"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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segunda-feira, 27 de julho de 2009

FOI RACISMO?

Por Mauricio Stycer
O humor deve ter limites? Se tem, quais são? Eis duas questões que frequentemente entram em pauta, especialmente quando a piada aventura-se por terrenos mais delicados, como sexualidade, raça e religião.
Há duas semanas, causou surpresa a notícia que a atriz Juliana Paes acionou judicialmente o humorista José Simão, da “Folha de S.Paulo”, no esforço de impedi-lo de fazer piadas sobre as suas formas físicas. Esta semana, a polêmica foi desencadeada pelo humorista Danilo Gentili, do programa “CQC”, que está sendo acusado de fazer piadas de cunho racista.
Na madrugada de sábado, enquanto o canal de tevê paga Telecine Action exibia o filme “King Kong”, Gentili entrou no Twitter e escreveu: “Agora no TeleCine King Kong, um macaco q depois q vai p/ cidade e fica famoso pega 1 loira. Quem ele acha q é? Jogador de futebol?”
Apesar do horário do comentário (0h21 de domingo), as reações não tardaram. Poucos minutos depois, à 0h32, Gentili postou um segundo comentário, em resposta aos leitores: “Alguém pode me dar 1 explicação razoável pq posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa mas nunca um negro de macaco?”
Como as críticas não diminuíram, muito pelo contrário, à 0h53 Gentili voltou ao Twitter, desta vez numa posição mais defensiva: “Reparem: na piada do King Kong não disse a cor do jogador. Disse q loira saiu c/ cara pq é famoso. A cabeça de vcs q tem preconceito hein”.
O humorista ainda postou outros comentários sobre o assunto no Twitter, mas os apagou posteriormente. Vários blogueiros registraram essas frases de Gentili, mas não vou reproduzi-las aqui. Se os retirou do ar é sinal que se arrependeu do que disse, no que está no seu inteiro direito.
Reprodução
Foto publicada por Gentili na internetNa manhã de domingo, ainda impressionado com a repercussão de seu comentário, Gentili colocou na internet uma foto, na qual o próprio humorista aparece dentro de uma jaula, com a seguinte legenda: “Obrigado pessoal. Vocês conseguiram me prender igual um macaco por denúncias de racismo.”
Gentili não viu conteúdo racista em sua piada. “Foi uma piada sobre uma loira que só sai com cara que é famoso”, diz ao Último Segundo. “Mas sei que piada é assim mesmo: cada um entende como quer”.
O humorista acha que não deve haver limites para o humor. “Mas com bom senso”, diz, para logo acrescentar: “o problema é que o bom senso também é subjetivo”.
Segundo Gentili, ele foi defendido por mais de 70% dos leitores que escreveram para comentar a piada do King Kong. As críticas negativas, diz, vieram da parte do que ele chama de “uma patrulha superficial no combate do racismo”.
O que isso quer dizer? “Se eu chamar alguém de ‘preto’ vou ser xingado, mas se falar que ‘não tolero a presença de afro-descendentes na minha mesa’, vou ser elogiado pelo tom politicamente correto”, diz. Em outras palavras, desabafa Gentili, “o politicamente correto está deixando as pessoas idiotas”.
Segundo o humorista, “as pessoas fecham os olhos para o verdadeiro racismo e preferem falar do superficial”. Aos 29 anos, Gentili se diz acostumado com polêmicas deste tipo. “Outro dia, conclamei os maranhenses a agirem, por causa da Roseana Sarney, e fui acusado de preconceito contra os nordestinos”.
Apesar das críticas, Gentili segue com seu lema: “Se você quer dizer a verdade sem ser apedrejado, faça a pessoa dar uma risada antes.”

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