"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Abertura de arquivos da ditadura


Gabriel Chalita, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo, presidiu sessão solene na Câmara dos Vereadores para instalação da subcomissão de Direitos Humanos para Abertura dos Arquivos da Ditadura.
O objetivo da instalação da subcomissão que será presidida pelo vereador Ítalo Cardoso (PT) é acompanhar e exigir a abertura dos arquivos da ditadura para esclarecer os crimes escondidos nos cemitérios municipais de São Paulo. "Os jovens precisam conhecer a história recente do País. Não queremos nos vingar, mas é preciso dar publicidade aos fatos para que isso nunca mais aconteça", destacou Chalita.
A ex-prefeita e deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), presente à solenidade realizada na noite de segunda-feira, 27 de abril, se comprometeu a entregar à subcomissão de Direitos Humanos arquivos e gravações relativas à CPI da Vala de Perus, realizada pela Câmara Municipal de São Paulo, em 1990. Na ocasião, 1.049 corpos foram descobertos no cemitério municipal de Perus a partir de reportagem do jornalista Caco Barcelos.
Estiveram presentes à solenidade familiares dos desaparecidos políticos e representantes de entidades de defesa dos direitos humanos, entre os quais Criméia Alice Schmidt de Almeida, da Comissão de Familiares de Presos Políticos, Maria Amélia Teles e Suzana Lisboa. Participaram também os vereadores Gabriel Chalita (PSDB), Jamil Murad (PCdoB)e João Antônio (PT); ex-vereadora Tereza Lajolo, deputado estadual Rui Falcão (PT); o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, José Renato Nalini; Claudio de Lima, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo; e Eugênia Augusta Fávero, procuradora do Ministério Público Federal.

Homenagem aos Educadores


"O conceito de respeito, de democracia, tudo vem da Educação", destacou o vereador Gabriel Chalita em discurso no Plenário da Câmara Municipal de São Paulo, na terça-feira, dia 28 de abril, dia da Educação.

O professor Chalita homenageou o ex-secretário e educador Paulo Freire ao ler o poema a Escola, de autoria de Freire:

A Escola é...
O lugar onde se faz amigos
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos
Escola é, sobretudo, gente,
Gente que trabalha, que estuda,
Que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um
Se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de "ilha cercada de gene por todos os lados".
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
Que não tem amizade a ninguém
Nada de ser como o tijolo que forma a parede,
Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de a amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se "amarrar nela"!
Ora, é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se,
Ser feliz.

domingo, 26 de abril de 2009

Curso de oratória


Gabriel Chalita realizou neste sábado, dia 25 de abril, curso de oratória para estudantes e professores da Universidade UNINOVE - Unidade Vila Maria.


O professor destacou a importância da apresentação pessoal e da expressividade para conquistar e manter o interesse do interlocutor.Durante o curso, Chalita deu lições de empatia e bom humor, demonstrando, na prática, o poder de uma boa oratória.


Chalita discorreu sobre a filosofia da linguagem e processo de comunicação humana; comentou acerca da origem da oratória, na Grécia; ensinou técnicas de apresentação em público; além de ressaltar a importância das linguagens verbal e não verbal.


Poesia e música foram utilizados como instrumentos de comunicação e, ao final, os professores participaram de dinâmicas, nas quais puseram em prática o aprendizado adquirido durante o curso, que teve duração de um dia.


"O ser humano é curioso por natureza. A boa oratória é a que consegue usar essa curiosidade inata para prender a atenção da platéia", conclui Chalita.

O declínio da TV Cultura no governo Serra





Lendas urbanas – ou nem tanto – atribuem a José Serra um comportamento pouco ortodoxo em relação à imprensa. De concreto, sabe-se que ele simplesmente não suporta perguntas difíceis. Quando esbarra em uma, olha nos olhos do perguntador, faz cara de paisagem e vira o rosto. É a senha para que algum segurança se apresente para afastar o incômodo. Entre os assessores o clima é de permanente mistério e as atividades do governador são comunicadas em cima da hora. Serra não fala em off, em on e não permite que existam interlocutores confiáveis. Em suma, faz de tudo para não ser contrariado.



Por Pedro Venceslau, na revista Fórum



Desde que foi eleito governador, esse modus operandi parece ter contaminado a TV Cultura. Inviolável reduto tucano há 14 anos, desde a eleição de Mário Covas, a emissora está sentindo na pele o estilo Serra. A inesperada dispensa de Luis Nassif, a saída de Lillian Witte Fibe do Roda Viva, a demissão em massa no jornalismo e o fim de vários programas analíticos compõem um retrato em alta definição da atual fase do canal.



Vinte dias antes de ser informado sobre a não-renovação de seu contrato, Luis Nassif, entusiasmado, acertava os detalhes finais de seu novo programa. Mas nesse ínterim resolveu criticar a Sabesp e, de quebra, a controversa escolha da bancada que sabatinou Gilmar Mendes no Roda Viva. Um post em seu blogue foi a gota d’água. “Não existe governança na TV Cultura hoje”, desabafa. Prestes a estrear na TV Brasil, ele revela que a mão forte do governador nunca pesou tanto na rotina da emissora. “Isso sem falar na encheção de saco quando não cobríamos algum evento do governo”, conta.



