Com certeza, os criadores do primeiro computador chamado Eniac, desenvolvido durante a segunda guerra mundial para “calcular” a distância das bombas que seriam lançadas e que possuía um tamanho assustador de 22 metros de comprimento e 5,5 de altura, não tinham a idéia de que no século XXI sua invenção estaria tão desenvolvida e seria tão necessária para as atividades diárias a ponto de ser considerado analfabeto aqueles que não possuem conhecimentos em informática.
A busca desenfreada pelo conhecimento fez da Informática uma aliada na busca de um emprego. Essa corrida em busca do conhecimento, aqui específico da informática, é para atender uma economia que está sendo disseminada nas escolas, nos meios de comunicação de massa, nas empresas, etc. Os pais preocupados com futuro de seus filhos estão cada vez mais cedo investindo, digamos assim, em seus filhos, para que num futuro próximo possam ter garantia de um emprego. Hoje, a quase totalidade dos pais de alunos do Ensino Infantil pensa, discute e até se preocupa com a época do vestibular ou com a profissão de seu filho, que ainda chora ao chegar na escola e ao encontrar sua “tia”, assim chamada para dar à criança a impressão de que a professora é alguém próximo. Por sua vez, a escola investe em equipamentos e mostra orgulhosa seu laboratório de Informática, satisfeita ao dizer que os alunos de Ensino Infantil já têm aulas de computação. É vantajoso para essas “empresas” oferecerem esses serviços e, do outro lado, os pais tranqüilizam-se em saber que seus filhos não serão analfabetos em informática, assim considerados aqueles que não aderiram à “era da mídia”, já que é considerada por muitos a chave que abre as portas para o futuro.
Com certeza, as crianças são expostas ao mundo informatizado, abandonando o mundo dos brinquedos convencionais para manipular brinquedos eletrônicos. As crianças na faixa etária do ensino infantil precisam ser respeitadas em suas necessidades de brincar e de sonhar. Nessa idade, a criança vive um período entre o real e a fantasia. É na no mundo de faz-de-conta que ela pode dominar o adulto ou simplesmente brincar e conversar com aquele “amiguinho invisível”.
É necessário um profissional preparado para não fazer das aulas de Informática só um preparo para o mercado de trabalho e sim para se utilizar da ferramenta ‘tão necessária’ - o computador - para estimular a curiosidade, a coordenação motora e o raciocínio da criança que são aflorados nessa idade. O que acontece é a falta de professores que conheçam informática e que sejam capacitados para o processo de ensino-aprendizagem pelo qual as crianças passam. Do outro lado, os educadores vêem-se freqüentemente sob pressão dos pais que querem ver os filhos cada vez mais cedo sabendo informática. Claro, o computador é uma ferramenta fascinante e diferenciada pelo alto poder de interação que ele proporciona. Mas, na verdade, a Informática faz tanta diferença na educação dos pequenos? Será que o brinquedo não desenvolve e prepara a criança na medida exata para que ela seja um indivíduo, um cidadão e um profissional de que a sociedade e o mercado de trabalho tanto necessitam?
Prof.William Sanches
Um comentário:
Que honra Magali,
Um abração pra você, tá?
William Sanches
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