"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

Translate - Tradurre - Übersetzen - Çevirmen - переводчик -

segunda-feira, 2 de julho de 2007

A PESCARIA MAIS IMPORTANTE DA MINHA VIDA


Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais junto ao chalé da família, numa ilha no meio de um lago de New Hampshire.

A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas ele e o pai saíram no fim da tarde para pegar peixes-lua e percas, cuja pesca era liberada.

O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo as ondulações se tornaram prateadas por causa do efeito da Lua nascendo sobre o lago.Quando o caniço vergou, soube que havia algo enorme do outro lado da linha.

O pai olhava com admiração enquanto o garoto habilmente arrastava o peixe ao longo do cais.Finalmente, com muito cuidado, ele levantou o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, mas era um dos peixes cuja pesca não era permitida.O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras para trás e para a frente sob a luz da lua.

O pai olhou para o peixe, depois para o menino.

- Você tem de devolvê-lo, filho

– ele disse.- Mas, papai!

– reclamou o menino.

- Vai aparecer outro peixe

– disse o pai.- Não tão grande como este

– choramingou o filho.

O menino olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou barcos visíveis ao luar. Olhou novamente para o pai.Mesmo sem ninguém por perto, o garoto sabia, pela clareza da voz do pai, que a decisão não era negociável. Devagar tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura.A criatura movimentou rapidamente seu corpo poderoso e desapareceu.

O menino desconfiou que jamais veria um peixe tão grande como aquele.Isso aconteceu há trinta e quatro anos.

Hoje, aquele garoto é um arquiteto de sucesso em Nova York.

O chalé de seu pai ainda está lá, na ilha do meio do lago, e ele leva seus filhos e filhas para pescar no mesmo cais.

E ele estava certo.

Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite.

Mas ele sempre vê o mesmo peixe

– repetidamente

– todas as vezes que se depara com uma questão de ética.Porque, como seu pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo e errado.

Agimos corretamente quando alguém está olhando?

Faríamos isso se nos tivessem ensinado a devolver o peixe para a água quando éramos jovens.

Porque teríamos aprendido a verdade.

Nenhum comentário:

PENSAMENTOS