Nos corredores e na coxia dos estúdios, comenta-se que a língua solta e ferina de Heródoto Barbeiro também incomoda – e muito – o governador. “Serra acha o Heródoto petista. Então pressionou tanto que tiraram ele do ar e depois devolveram como mero locutor”, diz um ex-jornalista influente da casa. Mas um sinal inequívoco do aparelhamento tucano da Cultura é o seu carro-chefe, o programa de entrevistas Roda Viva. Fórum pediu à assessoria da emissora uma entrevista com Paulo Markun, mas o pedido foi negado pelo jornalista.



“Valdemar Setzer (professor titular da USP) tomou 1h30 do telespectador para dizer que é contra computador para criança. Em ano de eleição (2008) não fizemos uma entrevista política!”, disparou Liliam Witte Fibe ao Estadão logo depois de anunciar que estava deixando o programa. “No Roda Viva, muitas vezes diziam que o convite para alguém sentar na bancada era por pressão do Serra”, acusa Luis Nassif.



Roda Viva à parte, algumas passagens da história recente da Cultura são emblemáticas. Em 2006, o então presidente da emissora, Marcos Mendonça, chegou a convidar Gabriel Chalita, hoje vereador tucano, na época secretário de Estado, para apresentar um talk show. “Me parecia um bom nome para apresentar o programa (Arena de Ideias). Chalita é um comunicador e apresentava os requisitos para o cargo”, disse a este repórter, na época. Felizmente, recuou a tempo.



Markun mãos de tesoura



Quando os funcionários da Cultura souberam que Paulo Markun seria empossado presidente, em meados de 2007, organizaram uma recepção de boas-vindas ao novo chefe. Jornalista de raiz e oriundo do chão de fábrica, ele representava para muitos uma nova era; o fortalecimento do jornalismo, a isenção e o fim da obsessão de colocar a Cultura na rota das TVs comerciais, marca de Marcos Mendonça. Ele iniciou sua carreira ali como repórter de TV em 3 de setembro de 1975, levado por Vladimir Herzog, o Vlado. Assumiu prometendo mudar a forma de relacionamento da emissora com o governo e os espectadores. “Teve gente que chorou”, conta uma funcionária da casa.



A lua-de-mel durou pouco. “Hoje o clima é de decepção total. Ele está acabando com o jornalismo da Cultura. Tirou do ar o Opinião Nacional, o Jornal do Meio-Dia, e ainda acabou com vários programas da área de sustentabilidade”, diz a jornalista Márcia Dutra. Experiente repórter e âncora de TV, ela era uma das principais apresentadoras da casa – esteve à frente do Jornal da Cultura com Heródoto Barbeiro e Celso Zucatelli. Em fevereiro foi surpreendida quando voltou de férias e soube que seu contrato não seria renovado.



“Foi uma traição. No final de novembro, procurei o Pola Galé (diretor de jornalismo) e ele me disse: ‘Pode ficar tranquila, a casa está satisfeita com você’. Então saí de férias e, quando voltei, fiquei sabendo da minha demissão. Na semana anterior a minha, foram 31 dispensas. No total, foram cerca de 60 em 20 dias. E não tem essa de crise. Isso é desculpa para boi dormir”, desabafa. “A engrenagem emperrou”, resume Nassif.



Ponto de vista



É curioso reparar no tratamento que as duas principais emissoras públicas de TV do país, a TV Brasil e a TV Cultura, recebem da chamada grande imprensa. Não é difícil, basta pesquisar na internet. Enquanto a primeira é tratada como um elefante branco do lulo-petismo, ralo de dinheiro público, aparelho de propaganda estatal e chamada de “TV do Lula”, a segunda é vista como uma ilha de excelência, exemplo de gestão em TV pública, oásis de independência. O caso do ex-editorchefe do telejornal Repórter Brasil, Luiz Lobo, que denunciou “censura” do governo Lula no conteúdo é exemplar. Foi direto para o alto de página da política, um escândalo, diferentemente do que ocorre com a emissora paulista.



A atual crise da Cultura é, para muitos, o efeito colateral da gestão Marcos Mendonça. Tucano de alta plumagem, ele assumiu o canal em 2005, por pressão do então governador Geraldo Alckmin. Este, diferentemente de Serra, não monitorava a programação com lupa, mas exigia audiência. E foi imbuído desse espírito que Mendonça abriu a emissora para os comerciais das Casas Bahia e contratou estrelas caras como Silvia Poppovic e Sabrina Parlatore e, em contrapartida, acabou com a orquestra da TV, a Sinfonia Cultura.



José Serra, por sua vez, não via com bons olhos a gestão de Mendonça. O motivo é simples: Mendonça era homem de confiança de Geraldo Alckmin, adversário interno do governador até recentemente, quando aceitou o convite para integrar o secretariado estadual. Em 2005, Alckmin se movimentou intensamente para derrubar Jorge da Cunha da Lima e colocar Mendonça em seu lugar.



