amizade, e quando estão apaixonados. E eles cuidam de outros seres. Humanos, animais, plantas e até mesmo pedras. A busca e a promoção da felicidade estão em tudo isso e no poder da nossa imaginação."

- "Toda alma humana presencia, talvez mesmo antes do nascimento, formas puras. Tais como justiça, moderação, beleza e todas as qualidades morais de que nos honramos. Somos levados em direção ao bem, pela vaga lembrança dessas formas. Simples, tranqüilas e abençoadas, as quais uma vez vimos, em sua luz límpida e clara, sendo nós mesmos puros."

- "Temos que acreditar em algo divino. Sem a ajuda de Deus. Algo que poderíamos chamar de amor... ou bondade. Como diz o Salmo: 'Até onde devo me afastar do teu Espírito para evitar a tua presença? Se eu subo até o paraíso, Tu estás lá. Se vou para o inferno, Tu estás lá. Se tomo as asas da manhã e vou para os mais remotos cantos do mar, até mesmo lá tua mão me conduzirá e tua mão direita me segurará."

Saber entender
O marido, no filme, compreende as transformações pelas quais passa a nossa personagem. Já dissemos que compreender não é tarefa simples. Significa sair de si e tentar entender o que se passa com o outro e com ele, apesar das mudanças ou diferenças conseguir conviver. Já se superou o mito de que os iguais devem estudar juntos. E os outros com os outros.
As falas de Íris mostram um pouco o que a educação pode significar para o ser humano. Quando ela diz que a educação não traz por si só a felicidade, mas é ela que tem o poder de nos ensinar a perceber o quanto somos felizes. A educação abre nossos olhos e ouvidos para que a nossa vida não seja uma constante reclamação. Educa nossa mente para que seja livre e nos dá a segurança para realizar nosso mister.
Diz ainda outra linda verdade. Os seres humanos se amam. E por isso cuidam uns dos outros e quando não o fazem é por alguma perversão, algum distanciamento da própria humanidade. É feliz aquele que ama e isso se sente na elevação que vem do resultado de uma ação nobre.
E para não parecer contraditório frente ao mar de sofrimentos e traições e maldades que há por aí, insiste Íris que a alma humana presencia talvez antes mesmo do nascimento, formas puras, e isso é platônico. O mundo das idéias em que tudo e perfeito. E é por causa dessa pureza que somos levados em direção ao bem e é apenas fazendo o bem que encontramos o caminho da felicidade. É como que uma luz que nunca deixará de ser luz mesmo escondida, mesmo empoeirada. Talvez ela não cumpra sua função maior que é a de iluminar, talvez nem percebam que se trata de luz. Mas sua essência será sempre essa, luz. Luz que não ilumina. Que pena. Faltou um pouco de paciência para limpar o recipiente ou para colocá-lo em um local correto.
E fala Íris de Deus. É Ele a origem e a essência do Bem. E é no bem que a felicidade se justifica. E é no Bem que a liberdade se amplia e que os horizontes nos remetem a ação. É o motor imóvel de Aristóteles que move os motores móveis. Sem a alavanca primeira nem existiram os demais movimentos.
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GABRIEL CHALITA
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domingo, 15 de julho de 2007

CURSO - CASA DO SABER




A FELICIDADE EM ARISTÓTELES



Reflexões sobre Razão e Emoção



Professor:Gabriel Chalita



Início: 13 AGO


Duração: 4 encontros semanais


Dias/horários: Segundas-Feiras, às 20h (13/08, 20/08, 27/08, 03/09)



Valor: R$ 180,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 180,00



Tel.: (11) 3707-8900Horário de funcionamento: 09h às 22h



E-mail:info@casadosaber.com.br



13 AGO 1. A inquietação dos pensadores pré-socráticos com a origem e o fim do homem e sua influência no pensamento aristotélico



20 AGO 2. Sócrates e Platão e as primeiras reflexões sobre o antropocentrismo



27 AGO 3. Aristóteles e sua Ética a Nicômaco - Reflexões sobre o amor de pai para filho



03 SET 4. A influência do pensamento aristotélico nas teorias contemporâneas sobre a inteligência na adversidade



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sexta-feira, 13 de julho de 2007



