"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
É pra isso que serve a liberdade de imprensa???
Essa fala histriônica do jornalista Luiz Carlos Prates se presta a uma discussão rica: quais os limites da liberdade de expressão?
Ou não existe limite?
Prates está fazendo a apologia de uma ditadura.
Não vou discutir a embalagem estridente e manca. Em sua saudação ao general Figueiredo ele mistura tratamentos como alguém que não domina o idioma. Figueiredo é primeiro tu (que morreste pobre) e em seguida é você (que nos ensinou).
Fale com simplicidade, ou agredirá o português como Prates.
Mas a questão é a essência.
Tudo bem louvar ditadura?
A liberdade de expressão, em algumas partes do mundo, tem sido objeto de discussões interessantes. A permissiva Suécia, por exemplo, decidiu que não se pode mais veicular e distribuir conteúdo com imagens reais de crianças quando se trata de pedofilia. Filmes e fotos para pedófilos, para ser mais claro. Isso era permitido na Suécia até há pouco, em nome da liberdade de expressão. Os pedófilos agora têm que se contentar com animações.
No Reino Unido, exaltar o terror islâmico é o bastante para levar alguém para a cadeia. Você não precisa fazer nada de concreto além de elogiar o chamado martírio – a morte pela causa do Islã. Experimente, também nos Estados Unidos, publicar um blog que apóie Bin Laden. Tente depois se explicar com aquela citadíssima fala: defendo até a morte o direito de você dizer uma coisa da qual discordo.
A ausência de limites na Alemanha de Weimar permitiu a Hitler publicar Mein Keimpf, um livro em que ele prometia fazer o que mais tarde, no poder, efetivamente faria: exterminar fisicamente os judeus.
Louvar a ditadura, como faz Prates: pode?
Para lembrar. Uma ditadura não se instala sem a ruptura da legalidade e a morte e prisão de muitas pessoas. Foi o que aconteceu em 1964 no Brasil.
Essa fala histérica é imprestável sob todos os aspectos, exceto pela oportunidade de discutir a liberdade de expressão.
by Paulo Nogueira
A "nata" da estupidez humana
O problema do Brasil não é a pobreza. São os pobres
É o que você aprende com a dupla Debi e Lóide. Debi, num programa de televisão, disse que os miseráveis são culpados pelas mortes nas estradas. Quer dizer, metade culpados. A outra metade da culpa é do governo espúrio que deu condições para os miseráveis comprarem um carro.
Carro é para nós, os ricos, para Debi.
Segundo Debi, o miserável motorizado vai para a estrada se distrair porque não suporta a mulher e nem ele a ela. E depois de bater é observado por desgraçados que gostam de ver cadáveres mesmo quando para isso têm que atravessar uma estrada congestionada.
Debi é comentarista da RBS em Santa Catarina.
Debi diz que o miserável compra o carro antes de ler um livro. Hmmm. Ainda bem para quem gosta de livro. Já pensou como ficariam as livrarias com pobres interessados em comprar livros?
Lóide gosta de voar. Mas os aeroportos hoje têm pobres demais, e ele não gosta disso, como escreveu num artigo na Folha de S. Paulo. Não conhecia Lóide. Vi um pouco dele no Google. Pobre Locke, pobre Hume, tão citados por ele para defender o indefensável – o nexo de seus textos.
Debi e Lóide simbolizam a direita brasileira destes dias, na qual têm a companhia de gente como Jabor, Merval Pereira, Reinaldo de Azevedo, Ali Kamel e William Waack.
Na campanha eleitoral, um artigo memorável de Merval culpava os pobres por não serem capazes de entender a gravidade das denúncias contra o governo. Não que as denúncias pudessem ser inconsistentes, não que as explicações pudessem ser incompreensíveis ou nada persuasivas. Não. Os pobres é que não conseguiram apreender o tamanho do drama.
A solução do Brasil não é acabar com a pobreza, para a nova direita da dupla Debi e Lóide e amigos de fé.