Data dessa época o período de crise mais aguda da emissora, era das goteiras e das fitas reutilizadas. Quando, enfim, Mendonça tomou posse, o dinheiro voltou a entrar. De cara, o governador Alckmin liberou R$ 4 milhões que estavam congelados e ajudou a pagar despesas trabalhistas. Uma vez no governo, Serra tratou de limpar terreno. E ainda reclamam da TV Brasil...



Em nome da filha?



O último imbróglio envolvendo a TV Cultura nasceu, quem diria, dentro do ninho tucano. O presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, que também é conselheiro da TV Cultura, enviou, em março, uma irada carta aos seus 46 colegas da Fundação Padre Anchieta desancando a gestão de Paulo Markun. Entre outros torpedos, se disse preocupado com a audiência da emissora, que é “próxima a zero”: “Não há nada de maior nonsense do que falar para auditório vazio ou editar um jornal para um público que não existe”.



Para o tucano, ninguém assiste à Cultura. Logo, não se justifica que a emissora consuma anualmente R$ 200 milhões dos cofres públicos. Para finalizar, Lobo fez ainda um apelo para a profissionalização da emissora. O que pouca gente sabe, porém, é que a publicitária Tatiana Lobo, filha do “alckmista” Lobo, foi demitida por Markun do cargo de diretora de marcas da emissora. Há quem diga que foi retaliação.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Novo livro de Gabriel Chalita & Pe.Fabio de Melo


Um dos livros mais aguardados do ano, traz reflexões sobre temas contemporâneos de grande interesse. O medo da morte, da solidão, do fracasso, da inveja, do envelhecimento, das paixões, da falta de sentido da vida. No formato de cartas entre dois grandes amigos, tais temas são tratados com sensibilidade pelos jovens autores mais celebrados do momento, duas lideranças incontestáveis das novas gerações: Gabriel Chalita e Padre Fábio de Melo. O livro resgata os valores do humanismo ao mesmo tempo que celebra a amizade de duas personalidades apaixonadas por filosofia, literatura e poesia.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Chalita participa de seminário sobre Educação


Gabriel Chalita defendeu o envolvimento do professor nas decisões relativas ao sistema educacional, no Seminário Liderando Mudanças Transformadoras na Educação, realizado em São Paulo. Durante o evento, que contou com a participação de Prefeitos e secretários de municipais de Educação, Chalita observou que a valorização do professor é um instrumento fundamental para a qualidade do ensino.

"O professor deve ser valorizado em três lugares: na cabeça, no bolso e no coração", destacou Chalita, referindo-se à formação continuada do professor e a benefícios que vão além do solário, como a bolsa-mestrado. Chalita lembrou que, durante sua gestão à frente da secretaria de Educação do Estado de São Paulo, os professores participaram da revisão curricular.

A valorização do professor foi apontada também pelos demais especialistas presentes ao evento como o principal catalisador de transformações na Educação. Estudo recente realizado pela consultoria norte-americana McKinsey sobre os 20 melhores sistemas educacionais do mundo chegou a conclusão de que a qualidade dos professores é a alavanca mais importante para melhorar os resultados dos alunos.
Marcos Crus¸ da Mckinsey, destacou que os dez países que melhor se posicionaram no PISA - Programa internacional de conhecimentos e competências de estudantes na faixa de 15 anos de idade - têm "total obsessão em garantir a qualidade da educação". O consultor enfatizou que "a qualidade de um sistema educacional não consegue ser maior que a qualidade dos seus professores". O consultor mostrou dados que revelam que alunos que tiveram no início do processo educacional professores com alta competência se posicionaram entre os 10% de estudantes com melhor desempenho, ao passo que alunos de professores menos competentes terminam entre os 10% de pior desempenho.
Cruz citou o exemplo de Boston nos Estados Unidos que obteve uma melhoria significativa no processo educacional baseado na máxima: se não foi aprendido, não importa se foi ensinado. Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, também defendeu que o aluno tem de ser o centro do sistema educacional.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O CARRINHO - RUBEN ALVES

