"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)
Translate - Tradurre - Übersetzen - Çevirmen - переводчик -
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Discurso de filiação ao PSB, em 29 de setembro de 2009
A política é o compromisso permanente de cuidar das pessoas. É o êxodo. É o abandono das acomodações e a partida em busca do bem. É arte porque liberta, porque fascina. É ciência porque requer preparo. Não se improvisa um estadista. Forma-se com o tempo, lapida-se com a experiência humana da tessitura social. Somos animais sociais. Desenvolvemo-nos nas trocas de impressões e sonhos. Caminhamos juntos porque não há vagão isolado neste quinhão a que chamamos sociedade.
A política é a mais elevada forma de caridade, dizia Santo Agostinho. É a garantia real da liberdade, afimava Kant, o filósofo do idealismo. É o trabalho em prol dos direitos do homem, da democracia e da paz, propunha Bobbio. Ainda ele: “É com o nascimento do Estado de direito que ocorre a passagem final do ponto de vista do príncipe para o ponto de vista dos cidadãos”.
Cidadãos. Nós todos! Origens, gêneros, classes sociais, ideologias diferentes. Não importam as nossas margens – importa a nossa essência. Fazemos parte da essência humana e não há política correta sem que a dignidade da pessoa humana seja o ponto central. É nesse socialismo que acredito. O socialismo democrático. O socialismo da Encíclica mais recente do Papa Bento XVI: caridade na verdade. O sumo pontífice fala em socializar a fraternidade para a pessoa humana toda e todas as pessoas humanas.
Ingressei na política inspirado pelo humanismo integral de Jacques Maritain:
“O homem do humanismo cristão sabe que a vida política aspira a um bem comum superior a uma mera coleção de bens individuais (...) que a obra comum deve tender, sobretudo, a melhorar a vida humana mesma, a fazer possível que todos vivam na terra como homens livres e gozem dos frutos da cultura e do espírito... aprecia a liberdade como algo que há de ser merecedor; compreende a igualdade essencial que há entre ele e os outros homens e a manifesta no respeito e na fraternidade; e vê na justiça a força de conservação da comunidade política e o requisito prévio que levando aos não iguais a igualdade, torna possível que nasça a fraternidade cívica"...
Fui discípulo atento de Franco Montoro. Suas teses em defesa da vida, seu apreço pela democracia fascinavam-me. Foi o meu grande mestre no direito e na política. Conheci Mario Covas e, se posso lembrar um dos feitos magnânimos, encontro a simplicidade com que convivia com a população carente da cidade de São Paulo nos mutirões. Era um homem do povo. Geraldo Alckmin deu-me a oportunidade de conviver com milhares de professores e aprender com eles que a educação é arte do coração. Tenho profundo respeito pela trajetória correta, ética desse gestor. Não nego as minhas origens. Respeito aqueles que me ensinaram. O PSDB foi minha casa por quase 20 anos. Lá também conheci Ciro Gomes, o jovem govenador do Ceará. Administrador extraordinário. Combativo. Correto. Corajoso. Sofri com a sua saída do meu partido. Partia um ícone para os jovens políticos. Mas não partiam dele as suas conviçcões.
A minha experiência na Secretaria da Educação corroborou em mim que o político não pode administrar a distância. É o contato com o povo, as críticas e o afeto dos que fazem o motor da máquina pública girar que emprestam repertório para as decisões corretas. Os indicadores de qualidade de nossa gestão mostram o quanto evoluímos. Acabamos com as filas em portas de escola, com mães e pais angustiados, temendo por falta de vagas. Melhoramos a qualidade do ensino, investindo fortemente na qualificação dos professores e na ampliação do tempo de permanência das crianças na escola. Abrimos as escolas em finais de semana, trabalhando com um conceito de pertencimento. A escola é da comunidade. Reduzimos a violência escolar. Realizamos o maior projeto de inclusão cultural, levando milhões de alunos, professores e funcionários aos teatros, cinemas e museus do Estado. O aprendizado tem de ser prazeroso. Fizemos com que centenas de milhares de adultos voltassem aos bancos escolares. E iniciamos o sonho da escola de tempo integral.
É de Anisio Teixeira, feito secretário de educação da Bahia por Otávio Mangabeira, irmão de João Mangabeira, nosso fundador, a assertiva:
“Numa democracia, nenhuma obra supera a da educação. Haverá, talvez, outras aparentemente mais urgentes ou imediatas, mas estas mesmas pressupõem, se estivermos numa democracia, a educação. Todas as demais funções do estado democrático pressupõem a educação. Somente esta não é conseqüência da democracia, mas a sua base, o seu fundamento, a condição mesma para a sua existência."
Durante toda a minha gestão, não tivemos sequer uma greve no magistério paulista. A evasão escolar foi a mais baixa da história. E o currículo incrementado com a ampla participação dos professores. Aí está uma diferença básica no olhar da educação. Eu respeito os professores. Não coloco a culpa pelos eventuais fracassos naqueles que estão nas salas de aula. Culpados são os maus gestores por destruírem políticas públicas, por não terem a humildade de dar continuidade ao que dá certo. Pelo personalismo hediondo tão mesquinho daqueles que pouco entendem de ética.
A decisão de filiar-me ao PSB foi amadurecida durante algum tempo. Ingressar nas fileiras de um partido cuja história aplaudiu e aplaude o entusiasmo de mulheres e homens como João Mangabeira, Domingos Vellasco, Hermes Lima, Rubem Braga, Osório Borba, Joel Silveira, José Lins do Rego, Jader de Carvalho, Sergio Buarque de Hollanda e Antonio Candido, altivos fundadores, cultivadores pioneiros da semente socialista e libertária. E o inesquecível Miguel Arraes! Um gigante da compaixão ao povo mais sofrido.
Partido de Antônio Houaiss, Jamil Haddad, Roberto Amaral, Evandro Lins e Silva e Barbosa Lima Sobrinho. Partido presidido por Eduardo Campos. O jovem que conquistou a cidade e o sertão, que se tornou unanimidade por fazer da política uma arte de servir. Governador, nossa prosa leve naquela noite em Brasília me ajudou a sonhar ainda mais. Seu entusiasmo pela educação fascina aqueles que acreditam na política como a arte da emoção e da razão.
Emoção... como precisamos de estadistas que se emocionem com o povo! Não é possível ser um líder sem emoção. A frieza enfeia a política. É preciso amar as pessoas no mais nobre sentido que o conceito emprega. Nesse mesmo diapasão, quero render homenagens à grande dama das políticas sociais, a mulher guerreira, à luz que iluminou e continua iluminando os grotões da miséria. Luiza Erundina. A história há de reconhecer suas intenções e ações. Que privilégio estar no seu partido, ao seu lado, aprendendo na sua escola! Erundina dos direitos do trabalhador, Erundina do povo, Erundina de Paulo Freire. O grande mestre chegou à pasta da educação graças ao seu conceito de uma educação libertadora.
No PSB, há governadores e senadores. Há ministros e secretários. Há deputados federais e estaduais. Prefeitos. Vereadores. Cidadãos. Cidadãs de boa vontade. Venho com humildade unir-me a vocês. O convite primeiro partiu de Márcio França, homem público que aprendi a admirar quando o conheci prefeito de São Vicente. Que gestão impecável! Líder de nossa bancada no Congresso Nacional. Estamos juntos, amigo.
Foi difícil abandonar a antiga casa. Lá tenho amigos queridos. Continuarei a admirá-los. Não acredito no maniqueísmo. Não acredito nos muros. Mas nas pontes. Há mulheres e homens de bem nos diversos partidos políticos e há destruidores de sonhos em todos eles também. Olhemos para frente. Sigamos a lição do eterno líder, Miguel Arraes: "O passado é a base para a história que precisa avançar. Temos que olhar o passado como um instrumento para o futuro e não olhar para o passado para estabelecer culpas". Vim a essa casa para, com humildade, dar a minha contribuição. Quero ajudar a construir um projeto novo para o nosso povo. Há muito a se fazer e por isso estamos aqui. Volto ao humanismo... que a palavra-chave seja compaixão...é preciso aprender a ter compaixão pelas pessoas.
A mulher pecadora aproximou-se de Jesus. Sabia que seria morta. Sabia que aquela sociedade jamais daria a ela uma segunda chance. Aproximou-se talvez para suavizar a despedida. Não houve despedida. A compaixão do mestre do amor a salvou. “Quem não tem pecado, atire a primeira pedra...” Pedras são atiradas diariamente. A hipocrisia mora na Casa Grande de nossa sociedade. Faz-se o que rende elogios dos aduladores de plantão e não o que se deve fazer. Burocratas do poder.
Compaixão, meus amigos. Cuidar das pessoas. Das que mais necessitam. Como é angustiante a ausência de meios para a efetividade dos direitos. Como é triste o analfabetismo, o medo diante da palavra desconhecida, do poder desconhecido. Compaixão que faz com que todo o tipo de preconceito seja encarcerado. É esse o Estado com que sonhamos. Um Estado livre. Livre das amarras do opressor. Livre das vaidades e acomodação dos que têm.