Em sua obra denominada Livro sem fim, o educador Rubem Alves nos brinda com uma metáfora belíssima sobre a relação entre as palavras e os alimentos. Por meio do exemplo extraído de textos de escritores diversos e dos famosos quadros de Giuseppi Arcimboldo, Alves constrói sua argumentação de que o saber pode e deve ter sabor. Em um determinado momento da narrativa, o autor dispara: "Escrevo como quem cozinha". Na verdade, o texto de Alves nos convida a refletir sobre a verdadeira delícia que é o processo de aprendizado, de aquisição de saberes. Se analisarmos de forma mais detida, veremos que há uma sensação palatável quando degustamos o conhecimento, quando nos acostumamos ao sabor incomparável dos alimentos que sustentam e enchem de energia o nosso espírito. Tornamo-nos como que dependentes. Entregamo-nos a uma espécie de vício paradoxal - um vício às avessas porque extremamente revitalizador e positivo. O sabor proporcionado pelo saber pode ser comparado - guardadas as devidas proporções - ao pão descrito na ceia bíblica, porque é uma refeição abençoada e que marcará para sempre as nossas vidas. Um pão que nos oferece as condições necessárias para sermos, tal qual os apóstolos do Novo Testamento, propagadores de boas-novas. Quando mesclamos saber e sabor na mesma proporção, estamos ampliando o leque de possibilidades das palavras sorver, absorver e apreender. Juntas, elas passam a pertencer a uma mesma cadeia de significados e deixam de ser apenas verbos para reforçar também, um tempo verbal: o futuro. Um futuro promissor em que vemos, a cada dia, nossos sonhos sendo realizados, nossas esperanças sendo concretizadas, nossos desejos sendo atendidos por força de nossa própria capacidade de construir a vida que, um dia, projetamos num esboço quase primitivo. Apóstolos, missionários, mestres, educadores... Pessoas que vieram ao mundo para ser, justamente, o elo entre o saber e o sabor - dois verbetes imprescindíveis ao nosso desenvolvimento, à solidificação de nossa consciência crítica e de nossa cidadania. Nas salas de aula - ou fora delas - o saber e o sabor devem transitar faceiros, seduzindo os aprendizes para o interminável banquete propiciado pelo conhecimento. Um banquete composto por iguarias variadas... Um banquete que deve ser acessível a todos os educandos, a todas as nossas crianças e jovens... Um banquete que pode e deve ser preparado e servido em todos os ambientes voltados à propagação da educação e da cultura. A educação tem de ser um setor movido pela paixão, pelo entusiasmo e pela competência - qualidades essenciais à difusão do conhecimento. É papel do educador descobrir mecanismos capazes de tornar sua atividade mais atraente, mais dinâmica, mais apaixonante, mais sedutora, enfim. No dia-a-dia da sala de aula deve haver espaço para a criação, para a descoberta, para a renovação e para a reciclagem de idéias, posturas, conceitos e informações diversas. O binômio ensino-aprendizado deve ser aplicado à luz de uma ótica atraente, criativa, desafiadora, viva, bonita e eficaz, de modo que o educando sinta-se cativado e participe de maneira intensa das atividades da escola, sejam elas curriculares ou extracurriculares. Todas as disciplinas devem ser tratadas como extensões da vida do aluno, possibilitando a ele uma ampla visão de sua realidade e do meio em que vive. O aprendiz precisa se sentir estimulado para compreender o porquê de cada coisa, bem como a forma como esse conhecimento será empregado em sua vida. Professores devem ser artesãos, mestres na arte de misturar os ingredientes necessários para uma boa aula, ou melhor, para um banquete realmente inesquecível. Um banquete que permanecerá para sempre na memória dos aprendizes, como uma refeição indispensável ao seu crescimento e ao desenvolvimento de seu talento para viver - com saber e sabor - a aventura de gosto inigualável que é a vida.
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GABRIEL CHALITA
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quinta-feira, 12 de julho de 2007

DESEJO À VOCÊ


DESEJO À VOCÊ...


  Sorrisos


quando a tristeza invadir o seu coração.


  Arco-Íris


para você seguir as nuvens.


  Risos


que beijem os seus lábios.


  Abraços


Quando a alegria não estiver contigo.


  Amigos


Que iluminem o seu ser e o seu dia.


  Confiança


Quando a dúvida aparecer.  




Para que você acredite na sua força.


  Coragem


Para conhecer a você mesmo.


  Paciência


Para aceitar a realidade.


  Amor


Para você oferecer a todos em sua volta!

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DOIS E DOIS:QUATRO




Como dois e dois são quatro


sei que a vida vale a pena


embora o pão seja caro


e a liberdade pequena


Como teus olhos são clarose a tua pele,


morena como é azul o oceano e a lagoa,serena


Como um tempo de alegriapor trás do terror me acena


e a noite carrega o diano seu colo de açucena


— sei que dois e dois são quatro


sei que a vida vale a pena mesmo que o pão seja caro


e a liberdade, pequena.




(Ferreira Gullar)



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FIZERAM A GENTE ACREDITAR...


"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo


Amor pra valer só acontece uma vez


Não contaram que amor não é acionado


Nem chega com hora marcada


Fizeram a gente acreditar


Que cada um de nós é a metade de uma laranja


E que a vida só ganha sentido


Quando encontramos a outra metade


Não contaram que já nascemos inteiros


Ninguém na vida merece carregar nas costas


A responsabilidade de completar o que nos falta


A gente cresce através da gente mesmo


E se estivermos em boa companhia


É só mais agradável


Fizeram a gente acreditar


Que só há uma fórmula de ser feliz


A mesma para todosOs que escapam dela estão


Condenados à marginalidade


Não contaram que estas fórmulas dão errado


Frustram as pessoas são alienantes


E que podemos tentar outras alternativas


Cada um vai ter que descobrir sozinho


E quando você estiver


Muito apaixonado por você mesmo


Vai poder ser muito feliz


E se apaixonar por alguém."




