"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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terça-feira, 25 de maio de 2010

Jornal francês elogia política exterior do Governo Lula

Andrei Netto


A julgar pelas palavras do jornal “Le Monde”, o Brasil não para de seduzir a opinião pública da Europa. Em editorial de capa de sua edição de 25 de maio, o maior jornal da França define o país como “o porta-voz das economias emergentes”, elogia companhias como Embraer e Petrobrás e diz que o Brasil está às portas de seus “trinta anos gloriosos”. Não bastasse, diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser candidato à secretaria-geral das Nações Unidas em 2012.

O editorial, intitulado “O Brasil de Lula em todos os fronts”, analisa a onipresença da política externa do país. Segundo o diário, “O mundo murmura as declarações do presidente brasileiro e os feitos importantes não apenas futebolísticos de seus cidadãos”. “Le Monde” lembra recentes pronunciamentos do presidente em sua passagem pela Europa, quando criticou a lentidão da Alemanha e socorrer a Grécia e em dissipar as dúvidas que pairam sobre a solidez financeira da União Europeia. E destaca ainda a disposição de Brasília em intervir – ou, ao menos, opinar – em frentes diplomáticas controversas, como o conflito entre Israel e Palestina, o programa nuclear iraniano e as divergências entre Argentina e Reino Unido sobre as ilhas Malvinas.

“O ‘homem mais popular do mundo’, segundo Barack Obama, não se apoia apenas sobre seu carisma para falar alto e forte. Ele encarna um Brasil em plena forma que, após um crescimento nulo devido à crise, está nos calcanhares da China e da Índia em termos de crescimento”, diz o jornal. Além de empresas como Petrobras, Vale e Embraer, citadas como exemplos da capacidade da indústria, o periódico chama o Brasil de “celeiro do mundo” e destaca a produção de soja, açúcar, etanol, café, frutas, algodão e frangos, que fazem do país “um concorrente temido aos olhos dos produtores europeus”.

Segundo o editorial, o Brasil teria tomado consciência de seu potencial econômico em 2008, quando o mundo mergulhou na crise do sistema financeiro. “É o Brasil, brilhantemente representado por seu ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que pressiona mais forte por uma conclusão das negociações da Rodada de Doha. Em comparação, os Estados Unidos parecem paralisados em um protecionismo de outro tempo”, derrama-se o texto.

Segundo o editorial, o Brasil teria tomado consciência de seu potencial econômico em 2008, quando o mundo mergulhou na crise do sistema financeiro. “É o Brasil, brilhantemente representado por seu ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que pressiona mais forte por uma conclusão das negociações da Rodada de Doha. Em comparação, os Estados Unidos parecem paralisados em um protecionismo de outro tempo”, derrama-se o texto.

O jornal comenta ainda a briga do Brasil por mais influência no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial. E destaca a reivindicação de um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, instituição que Lula, aos 65 anos, poderia tentar liderar em uma futura eleição ao cargo de secretário-geral, em 2012, segundo especula a publicação. “Não acabamos de ouvir o ex-metalúrgico, amigo das favelas e dos investidores. Não acabamos de ouvir falar de um Brasil na aurora de seus trinta anos gloriosos”, diz o Monde, em referência à época em que o crescimento econômico e os avanços sociais foram mais fortes na França, logo após a 2a Guerra Mundial.

Além do editorial, o Monde publica também uma reportagem sobre a tentativa do governo brasileiro de controlar o nível de crescimento, citando dados do Banco Central – que indicaram, na semana passada, um incremento do Produto Interno Bruto (PIB) de 9,85% no primeiro trimestre do ano. Apesar das palavras positivas, Le Monde nem sempre é generoso com o Brasil. Na semana passada, o jornal classificou de “ingênua” a postura do Itamaraty na tentativa de mediar, ao lado da Turquia, o acordo sobre o programa nuclear do Irã.


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