"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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terça-feira, 19 de abril de 2011

Lua e Estrela

Chegando ao cais ele me viu ao longe, o olhar dizia que era hora da liberdade. Aquilo que ficara aprisionado por tanto tempo poderia se expandir. Era tão poderoso, forte, envolvente que quem se aproximasse perceberia algo inimaginável e maravilhoso acontecendo ali
E este é o momento, exato momento, onde tudo será possível e todos os sonhos e fantasias terão seu lugar. Na cidade à beira do mar, no porto que tantos desejaram, muitos conquistaram, mas que nunca deixou de ser abrigo aos que eram capazes de sonhar. Foi neste lugar sem tempo, que ele tocou minha mão e juntos seguimos pelo caminho. Reis passaram ali, agora quem seguia era nosso desejo.
Desejo de tocar lugares inesquecíveis com perfumes impossíveis de imaginar. Beijar os beijos mais invasores, àqueles nos quais o caração para e respirar não importa mais. Onde o olhar fica transparente e em nossa mente apenas o outro tem lugar.
Ânsia de deslizar meu corpo sobre o dele, almas se mesclando com as cores do arco-íris, corpos iluminando o desejo que olhares não escondem mais. E seguimos ávidos procurando nosso lugar. Pequeno em tamanho, infinito a nos abrigar. Lugar cujo perfume conhecemos muito bem, onde muitas vezes perdemos os sentidos, esquecidos de nossa humanidade, pensando apenas em nossa entrega e comunhão.
No leito macio, suave aconchego aos corpos extasiados pelo encontro, deitamos lentamente. Primeiro os beijos, depois o toque e finalmente a entrega de tudo que temos. O tempo que correu antes parecia não existir, pois cada parte nossa, cada átomo lembrava exatamente desse sentir.
E mesmo envolvida em seus carinhos, recordei de quando perguntei se lembrava do meu gosto e beijos e você disse: “Como poderia esquecer?”
Então me olhou, forte, sem medo e entregou a mim todos os segredos naquele olhar. Deixou ver sua alma, límpida, pura e repleta de amar. Amar quem sou, o que sou, da mesma forma que aceito cada pedaço de você.
E na janela, no manto escuro da noite, a Lua e a Estrela acompanhavam a dança do nosso amor. Você enroscado em mim, eu mergulhada em você, subindo e descendo, indo em vindo, em ondas de prazer.
A Lua companheira, curiosa e faceira, decidiu se aproximar. Nos presenteou com sua luz branca, quase prateada, iluminou meu corpo e fez você se maravilhar. Com a pele clara, seda rara, que era sua para tocar. E você tocou, provou com precisão cada parte do corpo meu, banhado pela Lua, mergulhado em uma luz que o deixava com novo sabor.
A Estrela enciumada, não quis deixar para depois. Aproximou-se também, para poder ver bem, como era forte aquele amor. Coisa rara e preciosa que a deixou toda esperançosa de como o mundo poderia ser. Deu então a você seu brilho e transformou-o por um momento em um princípe a me cortejar.
Supreendida pela descoberta, envolvida pelo desejo aproprie-me de você. Em seu corpo percebi, que tudo que havia ali, estava além da compreensão. Não éramos apenas uma mulher e um homem, éramos a Lua e Estrela, apaixonadas e fascinadas com esse amor. Astros poderosos que num instante trasnformaram tudo ao redor.
E na manhã fria, com céu azul e sol. Acordamos lado a lado, com um sorriso nos lábios e o desejo de novo do amor.
 
 
by Heleny Galati

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