"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Johnny e a juventude sem limites



Não é à toa que o filme Meu nome não é Johnny já é um grande sucesso. Primeiro porque mostra a qualidade de que é capaz o cinema brasileiro. Depois, pela temática. As famílias estão preocupadas com duas questões centrais abordadas pelo filme do diretor Mauro Lima: as drogas e a necessidade de estabelecer limites para os jovens. Pais atentos sabem que é preciso entender as negativas que o mundo oferece.

Aí está o valor deste filme, ao contar a história real de João Guilherme Estrella, jovem carioca que se acostumou, desde criança, a uma educação permissiva. Sem imposição de limites por parte dos pais, tentou as drogas. De usuário, em pouco tempo passou à posição de um dos traficantes mais importantes do Rio. No papel, Selton Melo é perfeito, sério, competente, arrebatador. E muito bem acompanhado: estão ótimas as atrizes Cleo Pires e Júlia Lemmertez.

Um trecho antecipa o futuro do menino Estrella. Soltou um rojão dentro da casa. Em vez de repreendê-lo, o pai comemorou. A frase predileta de André di Biasi, no papel de pai, é esta: "Aproveite a vida". (Justo ele que desistiu dela.) Mas o que significa aproveitar a vida? Prazeres são sempre bem-vindos, mas uma vida baseada apenas em prazer tende ao fracasso. E fracassar é perder a alma. Estrella conseguiu se recuperar depois da prisão e do manicômio. Deu valor à vida. E está vivo. Talvez sua história não seja a regra, mas há muitos jovens que degringolam pela falta de limites.

Os pais não se ausentam por maldade. Mas fazem um mal enorme aos filhos quando ficam ausentes. E, na vida, quem só ouviu sim, dirá sim ao traficante, ao corrupto, ao bandido. Os pais têm de ser referência, mesmo com os erros e ausências que a falta de tempo impõe. Mas com a inteireza de quem sabe que o amanhã só existirá se o hoje for bem construído. Há muitos pais que não sabem até onde devem proibir ou podem permitir. É preciso buscar ajuda, ler, pesquisar, entender o que se passa com essa geração. Os pais têm de abordar temas que ontem não eram necessários. Por que eu tenho de falar sobre drogas com meu filho? Porque os tempos mudaram e a juventude também. O jovem não é um problema. Desde que tenha sonhos e limites.
Por isso há um bom programa para ser fazer nesses dias. Pais e filhos deveriam ir, juntos, assistir ao filme Meu nome não é Johnny. É uma oportunidade de as famílias observarem a importância do diálogo - e a tragédia que costuma decorrer da falta dele.

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