(John Lennon)


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terça-feira, 10 de julho de 2007

ESPORTE:EDUCAÇÃO PELA SUPERAÇÃO


"Desde que nasceste não és mais que um vôo no tempo./Rumo do céu?/Que importa a rota./Voa e canta enquanto resistirem as asas." (O vôo - Menotti Del Picchia)


Nossa existência é composta de obstáculos, desafios, grandes e pequenas modalidades de lutas que exigem empenho, dedicação, garra e perseverança de seus atletas. Seres humanos que estão em constantes campeonatos, em inúmeros certames, em incontáveis disputas e jogos cujos resultados são, comumente, o reflexo perfeito de nossos esforços.


A verdade é que, nos torneios que compõem nossa história, enfrentamos provas diversas vencidas apenas por aqueles que conseguem superar-se a cada fracasso, a cada derrota, a cada dificuldade experimentada. A vida é mesmo uma escola, uma olimpíada, uma possibilidade de aprender, de evoluir, de enfrentar medos, frustrações e limitações que nos impediriam de ir além se não os enfrentássemos.


Neste mundo cada vez mais competitivo em que vivemos, nesta era em que a conquista do conhecimento representa a medalha de ouro, cabe a nós, educadores, incentivarmos nossos aprendizes a dar o melhor de si. A jamais desistir dessa corrida rumo à descoberta. Rumo à compreensão de que o importante, sobretudo, não é a chegada, mas a beleza do caminho. Um caminho em que obtenham a percepção de que não há troféu, medalha, honra ou glória sem determinação extrema, sem sacrifícios ou lágrimas.



Nossa grande missão é fazer com que meninos e meninas, moças e rapazes que ainda estão no começo dessa fascinante olimpíada que é a vida recebam o estímulo, o apoio e os instrumentos para que suas trajetórias sejam bem-sucedidas. Precisamos atuar como guias, treinadores, mentores que os conduzam pelas veredas da arte, da técnica, da prática, da teoria. Líderes seguros, capazes de despertar nesses atletas iniciantes qualidades e virtudes, competências e habilidades, talentos e criatividade.



Que todos possamos exercer esse ofício com paixão e que sejamos capazes de apontar um norte, uma direção, uma estrada que ofereça aos aprendizes a possibilidade de um futuro digno, de um Brasil e de um mundo melhores. A todos vocês, educadores, mentores, orientadores das novas gerações, verdadeiros campeões da educação, o nosso muito obrigado e toda a nossa admiração e respeito.


GABRIEL CHALITA





Texto publicado na Revista Profissão Mestre, edição de maio de 2007

segunda-feira, 9 de julho de 2007

TE AMO















→ Te αmo αgorα




→ Te αmo depois




→ Te αmo quαndo ficαr




→ Te αmo quαndo for




→ Te αmo quαndo chover




→ Te αmo quαndo fizer sol




→ Te αmo αqui




→ Te αmo lα




→ Te αmo em todo lugαr




→ Te αmo quαndo vc estiver αo meu lαdo




→ Te αmo quαndo vc disser αdeus




→ Te αmo o dia todo




→ Te αmo todos os diαs




→ Te αmo nos meus sonhos




→ Te αmo nos momentos mαis felizes




→ Te αmo nos momentos mαis triste




→ Te αmo nos momentos mαis dificeis




→ Te αmo αo sorrir




→ Te αmo αo chorαr




→ Te αmo de segundα α segundα




→ Te αmo intensamente




→ Te αmo de um jeito simples




→ Te αmo de um jeito complicαdo




→ Te αmo de um jeito diferente




→ Te αmo nαs melhores e piores fαses




→ Te αmo quαndo estou com vc




→ Te αmo quαndo nαo estou com vc




→ Te αmo no verαo




→ Te αmo no inverno




→ Te αmo quαndo vc errαr




→ Te αmo quαndo vc chorαr




→ Simplismente Te αmo!










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domingo, 8 de julho de 2007

AVE,ROSAS E O SERTÃO NOSSO DE CADA DIA


O mês de julho foi testemunha do aniversário de 50 anos do lançamento de Grande Sertão: Veredas. Há 50 anos, portanto, temos a ventura de conviver com uma leitura que encerra um universo aberto, que abre um universo cerrado, numa ambigüidade do mestre que sempre ensina mas que, "de repente, aprende". Será possível medir o que significou para a literatura brasileira o advento desse alentado deleitado romance, ousado na linguagem, na temática, na abordagem e na construção?