Ganhei um carrinho de presente. Coloquei-o sobre minha mesa de trabalho. Olho para ele quando escrevo. Ele me faz pensar. Não são todos os objectos que têm esse poder de fazer pensar. A caneta, o agrafador, a lâmpada, a cadeira, objectos à minha volta: eu os uso automaticamente; eles não me fazem pensar.Mas o carrinho é diferente. Bastou que eu o visse a primeira vez para ficar emocionado. Eu o reconheci como morador do mundo das minhas memórias. Ele me fez lembrar e sonhar. Meu pensamento começou a voar. O que eu vejo nele não é nada comparado àquilo que ele me faz imaginar.Sonho. Os teólogos medievais diziam que o sacramento é um sinal visível de uma graça invisível. O carrinho é um sacramento: sinal visível de uma felicidade adormecida, esquecida. Volto ao mundo da minha infância.Uma lata de sardinha.A tampa foi dobrada inteligentemente, e assim se produziu a capota. As rodas foram feitas de uma sandália havaiana que não se prestava mais a ser usada. Os eixos, dois galhinhos de arbusto. E ei-lo pronto! Um carrinho, construído com imaginação e objectos imprestáveis. Fosse um carrinho comprado em loja, e eu nada pensaria.Seria como o meu lápis, o meu grampeador, a minha lâmpada, a minha cadeira. Mas basta olhar para o carrinho para eu ver o menino que o fez, menino que nunca vi, menino que sempre morou em mim. Fico até poeta: faço um hai-kai:uma lata vazia de sardinha,uma sandália havaiana abandonada:um menino guia seu automóvel...Sei que o menino é pobre. Se fosse rico teria pedido ao pai, que lhe teria comprado um brinquedo importado. Dinheiro é um objecto que só dá pensamentos de comprar. A riqueza, com frequência, não faz bem ao pensamento. Mas a pobreza faz sonhar e inventar. Carrinho de pobre tem de ser parido.A professora deve ter notado que ele estava distraído, ausente, olhando o vazio fora da janela. Falou alto para chamar sua atenção. Inutilmente. Ela não percebeu que distracção é atracção por um outro mundo. Se os professores entrassem nos mundos que existem na distracção dos seus alunos eles ensinariam melhor. Tornar-se-iam companheiros de sonho e invenção.Penso que o menino devia andar lá pela favela, olhos atentos, procurando algo, sem saber direito o quê. Até que deram com a lata de sardinha jogada no lixo. Foi um momento de iluminação. A lata de sardinha virou uma outra coisa.O menino virou poeta, entrou no mundo das metáforas: isto é aquilo. Ele disse: «Esta lata de sardinha é o meu carro...» Fez aquilo que um fundador de religiões fez, ao tomar o pão e dizer que o pão era seu corpo. E a lata de sardinha ganhou um outro nome, virou outra coisa. O menino, sem saber, executou uma transformação mágica. Todo ato de criação é magia. O menino dobrou a tampa e se sentou ao volante.Faltavam as rodas. Pensei que muitas vezes me defrontei com problema semelhante, quando menino. Mas na minha infância a solução já estava dada. O leite vinha em garrafas bojudas de boca larga, que eram fechadas com tampas metálicas semelhantes às tampinhas de cervejas, só que muito maiores. Era só pegar as tampas, e o problema estava resolvido.
Mas os tempos são outros. O menino teria de fazer suas rodas, se quisesse andar de automóvel. Se tivesse uma serra tico-tico poderia fazer rodinhas de um pedaço de compensado abandonado. Mas é certo que tal ferramenta ele não tinha.Pois se tivesse, teria feito. Suas ferramentas: uma faca, subtraída da cozinha, um prego para fazer os buracos, e uma pedra, à guisa de martelo. O material deveria ser dócil às ferramentas que possuía. Seria fácil fazer rodas de papelão. Mas as rodas se desfariam, depois de passar pela primeira poça de água. Seus olhos e pensamento procuram. E aquilo que calçara pés se transformou em calçado de automóvel.Quatro buracos na lata de sardinha, dois galhinhos de árvores e ei-lo pronto: o carrinho!
O menino sabia pensar. Pensava bem, concentrado. É sempre assim. Quando o sonho é forte, o pensamento vem. O amor é o pai da inteligência. Mas sem amor todo o conhecimento permanece adormecido, inerte, impotente. O menino e o seu carrinho resumem tudo o que penso sobre a educação.As escolas: imensas oficinas, ferramentas de todos os tipos, capazes dos maiores milagres. Mas de nada valem para aqueles que não sabem sonhar. Os profissionais da educação pensam que o problema da educação se resolverá com a melhoria das oficinas: mais verbas, mais artefatos técnicos, mais computadores (ah! o fascínio dos computadores!).Não percebem que não é aí que o pensamento nasce. O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um acto de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.O menininho sonhava. Como Deus, que do nada criou tudo, ele tomou o nada em suas mãos, e com ele fez o seu carrinho. Imagino que, também como Deus, ele deve ter sorrido de felicidade ao contemplar a obra de suas mãos...

Texto: Rubem Alves, in Pais & Filhos

O Projeto de Lei 069/2009 de autoria do Vereador Gabriel Chalita

O Projeto de Lei 069/2009 de autoria do Vereador Gabriel Chalita (PSDB) que trata do combate ao bullying nas escolas públicas foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 8 de abril. O projeto seguirá para as Comissões de Administração Pública, Educação e Finanças, antes de passar para as votações no Plenário. O projeto visa à conscientização e ao combate das práticas que, não raro, culminam na morte de crianças. O bullying, apesar de ser um termo ainda pouco conhecido para muitos, é uma realidade para crianças e adolescentes submetidas a preconceito e agressões no ambiente escolar, influenciando o desenvolvimento cognitivo dos alunos e resultando em traumas e complexos que podem acompanhá-lo também na vida adulta.Com a disseminação do uso da tecnologia, o cyberbullying também está ganhando proporções cada vez mais assustadoras."Precisamos oferecer proteção a essas crianças e adolescentes que sofrem em silêncio humilhações impensáveis em um ambiente escolar", destaca o Gabriel Chalita, autor do livro Pedagogia da Amizade, que trata de formas de ação e prevenção contra o bullying.

Os valores da educação árabe- Gabriel Chalita

Os dias contemporâneos assistem a um fascinante diálogo universal. Rompemos as barreiras da distância e do tempo com a tecnologia que disponibiliza a informação e atiça a curiosidade.

