Durante dois anos, um ex-pichador chamado Djan ajudou a produzir a mais completa investigação sobre o universo clandestino da pichação, resultando num documentário ainda inédito no Brasil. Nunca se conseguiram imagens tão íntimas dessa tribo urbana, inclusive das invasões da Bienal e da Faculdade Belas Artes --coloquei trechos do documentário no Catraca Livre. Esse documentário ajuda a entender pesquisa que acaba de ser divulgada pelo Unicef sobre o assassinato de adolescentes no país.
O que se vê no documentário é como as mais variadas formas de violência como a falta de escola, de cultura, de lazer, de emprego, acabam gerando uma falta de perspectiva --e, nessa falta de perspectiva, combinada com a sensação de impunidade, está a raiz.
As periferias são usinas de marginalidade justamente porque não produzem perspectivas, o que impede os indivíduos de desenvolverem uma identidade e de se expressarem. No documentário, vemos que o motor do pichador é, de forma selvagem e violenta, escapar do anonimato e da invisibilidade.
Isso acaba explicando por que somos cada vez mais violentos --e nossas cidades (e almas) cada vez mais pichadas.
O que se vê no documentário é como as mais variadas formas de violência como a falta de escola, de cultura, de lazer, de emprego, acabam gerando uma falta de perspectiva --e, nessa falta de perspectiva, combinada com a sensação de impunidade, está a raiz.
As periferias são usinas de marginalidade justamente porque não produzem perspectivas, o que impede os indivíduos de desenvolverem uma identidade e de se expressarem. No documentário, vemos que o motor do pichador é, de forma selvagem e violenta, escapar do anonimato e da invisibilidade.
Isso acaba explicando por que somos cada vez mais violentos --e nossas cidades (e almas) cada vez mais pichadas.
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