É simplesmente acabar com os pobres.
by Paulo Nogueira
domingo, 14 de novembro de 2010
Chalita é nome cotado para substituir Haddad no governo Dilma
Ex-secretário da Educação de São Paulo na gestão Geraldo Alckmin (PSDB), Chalita conta também com o carinho especial da presidente eleita
Agência Estado
Os dois anos de sucessivas falhas na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não só desgastaram o ministro da Educação, Fernando Haddad, preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para continuar à frente da pasta no governo Dilma Rousseff, como abriram espaço para que outros candidatos disputem a vaga. Em meio às negociações para a formação do futuro governo, o PSB pode abocanhar também o Ministério da Educação e ampliar sua participação no Planalto - que hoje se restringe ao Ministério de Ciência e Tecnologia e Secretaria Especial dos Portos. Segundo fontes ligadas à legenda, o nome mais cotado é o do deputado eleito e vereador por São Paulo Gabriel Chalita.
Ex-secretário da Educação do Estado de São Paulo na gestão Geraldo Alckmin (PSDB), Chalita conta também com o carinho especial da presidente eleita. Ele foi um dos responsáveis pela aproximação de Dilma com setores da Igreja Católica desde a pré-campanha e atuou como "bombeiro" na articulação entre a candidata e a Igreja nos momentos mais delicados da campanha, quando as discussões envolvendo temas como aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo fizeram a petista perder pontos nas pesquisas de intenção de voto.
Na disputa com o deputado federal eleito neste pleito - o segundo mais votado do Estado depois do palhaço Tiririca - estão nomes como o da filósofa Marilena Chauí, ex-secretária da Cultura da prefeitura de São Paulo durante o governo de Luíza Erundina, do escritor Fernando Morais e do senador petista Aloizio Mercadante. Chalita é considerado um gestor agregador e mobilizador das redes de ensino, com boas chances de pôr fim à crise que colocou o Enem em xeque. "Para ela (Dilma), o que aconteceu com o Enem é inconcebível", conta um pessebista, ao criticar as falhas consecutivas na aplicação da prova.
Caso seja escolhido para dirigir o Ministério da Educação, Chalita deverá promover mudanças significativas no Enem, começando com a aplicação da prova em três datas diferentes ao longo do ano, como defende a ex-secretária executiva do MEC Maria Helena Guimarães de Castro, uma das criadoras do Enem na gestão Fernando Henrique Cardoso. No passado, Chalita fez críticas ao Enem, o qual classificou como "tão ruim quanto os antigos vestibulares".
Os primeiros nomes do novo governo Dilma Rousseff devem ser anunciados já na próxima semana. A prioridade é a definição da área econômica, como sugeriu o presidente Lula. A tendência é que a presidente eleita aposte em perfis técnicos com viés desenvolvimentista. Num dos postos-chave do governo, a Casa Civil, a discussão está em torno do perfil do novo titular, se vai pender mais para o político ou para o técnico. Segundo Fontes, além dos conselhos do presidente Lula, Dilma tem ouvido com frequência seu vice Michel Temer para fechar os nomes do primeiro escalão.
Outros partidos
O PV, que faz questão de se colocar como "independente", também vem sendo cogitado para integrar o governo Dilma. Para surpresa do partido da senadora Marina Silva, o PV foi sondado para compor a nova administração. No segundo turno, Dilma se comprometeu com propostas que faziam parte do plano de governo de Marina. Embora a equipe de transição esteja mais comprometida em atender os partidos de sua coligação, Dilma quer ter ao seu lado o PV que saiu fortalecido das urnas. "Está havendo boa vontade e sondagens, mas não há nenhuma sinalização sobre ministérios", disse um ex-candidato do PV.
Oficialmente, o PV rechaça discussões relacionadas à negociação de cargos. "Qualquer conversa em torno de programas é construtiva. Mas não há convites e não haverá convites", reforça o vice-presidente do partido, Alfredo Sirkis. Deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro, Sirkis lembra que o governo Dilma terá dificuldades para agregar todos os partidos da sua base, "quanto mais os que não a apoiaram", portanto não acredita que haja espaço para o PV.
Já o PCdoB, que se reuniu esta semana com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, diz que o tema da conversa não foi composição ministerial e sim questões programáticas que não foram aprofundadas durante a campanha eleitoral, como as reformas e a guerra cambial. "Temos muitos nomes, nomes de excelência, mas não chegamos lá (na reunião) para cobrar ministérios", disse o secretário de comunicação do partido, José Reinaldo Carvalho.