Em um passado não muito distante, as notícias vinham a navio, os mitos dificultavam o contato com culturas diferentes. Estávamos em ilhas continentais vencidas por braços imigrantes. Os árabes, quando chegaram por aqui, vieram como tantos outros em busca da terra da esperança. Não conheciam o idioma, a cultura. Não tinham ideia do clima, dos desafios que estavam por vir. Partiam do Porto de Beirute, deixando para trás as raízes e trazendo na bagagem a herança de um povo acostumado a acolher.

As famílias árabes são reconhecidas pela generosidade em alimentar sem economias os
amigos, os conhecidos. A música, a dança, o sorriso, a deliciosa comida fazem com que o sabor da convivência acalante a boa prosa. Os árabes são excelentes contadores de história. Sherazade e suas mil e uma noites atestam o valor da contação para que a inteligência vença a prepotência, e o amor vença o ódio.

Os árabes têm muitos provérbios. Comungam de valores corretos sob a luz de uma cultura
milenar. Aprenderam a conviver com a guerra, a dor, o sofrimento. "Somos todos prisioneiros, mas alguns de nós estão em celas com janelas, e outros sem." (G.K.Gibran).

São vencedores porque não temem o desafio da reconstrução, das paredes destruídas pelo outro nem a provocação da alma alquebrada pela dor.

A educação árabe traz como paradigma o amor à família. Choram juntos e riem juntos. Respeitam os velhos, ciosos da abnegação de retribuir ao amor partilhado e cientes de que a sabedoria da vida tem tanto ou mais importância que a dos livros. Em geral, trazem a religião como valor inegociável. Evidentemente, há os fundamentalistas extremos, mas são exceção. A regra está na cordialidade de pais que professam a fé e o amor, desfraldando as sombras do medo para o voo necessário da geração que está florindo.

Ontem, a ousadia dos desbravadores; hoje, a paciência dos reconstrutores; amanhã,
a bênção dos iluminadores. É de luz que precisa a educação. Luz que ilumina e aquece
como um bom abraço árabe.

Educação em Linha - REVISTA ELETRÔNICA ANO III, N.º 7

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Educação nas telas

No Rio de Janeiro, uma professora de escola pública protege um aluno perseguido ao mesmo tempo por uma quadrilha de traficantes de drogas e por policiais corruptos. Também no Rio, um projeto de ensino de música transforma a vida de jovens de comunidades carentes. Em Paris, um professor de língua francesa em uma escola da periferia, freqüentada por muitos filhos de imigrantes, se esforça para dar conta do programa e convencer os alunos da importância de se dedicar aos estudos. E, em Nova York, a diretora de uma escola católica suspeita que o padre da paróquia, também professor, cometeu assédio contra um aluno.

Essas quatro histórias trazem de volta aos cinemas o olhar sobre a educação, tanto no ensino formal quanto no informal, bem como sobre os educadores e seu papel na sociedade contemporânea. Os brasileiros Verônica, de Maurício Farias, e Contratempo, de Malu Mader e Mini Kerti, se juntam ao francês Entre os muros da escola, de Laurent Cantet, e ao norte-americano Dúvida, de John Patrick Shanley, nessa leva recente de filmes - alguns baseados em fatos verídicos, outros apenas inspirados neles - que contribuem para ampliar o debate social sobre temas educacionais, alcançando um público mais amplo do que o de profissionais da área.


Em Verônica, o filho de um contador que trabalha para o tráfico (Matheus de Sá) sobrevive ao massacre da família porque estava na escola. Como os pais não aparecem para buscá-lo, sua professora (Andréa Beltrão) se oferece para levá-lo até sua casa, em uma favela. Ao descobrir que os pais foram mortos e os traficantes procuram o menino, decide protegê-lo e se recusa também a entregá-lo às autoridades porque o pen drive que o pai confiou ao filho traz um vídeo com imagens que incriminam policiais ligados ao tráfico. Verônica não confia nem mesmo no ex-marido (Marco Ricca), policial que talvez mantenha relações com colegas corruptos.


Farias diz que participou de duas sessões promovidas exclusivamente para profissionais da educação - uma em São Paulo (que também reuniu alunos), realizada pelo Sistema Anglo de Ensino, um dos patrocinadores do filme, e outra no Rio de Janeiro, no Clube do Professor do Unibanco Arteplex. "Foi maravilhoso, espetacular", lembra o cineasta, que dirigiu também O coronel e o lobisomem (2005) e A grande família - O filme (2007). "Vi cenas incríveis, professoras chorando. A identificação foi muito forte e o filme as tocou bastante. Não tínhamos a preo­cupação de abordar isso (as condições de trabalho do professor) em primeiro plano, mas a realidade é muito forte."