Volto à escola de tempo integral. Essa é a minha obstinação como político. Não é possível que a população que mais necessita de proteção social em idade de desenvolvimento permaneça 3 horas por dia em sala de aula. Não é possível deixar essas meninas e esses meninos nas esquinas vazias de uma família achacada pela ausência. Não terão como completar os estudos, como fazem aqueles que têm condições de pagar cursos de idiomas, aulas de instrumentos musicais, academias esportivas. Terão apenas aquele tempo. E assim o fosso entre os que podem e os que não podem se transforma no fosso entre os que sabem e os que não sabem. E os vícios nascem aí. O desprezo pela vida também. É o jovem o que mais mata e o que mais morre na sangrenta violência de nossas cidades. É o jovem que não teve instrução adequada. Que não teve e não tem oportunidades. Ou os jovens incontinentes que não aprenderam a valorizar a própria vida tampouco a alheia, mesmo com todo o conforto material.
Voltando a um dos fundadores deste partido, o escritor paraibano, notável regionalista de denúncia social, José Lins do Rego revelava, por meio da figura do Moleque Ricardo, a sociedade dos dois brasis: o trabalho escravo, a exploração do esforço físico de uma criança pobre em contraponto à formação intelectual da criança originária da elite:
“Nascera para ser menor que os outros. Em pequeno vivia pela sala com os senhores lhe ensinando graça para dizer. Os meninos brancos brincavam com ele. Mais tarde viu que não valia nada mesmo. Só para o serviço, para lavar cavalos, rodar moinho de café, tirar leite. (...) Ele tinha uma alma igual à dos outros. E sabia mesmo fazer tudo melhor. E apesar disso, quando o outro crescesse, seria dono, e ele um alugado como os que via na enxada. O que aprendeu num ano que passou na escola, nada lhe valia. Deu somente para abrir uma brecha para o mundo, para a vida. Ninguém passaria por aquela brecha tão estreita”.Amigos, o socialismo crê na heterogeneidade do processo educativo. Não há ninguém burro. As inteligências são múltiplas. Mas não se pode desenvolvê-las sem as condições adequadas... a semente será sempre uma árvore em potência, dizia Aristóteles. É como a gravidez de um futuro, de Clarice Lispector. A escritora das epifanias. A educação é a epifania da sociedade hodierna. Cuidemos do broto para que a vida nos dê flor e fruto, como diz a canção.
Presidente Eduardo Campos.
Seus projetos têm humanidade. “Todos por Pernambuco”, “Chapéu de Palha”, “Mãe coragem”, “Pacto pela vida”... Sua aprovação popular não vem do discurso apenas, mas da prática. Da ação política. A que cuida dos fins, mas não negligencia os meios; da que enxerga o meio ambiente como bandeira essencial. O meio ambiente do trabalho, da saúde e da segurança também fazem parte dessa visão mais ampla de cuidar. Sem preguiça nem constrangimento. É de gente grande que carecemos. A grandeza de Fernando Pessoa. Olhar do alto, como a lua, para brilhar em cada lago. Pensar no papel do estado e da participação popular em grandes conceitos, em idéias abstratas e, ao mesmo tempo, cuidar dos problemas individuais com respeito. Quem sofre por uma vaga em um hospital não é um indivíduo que fará parte de uma estatística apenas, é um ser humano que sofre. E com ele sofrem os outros seres humanos que não perderam a capacidade da emoção. Não banalizemos o cotidiano de um país cujo texto constitucional admite ser objetivo fundamental erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
Quero voltar ao início: a política é o compromisso permanente de cuidar das pessoas. Então ela não é uma ação egoica, tampouco um projeto de poder pessoal. Cuidar das pessoas permanentemente tem de ser a nossa obstinação. A partir desse alicerce, surgem nossos princípios, projetos e ações.
Na leitura dos documentos sociais da Igreja, nos embates filosóficos e, sobretudo na poética cotidiana, aprendi a cuidar das pessoas. Aprendi a ter coragem, porque sem ela as outras virtudes se intimidam. Tenho coragem de lutar por aquilo em que acredito. Tenho coragem de ser sincero. Podem esperar isso de mim. Certamente errarei muitas vezes, mas não por covardia ou hipocrisia. Digo o que penso e luto para convencer as outras pessoas. Mas mudo de opinião por saber que a dialética movimenta a ação correta. Erramos. Acertamos. Vivemos. Que os nossos erros, entretanto, não sejam essenciais. Estes eu abomino, quais sejam: a ausência de ética e de respeito; a perversidade contra o outro, mesmo os adversários. Combatamos o bom combate no campo das idéias. Nada de subsolos. Nada de submundos.
Vim de uma cidade pequena, Cachoeira Paulista. Lá fui vereador. Lá, na Canção Nova, comunidade que amo, tive minhas primeiras incursões no universo da palavra. Encontros de jovens, programas de rádio, natais solidários. Em São Paulo, cheguei timidamente. A cidade grande me assustava. Estava acostumado à convivência singela do interior. São Paulo hoje me desafia. Recebi a confiança desse povo. Minha votação surpreendeu-me e aumentou minha responsabilidade. Sou cioso do meu ofício. Meu primeiro projeto, que já é lei, trata do combate ao bullying. O horrendo preconceito que assombra nossos alunos. Tenho vários outros projetos em andamento. Um deles propõe uma parceria com as faculdades de pedagogia e a prefeitura para resolver a falta de vaga nas creches. É preciso lembrar que a parte mais significativa da personalidade é desenhada até os 3 anos de idade. Cuidemos dessas crianças. Presido a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo. Trabalhamos com os moradores de rua, os catadores de material reciclável, as vítimas de violência, os que buscam uma nova oportunidade. Também com os jovens em bando que desperdiçam o talento em trotes violentos. Trabalhamos, enfim. É essa a resposta que dou àqueles que em mim confiaram os seus votos. Trabalho. Integridade. Verdade.
Hoje é dia dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael. Segundo Tomás de Aquino, Arcanjos são aqueles a quem Deus confia missões extraordinárias. Miguel é o anjo guerreiro, protetor do povo de Deus. Gabriel é o anunciador da boa nova, o anjo das belas e alegres notícias. Rafael, o anjo da cura. O padroeiro dos que necessitam da ação firme nos momentos de vulnerabilidade.
Amigas e amigos. É preciso assumir esse ofício da condução, da palavra e do cuidado. É por isso que a política é a mais elevada forma de caridade. É um convite para a inquietação e a ação. Para concluir, um toque da simplicidade genial de Ariano Suassuna e de Lygia Fagundes Telles. O pernambucano trouxe, na teatralidade do “Auto da Compadecida”, a louvação ao recomeço; e a paulistana, em suas “Cirandas de Pedra”, emoldurou uma outra paisagem.
É por isso que estamos aqui. Para um recomeço. Para contemplar uma outra paisagem. A paisagem de um Brasil mais justo. A paisagem da fraternidade socializada, da competência a serviço do bem. Que a inteligência humana ateste que somos capazes de evoluir. E só evoluiremos, de fato, quando a pessoa humana toda e todas as pessoas humanas fizerem parte dessa mesma paisagem.
Com muita humildade, agradeço o acolhimento nesta nova casa, neste novo partido.Obrigado.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Respeito é tema de livro lançado na semana do Professor
Escrito pelo prof. William Sanches e prefaciado por Gabriel Chalita, o livro “Mais Respeito!”
propõe uma ponte necessária entre educação e respeito.
São Paulo, 15 de setembro de 2009 – No dia 17 de outubro (sábado), será lançado, na Livraria Cultura do Bourbon Shopping Pompeia, em São Paulo , o livro “Mais Respeito”, escrito pelo professor William Sanches e prefaciado pelo ex-Secretário de Educação do Estado de São Paulo, Gabriel Chalita. A data escolhida - semana em que se comemora o Dia do Professor- faz parte de uma estratégia de campanha contra a violência escolar. “Nada mais importante que comemorar o dia do professor pedindo mais respeito!”, afirma o autor.
Os profissionais da educação vivem em constante pressão, seja da administração da escola, da sociedade, da família, do aluno ou mesmo de suas próprias cobranças. Nunca a educação no Brasil presenciou um número tão alarmante de pedidos de afastamento de professores, de abandono de turmas, de violência de alunos contra professores ou de professores contra seus próprios alunos.
