" A China observou as informações relevantes e manifesta suas boas-vindas e seu apreço pelos esforços diplomáticos "
- A China observou as informações relevantes e manifesta suas boas-vindas e seu apreço pelos esforços diplomáticos feitos por todas as partes para, positivamente, buscar uma solução apropriada para a questão nuclear iraniana - disse o chanceler chinês, Yang Jiechi, segundo o site do Ministério das Relações Exteriores do país.
O porta-voz do chanceler, Ma Zhaoxu, acrescentou depois que o governo chinês espera que o acordo de troca de combustível "beneficie o processo de resolução pacífica da questão nuclear iraniana por meio de diálogo e negociações". Apesar do otimismo, nem o ministro nem seu porta-voz disseram se acreditam que as potências ocidentais que lutam pela aprovação de novas sanções na Organização das Nações Unidas (ONU) devem agora rever sua posição. Eles apenas reafirmaram a posição anterior de que a China prefere soluções negociadas.
(Para jornais dos EUA, acordo é cartada do irã para evitar sanções)
O porta-voz da chancleria iraniana se recusou a responder a questões sobre os planos para manter o enriquecimento de urânio no Irã, os quais alimentaram as avaliações céticas sobre o acordo.
" Se os países do Ocidente continuarem procurando desculpas, ficará claro que eles não estão em busca de uma solução "
- Se os países do Ocidente continuarem procurando desculpas, ficará claro que eles não estão em busca de uma solução para a questão e não tem qualquer opção lógica sobre a mesa - disse Mehmanparast, que na segunda teria dito, segundo a agência de notícias Irna, que o país pretende continuar enriquecendo urânio a 20%.
(Veja a íntegra do acordo assinado por Irã, Brasil e Turquia)
Premier de Israel reúne assessores para discutir acordo
A Casa Branca anunciou na segunda-feira que o governo americano continuará buscando sanções contra o Irã, afirmando que as intenções do país de continuar enriquecendo urânio no seu território viola resoluções da ONU. Reino Unido, França e Rússia, que junto com os EUA e a China formam os cinco membros permanentes com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, também se mostraram céticos quanto os resultados do acordo assinado em Teerã.
(Para Washington Post, acordo dá à China pretexto para adiar nova resolução)
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que na segunda-feira não se pronunciou publicamente sobre o assunto, convocou uma reunião nesta terça com seus principais assessores para discutir o acordo. No país, principal adversário do governo iraniano na região, uma das autoridades mais graduadas a se pronunciar até o momento foi o ministro do Comércio, Benjamin Ben-Eliezer. Segundo ele, apenas o tempo vai mostrar se o Irã "continua brincando com o mundo todo" ou se está aberto a frear o enriquecimento de urânio.
(Ceticismo e preocupação deram o tom das declarações em Israel na segunda)
Para o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o anúncio por parte do Irã de que o país continuará enriquecendo urânio a 20% mesmo depois da assinatura do acordo não foi um "balde de água fria" . Segundo ele, poderia ter como objetivo acalmar setores mais "linha dura" dentro do Irã. O resultado das negociações mediadas por Brasil e Turquia em Teerã ainda precisa da aprovação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) antes de ser posto em prática.
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