A detalhada caracterização da personagem e a interpretação de Andréa Beltrão ajudam, de fato, a provocar identificação imediata com todo espectador que conheça, ainda que superficialmente, o cotidiano de milhares de professoras da Educação Básica na rede pública do país. Verônica trabalha muito, em condições às vezes impróprias, e se esvai física e mentalmente por causa disso; leva tarefas para casa, o que aumenta o desgaste e contribui para que negligencie a vida pessoal; o salário permite que sobreviva dignamente, mas não muito mais do que isso - a personagem mora em uma quitinete, em bairro popular do Rio, e não tem acesso a canais de TV paga, o que deixa o filho do contador estupefato, pois ele mora na favela e tem ("TV a gato", como bem observa Verônica).


O cenário social de Verônica é muito semelhante ao do documentário Contratempo, que acompanha a rotina de jovens que participavam, em 2006, do projeto Villa-Lobinhos. Recrutados em favelas do Rio de Janeiro, eles freqüentavam aulas de música e faziam apresentações, promovidas também no âmbito de outros grupos dos quais participavam. Alguns deles, por exemplo, vão tocar em um concerto beneficente em Nova York. Com isso, ganham perspectiva de futuro que, sem a dedicação à música, dificilmente teriam. Há, no entanto, quem fique pelo caminho, e ao menos uma das histórias - a do rapaz que abre o filme, cujo desfecho é revelado apenas no final - é especialmente dramática ao ilustrar o que a sociedade brasileira reserva a milhares de jovens.


Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes do ano passado e candidato ao Oscar-2009 de melhor filme estrangeiro, Entre os muros da escola se inspira na "tragicomédia ordinária de um professor de francês", o romance Entre les murs, com lançamento no Brasil previsto para março, simultaneamente à chegada do filme ao país. O autor, François Bégaudeau, se baseou em suas próprias experiências em uma escola na periferia de Paris para "divisar o discurso por meio dos fatos, as idéias pelos gestos" - e, assim, "apenas documentar o trabalho cotidiano" de um educador hoje na França.

Diretor de A agenda (2001), que também lança um olhar semidocumental sobre o mundo do trabalho (e a perda de identidade representada pelo desemprego), Cantet recrutou o próprio Bégaudeau para interpretar o papel do professor e adotou o princípio de observar a escola como uma espécie de câmera de eco da sociedade - tudo o que ocorre ali, entre muros, é apenas reverberação do que acontece no entorno. O extraordinário trabalho com os adolescentes que interpretam os alunos, todos usando seus nomes verdadeiros, faz o espectador acreditar que havia câmeras ocultas dentro da sala de aula e em outros ambientes da escola.


Entre os muros da escola já se configura, tanto pelos métodos de realização quanto pelo diagnóstico da escola como instituição em crise profunda, como um dos grandes filmes em torno da relação ensino-aprendizagem e da responsabilidade social que se atribui ao trabalho dos educadores. Esses temas aparecem também em Dúvida, baseado em peça do próprio Shanley ambientada em 1964. Para educadores, o interesse se concentra na descrição da gestão autoritária de uma escola religiosa por uma freira (Meryl Streep) que procura controlar tudo à sua volta e nos dilemas de uma jovem professora (Amy Adams) pressionada a denunciar um padre (Philip Seymour Hoffman).



Sérgio Rizzo


sábado, 14 de março de 2009

Educação: olhos do mundo

Desde o período Colonial (1500/1822) até hoje, atravessando distintas épocas, o Brasil contabiliza ilustres personagens que contribuíram decisivamente para consolidar o nosso País no cenário mundial: potencialmente forte na agropecuária, na indústria automotiva, naval, aeroespacial, siderúrgica e na tecnologia de ponta dos combustíveis renováveis. Graças a ações continuadas de notáveis brasileiros.
Necessariamente, um país é feito de homens comprometidos em pensar e em lutar pelo seu povo na arena da construção da grandeza humana, por seus direitos e valores. Disse Brecht: “Há homens que lutam um dia e são bons; há outros que lutam um ano e são melhores; há aqueles que lutam muitos anos e são muitos bons; porém, há os que lutam toda vida. Estes sãos imprescindíveis.” Bertolt Brecht (poeta e dramaturgo alemão). E o Brasil anseia por esses lutadores, sobretudo os educadores, por desempenharem papel de extrema relevância na vida do nosso povo: a educação como fonte de riqueza humana, que transcende todas as fronteiras e é uma forma de integração dos indivíduos.
A educação deve estar em todos os lugares onde esteja o homem, pavimentando o saber às populações de pequenas comunidades rurais, passando pelas metrópoles e suas complexas periferias, abrangendo os povos indígenas e as distantes localidades de ribeirinhos na Amazônia brasileira. A educação como marco de desenvolvimento de um povo: no sentido econômico, tecnológico, do progresso sustentável e é a baliza da cidadania. Precisamos fincar essa bandeira em todo território nacional, com projetos educacionais arrojados em todos os níveis e com professores capacitados, como os principais atores na arte de educar. “A educação é um fato social e humano, um fato de interesse universal.” Maria Montessori (educadora italiana).
Vale lembrar da participação decisiva por mais de dois séculos (1549-1759) dos jesuítas na Educação brasileira, como destaque o Padre José de Anchieta, que contribuíram ao processo da colonização e cimentaram os primeiros passos da história do nosso País. Garantindo passagem à escritora e educadora Nízia Floresta e suas escolas para meninas “andando” na carruagem do século XVIII, mas pensando à frente de seu tempo, escreveu em 1853 Opúsculo Humanitário, em defesa de ensino de qualidade para as mulheres. E ainda na esteira de audazes educadores, tivemos o Brasil de Júlia Wanderley a filha de “Ponta Grossa” (PR), Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, José Veríssimo, Maria Nilde Mascellani, Mário Palmério, Miguel Reale e muitos outros. E, na atualidade, Marilena Chauí, Cristovam Buarque, Gabriel Chalita, Ivone Maria Elias Moreyra, Cândido Mendes, Moacyr Gadotti, entre outros, estão à frente da Educação Brasileira.
Discorrer sobre os educadores e suas trajetórias é um estímulo ao exercício do conhecimento. O admirável Paulo Freire, autor de mais de trinta livros devotados à educação, foi um dos maiores educadores brasileiros, ao lado de Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira e Lourenço Filho. Celebrizados como os três “cardeais” da Educação brasileira. Estiveram à frente das principais reformas educacionais do País, transformaram e consolidaram o sistema educacional brasileiro em distintos períodos do século XX. E foi inspirado na Escola Parque (BA), de 1950, de Anízio Teixeira, que Darcy Ribeiro criou, na década de 1980, os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps). E na década de 1990, foi a vez de o governo federal criar os Ciacs – todos fundamentados em assistência em tempo integral às crianças. Darcy teve participação direta na criação da Universidade de Brasília (Unb), em 1962, e foi o 1º reitor. Educação: um caminho necessário!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Projeto de Lei sobre Bulling - Gabriel Chalita