Diante desta triste realidade, o livro propõe uma reflexão sobre a prática do educador e de todas as pessoas envolvidas no ato de educar – a partir da ótica do respeito que deve permear as relações. O autor ressalta que se o processo educativo acontece do vínculo, do contato, da interação, então, essa relação precisa ser pautada no respeito, porque as pessoas passam, o cenário, a época, a situação muda, mas as marcas deixadas permanecem. Segundo Gabriel Chalita, "a obra do educador William Sanches cumpre, com excelência, a nobre missão de resgatar, reconstruir, nortear e sedimentar as relações humanas pelo respeito."
sábado, 26 de setembro de 2009
PT quer Chalita no palanque de Dilma
O vereador paulistano Gabriel Chalita (PSDB) avisou o ex-governador e padrinho político Geraldo Alckmin que sairá do partido. Com um pé no PSB, Chalita se reúne hoje com o comando do PT, com o qual flertou e para o qual cogitou mudar, a fim de dar andamento às discussões sobre uma composição em 2010. A ida de Chalita, vereador mais votado em 2008, para a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fortaleceria o palanque da pré-candidata, Dilma Rousseff, no maior colégio eleitoral do País, governado desde 1995 pelo PSDB.
O PSB espera a filiação de Chalita já na semana que vem. Anteontem, o vereador conversou em Brasília com o presidente do partido, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Pelo PSB, Chalita deve disputar uma vaga ao Senado - embora tenha sido sinalizada a hipótese, pouco provável, de concorrer ao governo do Estado. O cenário hoje é o de dobradinha com Aloizio Mercadante (PT), candidato à reeleição. A negociação acirra também a disputa interna no PT paulista. O time da ex-ministra Marta Suplicy sonhava em tê-la na corrida por uma cadeira no Senado.
Chalita esteve recentemente com o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e com a pré-candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff. Deixou claro ao comando petista que tem uma "grande simpatia" por Dilma, resultado dos dois encontros que teve com a ministra. Pesquisas qualitativas encomendadas por ele, no entanto, mostravam que não seria bem vista pelo eleitorado sua mudança para o PT, ferrenho opositor dos tucanos em São Paulo. A alternativa seria outro partido da base. Na terça-feira, ele se encontra com a presidenciável do PV, Marina Silva. Deve recusar o convite dos verdes, por avaliar que o partido tem pouco tempo de televisão.
A saída de Chalita enfraquece o ex-governador Alckmin, de quem foi secretário da Educação. Criticado por setores do PSDB ligados ao governador José Serra, Chalita disse à cúpula petista que se recusa a dividir palanque com os serristas em 2010. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Chalita anuncia desligamento do PSDB e filiação ao PSB
O vereador Gabriel Chalita (SP) anunciou na noite de ontem o desligamento do PSDB e o ingresso no PSB. Chalita informou, em nota oficial, que encaminhou o pedido de desfiliação ao presidente do Diretório Municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo. A filiação ao PSB será em ato público na terça-feira, de acordo com o gabinete de Chalita, em local a ser definido pelo partido.
"A justificativa da minha atitude, que devo, principalmente, aos mais de cem mil eleitores paulistanos que me levaram à honrosa condição de vereador mais votado do Brasil, é de natureza essencialmente político-programática", afirmou ele, na nota. Chalita argumentou que muda de partido "em busca de espaço adequado", que diz não achar no PSDB, para lutar pelas propostas em que acredita.
São elas, segundo o comunicado: "Escola de tempo integral para as redes públicas, instrumento necessário à diminuição das desigualdades sociais; currículos que privilegiem habilidades cognitivas, sociais e emocionais que atendam à complexidade do ser humano; obrigatoriedade do ensino médio, como alavanca das potencialidades dos jovens; integração família-escola como elemento essencial à realização da verdadeira educação, aquela que promove a dignidade do homem".
O vereador de São Paulo, no entanto, não adiantou qual cargo disputará em 2010. "Questões relacionadas à nova vida partidária e a perspectivas eleitorais serão decididas e anunciadas no devido tempo", disse. De acordo com Chalita, sair da legenda que o lançou na vida pública "não foi uma decisão fácil". "Mas até por isso não a tomei sozinho. Amparei-me na irrestrita solidariedade de pessoas e grupos que sempre apoiaram e orientaram minha atuação como homem público", disse.
Na página que mantém no Twitter, rede social de microblogs, Chalita deixou mensagens de agradecimento. "Obrigado pelas mensagens de carinho e confiança. Amigos nos ajudam a continuar... Quebrar pedras e plantar flores, com Cora Coralina", declarou hoje. Referindo-se à ideologia socialista, o vereador afirmou acreditar no socialismo pregado na nova encíclica do papa Bento XVI, que fala da "socialização da fraternidade". "É nesse socialismo que acredito. Democrático. Humanista", garantiu. "Carrego comigo meus valores humanistas e alimento a esperança de contribuir para a construção de uma historia mais digna, ética e terna", explicou.
"A justificativa da minha atitude, que devo, principalmente, aos mais de cem mil eleitores paulistanos que me levaram à honrosa condição de vereador mais votado do Brasil, é de natureza essencialmente político-programática", afirmou ele, na nota. Chalita argumentou que muda de partido "em busca de espaço adequado", que diz não achar no PSDB, para lutar pelas propostas em que acredita.
São elas, segundo o comunicado: "Escola de tempo integral para as redes públicas, instrumento necessário à diminuição das desigualdades sociais; currículos que privilegiem habilidades cognitivas, sociais e emocionais que atendam à complexidade do ser humano; obrigatoriedade do ensino médio, como alavanca das potencialidades dos jovens; integração família-escola como elemento essencial à realização da verdadeira educação, aquela que promove a dignidade do homem".
O vereador de São Paulo, no entanto, não adiantou qual cargo disputará em 2010. "Questões relacionadas à nova vida partidária e a perspectivas eleitorais serão decididas e anunciadas no devido tempo", disse. De acordo com Chalita, sair da legenda que o lançou na vida pública "não foi uma decisão fácil". "Mas até por isso não a tomei sozinho. Amparei-me na irrestrita solidariedade de pessoas e grupos que sempre apoiaram e orientaram minha atuação como homem público", disse.
Na página que mantém no Twitter, rede social de microblogs, Chalita deixou mensagens de agradecimento. "Obrigado pelas mensagens de carinho e confiança. Amigos nos ajudam a continuar... Quebrar pedras e plantar flores, com Cora Coralina", declarou hoje. Referindo-se à ideologia socialista, o vereador afirmou acreditar no socialismo pregado na nova encíclica do papa Bento XVI, que fala da "socialização da fraternidade". "É nesse socialismo que acredito. Democrático. Humanista", garantiu. "Carrego comigo meus valores humanistas e alimento a esperança de contribuir para a construção de uma historia mais digna, ética e terna", explicou.
Tucano deixa o ninho
Vereador mais votado de São Paulo na eleição de 2008, Gabriel Chalita afirma que deixa o PSDB porque não foi respeitado pelo partido.
Em entrevista publicada na edição deste sábado da Folha (conteúdo exclusivo para assinantes do jornal e do UOL), Chalita diz que nunca conseguiu se reunir com o governador José Serra. "Fui tratado de uma forma preconceituosa no PSDB."
Na quinta-feira (24), o educador usou o Twitter (microblog) para informar que decidiu sair do PSDB e se filiar ao PSB.
O ex-secretário da Educação por SP (2001-2006) conta ainda que tentou avisar pessoalmente ao governador que estava deixando o partido, mas as reuniões entre os dois eram sempre adiadas por Serra.
Para o futuro próximo, Chalita planeja concorrer pelo PSB a uma vaga no Senado.
Vereador mais votado do país, ex-tucano diz que nunca conseguiu ser recebido por SerraVereador mais votado de São Paulo na eleição de 2008, o escritor e educador Gabriel Chalita afirma que deixou o PSDB porque estava sem espaço no partido e nem sequer conseguia conversar com o governador do Estado, José Serra. Chalita se filiará ao PSB, da base de apoio a Lula e do deputado federal e presidenciável Ciro Gomes (CE), na terça-feira. Quer concorrer ao Senado:
FOLHA - Por que o sr. saiu do PSDB?
GABRIEL CHALITA - Na condição de vereador mais votado do Brasil, eu queria pelo menos ter sido respeitado pelo partido. Eu não fazia parte da Executiva nem do Diretório. Nunca me reuni com o governador Serra. Fui tratado de uma forma preconceituosa no PSDB. Tenho convicções e experiências de sucesso de quando fui secretário da Educação de São Paulo [2001-2006], como o programa Escola da Família.
FOLHA - E por que o PSB?
CHALITA - O Eduardo Campos [governador de Pernambuco do PSB] é um fenômeno. Eu gosto do Márcio França [deputado federal] e tenho fascínio pela Luiza Erundina [deputada federal]. Quando ela foi prefeita de São Paulo [1989-1992], colocou na educação o Paulo Freire [educador, 1921-1997] e nunca enriqueceu na política.
FOLHA - O sr. esteve com o ex-ministro José Dirceu (PT)?
CHALITA - Não tenho nada contra ele, mas nunca vi o José Dirceu pessoalmente na minha vida. Eu sempre tive uma boa relação com o PT. Não estou saindo para brigar com ninguém.
FOLHA - O sr. se dá bem com o Ciro?
CHALITA - Ele era um dos meus modelos quando estava no PSDB. Gosto muito. Ciro não tem nada de desonestidade e corrupção. Ele é combativo e defende suas causas.