O secretário destaca que o partido se identifica com as pastas criadas no governo Lula, como a Secretaria de Políticas de Promoção e Igualdade Racial, e áreas que exijam interface com movimentos sociais. Entre os "nomes de excelência" do PCdoB estão os deputados federais Aldo Rebelo (SP), Manuela D'Ávila (RS), Flávio Dino (MA) e o atual ministro dos Esportes, Orlando Silva, em alta com os preparativos para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 no Rio.
Quanto à possibilidade de manter a divisão dos ministérios na mesma proporção em que ocupam no governo Lula, como quer o PMDB de Temer, o PCdoB manda o seu recado: "É um novo governo, é um novo quadro político".
terça-feira, 9 de novembro de 2010
OAB-PE lista novos suspeitos de preconceito anti-nordestino
Especial de Recife
Após receber "centenas" de denúncias, a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Pernambuco (OAB-PE) adicionou, na noite desta segunda-feira (8), uma petição à notícia-crime movida contra a estudante de Direito Mayara Petruso, que sugeriu, em frase publicada na internet, "matar nordestinos afogados".
A nova documentação enviada ao Ministério Público Federal de São Paulo conta com uma lista de suspeitos de cometer crime semelhante ao da universitária: racismo e incitação pública à prática de homicídio.
Por meio da assessoria de imprensa da OAB-PE, o presidente da entidade,Henrique Mariano, afirmou que o caso da estudante foi "emblemático". Segundo ele, levou "centenas" de pessoas de todos os cantos do País a procurarem o órgão com novas denúncias. "Além de estarmos monitorando as mensagens que são divulgadas na internet. Depois de analisar as denúncias, vimos que, em boa parte delas, ainda será preciso identificar os autores".
Para auxiliar na identificação dos autores de mensagens com teor preconceituoso, a documentação remetida pelo presidente Henrique Mariano solicita também a participação da Polícia Federal nas investigações. As mensagens passaram a ser difundidas na internet logo após a divulgação do resultado das eleições presidenciais do segundo turno.
sábado, 6 de novembro de 2010
Gabriel Chalita para Ministério da Educação
Gabriel Chalita disputa Ministério da Educação com Gastão
Já é dado como certo em Brasília que o Ministério da Educação não deva mais ficar com PT. O atual ministro, Fernando Haddad, vai deixar o cargo em janeiro e, na disputa pela vaga, além de Gastão Vieira (PMDB) – como noticiado aqui quinta-feira (4) – está o educador Gabriel Chalita (PSB).
Gabriel Chalita é educador e escritor
Ex-secretário de Educação de São Paulo, Chalita é vereador, mas foi recém-eleito deputado federal pelo estado de São Paulo. Ele foi o campeão de votos do PSB em todo o país entres os deputados federais, com mais de 560 mil votos.
Depois da divulgação de que Gastão será o indicado da governadora Roseana Sarney (PMDB) para a pasta, fontes do blog entraram em contato para informar que, ainda ontem, em reunião da executiva nacional do PSB na capital federal, Chalita foi apontado dentro da legenda como possível nome para a Educação.
Começa a esquentar a briga.
Mayara : Uma vergonha nacional
Pai da estudante processada por discriminação se diz envergonhado
A pedido da OAB e da Procuradoria da República, Mayara Petruso será investigada por comentários contra nordestinos na internet
O empresário Antonino Petruso, morador de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, soube pelos jornais que a filha mais nova, Mayara Penteado Petruso, está sendo alvo de investigação pela Procuradoria Geral da República por crime de preconceito. Ela é a estudante de Direito que, finalizada a apuração que apontou Dilma Rousseff (PT) como nova presidenta do Brasil, desancou a postar frases de preconceito e discriminação contra o povo nordestino na internet.
Nas frases postadas na rede de microblogs Twitter e no Facebook, a jovem sugere o extermínio dos nordestinos e pede o fim do direito de voto para quem não mora na região Sudeste.
Antonino Petruso se disse “surpreso, decepcionado e envergonhado” pela atitude da filha e lamentou que a menina tenha se deixado influenciar pelo “acirramento” do debate eleitoral. “Nunca fui chegado a política e nunca ensinei nada disso para as minha filhas. Tenho um enorme respeito pelos nordestinos e é graças a eles que consigo dar uma vida digna para minha família e pagar a faculdade da Mayara”, disse Petruso ao iG, em entrevista por telefone.