Diário Oficial
CIDADE DE SÃO PAULO
Prefeito: GILBERTO KASSAB
D.O.C.; São Paulo, 54 (33), quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Publicado no página 99/100


PROJETO DE LEI 01-0069/2009
do Vereador Gabriel Chalita (PSDB)

"Dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção
e combate ao bullying escolar no projeto pedagógico elaborado pelas escolas
públicas de educação básica do Município de São Paulo, e dá outras providências.

A Câmara Municipal de São Paulo D E C R E T A:
Art. 1º As escolas públicas da educação básica, do Município de
São Paulo, deverão incluir em seu projeto pedagógico medidas
de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar.
Parágrafo único - A Educação Básica é composta pela Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Art. 2º Entende-se por bullying a prática de atos de violência física
ou psicológica, de modo intencional e repetitivo, exercida
por indivíduo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais
pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir, causar dor, angústia
ou humilhação à vítima.
Parágrafo único - São exemplos de bullying acarretar a exclusão
social; subtrair coisa alheia para humilhar; perseguir;
discriminar; amedrontar; destroçar pertences; instigar atos violentos,
inclusive utilizando-se de meios tecnológicos.
Art. 3º Constituem objetivos a serem atingidos:
I - prevenir e combater a prática do bullying nas escolas;
II - capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação
das ações de discussão, prevenção, orientação e solução
do problema;
III - incluir regras contra o bullying no regimento interno da escola;
IV - orientar as vítimas de bullying visando à recuperação de
sua auto-estima para que não sofram prejuízos em seu desenvolvimento
escolar;
V - orientar os agressores, por meio da pesquisa dos fatores
desencadeantes de seu comportamento, sobre as conseqüências
de seus atos, visando torná-los aptos ao convívio em uma
sociedade pautada pelo respeito, igualdade, liberdade, justiça
e solidariedade;
VI - envolver a família no processo de percepção, acompanhamento
e crescimento da solução conjunta.
Art. 4º Decreto regulamentador estabelecerá as ações a serem
desenvolvidas, como palestras, debates, distribuição de cartilhas
de orientação aos pais, alunos e professores, entre outras
iniciativas.
Art. 6º As escolas deverão manter o histórico das ocorrências
de bullying em suas dependências, devidamente atualizado, e
enviar relatório, via sistema de monitoramento de ocorrências,
à Secretaria Municipal de Educação.
Art. 7º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão
por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas
se necessário.
Art. 8º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas
as disposições em contrário.
Sala das Sessões, Às Comissões competentes."



Diário Oficial da Cidade - D.O.C.; São Paulo, 54 (33), quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

AMOR - Gabriel Chalita


Lançado em dezembro, pela Editora Gente, o livro Amor, que traz o lirismo e a poesia com a abrangência de um coração que pulsa. Chalita mistura poesia e busca uma carga emotiva para expressar o sentimento que transforma vidas e provoca reações inesperadas para quem vive com intensidade. Em formato pocket, o livro é um convite a uma viagem aos caminhos mais profundos da alma. Uma opção delicada de presente para quem está apaixonado, para quem já sofreu de amor ou simplesmente ainda não teve coragem de se entregar.Chalita submete o leitor a reflexões poéticas sob a forma de versos livres – tendo em vista motivar e ressaltar a beleza do amor e enaltecer as formas plenas de amar e demonstrar esse sentimento.Sobre o autor: Gabriel Chalita é membro da Academia Paulista de Letras. Já publicou diversos livros, entre os quais a Ética do Rei Menino, Os Dez Mandamentos da Ética e Pedagogia do Amor, os dois últimos também editados em língua espanhola. Como educador atuante, recebeu vários títulos e condecorações. Entre eles, destacam-se: Prêmio Personalidade do Ano 2005 – Educação, conferido pela revista Istoé Gente; Troféu Raça Negra 2005 e Prêmio Fernando de Azevedo – Educador do Ano 2004. Foi secretário de Estado da Educação de São Paulo e presidente eleito do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Educação (Consed). É doutor em Filosofia do Direito e doutor em Comunicação e Semiótica. É mestre em Direito e mestre em Ciências Sociais. Atualmente é professor dos programas de graduação e pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e palestrante nas áreas de filosofia, ética, relações interpessoais e educação.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