FOLHA - O sr. tentou avisar o Serra de que estava deixando o partido?
CHALITA - Sim, mas todas as vezes que ele marcou comigo, ele acabou postergando. Não quero fazer parte de uma campanha sem fazer parte de um projeto. Eu sinto uma carência de projetos no PSDB. O Lula tem um projeto claro para o Brasil.
FOLHA - Qual sua relação com a ministra Dilma Rousseff?
CHALITA - Ela é intransigente na questão moral e, como o Ciro, tem a qualidade de ouvir as pessoas. Um governante ególatra faz coisas imprevisíveis.
FOLHA - E como fica sua relação com Geraldo Alckmin?
CHALITA - Do ponto de vista pessoal, não muda nada. Fui correto com ele, o procurei várias vezes para dizer que eu não tinha espaço no PSDB.
FOLHA - O sr. não teme que o PSDB tente retomar sua vaga na Câmara?
CHALITA - Espero que não, eu ajudei o partido na eleição.
Em entrevista publicada na edição deste sábado da Folha (conteúdo exclusivo para assinantes do jornal e do UOL), Chalita diz que nunca conseguiu se reunir com o governador José Serra. "Fui tratado de uma forma preconceituosa no PSDB."
Na quinta-feira (24), o educador usou o Twitter (microblog) para informar que decidiu sair do PSDB e se filiar ao PSB.
O ex-secretário da Educação por SP (2001-2006) conta ainda que tentou avisar pessoalmente ao governador que estava deixando o partido, mas as reuniões entre os dois eram sempre adiadas por Serra.
Para o futuro próximo, Chalita planeja concorrer pelo PSB a uma vaga no Senado.
Vereador mais votado do país, ex-tucano diz que nunca conseguiu ser recebido por SerraVereador mais votado de São Paulo na eleição de 2008, o escritor e educador Gabriel Chalita afirma que deixou o PSDB porque estava sem espaço no partido e nem sequer conseguia conversar com o governador do Estado, José Serra. Chalita se filiará ao PSB, da base de apoio a Lula e do deputado federal e presidenciável Ciro Gomes (CE), na terça-feira. Quer concorrer ao Senado:
FOLHA - Por que o sr. saiu do PSDB?
GABRIEL CHALITA - Na condição de vereador mais votado do Brasil, eu queria pelo menos ter sido respeitado pelo partido. Eu não fazia parte da Executiva nem do Diretório. Nunca me reuni com o governador Serra. Fui tratado de uma forma preconceituosa no PSDB. Tenho convicções e experiências de sucesso de quando fui secretário da Educação de São Paulo [2001-2006], como o programa Escola da Família.
FOLHA - E por que o PSB?
CHALITA - O Eduardo Campos [governador de Pernambuco do PSB] é um fenômeno. Eu gosto do Márcio França [deputado federal] e tenho fascínio pela Luiza Erundina [deputada federal]. Quando ela foi prefeita de São Paulo [1989-1992], colocou na educação o Paulo Freire [educador, 1921-1997] e nunca enriqueceu na política.
FOLHA - O sr. esteve com o ex-ministro José Dirceu (PT)?
CHALITA - Não tenho nada contra ele, mas nunca vi o José Dirceu pessoalmente na minha vida. Eu sempre tive uma boa relação com o PT. Não estou saindo para brigar com ninguém.
FOLHA - O sr. se dá bem com o Ciro?
CHALITA - Ele era um dos meus modelos quando estava no PSDB. Gosto muito. Ciro não tem nada de desonestidade e corrupção. Ele é combativo e defende suas causas.
FOLHA - O sr. tentou avisar o Serra de que estava deixando o partido?
CHALITA - Sim, mas todas as vezes que ele marcou comigo, ele acabou postergando. Não quero fazer parte de uma campanha sem fazer parte de um projeto. Eu sinto uma carência de projetos no PSDB. O Lula tem um projeto claro para o Brasil.
FOLHA - Qual sua relação com a ministra Dilma Rousseff?
CHALITA - Ela é intransigente na questão moral e, como o Ciro, tem a qualidade de ouvir as pessoas. Um governante ególatra faz coisas imprevisíveis.
FOLHA - E como fica sua relação com Geraldo Alckmin?
CHALITA - Do ponto de vista pessoal, não muda nada. Fui correto com ele, o procurei várias vezes para dizer que eu não tinha espaço no PSDB.
FOLHA - O sr. não teme que o PSDB tente retomar sua vaga na Câmara?
CHALITA - Espero que não, eu ajudei o partido na eleição.
Serra e a máquina de moer reputações
LUIS NASSIF
Tempos atrás conversei com um quadro serrista dos melhores – e mais leais ao governador José Serra. Ele me assegurava que o episódio Lunnus (o uso do aparelho do Estado, MP e PF, contra Roseana Sarney nas eleições de 2002) tinha ensinado Serra a não atropelar os adversários. O desgaste tinha sido muito grande.
Engano. Como governador de São Paulo, usando o poder de influência sobre a mídia, Serra embrenhou-se por um caminho sem volta em direção à radicalização e à busca da destruição de adversários ou meramente de não simpatizantes. Passou a se valer do submundo da mídia da mesma maneira com que fez com a Polícia Federal e o Ministério Público.
A utilização de blogs de esgoto para ataques a adversários desnudou de vez seu estilo para todos seus possíveis futuros aliados, como o governador mineiro Aécio Neves, o ex-governador Gerlado Alckmin. É nítido o discurso supostamente afável pela frente e os ataques comandados com mão de gato por trás.
A última baixa é o ex-Secretário da Educação de São Paulo Gabriel Chalita – possivelmente o tucano mais popular de São Paulo depois do governador e de Alckmin.
Ontem ele anunciou seu desligamento do partido. As razões? Ter sido colocado totalmente de lado nas discussões políticas e ter sido alvo de ataques dos blogs comandados por Serra.
Alguns amigos fieis de Serra tentaram alertá-lo para a temeridade de se valer desse tipo de asssassinos de reputação. Acharam que era apenas uma questão de “burrice política” de Serra. Infelizmente não se trata apenas de erro de cálculo. Esse submundo, a prática de atirar com mão de gato em aliados e adversários, introjetou-se definitivamente no perfil psicológico do governador.
''Serra tem outra forma de fazer política''
Vereador sugere que governador está por trás de críticas à sua gestão na Educação: 'Acho muito feio tentar destruir pessoas'
Julia Duailibi
Dois dias após anunciar a saída do PSDB, no qual militou por 20 anos, o vereador paulistano Gabriel Chalita disse que não tinha espaço no partido por ser aliado do ex-governador Geraldo Alckmin. "As pessoas ligadas a ele têm muito pouco espaço neste PSDB", afirmou. O parlamentar, que se filiará na terça-feira ao PSB, aliado ao PT no governo federal, disse não estar preocupado com a vaga oferecida pela nova legenda para disputar o Senado em 2010. "Não é a questão do cargo. A questão é, dentro de uma agremiação partidária, você não ter voz alguma. Não tenho estômago para isso."Chalita não vê "traição" em não apoiar a candidatura tucana. "Teria tranquilidade no campo das ideias de discordar de quem já fui aliado." Insinua que o governador José Serra está por trás de ataques à sua gestão na Educação, no governo Alckmin. "De repente, começou a surgir coisa de todos os lados. Escritor de autoajuda, fez biografia da Vanusa. De uma hora para outra. Começaram a tratar meus programas de educação de forma vulgar." Abaixo, a entrevista concedida ontem, na Câmara Municipal paulistana. Por que o sr. saiu do PSDB?Olha, converso com lideranças do PSDB há algum tempo e tenho tentado encontrar espaço. Sinto que não tenho esse espaço. Tive uma votação significativa para vereador. Nunca fui chamado pelo diretório. As maiores bandeiras que defendo na educação, a escola de tempo integral e a abertura de escola no fim de semana, o conceito de pertencimento, isso se esvaziou em São Paulo. Não é uma crítica. Mas é um olhar que o PSDB tem. Por que não teve espaço?Algumas pessoas dizem que, naquele momento eleitoral que eu apoiei o Alckmin (na campanha de 2008), aquilo fez com que um grupo mais ligado ao Serra me olhasse como alguém mais carimbado, alguém que não pertencia ao grupo dele. Entendo que você, num partido, possa ter simpatia por uma ou outra pessoa. O que eu não entendo é você não aproveitar algumas pessoas que têm algo para contribuir. Tenho espaço de povo, de prefeitos do interior, mas não da cúpula do PSDB.Por que acha que há resistência ao sr. do grupo ligado a Serra?Eu não sou convidado para absolutamente nada. Tentei conversar com algumas pessoas ligadas a ele, dizendo que gostaria de somar no projeto. Sei que há muitas pessoas que o defendem na mídia e percebo os blogs que saem, o que falam. O presidente (municipal do PSDB) disse que não vai pedir meu mandato. Minha votação ajudou o partido e nunca faltei na Câmara, mas os recados que ouço são que, se alguém for pedir o mandato, é porque é um desejo do Serra. Essa resistência viria de sua relação próxima com Alckmin ou de uma falta de afinidade pessoal?Acho que é uma coisa pela relação com o Alckmin. Veja que o Alckmin tem 50% da intenção de voto e houve, aparentemente, um aceno de que seria o candidato