Linha a linha, mestre Rosa constrói no diapasão da metalinguagem uma história de amor, recheada da sabedoria cabocla, com a fina observação do homem, do espaço e de como um vice-versamente interfere sobre o outro. Grande Sertão: Veredas é um inspirado questionamento do íntimo de cada pessoa humana que é toda pessoa humana. Pois se o sertão está dentro de cada um, e se o sertão é o mundo, então o mundo inteiro está dentro de cada pessoa. A universalização das individualidades ganha o seu complementar contrário na individualização dos universos. E aí está a riqueza de Rosa: o sertão é a cidade, a cidade é o sertão, ambos são o mundo, e o homem está em todo lugar. Dúvidas e certezas, conflitos e convergências, ficam mescladas na natureza de cada homem. A sabedoria só era cabocla por causa da intenção de registrar a poética do falar sertanejo, mas pode ser vista como a sabedoria de cada homem que é todo homem, e que cabe em qualquer lugar, não só em Minas Gerais.

Guimarães Rosa construía cada obra de dentro para fora. Era ele assimilando o mundo e devolvendo o que enxergou, sob a forma de narrativas trabalhadas.

Como bom narrador, Guimarães Rosa está, ele mesmo, dentro do romance. Observa, de dentro, no tremer da luta, as situações e as almas. Ele é, por exemplo, o interlocutor de Riobaldo, o misterioso ouvinte, que ouve o relato do guerreiro e a sua travessia pelo caráter do sertanejo.

Como bom narrador, Guimarães Rosa está dentro de outra história, como o menino piticego que ganha óculos e aí sim começa a enxergar o mundo, a vida. Nova travessia.

Como bom narrador, Guimarães Rosa está testemunhando tudo, postado na terceira margem do rio, vendo o viver e o esperar de pai, filho e espírito santo, na trilogia da religiosidade barroca. Travessia, outra vez.

São histórias outras e simultaneamente as mesmas, enredadas como corpos, nos bailes das Gerais. Todas as histórias, seja num livro ou em outros, são veredas que deságuam num mesmo rio grande, em viagem grandota como a de Mário de Andrade.

Conheci pessoas que conheceram o mestre Rosa, e que me falavam do jeito acanhado desse mineiro do burgo do coração. Contavam de como ele, muito míope, apertava bastante os olhos para ver melhor o interlocutor. Querendo ver, "eu queria decifrar as coisas que são importantes. E estou contando não é uma vida de sertanejo, seja se for jagunço, mas a matéria vertente."

Matéria vertente é a matéria fundamental, a vida, a origem da vida, o bem e o mal, os contrastes do físico e do metafísico. É sobre isso que meditou o Joãozito. Para, depois, dividir conosco, seus leitores, o que resolveu contar. Não sem sofrer, porque a criação é trabalhosa. "Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas - de fazer balance, de se remexerem dos lugares."

As coisas mudam de lugar na memória da gente. Ganham uma certa névoa de esquecimento, que perturba a limpidez da lembrança. Mas, em nossa memória coletiva, João Guimarães Rosa tem lugar certo, cristalino e bom. Bem no pedestal, onde ficam os melhores.

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO



É oportuno, neste momento de comemorações do Dia do Professor, compartilhar algumas reflexões sobre a educação.
Houve tempo em que estudar era ser posto à prova, era enfrentar vicissitudes para temperar o espírito, segundo os paradigmas da época. Tratava-se de um combate, que evitava o prazer e valorizava o sacrifício. Todos nos lembramos do relato de Raul Pompéia: "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta." Também nos lembramos do chefe timbira, de Gonçalves Dias, que diz ao filho: "Coragem, meu filho, que a vida, é luta renhida, viver é lutar."
Provação. Era disto que se tratava a vida e a escola.
Mas a pedagogia avançou. Hoje sabemos que viver é enfrentar, mas não é amargurar; que estudar é buscar, superar, mas não é desesperar. O aprendizado deve ser prazeroso, e este pode ser o desafio mais importante do profissional de educação. Talvez tenha sido Cecília Meirelles quem fez a síntese mais poética do que seja ensinar. Para a doce poeta e educadora, ensinar é "acordar a criatura humana dessa espécie de sonambulismo em que tantos se deixam arrastar. Mostrar-lhes a vida em profundidade. Sem pretensão filosófica ou de salvação - mas por uma contemplação poética afetuosa e participante."
E aí está em que se baseia a educação: afeto e solidariedade. E compreensão. Até para o erro. Edgar Morin costuma dizer que todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. Para ele, "o maior erro seria subestimar o problema do erro; a maior ilusão seria subestimar o problema da ilusão."
Em meu livro Educação: a solução está no afeto, falo das três habilidades que acredito que precisam ser desenvolvidas no aprendiz: cognitiva, emocional e social. Quando um aluno erra, o professor preparado corrige, mas não censura, disciplina, mas não ridiculariza, repara, mas não condena. O educador não pode mais assumir o papel de detentor absoluto do conhecimento, embora deva se manter em contínua capacitação. Deve ser mais do que apenas o facilitador da busca do conhecimento pelo aprendiz. Deve ser um instigador. O professor que faz jus ao título de educador estimula a cooperação, porque a palavra que sintetiza o conceito da educação contemporânea é a reciprocidade. Estimula a vivência, a comparação, a análise crítica, o intercâmbio de idéias e de experiências. Tem ou desenvolve habilidade para fazer com que os talentos sejam exteriorizados. E desse modo descobre capacidades e orienta realizações.

