Na Itália, numa aldeia das montanhas, os camponeses durante a Idade Média, tinham o hábito de anualmente fazer da colheita uma festa.
Esta festa era esperada com muita ansiedade por todos, comemorada com tudo o que tinham direito na época e comentada ao longo do ano.
Para essa festa, todo morador da aldeia contribuía com uma garrafa do melhor vinho de sua fabricação onde cada um despejava num grande barril na praça central da aldeia.
O ponto alto da comemoração era a abertura do barril, solenidade que atraía gente de todos os lugares que vinham degustar o famoso vinho, resultado da somatória de muitas garrafas de vinho selecionado.
Certa vez, um dos moradores que há muitos anos participava da festa pensou:
- “Por que vou levar uma garrafa do meu melhor vinho?
Vou levar uma garrafa de água, já que no meio de tanto vinho o meu não fará falta...”
Quando chegou a sua vez de despejar o seu “vinho”, fez de forma disfarçada para que os outros não percebessem.
No momento culminante da festa, a abertura do barril, todos estavaM lá com suas canecas prontos para saborear o famoso vinho.
Qual não foi a surpresa, na abertura da grande torneira, dela só saia água...
Eram litros e litros de pura água...
Todos os moradores tinham pensado a mesma coisa:
“Por que vou levar uma garrafa do meu melhor vinho, se no meio de tanto não fará falta?”.
Muitas vezes somos tentados a pensar dessa forma.
É preciso fazermos a nossa parte, isto não tem importância e talvez nem seja notado, pois há tantas outras pessoas ao nosso redor.
O que aconteceria se no mundo todos pensassem que sua parte não fará falta?
Por isso por menor que seja a nossa atitude ela é essencial quando nos colocamos a disposição para ajudar alguém.
Muitas vezes depende apenas de um gesto muito simples: um olhar, um sorriso ou uma mão estendida.
Não vamos esconder o “nosso melhor vinho”, e sim dar o que temos de mais precioso para edificação do irmão.
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