a governador e logo depois um desmentido. Então eu sinto, digo por mim, que as pessoas ligadas a ele têm muito pouco espaço neste PSDB. A minha saída do PSDB não vai fazer com que pare de admirá-lo. Ele pediu para eu refletir mais. Não é a questão do cargo que vou disputar. A questão é, dentro de uma agremiação partidária, você não ter voz alguma. Não tenho estômago para isso. Alckmin deveria sair do PSDB?Acho que nossas histórias são diferentes. As raízes dele são muito profundas. Eu fui vereador, depois saí da política. Fiz carreira acadêmica e fui dirigir escola. Ele é um político 24 horas por dia. É incapaz de fazer qualquer artimanha ou planos no subsolo. Não tem essa postura. É incapaz de destruir a biografia de qualquer pessoa.O sr. está falando do Serra?O Serra tem outra forma de fazer política. Quando apoiei Alckmin à prefeitura, criou-se uma visão de que era contra o Serra. Não era contra ele. Mas aconteceu uma coisa estranha. Nunca tinha recebido críticas pela minha carreira acadêmica e intelectual na mídia. Pelo contrário. Era o rapaz do doutorado, do mestrado. De repente, começou a surgir coisa de todos os lados. Escritor de autoajuda, fez biografia da Vanusa. De uma hora para outra. Começaram a tratar meus programas de educação de forma vulgar. Não sei se foi ele que fez, mas foi uma coincidência. Você pode discordar politicamente, no campo das ideias. Mas acho muito feio tentar destruir pessoas na política.O sr. se tornou crítico da gestão atual na área da Educação?O ponto fundamental da minha visão foi ter respeito profundo pelos educadores. O erro foi muita crise na relação com professores. Vendeu-se a imagem de que professores não gostam de trabalhar, faltam demais. São inadequados, vagabundos. O sr. acha que o eleitor vai entender deixar um partido às vésperas da eleição? Não é traição?Acho que, quando a gente é sincero, o eleitor compreende.O que acha da ministra Dilma?Tive a melhor das impressões. Ela é criticada mais pelas qualidades que pelos defeitos. Nunca se falou da Dilma em nenhum escândalo de corrupção. Só que ela é brava e exigente. O sr. daria palanque a ela?Não sei se é ela que o PSB vai apoiar. A tendência está para o Ciro Gomes. Outra pessoa que quando criticam dizem: é destemperado. Mas ninguém disse que não é bom gestor.Fará campanha contra Alckmin?A gente não vai virar inimigo. Podemos até estar em lados diferentes numa campanha. Mas é uma questão para o ano que vem. Teria tranquilidade no campo das ideias de discordar de quem já fui aliado. Não enxergaria como traição. Está na hora de não fazer política com o fígado. Essa política de raiva e de perseguição é coisa antiga, da época do coronelismo.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Ética é tema de palestra para alunos do ensino médio
Nesta segunda-feira, dia (21/8), o vereador Gabriel Chalita ministrou palestra sobre ética para os alunos da 2ª série do ensino médio, do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo. A palestra integrou a 14ª Feira do Livro do Dante, que tem duração entre os dias 19 a 26 de setembro.
Diante de uma grande platéia, que contou com a presença do presidente do Colégio, Dr. José de Oliveira Messina, o palestrante iniciou a apresentação com um resgate histórico da ética desde Aristóteles. Segundo Chalita, ética é um código de conduta em busca do bem que, aplicado nas ações cotidianas – como no trânsito, por exemplo –, constrói uma sociedade melhor.
O vereador ainda abordou temas relacionados à política e às dificuldades da educação no Brasil. Falou, também, sobre o fundamentalismo e o radicalismo, tão presentes em uma sociedade como a atual, que não tolera o diferente. Para ele, escutar opiniões contrárias às suas e “saber ser correto” são passos fundamentais para ser ético e construir sua própria história, motivada por seus desejos e aspirações.
Para o educador, o debate com os jovens é importante para a formação de uma sociedade melhor no futuro. “Como vem acontecendo ao longo dos tempos, do Dante sairão líderes, pessoas que ocuparão cargos importantes na sociedade. Elas têm que ter a consciência de que, para liderar, precisam conhecer os outros e não permanecer em uma redoma”, concluiu
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
ISSO É UMA VERGONHA!!!
Cada dia eu me admiro mais com o ‘níve’ da política brasileira. Hoje, o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), fez comentários muito ‘elogiosos’ ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Puccinelli está fulo da vida pela não liberação do plantio da cana na Bacia do Alto Paraguai.
“É viado e fuma maconha”, disse Puccinelli sobre o desafeto, nesta manhã.
Sobre uma possível participação de Minc na maratona “Volta das Nações”, no MS, o governador fez uma promessa:
“Se ele viesse, eu ia correr atrás dele e estuprar em praça pública.”
Autor: Marco Bahé
“É viado e fuma maconha”, disse Puccinelli sobre o desafeto, nesta manhã.
Sobre uma possível participação de Minc na maratona “Volta das Nações”, no MS, o governador fez uma promessa:
“Se ele viesse, eu ia correr atrás dele e estuprar em praça pública.”
Autor: Marco Bahé
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
A FELICIDADE E O PODER - Gabriel Chalita
Uma Reflexão sobre Aristóteles e Maquiavel Gabriel Chalita
Aristóteles é um dos precursores da ética no exercício do poder. Para o filósofo grego, a finalidade do poder é o serviço que visa ao bem, à felicidade.
Aristóteles é um dos precursores da ética no exercício do poder. Para o filósofo grego, a finalidade do poder é o serviço que visa ao bem, à felicidade.
A felicidade está na superação das injustiças e no equilíbrio.
Maquiavel desmistifica e desmitifica o conceito de poder, fundando a ciência política moderna.
O filósofo analisa o poder como um processo e não como coisa que se detém eternamente, e trata também da felicidade como síntese da virtù e da fortuna.
Início: 15 SET
Duração: 3 encontros semanais
Dias/horários: Terças-Feiras, às 19h30 (15/09, 22/09, 29/09)
Valor: R$ 142,50 na inscrição + 1 parcela de R$ 142,50
CASA DO SABER
Tel.: (11) 3552-1280
Horário de funcionamento: segunda a sexta: 13h às 22h sábados: 10h às 18h E-mail:info@casadosaber.com.br
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Independentes em Cristo
Abra sua Bíblia na carta de Paulo aos Gálatas 4, 1 ao 20. Como eu dizia para vocês ontem, esta pequena carta de São Paulo aos Gálatas é o discurso à liberdade. Esta carta pega o principio fundamental de tudo aquilo que Jesus anunciou no seu tempo. Para ser de Deus é preciso ser livre, é preciso estar livre de todas as amarras que nos aprisionam.
São Paulo percebeu que os Gálatas ao invés de caminhar no processo de liberdade estavam voltando as amarras das idolatrias do passado.Eles tinham a idéia equivocada que o cumprimento da lei era o mais importante para a salvação, mas Jesus nos diz que a lei pode nos escravizar. A primeira cura que Jesus proporcionava não era física, mas na mentalidade, pois é nossa mentalidade que precisa ser transformada. Eu vou sendo das coisas e das pessoas, vou me afeiçoando as idéias e às pessoas e muitas vezes neste processo de me afeiçoar, eu vou criando uma certa dependência e vou me tornando escravo daquela idéia ou daquela pessoa.Jesus foi tomando consciência de quem Ele era e é bonito perceber que todas as pessoas que estavam ao redor de Jesus foram ajudando a Ele reconhecer quem Ele era.
Tomar consciência de quem se é, é um processo de maturidade. A psicologia humana, por exemplo, nos ensinava que uma criança só poderia ir a escola a partir dos 7 anos, pois somente neste estágio de maturidade cerebral é que ela poderia aprender. Por isso não adianta falarmos com criança do mesmo jeito que falamos com adultos, pois elas não compreendem nossa conversa.Muitas vezes na evangelização nós precisamos usar destes métodos para que todos compreendam. É como um médico que vai dizer um diagnóstico ao paciente e tem que usar de linguagem simples, pois senão a pessoa não entende. Nós, evangelizadores, temos que nos fazer entender para que possamos entrar no universo do outro.
Muitas vezes nós estamos surdos e não compreendemos o que Deus nos fala por que falta abrir nossa mentalidade para que Deus.Há muito tempo atrás eu vivi um processo de dependência afetiva e aquilo me fazia mal, pois por causa da pessoa de quem eu tinha esta dependência, eu era menos eu. Um padre rezou por mim e disse que sentia que havia uma pessoa que fazia muito mal para mim e me pediu que eu apenas rezasse por ela e não ficasse próximo dela. Muitas vezes nós dizemos que esta ou aquela pessoa precisa de nós e na verdade somos nós que precisamos dela.