Triste é o educa­dor que já não acredita mais na capacidade de aprendiza­do, que não se debruça para examinar melhor a peculiaridade de cada aprendiz. Este não ensina nem apren­de. Porque a educação não é pesar, é prazer.
Em resumo: trabalhar em equipe, resolver problemas, saber ensinar e aprender a ser solidário. Eis o que é ensinar! O mundo da competitividade é o mundo da heterogeneidade. Comparar pessoas diferentes - e não há pessoas iguais - é desestimular a criatividade e a autonomia.
"A melhor aprendizagem ocorre quando o aprendiz assume o comando de seu próprio desenvolvimento em atividades que sejam significativas e lhe despertem o prazer". A frase é do sul-africano Seymour Papert, matemático, professor do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) e pai da Inteligência artificial, um dos maiores visionários do uso da tecnologia na educação. Em 1960 já dizia que toda criança deveria ter um computador em sala de aula. Mas a tecnologia sozinha não representa evolução na forma de educar. O computador é ferramenta, é apoio, é máquina, e máquina alguma substitui o professor - este sim, a alma da educação. O professor não pode ser como um disco de memória de computador, apenas um depósito de informação.
Há muitas formas de desenvolver conhecimento, mas o ato de educar só se dá com afeto, só se completa com amor. E a educação se realiza porque, junto com o amor, surge compromis­so, respeito, a necessidade de continuar a estudar sem­pre, de preparar aulas mais participativas.
A educação é, em todas as suas dimensões, um gran­de desafio. Um desafio que depende em sua maior parte do professor, a quem venho reverenciar nesta data comemorativa. É o professor que fará, com dignidade e respeito - que são, afinal, formas de amor - com que a educação se transforme em puro prazer de viver.

Eu te amo porque te amo,

Não precisas ser amante,

e nem sempre sabes sê-lo.

Eu te amo porque te amo.

Amor é estado de graça

e com amor não se paga.



Amor é dado de graça,

é semeado no vento,na cachoeira, no eclipse.

Amor foge a dicionáriose a regulamentos vários.




Eu te amo porque não amobastante ou demais a mim.

Porque amor não se troca,

não se conjuga nem se ama.

Porque amor é amor a nada,

feliz e forte em si mesmo.




Amor é primo da morte,e da morte vencedor,

por mais que o matem (e matam)

a cada instante de amor.



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CARLOS DRUMOND DE ANDRADE

ENSINAMENTO

Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo.
Não é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
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ADÉLIA PRADO

UMA DIDÁTICA DA INVENÇÃO

I

Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber:

a)Que o esplendor da manhã não se abre com faca

b)0 modo como as violetas preparam o diapara morrer

c)Por que é que as borboletas de tarjasvermelhas têm devoção por túmulos

d)Se o homem que toca de tarde sua existêncianum fagote, tem salvação

e)Que um rio que flui entre 2 jacintos carrega mais ternura que um rio que flui entre 2 lagartos

f) Como pegar na voz de um peixe

g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.

Etc.

etc.

etc.

Desaprender 8 horas por dia ensina os princípios.


IV


No Tratado das Grandezas do Ínfimo estavaescrito:

Poesia é quando a tarde está competente paraDálias.

É quandoAo lado de um pardal o dia dorme antes.

Quando o homem faz sua primeira lagartixa

É quando um trevo assume a noite

E um sapo engole as auroras

IX


Para entrar em estado de árvore é precisopartir de um torpor animal de lagarto às3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescerem nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica atéo mato sair na voz.
Hoje eu desenho o cheiro das árvores
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IX


O rio que fazia uma volta atrás de nossa casaera a imagem de um vidro mole que fazia umavolta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse:
Essa voltaque o rio faz por trás de sua casa se chamaenseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidroque fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.


