"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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sábado, 12 de dezembro de 2009

História de Natal

A vontade de viver e uma carta ao Papai Noel comoveram os funcionários do Hospital Regional, que se uniram para mudar o dia hoje na vida de uma criança. É que adoentado, um menino de seis anos, internado na unidade há sete meses, queria mandar uma carta ao bom velhinho. E mesmo com a dificuldade de respirar devido aos problemas pulmonares, ele ditou os dizeres a uma médica. Por fim, sensibilizados, os funcionários resolveram atender ao pedido da criança, que acredita que um presente lhe trará felicidade e esse sentimento, por sua vez, a cura. A história encantada deve se concretizar ainda hoje, quando o Papai Noel visitará o menino.
Querido Papai Noel, meu nome é Wesley Vitor Medeiros de Almeida, tenho 6 anos e no momento estou de passagem no Hospital Regional, pois estou em tratamento médico e logo ficarei bom. Na verdade, Papai Noel, minha casa é em Capão Bonito, onde moro com meus pais, meu gato Zico e meu cachorro Dog. Gostaria que o senhor me trouxesse nesse Natal um videogame. Com ele eu vou me distrair jogando. Acho que mereço ganhá-lo pois sou um menino bonzinho, valente, religioso e amigo de todos. Como o senhor tem contato direto com Deus, peço que me ouça e diga a Ele que quero ir logo embora. Farei força para melhorar, comendo bastante, respirando forte e sorrindo sempre. Um beijo. Te espero nesse Natal.
Foi o que disse Wesley à médica pediatra Priscila Helena dos Santos, que por sua vez, escreveu o pedido numa folha. A carta, fixada no quadro de avisos do hospital, seria comum nessa época do ano se não fosse por alguns detalhes. O menino é a criança mais antiga internada na unidade, o que aproximou a equipe da família. Além disso, ele tem problemas pulmonares, aparentemente irreversíveis, sem diagnóstico preciso ainda. E necessita ainda de aparelhos para respirar e assim, continuar vivo. O único filho do casal Adriana e Paulo de Almeida, reside num sítio simples, de família de agricultores. O contexto sensibilizou os funcionários, entre eles a médica Mara Corrá, que mobilizou os colegas e juntou o dinheiro do presente. É uma criança encantadora, alegre. E ele acredita que feliz, se recuperará mais rápido, falou ela.
O caso ganhou repercussão fora do hospital e um jornalista, que preferiu não se identificar, respondeu ao menino, como se fosse o Papai Noel. Ao meu corajoso amigo Wesley: recebi sua carta. Você é um ótimo menino. Um dos melhores do mundo. E olha que eu conheço todos do planeta. Está uma correria aqui para atender todos os pedidos que me fizeram, mas vou tentar atendê-lo. Eu queria ir até aí pessoalmente entregá-lo. Talvez consiga. Aí eu conheço você, sua mãe, seu pai e os amigos que cuidam de você. Logo estará bem e sairá daí. Mas não tenha pressa. Faça tudo que os médicos pedem. Nunca deixe de sorrir e acreditar que tudo de bom que queremos acaba acontecendo. Um beijo, Papai Noel.
Emocionada com a situação, a mãe da criança também se disse sensibilizada. Impossibilitada de atender o pedido, ela espera que o presente realmente lhe faça mais feliz. É o que toda mãe quer. Ver o filho bem e feliz. Ele está melhor. Se recuperando. Passa alguns minutos sem o aparelho para respirar. Se cansa fácil. Mas tenho fé, disse ela, que desde maio passado se reveza com o marido nos cuidados com o menino. A cada domingo trocamos o plantão. Eu vou para Sorocaba e fico com meu filho até o outro domingo. Nesse período ela vem para o sítio. Depois trocamos, detalha o pai. É uma rotina cansativa. Fico 24 horas com ele. Depois fico triste por estar longe, lamenta a mãe.
O videogame foi comprado, um Papai Noel contratado e a festa marcada para hoje, na pediatria do hospital a partir das 13h.




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