Há pessoas que tem o poder de extrair de nós o que temos de pior e precisamos dizer a elas que não queremos a presença destas pessoas em nossas vidas. Por isso muitas vezes por falta desta maturidade é que não conseguimos viver a liberdade que Deus quer nos dar. Ser gente dá trabalho, ser gente significa você estar comprometido com seu processo humano e com o processo de quem esta ao seu redor e se você for gente você será um problema a menos na vida dos outros.Quantas vezes na vida uma família vira um inferno porque alguém lá dentro decidiu ser um mulambo e não faz esforço nenhum para ser gente, não aproveitou a liberdade.
Há pessoas que tem o poder de extrair de nós o que temos de pior e precisamos dizer a elas que não queremos a presença destas pessoas em nossas vidas. Por isso muitas vezes por falta desta maturidade é que não conseguimos viver a liberdade que Deus quer nos dar. Ser gente dá trabalho, ser gente significa você estar comprometido com seu processo humano e com o processo de quem esta ao seu redor e se você for gente você será um problema a menos na vida dos outros.Quantas vezes na vida uma família vira um inferno porque alguém lá dentro decidiu ser um mulambo e não faz esforço nenhum para ser gente, não aproveitou a liberdade.
Quantas vezes nós sofremos demais por situações que não são nossas e no momento que nós sofremos por situações que não são nossas damos direito da pessoa dona da situação se tornar pior, pois ela não se compromete com suas próprias situações.Nós não podemos viver uma pobreza espiritual a vida inteira, sem ter alguém com quem contar, por que o outro resolveu ser um mulambo.
O processo da imaturidade pode se estender pela vida inteira, quando eu olho para o mundo e me vejo como um coitado, isso não é maturidade é um infantilismo que não nos leva a nada. A criança, por exemplo, passa por um processo egoístico e se nós não ensinarmos que ela tem que dividir o que tem, ela não aprenderá, se não dermos as regras à medida que ela consegue compreender, estaremos criando um monstro em casa. Se não ensinarmos a elas como lidar com a vida, a vida será duas vezes pior para elas e para nós também.Conheço uma história onde a mãe não tirava o seu bebê de perto dela, pois toda vez que ela o tirava, ele chorava e até hoje ele dorme com ela e ele já está com 22 anos.
A criança faz um jogo com a gente e não podemos nos deixar dominar por elas, precisamos saber dizer sim e não a elas e saber educa-los da forma correta. Se você tem vários filhos, você terá várias chaves, uma para cada um deles, pois nenhum tem a chave igual e você precisa saber lidar com cada um.O casal que educa o filho a partir dos ensinamentos divinos, vai dar ao mundo uma pessoa mais preparada. Há uma grande diferença entre amar e estar apegado, amar nos dá aquele sentimento de liberdade.
O apego nos aprisiona e pensamos que as pessoas devem agir da forma que queremos. O amor é livre! Quando estou apegado a alguém ou a alguma realidade, eu faço do outro meu escravo.Alguém um dia disse nas margens do rio Ipiranga, “Independência ou morte!” e hoje nós não vamos matar ninguém, mas se não criarmos a independência necessária em nossas vidas seremos nós que morreremos.
Quanto mais tempo demoramos para perdoar demonstra que estamos mais longe do processo de Deus, se sabemos perdoar mais rápido é sinal que estamos mais próximo de Deus. Eu não tenho o direito de fazer a vida do outro ser um inferno!Se eu faço minha presença e minha autoridade fazer o outro ter medo, eu não vivo em liberdade. Há momentos em que precisamos reconhecer que não estamos sendo livres e se não estamos sendo livres não fazemos os outros livres também. Precisamos ter a consciência de onde é que escravizamos, onde é que somos escravizados para que possamos caminhar no processo de amadurecimento de nossas vidas. Quantos casais vivem nesta realidade e não tem a coragem de olhar nos olhos e acertar os pontos para que sejam livres e vivam bem seu relacionamento.
As vezes o que falta para nós é alguém que tenha a coragem de perturbar nossa solidão, nosso sossego e nos dizer onde precisamos mudar e nos acertar na vida. Os palcos, os holofotes, não nos educam o que nos educa são nossos familiares que nos colocam no lugar onde devemos estar. Cuidado, se você não gritar independência ou morte você morrerá antes do tempo, pois você está vivendo nos apegos.Pelo amor de Deus, se você descobre que está sendo um peso para os outros, se suas atitudes não edificam, se você só sabe reclamar, cuidado você pode estar afastando os outros, ninguém dá conta de ficar ao lado de quem tem “cara de sexta feira da Paixão” o tempo todo, tenha “cara de sábado de aleluia”!
As vezes o que falta para nós é alguém que tenha a coragem de perturbar nossa solidão, nosso sossego e nos dizer onde precisamos mudar e nos acertar na vida. Os palcos, os holofotes, não nos educam o que nos educa são nossos familiares que nos colocam no lugar onde devemos estar. Cuidado, se você não gritar independência ou morte você morrerá antes do tempo, pois você está vivendo nos apegos.Pelo amor de Deus, se você descobre que está sendo um peso para os outros, se suas atitudes não edificam, se você só sabe reclamar, cuidado você pode estar afastando os outros, ninguém dá conta de ficar ao lado de quem tem “cara de sexta feira da Paixão” o tempo todo, tenha “cara de sábado de aleluia”!
Uma coisa é a pessoa contar um problema com o olhar positivo e outra é, você contar com pessimismo e se o diabo percebe que você pode virar um mulambo, ele fará de tudo para que você vire, não queira ser um mulambo!Nós somos veludo alemão, mas precisamos ser cuidados, pois se passados ou lavados da forma errada vamos perdendo o brilho. Você precisa lutar com os poderes de Deus, pois senão você estraga a sua vida e a vida de quem está ao seu lado. É independência ou morte, o que você prefere? Você veio aqui para proclamar a independência do país, mas a independência do Brasil está em seu coração.O sofrimento tem que ser enfrentado de pé, ninguém nos prometeu que seria fácil, ser gente dá trabalho, ser pai do jeito certo dá trabalho, ser mãe do jeito certo dá trabalho, nada será fácil, é esforço, é luta!
Nós temos que dar conta de nossa vida, perceba onde é que você está errando, onde sua liberdade está sendo cortada, as pessoas que estão tirando sua energia, você tem que fazer o seu esforço para sua vida dar certo, você tem que fazer sua parte!Vai chegar um momento da vida onde será colocado um ponto final e você não terá como fugir. Muitas vezes, diante das dificuldades, ouviremos uma voz no nosso ouvido, dizendo: “Vai desistir ou vai continuar?” E nós só precisamos ouvir a voz do Cristo, não dê ouvido as vozes que querem nos fazer desistir. Se você precisa parar de fumar, tome uma atitude, busque recursos, nós que precisamos de ar puro agradecemos por sua decisão, eu tenho certeza que você precisa parar de beber, de se prostituir, se é para você isso, tome uma atitude! Eu tenho certeza que você precisa romper com os apegos, pois apegado ninguém vai a lugar nenhum, para ter liberdade você precisa se livrar dos apegos interiores.Entrega na mão do Senhor as situações, as coisas que te aprisionam! Peça ao Senhor que incendeie a sua alma, incendeie seu coração!
Todos nós temos a necessidade de queimar diante do Senhor alguma coisa, nossos ódios, nossos ciumes, nossos apegos, nossos vícios.Hoje é dia de proclamar independência em nossas vidas de tudo o que nos aprisiona!
Configurados ao Cristo
Queremos mostrar, apontar para um único caminho. Tiago fez da sua experiência humana e divina. Não se prenda aquilo que é exterior. Deus quer saber do coração, da intenção que está aqui dentro. É por isso que estamos salvos. Deus não se prende aquilo que os olhos mostra. É aquilo que você move dentro do seu coração, que você gera dentro do seu ser.Metanóia é mudança de mentalidade.
O grande papel da filosofia é abrir nossa mente para que conheçamos pensamentos sofisticados e aprendamos a valorizar o que é mais simples. A filosofia é um código que vai nos ensinar a ter um raciocínio sobre a realidade. A filosofia muda o nosso jeito de pensar. Jesus já conhecia isso. Jesus pauta sua ação missionária no empenho, em mudar a realidade das pessoas. A verdadeira conversão cristã consiste em descobrirmos que começamos a pensar como Jesus pensou, sentir como Jesus sentiu. Aí a carta de São Paulo hoje. Não se prenda às aparências!