Petruso é dono de uma rede de supermercados de Bragança e diz que tem vários clientes e empregados de origem nordestina. Pai de quatro filhos, ele trabalha mais de 15 horas por dia para administrar o negócio herdado do pai. Nos últimos anos, em virtude da melhora da economia, viu os negócios melhorarem graças às políticas econômicas do governo Lula. “Tenho muita simpatia pelo Lula. Ele não resolveu tudo, mas fez um excelente governo. Se a Mayara tivesse me consultado, teria pedido para ela votar na Dilma. Entre todos os candidatos, ela era a melhor opção para o País”, afirmou o empresário
Relacionamento
Mayara é filha de um relacionamento de Antonino fora do casamento. Embora o empresário financie os estudos e a moradia da jovem em São Paulo, ele narra que o relacionamento com a filha é um pouco distante. “Desde quando ela foi morar em São Paulo, pouco nos falamos. Duas outras filhas também moraram na capital nesses últimos anos, mas ela não mantinha contato nenhum com as irmãs nesse período”, contou.
Desde quando soube do caso, Antonino tenta encontrar a filha para saber o que de fato aconteceu, mas não consegue localizá-la. Após tentar fazer contato com a garota pelo celular e até ligar para a mãe dela, não obteve retorno e se disse preocupado com o que possa estar acontecendo. “A internet tem muito problema de hacker. Eu mesmo já tive o e-mail invadido por eles. Quero ouvir dela o que está acontecendo. Se ela fez mesmo essas coisas graves que os jornais estão dizendo, terá que pagar e responder na Justiça”, disse o pai. “Sou contra qualquer tipo de discriminação. É o pior crime possível e estou muito chateado que a minha filha esteja envolvida nesse tipo de coisa”, desabafou.
“Geyse da FMU”
Mayara é estudante do sexto semestre de Direito da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). Transferida de uma faculdade da região do Pari, passou a frequentar as aulas no campus da Liberdade apenas neste ano, no período noturno.
Na sala do segundo andar, a estudante sentava no fundo da classe e conversava com alguns poucos colegas de classe, em virtude do pouco tempo na turma. Apesar de muito jovem, com 21 anos, ela já estagiava em um escritório de advocacia durante o dia, mas foi despedida da empresa por causa do episódio. Na classe, os colegas mais próximos dizem que a jovem nunca soltou qualquer comentário preconceituoso e mantinha o respeito com todos os colegas.
“Era uma jovem sorridente e concentrada nos estudos. Conversava com todo mundo que vinha puxar papo com ela, mesmo aqueles de origem nordestina”, disse o estudante identificado apenas como Carlos, que sentava na frente da jovem e fez trabalhos com ela pelo menos duas vezes neste ano.
“Acho que ela foi ingênua e infeliz ao fazer esse tipo de comentário. Foi uma coisa muito feia o que ela disse, mas sei que ela não deve ter agido por mal”, disse outra colega que se identificou como Aline.
A história de Mayara ecoou entre os alunos da FMU e foi o principal assunto nesta quinta-feira, data que a reportagem do iG esteve na faculdade. No intervalo, nos elevadores e em todas as salas de aula, as pessoas buscavam identificar quem era a garota apelidada de “Geyse da FMU”, em referência ao episódio da estudante Geyse Arruda, que foi hostilizada por colegas da Uniban por frequentar as aulas com um vestido cor de rosa curtíssimo.
“A Mayara é a maior celebridade do curso de Direito hoje”, brincou um jovem durante o intervalo das aulas, numa roda com outros cinco jovens do terceiro ano.
“Desde o dia em que o episódio de preconceito veio a tona, Mayara não apareceu mais na faculdade. As amigas mais próximas dizem que ela não atende ao telefone nem responde e-mails. Uma delas chegou até a visitar a república onde Mayara mora com outras duas amigas, mas foi informada de que a jovem teria voltado para Bragança, para a casa da mãe.