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Manoel de Barros

PROCURA DA POESIA



Não faças versos sobre acontecimentos.Não há criação nem morte perante a poesia.Diante dela, a vida é um sol estático,não aquece nem ilumina.As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.Não faças poesia com o corpo,esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escurosão indiferentes.Nem me reveles teus sentimentos,que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.O canto não é a naturezanem os homens em sociedade.Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.A poesia (não tires poesia das coisas)elide sujeito e objeto.Não dramatizes, não invoques,não indagues. Não percas tempo em mentir.Não te aborreças.Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de famíliadesaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.Não recomponhastua sepultada e merencória infância.Não osciles entre o espelho e amemória em dissipação.Que se dissipou, não era poesia.Que se partiu, cristal não era.Penetra surdamente no reino das palavras.Lá estão os poemas que esperam ser escritos.Estão paralisados, mas não há desespero,há calma e frescura na superfície intata.Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.Espera que cada um se realize e consumecom seu poder de palavrae seu poder de silêncio.Não forces o poema a desprender-se do limbo.Não colhas no chão o poema que se perdeu.Não adules o poema. Aceita-ocomo ele aceitará sua forma definitiva e concentradano espaço.Chega mais perto e contempla as palavras.Cada umatem mil faces secretas sob a face neutrae te pergunta, sem interesse pela resposta,pobre ou terrível, que lhe deres:Trouxeste a chave?Repara:ermas de melodia e conceitoelas se refugiaram na noite, as palavras.Ainda úmidas e impregnadas de sono,rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.

terça-feira, 3 de julho de 2007

HAVIA AMOR NO MEIO DO CAMINHO



Que o mestre Carlos Drummond de Andrade – estrela que nos ilumina – me permita esta licença poética: "Havia amor no meio do caminho".


É a única expressão que posso pensar em usar para responder indagações que tenho feito durante a minha vida inteira sobre o magistério.


Que missão é essa que espalha o conhecimento, propaga o saber e gera idéias? Que missão é essa cujo objetivo é formar pessoas e cultivar sentimentos, esperanças, sonhos, expectativas, desejos e quereres de todos os tamanhos, tipos e gêneros?


Que missão é essa de ser, ao mesmo tempo, cúmplice e referencial?


A resposta para essas questões pulsa com intensidade nos corações de milhares de professores de todo o mundo: missionários da educação, construtores de amanhãs, semeadores de um tempo melhor, mais belo, fraterno e igualitário.


Em síntese, a missão do amor.Tocar, envolver, mover enfim a alma planetária de crianças e jovens ávidos de um futuro ainda em gestação...


Nisso consiste o ofício gratificante de educar, de preparar as novas gerações, de guiá-las rumo a um novo tempo que transcenderá as ações, os projetos e as idéias desses aprendizes que estão, neste mesmo instante, recebendo os ensinamentos dos educadores do século XXI.


Mestres que conduzirão os alunos ao vôo infinito e instigante do aprendizado...


Educar é possibilitar ao outro as condições necessárias à transcendência, à superação de suas limitações, à concretização de seus ideais, à realização dos sonhos. Educar é criar, impulsionar e capacitar para a vida.


É conceder ao outro a aquisição de saberes essenciais a uma existência digna e promissora.


Das primitivas e milenares histórias de amor aos grandes sucessos tecnológicos do novo milênio, sempre há a figura do professor.


São fundamentais essas criaturas, e não importa se ganham a fama e o reconhecimento geral ou se permanecem no anonimato da vida nos rincões afastados, todos praticam a saudável premissa de acreditar na semeadura e na colheita.Todos tivemos professores.


De nossa relação com eles, levamos conosco, vida adiante, sentimos carregados de alguma negatividade.


Somos suscetíveis àquelas muito humanas antipatias, pequenos rancores e, por que não?, traumas.


Levamos, entretanto, em nossa alma construída a partir do encontro com essas pessoas um número expressivamente maior de lembranças positivas. Recordações de majestosos exemplos, instantâneos vívedos de amizade, flashes de um olhar. Sutilezas.


Tudo muito mágico.Se há no mundo alguns magoados que vivem de lamúrias, que reclamam a cada novo amanhecer porque nem têm olhos para contemplá-lo...


Se há no mundo alguns magoados que vivem de queixumes, clamando contra tudo e todos – há no mundo inquietos, pessoas que acreditam na própria luz e que iluminam.


Trabalham, rompem os obstáculos e se lançam ao horizonte que podem construir.É preciso homenagear o professor. É preciso fazê-lo todos os dias.


É a profissão, de todas, a mais nobre.


O professor alicerça alma, antecipa a plenitude, prepara para a vida e para os desafios.Que estas palavras, em sua totalidade, consigam fortalecer em todos os educadores – e apaixonados pela educação – a certeza de que sua missão como semeadores e multiplicadores de esperanças, sonhos e amanhãs é fundamental para que a humanidade prossiga sua aventura de forma mais confiante e corajosa.


Lembremos que todos os atros que pertencem à galáxia da humanidade precisam ou precisaram, em suas vidas, do apoio, do incentivo e do sorriso confiante de um professor...

