"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Preconceito

O provincianismo é uma das anomalias das sociedades em estágio civilizatório atrasado. E a expressão mais eloqüente do provincianismo é a cultura da fofoca e da maledicência em relação à vida alheia, um costume patético de se fiscalizar assuntos privados do outro como se pertencessem ao domínio público.
Além do que, há a questão do machismo, da coisificação da mulher. Delas, dissecam-lhes o comportamento ao primeiro olhar, dando decretos sobre moral com base nas roupas que vestem, nos sorrisos que dão, na idade ou em qualquer particularidade daqueles – ou daquelas – com quem se relacionam sexual e afetivamente.
Vejam só o caso da esposa de Michel Temer. As insinuações da mídia sobre a diferença de idade e sobre a beleza da jovem Marcela em relação ao septuagenário jurista de São Paulo pertencem ao provincianismo mais babaca, ao machismo mais patético e, em certos casos, à inveja mais transbordante.

Por definição, nesta sociedade babaca em que vivemos, se um septuagenário se casa com uma jovem de vinte e tantos anos, ela, por certo, estará interessada em seu dinheiro ou em sua projeção social, mesmo que tenha dado à luz o filho de um homem que consigo se casou formalmente e com quem mantém uma relação estável.

Agora mesmo, há um bando de militantes de oposição que trata de espalhar maledicência sobre a relação de Temer com a sua esposa com base nessa crença idiota de que uma bela jovem não pode se apaixonar por um homem bem mais velho, pois, certamente, tratar-se-á de uma caça-dotes, de uma aproveitadora, mesmo que seja de família até mais rica do que o esposo.

Antes de tudo, há uma incompreensão da alma feminina. É estupidamente alta a parcela de mulheres que se sente atraída por homens mais velhos. Legitimamente. Ora, Temer é um cara boa-pinta, um “coroa conservado”, um jurista eminente. Nada a espantar, portanto, se Marcela dele se tiver enamorado.

Infelizmente, como se criou um estereótipo para as mulheres de que têm que ser jovens e esguias, o que exclui a grande maioria delas, são menos comuns os relacionamentos de mulheres maduras com homens jovens. Nesse caso, se um homem jovem está ao lado de uma mulher madura, aí acontece o mesmo que na proporção inversa de gêneros: o homem quer o dinheiro da mulher.
Sim, com homens e com mulheres maduros acontece de se relacionarem com oportunistas mais jovens. Mas não é porque acontece que se pode dar decretos sobre ser assim qualquer relacionamento entre homens e mulheres de faixas etárias distantes entre si.
Do contrário, qualquer homem ou qualquer mulher que se interessar por alguém bem mais jovem ou bem mais maduro sentir-se-á constrangido mesmo que ambos estejam perdidamente apaixonados.
Agora eu pergunto: é impossível que uma mulher bela e jovem se apaixone por um homem maduro, porém em forma física e no auge do desenvolvimento intelectual e do sucesso? Sim, porque, pelos maledicentes a serviço da oposição – mesmo que esta não os estimule, pois alguns tentam agradá-la fazendo o que acham que ela quer que façam –, seria impossível.

Essa polícia oficiosa dos costumes é uma praga de sociedades provincianas que um país em franco desenvolvimento econômico e social como o nosso precisa enterrar bem fundo, pois é vergonhosa e oriunda de gente que não resistiria às devassas que faz da vida alheia, mas se arvora em juiz e júri da intimidade do outro.

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