Os colegas de sala temem que ela abandone o curso. Todos lamentaram o episódio e disseram até que sentem dó pelo que Mayara está passando. “Ela é muito novinha. Não deve estar sendo fácil enfrentar toda essa pressão”, afirmou a representante de sala.
'Case' de Direito
O caso da jovem de Bragança Paulista está sendo tratado pelos professores como “case” das aulas de Direito Civil. Segundo os alunos, alguns professores até analisaram o caso da jovem pela ótica jurídica. “Um dos professores afirmou que ela pode responder processo por incitação à violência e discriminação”, disse Rafael Prado, estudante do quarto ano de Direito. “Os professores estão usando o caso para alertar os alunos sobre os limites da internet. É capaz até de as aulas de Direito Eletrônico ficarem mais animadas”, brincou o estudante
Ameaças e preconceitos
A Segurança da FMU também está em alerta. Para evitar que a jovem sofra qualquer tipo de hostilidade caso volte às aulas, os seguranças passam pela sala 203 na hora da entrada, do intervalo e na saída. Numa dessas rondas, a reportagem do iG foi flagrada dentro da sala de aula, ouvindo os colegas da jovem na hora do intervalo. Ao convidar o repórter a se retirar da faculdade, um dos seguranças disse que os responsáveis pela segurança estão em alerta total porque um jovem de origem nordestina invadiu a universidade da última quarta, ameaçando agredir Mayara. “A sorte é que ela não tem vindo às aulas”, disse o segurança.
Leia mais sobre o caso:
OAB-PE denuncia jovem que incitou violência contra nordestinos
Comentário contra nordestinos repercute em Pernambuco
O pai de Mayara afirma que o episódio causou muitos problemas para a família. Além de assunto entre a maioria dos jovens de Bragança, uma das irmãs de Mayara tem sido alvo de críticas e comentários preconceituosos na faculdade onde estuda, em Bragança. A jovem confessou ao pai que alguns professores também têm destratado a moça em virtude do episódio. “Gostaria que as pessoas não confundissem as coisas por causa de um sobrenome. A Mayara tem 21 anos e responde por seus atos. O que ela fez foi muito grave, mas nós, familiares, só podemos lamentar e ajudá-la a se livrar desse preconceito ruim”, avalia o pai. “Os que confundem as coisas, incorrem num erro ainda mais grave que o da minha filha”, sentencia.
Desculpas da família
Antonino Petruso soube pelo iG que a filha não está frequentando a faculdade. Com problemas de visão que o impedem de dirigir, o empresário deve viajar a São Paulo no final de semana com uma das filhas para encontrar a filha e tentar orientá-la.
A Procuradoria Regional da República de São Paulo já solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) que abra investigação contra Mayara. O processo foi encaminhado para a procuradora Melissa Garcia Blagitz Abreu e Silva, do Grupo de Combate aos Crimes Cibernéticos).
O pai da jovem promete contratar um advogado para ajudar a filha, mas ressalta que a jovem terá que responder por seus atos. “Preconceito é um crime inaceitável. Se ela fez isso mesmo, terá que pagar. Como pai, peço apenas desculpas aos nordestinos, do fundo do meu coração. Amo o Nordeste e todos os nordestinos merecem o meu respeito”, declarou Antonino Petruso.
Lá fora
O caso chegou a repercutir na imprensa internacional. O site do jornal britânico The Telegraph publicou reportagem do seu correspondente no Brasil a respeito do assunto. A matéria diz que se a jovem for condenada pela Justiça, poderá pegar uma pena de dois a cinco anos de prisão por racismo. Ou então, de três a seis meses - ou multa - por incitar o assassinato na internet.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
DENUNCIE A XENOFOBIA
PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA
Clique no link abaixo e denuncie:
http://ccr2.pgr.mpf.gov.br/formulario/denuncia/index.htm
Vergonha nacional...
Xenofobia no Twitter contra nordestinos
A Lei nº 7.716, de 05 de janeiro de 1989, em seu artigo 1º (com a redação determinada pela Lei nº 9.459, de 13 de março de 1997), diz que "Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional". Portanto, claramente, os delitos tipificados por esta lei englobam a conduta de segregar estrangeiros, que vem a ser delito inafiançável e imprescritível (Constituição da República, artigo 5º, inciso XLII).
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