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Gabriel Chalita
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Trecho do livro: "Histórias de professores que ninguém contou"




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SÁBIOS CONSELHOS DE D. BOSCO




Sábios Conselhos de D. Bosco

1. Valorize o seu filho. Quando respeitado e estimado, o jovem progride e amadurece.
2. Acredite no seu filho. Mesmo os jovens mais 'difíceis' trazem bondade e generosidade no coração.
3. Ame e respeite o seu filho. Mostre a ele, claramente, que você está ao seu lado, olhe nos olhos. Nós é que pertencemos a nossos filhos, não eles a nós.
4. Elogie seu filho sempre que puder. Seja sincero: quem de nós não gosta de um elogio?
5. Compreenda seu filho. O mundo hoje é complicado, rude e competitivo. Muda todo dia. Procure entender isto. Quem sabe ele está precisando de você, esperando apenas um toque seu.
6. Alegre-se com o seu filho. Tanto quanto nós, os jovens são atraídos por um sorriso; a alegria e o bom humor atraem os meninos como mel.
7. Aproxime-se de seu filho. Viva com o seu filho. Viva no meio dele. Conheça seus amigos. Procure saber onde ele vai, com quem está. Convide-o a trazer seus amigos para a sua casa. Participe amigavelmente de sua vida.
8. Seja coerente com o seu filho. Não temos o direito de exigir de nosso filho atitudes que não temos. Quem não é sério não pode exigir seriedade. Quem não respeita, não pode exigir respeito.O nosso filho vê tudo isso muito bem, talvez porque nos conheça mais do que nós a ele.
9. Prevenir é melhor do que castigar o seu filho. Quem é feliz não sente a necessidade de fazer o que não é direito. O castigo magoa, a dor e o rancor ficam e separam você do seu filho. Pense, duas, três, sete vezes, antes de castigar. Nunca com raiva. Nunca.
10. Reze com seu filho.
No princípio pode parecer 'estranho'. Mas a religião precisa ser alimentada. Quem ama e respeita a Deus vai amar e respeitar o seu próximo. 'Quando se trata de educação não se pode deixar de lado a religião'.

PROCUREM A MÃE




Os franceses têm uma frase muito conhecida: "Cherchez la femme!" Significa: "Procurem a mulher!" E a idéia aqui implícita é de que em qualquer situação sempre há uma mulher atuando, para o bem ou para o não bem.Eu vou adaptar essa frase e de um modo exclusivamente positivo. "Cherchez la mère!" Procurem a mãe!Por trás de todo grande homem, ou melhor, em sua frente, existe uma grande mãe.Todo homem que age com segurança, que sabe o que quer, que luta por seus princípios e que está sempre disposto a se entregar com generosidade para realizar grandes empreendimentos, teve em sua mãe esse modelo de generosidade, de força, de amor aos ideais.Todo homem que, depois, se torna pai e que procura educar seus filhos com braço firme, mas desenvolve a ternura, a compaixão, a delicadeza, é porque descobre também que sua mãe lhe deixou, no coração e na alma, uma boa dose de maternidade e de doçura.Todo homem que defende a vida, sobretudo nos momentos de crise, mas todos os dias, nos pequenos conflitos do cotidiano, que se preocupa com os direitos humanos de todos, que se desdobra para ser uma pessoa socialmente útil, é porque, em sua casa, recebeu inspiração decisiva na figura da mãe.Todo homem que veio ao mundo, diga ele Mãe, em português; ou Madre, em espanhol; ou Mother, em inglês; oi Mutter, em alemão; ou Math, em russo; ou Mama, em árabe; não importa a língua, ele sempre o dirá com carinho e, quando fizer seus agradecimentos, seja ao escrever um livro, seja ao receber um Prêmio Nobel, dirá, emocionado, que sua mãe foi uma grande mestra e sua grande amiga, a pessoa que, naquele momento, merecia estar presente para receber todos os aplausos.Procurem a mãe!