O cristianismo não é uma religião de aparências. Deus não pode fazer nada com nossas obras se antes Ele não for dono do nosso coração. Quantas vezes nos equivocamos na vida achando que Jesus quer nosso trabalho. Deus foi estreitando em mim uma compreensão de que nada disso tem valor se Ele não estiver no meu coração. Se Ele não tiver chance na minha vida, não adianta a missão ser grande.Quando fui ordenado, minha ordenação foi uma festa. Um padre muito sábio, disse uma semana antes: "Fábio, não estarei em sua ordenação, mas sei que ela será badalada. Quando for celebrar sua primeira Missa, olhe só pra Jesus e na hora da consagração diga: A festa acabou. Agora sou eu e Você". Minha gente, não tem outro jeito. Nossa vida vai entrando num funil. E agora? Sou eu e minha escolha! O que ficou para o meu coração?
A vida missionária que eu escolhi? Este Deus que eu tanto anunciei? Se não tiver ficado a melhor parte eu errei em tudo o que fiz. Se eu aconselhei realidades que eu não levo para mim, eu vou ser hipócrita.Se você não busca colocar os olhos em Jesus e ver que Ele tem predileção por você e quer te ver configurar nele sua fé vai ser vã.Fico pensando que as vezes o grande problema é que não queremos pautar nossa vida no que Jesus pediu. Criamos nossa própria religião. Suba à via-sacra e você vai entender o cristianismo.Religião que ensina preguiça é diabólica. Pague o dízimo e trabalhe! Lute pela vida. O sagrado não é um banco em que você vai tirar benefícios. O que damos a Deus deve ser gratuito senão vai ser mercantilismo. Não podemos admitir que a gente vá se configurando à mentalidade do mundo. Não estamos querendo escolher.
Queremos que o outro escolha por nós. Queremos configurar nossa mentalidade ao Cristo, ser homens e mulheres de oração, fazer o bem escolha de toda hora, de todo instante. Religião que faz mágica em nossas vidas não vamos pregar. Não adianta você dizer que não quer. O crucifixo que está no peito tem que estar antes na sua alma. Para identificar isso, mergulhe no Evangelho. Não tem como errar, minha gente! Você vai ver o que Jesus escolhia, o que falava. Senão, não vamos chegar a lugar nenhum. Vamos nadar e morrer na praia. Salvação e condenação passam por nossas escolhas. Você vai dormir, dar as mãos para o que te salva ou te condena. O médico diz: 'Você para de fumar, ou morre'. Você escolhe não fumar? Então morre!Você não tem o direito de não fazer esforço. Só temos o direito de esperar o impossível depois de buscar o que é possível! Soluções mágicas são frutos das realidades modernas. Muitas vezes as mesmas fórmulas são ofertadas de maneira religiosa: "Deposite este valor e você vai ver a sua prosperidade acontecer". O povo da Canção Nova pede e não promete nada a não ser que TV e internet não vão sair do ar. Nós acreditamos que quando você está em casa, acompanha o Sorrindo pra Vida, PHN, Trocando idéias, Escola da Fé. Aí a gente descobre que melhor recompensa é salvação que entra na sua casa através do seu ouvido.
Depois que Deus acontece na sua vida, você vai dizer: "Senhor, agora sou eu e Você. Diga ao povo que eu fico".Tantas iniciativas cristãs pelo mundo. Fico pensando na ação da Igreja pelo mundo, as pastorais que funcionam mesmo de maneira precária. Deus age onde, quando e como quer. Temos que dar o melhor para Deus. Na sua paróquia não tem tudo isso, mas, tem a mesma Eucaristia. É lá que você tem que demonstrar amor ao Cristo. “Senhor, agora sou eu e você”.Preste atenção em Jesus e não despregue os olhos dele. É melhor riqueza que Deus tem para o mundo: é o Cristo. A Igreja não pode se desprender do compromisso de entregar Cristo ao povo através da Palavra, do exemplo, da vida. João Paulo II era o mesmo Papa, mesmo caído na cama. O legítimo, agonizando em público. O chefe dele também morreu agonizando e não desistiu. O Padre Léo, veio morrer em público. Ele não tinha medo de mostrar seu pior.Dom Hélder Câmara, um ser humano raro que fez do ser humano sua opção até o fim da vida. Não se acostumou com realidades modernas que nos fazem esquecer realidade antigas.
Ele não se conformou com mentalidade do mundo e se configurou à face de Cristo. Na mentalidade que Deus tem que entrar para que você tenha a graça de fazer o que o Léo fez, criar uma comunidade maravilhosa.Quando nos revestimos da couraça da arrogância, já erramos tudo. Não podemos mais continuar configurados ao mundo do preconceito. Deus quer que a gente vá àqueles que estão precisando mais. E nós precisamos ser atingidos por esta ação.
Permita que o Senhor mude sua mentalidade, seja um parceiro das coisas boas nesta vida. Descubra que esta Eucaristia possa ter repercussão dentro de você. Leve Deus para sua vida. A maior riqueza que a Canção Nova e a Igreja e tem para você é a pessoa de Jesus. Se você conseguir no seu dia-a-dia pautar sua vida em Jesus, você vai ser muito mais feliz. Como que Jesus faria? Conversão, mudança de mentalidade nos faz nos dias de hoje ser Jesus de novo. É isso o que queremos.
Permita que o Senhor mude sua mentalidade, seja um parceiro das coisas boas nesta vida. Descubra que esta Eucaristia possa ter repercussão dentro de você. Leve Deus para sua vida. A maior riqueza que a Canção Nova e a Igreja e tem para você é a pessoa de Jesus. Se você conseguir no seu dia-a-dia pautar sua vida em Jesus, você vai ser muito mais feliz. Como que Jesus faria? Conversão, mudança de mentalidade nos faz nos dias de hoje ser Jesus de novo. É isso o que queremos.
A vida é feita de escolhas
A vida é feita de escolhas Deus quer ter uma oportunidade em nossa vida. Nada pode ser mais importante do que você deixar Deus fazer uma tenda no seu coração. O Brasil mudará, quando cada um deixar o seu coração ser um lugar privilegiado de Deus, onde Deus esparrama seus amores, seus objetivos, sua vontade. A vida de Deus está em mim, está em você. É tão interessante percebemos que aquilo que somos hoje é um conjunto de escolhas que fizemos e que fizeram por nós. Muitas coisas nós não conseguimos entender porque somos fenômenos, estamos em construção, em constante manifestação.
Quando fazia faculdade, minha professora de psicologia dizia diante dos meus questionamentos: “Nenhum ser humano é incoerente”. Eu questionei mais uma vez, ‘como não’? E ela explicou: “cada um escolhe de acordo como aprendeu”. Eu entendi que cada um escolhe diante do contexto da sua história. Não importa o contexto de incoerência, não importa as escolhas, mas hoje somos convocados a vê nossas escolhas diante da Palavra de Deus, e tomando consciência, tenha disposição de viver o novo. Está diante de ti a vida e a morte, você escolhe. Aquilo que eu e você somos hoje é resultado das escolhas que fizemos, e que fizeram por nós. Há traumas, que são as escolhas erradas que optaram por nós, ou nós mesmos optamos. Motivos inconscientes também nos motivam a escolher. Muitas vezes o que chega para nós são escolhas que fizeram por nós. Assaltantes, chegam roubando, matando, são incoerentes, mas essa foi a preparação que eles receberam, porque infelizmente faltou na vida dele um dizer não, um conselho, um carinho. Nós estamos buscando viver um caminho de lei porque esquecemos que quando a Palavra de Deus é bem compreendida somos bem formados para escolher. Criar uma lei dizendo o que pode ou não pode fazer com os nossos filhos, é um absurdo; lei que venha proibir um pai a bater em seu filho. Construa família de Deus, e se deixe instruir pela Palavra.
Milhares de fiéis acompanhando a pregação do sacerdote
Não é possível educar alguém se não ensinamos a liberdade. Um país só dará certo se entendermos que somos livres, e na nossa liberdade é preciso fazer a opção da vida. Se nós não damos o contexto da escolha, as pessoas vão viver uma obrigação. Quando nós construímos uma oportunidade para escolher, damos a liberdade ao outro. Coloco diante de ti a vida e a morte a opção é a sua. A Palavra de Deus deve entrar em nossa veia. O que você escolhe viver e trazer para sua vida é o caminho de bênção ou de maldição. Você não pode falar o que você quer investir em seu país, em sua cidade, em seu estado, mas lembre-se que você é quem elege as pessoas que vai administrá-lo.
A vida é feita de eleições, um dia você elegeu o prefeito da sua casa, seu esposo, e no tempo de campanha mandava flores, era todo carinhoso, depois casou tomou posse da prefeitura, e muitos se tornaram o que bem sabemos. Um casamento precisar viver sempre em tempo de campanha. Muitas vezes as coisas dão errado em nossas vidas por causa das nossas eleições. Quantas vezes a morte entra na nossa vida, diante daquele que elegemos em acolher os conselhos. Cuidado com o que você elege de importante em sua vida. Só podemos dizer que o Brasil é um país cristão, se nós somos cristãos, Deus quer esparramar Suas coisas dentro de nós. Algumas pessoas estão escolhendo a morte, eu escolho a vida; algumas pessoas estão escolhendo o que não presta, eu quero escolher o que presta. Fiquemos no lado de quem é justo. Coisa boa quando queremos para nossa vida a mesma coisa que Deus quer. Quantas coisas você elegeu para sua vida que não vale a pena, limpa a tenda do seu coração, expulsa os lixos que o mundo colocou, limpe para que Deus possa esparramar Suas coisas em seu coração. A cada acampamento nós Canção Nova queremos que saia pelo Brasil uma nova fração de cristãos decididos por Deus.