Trecho do livro: Carta aberta para minha mãe-Gabriel Chalita


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O PODER DAS NOSSAS PALAVRAS








Um dos mais excelentes dons que Deus nos deu foi a palavra. Alguém já disse que elas são mais poderosas que os canhões. De fato, um canhão pode ser aprisionado, mas aprisionar a palavra não será possível. Como tudo o que Deus fez, também a palavra é bela, construtora do bem e da paz; encanta os corações e as mentes; contudo, mal empregada pode ser muito destruidora. Através dela geramos grandes amizades, elevamos o ânimo abatido do irmão que sofre, despertamos forças adormecidas; mas também, podemos destruir a honra e a imagem do outro, sufocá´lo até a asfixia de suas forças e podemos gerar a guerra. É incrível o poder da palavra! Ela leva consigo o próprio espírito e poder da pessoa que a comunica. Jesus disse que: ´A boca fala daquilo que está cheio o coração´ (Lc 6,45). Se você só pensa em política, você fala de política. Se você só pensa em dinheiro e em negócios, você também só fala de dinheiro e de negócios. Se você pensa em Deus, gosta de falar de Deus... e assim por diante. Se o seu coração estiver em paz; vivendo na mansidão, na humildade, cheio de misericórdia, também as suas palavras transmitirão essas virtudes. Mas se o seu coração for exaltado, rebelde, violento, cheio de ódio... cuidado com as suas palavras, elas transmitirão o seu espírito. As palavras ´mostram´ o coração. Pela palavra, Jesus curou cegos e leprosos, expulsou demônios, multiplicou pães, acalmou os ventos e o mar... ressuscitou mortos, amaldiçoou a figueira estéril (Mc 11,14). Também nossas palavras poderão fazer milagres de alegria ou de dor, conforme esteja o nosso coração. Mais uma vez, portanto, é preciso insistir na mudança do coração e na sua conversão segundo a lei de Deus, porque: ´É do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraude, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e loucura´ (Mc 7, 21). Sem um coração puro, uma consciência bem formada e um espírito vigilante, nossas palavras poderão ser mais destruidoras do que edificadoras. Não é à toa que São Paulo nos exorta: ´Nenhuma palavra má saia de vossas bocas, mas só boas palavras que sirvam para edificação e que sejam benfazejas aos que a ouvem´ (Ef. 4,29). Sem dúvida, a palavra má é destruidora. Destrói o irmão, machuca o seu ser, fere a sua sensibilidade, julga, condena e difama sem piedade, inescrupulosamente. Por isso Jesus nos proibiu terminantemente de julgar alguém. ´Não julgueis para que não sejais julgados, pois com a mesma medida com que medirdes sereis medidos´ (Mt 7,1´2). Está claro, quem quiser acolher a misericórdia de Deus e não ser julgado por Ele, terá que não julgar o outro. Quem julga o outro aborrece a Deus, porque, julgando´ o, e condenando´o, no fundo acha´se melhor que ele. É um ato de orgulho e de soberba que ofende a Deus, Pai de todos. É conhecida a estória daquela mulher que foi se confessar e disse ao padre que tinha difamado uma amiga, falando mal dela às outras. Após o perdão, o sacerdote deu´lhe como reparação dos pecados soltar do alto da torre da igreja um saco cheio de penas. Após cumprir a penitência, a mulher foi comunicar ao sacerdote, que lhe disse: ´agora a senhora vai juntar todas as penas que o vento levou´. Assim como é impossível juntar todas essas penas, é quase impossível restaurar os efeitos destruidores da calúnia, da fofoca e dos julgamentos indevidos. Vale a pena meditar a séria exortação de São Tiago: ´Se alguém não cair por palavras, este é um homem perfeito, capaz de refrear todo o seu corpo. Quando pomos o freio na boca do cavalo, para que nos obedeça, governamos também todo o seu corpo. Vede também os navios, por grandes que sejam e embora agitados por ventos impetuosos, são governados por um pequeno leme à vontade do piloto. Assim também a língua é um pequeno membro, mas pode gloriar´se de grandes coisas. Uma pequena chama pode incendiar uma floresta. Com a língua bendizemos o Senhor nosso Pai, e com ela amaldiçoamos os homens feitos à semelhança de Deus´ (Tg 3,1´12). Seremos também julgados por nossas palavras. Por tudo de bom que construirmos com ela seremos premiados . E tudo o que tivermos destruído com elas, teremos que reconstruir, ainda que seja no Purgatório, se Deus nos permitir. É preciso tomar consciência do poder que possuem as palavras, para com elas fazermos apenas o bem. Jesus disse: ´Eu vos digo, no dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido. É por tuas palavras que serás justificado ou condenado´(Mt 12,36). Ao explicar esse versículo, a Bíblia de Jerusalém diz que ´não se trata simplesmente de palavras ´ociosas´, mas de palavras ´perversas´; em suma, calúnia´. Portanto, teremos de prestar contas ao Senhor de toda calúnia proferida contra o irmão. A razão disto é que a calúnia fere profundamente a pessoa ofendida; é um pecado contra a caridade; e Deus, que é Amor, não suporta o pecado contra o amor. Um dos mandamentos é: ´Não levantar falso testemunho´. Há um lógica profunda quando o Senhor diz que seremos julgados por nossas palavras; pois elas expressam o conteúdo que vai no nosso coração. Jesus, tomou o cuidado de dizer que: ´A boca fala daquilo que está cheiro o coração´ (Mt 12,34). Assim como um mau hálito pode significar, muitas vezes, que algo não vai bem no estômago, da mesma forma as más palavras indicam que algo não está bem no coração. ´A chicotada faz um ferimento, porém uma língua má quebra os ossos´ ( Eclo 28,21 ). ´Feliz o homem que não pecou por palavras´ (Eclo14,1). ´Muitos homens morreram pela espada, mas não tanto quanto morreram pela lingua´( Eclo 28,22). O provérbio popular diz que ´o peixe morre pela boca´; muitos homens morrem por suas palavras. Quem fala o que não deve, acaba escutando o que não quer. Sejamos prudentes no falar, dispostos a muito ouvir e cautelosos no falar.

PENSAMENTOS