Construir a corrente do bem
Nós já estaríamos com todos os problemas resolvidos. "Traga para o meio" que vemos hoje no Evangelho é o discurso da inserção. Jesus não admite que alguém possa ficar jogado do lado de fora. Antes enfermidade era sinal de que pessoa não tinha predileção por Deus. Jesus insere quem está do lado de fora. Faz o bem independente de ser sábado, domingo...
A Eucaristia é um acontecimento no tempo, do que no tempo não cabe. É um acontecimento tão lindo que não coube no tempo e esparramou-se na história.
Na poesia, chamaríamos de "acontecências". O bem que você realiza não cabe no tempo. Quando você se recorda do bem que fez, seu coração se enche de gratidão, é como se aquele acontecimento acontecesse de novo. É a grande ousadia que o Cristianismo nos empresta. Faça este tempo já ser eterno. Faça a dinâmica da eternidade valer agora.
Complete na sua carne o sofrimento de Cristo. A realidade é bela, mas, é sofrida. Não é fácil estar ali no papel do Crucificado. Jesus dizia: "Bem-aventurados os que sofrem porque serão consolados..." Bem-aventuranças têm valor porque só podem ser vistas pelos olhos da sabedoria, por quem está inundado no amor de Deus.
Somos convidados a viver na nossa carne sacrifício do Cristo. Isso não é brincadeira. Aquilo que não coube no tempo está em mim, na história dos meus dias. Você é história: tem início, meio e fim. Em nós acaba em realidade o que não cabe no tempo. A realidade divina plenifica tudo isso.Eu e você somos convidados a fazer a dinâmica do Evangelho, trazer para dentro o que está jogado para fora. Para que você paga seus impostos, anda em dia com suas dívidas? Por que é obrigado? Muitas vezes não vemos ser aplicado o dinheiro que a gente pagou. Que país é esse que não traz para o meio aquele que não pode, não sabe, não tem? Lamentavelmente se precisamos ter saúde, segurança, precisamos pagar.
Nosso país não cuida como precisaria cuidar dos seus. É falta de vergonha na cara de quem tem o governo nas mãos. Quando vamos em outros países o dinheiro das pessoas ser bem aplicado. Você pode sair à noite sem medo de ser assaltado, sequestrado... Essa é a conversão que o Brasil precisa viver. Não podemos continuar achando que chegamos ao destino final. O bom brasileiro é aquele que continua lutando, de olho em quem votou. Nosso país precisa ser moralizado e isso começa com nossa exigência. Não podemos ser omissos. Corrupção começa em pequenas coisas, quando faço proveito de algo público, aproveito algo que não é meu... Levar para o meio é recordar que se quem está no poder não estiver com Deus no coração, não podemos esperar muita coisa.
'Como eu não como será o dia de amanhã, só me resta viver bem', afirma padre Fábio
Não sei se você acompanhou movimento que teve para tirar figuras religiosas das repartições públicas. O que quadro do sagrado Coração de Jesus pode fazer mal a uma repartição pública? Será que com quadros eles recordam um valor que não querem mais viver? Este país não vai ficar melhor no dia em que tirarmos, mas, no dia em que os governantes tiverem caráter, agirem de maneira correta.Ontem eu dava exemplo de Dom Hélder Câmara, que trazia para o meio aqueles que não tinham vez. Muito mais do que ficar preocupados com a religião que cada um tem, precisamos nos preocupar com caráter que cada um tem.É o deputado que você elegeu que pode assinar leis contrárias ao Evangelho. Se essas mentes diabólicas são capazes de tramar estas coisas, são capazes de tramar coisais piores. Não podemos ficar fazendo política, mas, temos que ficar de olho na política. Eles são nossos empregados, trabalham para nós. Os deputados são nossos representantes. Usar o povo só em período de eleição? Aquele povo que troca voto por uma dentadura! O sorriso que queremos é definitivo!
'Como eu não como será o dia de amanhã, só me resta viver bem', afirma padre Fábio
Não sei se você acompanhou movimento que teve para tirar figuras religiosas das repartições públicas. O que quadro do sagrado Coração de Jesus pode fazer mal a uma repartição pública? Será que com quadros eles recordam um valor que não querem mais viver? Este país não vai ficar melhor no dia em que tirarmos, mas, no dia em que os governantes tiverem caráter, agirem de maneira correta.Ontem eu dava exemplo de Dom Hélder Câmara, que trazia para o meio aqueles que não tinham vez. Muito mais do que ficar preocupados com a religião que cada um tem, precisamos nos preocupar com caráter que cada um tem.É o deputado que você elegeu que pode assinar leis contrárias ao Evangelho. Se essas mentes diabólicas são capazes de tramar estas coisas, são capazes de tramar coisais piores. Não podemos ficar fazendo política, mas, temos que ficar de olho na política. Eles são nossos empregados, trabalham para nós. Os deputados são nossos representantes. Usar o povo só em período de eleição? Aquele povo que troca voto por uma dentadura! O sorriso que queremos é definitivo!
Queremos jovens com oportunidade de trabalho, estudo. Quando trabalhamos problemas educacionais criminalidade vai embora. Assim como com emprego... assim, criminalidade vai embora. Não é fácil a vida de um assalariado. Nosso povo sofre, não tem transporte digno! O Brasil precisa mudar. Existem muitas coisas boas sendo feitas pelo país afora, mas, existe muita porcalhada embaixo do tapete. Proclamar a independência é reassumir a cidadania. "Eu te elegi e não vou tirar olhos de você"."A política é uma das formas mais elaboradas de caridade", dizia Santo Agostinho. Aquele que tem poder usa para quem não tem e distribui aquilo que é direito. Queremos nosso direito de cidadão. É vida que você merece viver bem. Não há cristianismo sem comprometimento.Não podemos ser o que fomos ontem. Processo de Deus é nos fazer evoluir, ir adiante. Nosso projeto é chegar a esse brilho que é apagado porque trabalhamos nossa vida de jeito errado. Este é o dia em que temos que tomar consciência de tudo o que Deus precisa fazer em nossa vida. Nosso país e nós precisamos ser transformados!
Ficamos indiferentes aos processos que estão do nosso lado. Quando você fica indiferente, se fecha na sua história. Nunca diga que você não tem nada com isso. Pode respingar em você! Aquilo que não dá certo na casa do outro pode repercutir na sua vida. Nós estamos interligados mesmo sem saber porque. Pessoa que passou pela sua vida pode ter influência sobre você. Pode ser que mais cedo ou mais tarde você precise daquela pessoa. Estamos interligados e não podemos nos esquecer do nosso compromisso com a bondade. Jesus enquanto pôde fez o bem.
'Não podemos nos esquecer de que nosso compromisso é com a bondade', exorta
De alguma maneira alguém bate à porta da nossa vida, da nossa história. Nós não sabemos o dia de amanhã, então só nos resta viver bem o dia de hoje, construir pontes ao invés de barricadas. Passe pela vida do outro de um jeito certo. Às vezes temos somente uma oportunidade de passar por uma pessoa. Ela pode até não saber quem eu sou, mas, eu sei. Não podemos viver pelo outro, mas a parte que podemos fazer não podemos abrir mão. Tenho pedido a Deus a graça de amadurecer para perceber o que eu posso fazer pelo outro.
'Não podemos nos esquecer de que nosso compromisso é com a bondade', exorta
De alguma maneira alguém bate à porta da nossa vida, da nossa história. Nós não sabemos o dia de amanhã, então só nos resta viver bem o dia de hoje, construir pontes ao invés de barricadas. Passe pela vida do outro de um jeito certo. Às vezes temos somente uma oportunidade de passar por uma pessoa. Ela pode até não saber quem eu sou, mas, eu sei. Não podemos viver pelo outro, mas a parte que podemos fazer não podemos abrir mão. Tenho pedido a Deus a graça de amadurecer para perceber o que eu posso fazer pelo outro.
Preste atenção nesta frase de um poeta: "Estamos todos na lama, mas, alguns de nós resolvemos olhar para as estrelas". São estes que mudam o mundo, que fazem as coisas acontecerem. Estas pessoas completam sacrifício de Jesus na carne. Chega de contendas. Já tem guerra demais neste mundo. Precisamos lutar pela paz, pela harmonia... acender luz para quem não tem... Proclame a independência! Assim como os santos da Igreja, os santos dos nossos dias. È isso que precisamos. Independência de hoje depende de nós.
Precisamos ter fé, acreditar que pode ser diferente. Cristão que é cristão não fica parado, fica na direção do futuro.
Assinar:
Postagens (Atom)