É Carnaval em mim FREI BETO


NESTE CARNAVAL anseio por folias interiores, de maravilhas indescritíveis, de sinuosos alaridos, de magnificências a dispensar ruídos e palavras. Quero toda a avenida regida por inequívoco silêncio, o baile imponderável em gestos rituais, a euforia estampada em cada sorriso.Rasgarei a fantasia de minhas pretensões e, despido de hipocrisias, deixarei meu eu mais solidário desfilar alegre pelas recônditas passarelas de minha alma.Fecharei os ouvidos à estridência dos apitos e, mente alerta, escutarei o ressoar melódico do mais íntimo de mim mesmo. Deixarei cair as máscaras do ego e, nas alamedas da transparência, farei desfilar, soberba, a penúria de minha condição humana.Aplaudirei os sambistas com fogo nos pés e as mulatas eletrizadas pelo ritmo da batucada. Mas não me deixarei arrastar pelo bloco da concupiscência. Inebriado pelo ritmo agônico da cuíca, serei o mais iconoclasta dos discípulos de Momo, recolhido ao vazio de minha própria imaginação.Neste Carnaval serei figurante na escola da irreverência e desfilarei pelas ruas meu incontido solipsismo, até cessar a bateria que faz dançarem os fantasmas que me povoam.Envolto na desfantasia do real, atirarei confetes aos foliões e perseguirei os voos das serpentinas para que impregnem de colorido as diatribes de meu ceticismo.No estertor da madrugada, farei ébrias confidências à colombina e, arlequim apaixonado, ofertarei as pétalas que me recobrem o coração. Não porei os olhos no desfile da insensatez, nem abrirei alas à luxúria do moralismo. Quando a porta-bandeira desfraldar encantos, ficarei ajoelhado na ala das baianas para reverenciar o almirante negro.Ao eco dos tamborins, esperarei baixar a sofreguidão que me assalta, buscarei a euforia do espírito no avesso de todas as minhas crenças, exibirei em carros alegóricos as íngremes ladeiras da montanha dos sete patamares.Darei vivas à vida severina, riscarei Pasárgada de meu mapa e, ainda que não me chame Raimundo, farei da rima solução de tantos impasses nesse devasso mundo. Expulsarei de meu camarote todos os incrédulos do pai-nosso cegos aos direitos do pão deles.Revestido de inconclusas alegorias, sairei no cordão das premonições equivocadas e, vestido de pierrô, aguardarei sentado na esquina que a noite se dissolva em epifânica aurora.Ao passar o corso da incompletude, abrirei as gaiolas da compaixão para ver o céu coberto pela revoada de anjos. Trocarei as marchinhas por aleluias e encharcarei de perfume os monges voláteis incrustados em minhas imprudências.Olhos fixos no esplendor das batucadas siderais, contemplarei o desfile fulgurante dos astros na Via Láctea.Verei o sol, mestre-sala, inflamar-se rubro à dança elíptica da cabrocha Terra. Se Deus der as caras, festejarei a beatífica apoteose.No cortejo dos Filhos de Gandhy, evocarei os orixás de todas as crenças para que a paz se irradie sobeja. Do alto do trio elétrico, puxarei o canto devocional de quem faz da vida a arte de semear estrelas.Entoado o alusivo, darei o grito da paz, pronto a fazer da comissão de frente o prenúncio do inefável. No reverso do verso, cunharei promissoras notícias e, no quesito harmonia, farei a víbora e o cordeiro beberem da mesma fonte.Meu enredo terá a simplicidade de um haicai, a imponência de um poema épico, a beleza das histórias recontadas às crianças. De adereços, o mínimo: a felicidade de quem pisa os astros distraído.Farei da nudez a mais pura revelação de todas as virtudes; assim, ninguém terá vergonha de mostrar o que Deus não teve de criar, e a culpa será redimida pelo amor infindo. A rainha da bateria virá tão bela quanto uma vitória-régia pousada numa lagoa despudoramente límpida. Sua beleza interior suscitará assombro.A evolução da escola culminará em revolução: a fantasia se fará realidade assim como o sertão há de vir amar e o mar de ser tão pellegrinamente pão do espírito.Neste Carnaval não haverei de me embriagar de etílicos prazeres nem me deixarei arrastar pelos clóvis a disseminar o medo entre alegrias. Irei aos bailes rituais e me submeterei às libações subjetivas, ofertarei ao mistério cálices de clarividências e iluminuras gravadas em hóstias. Enclausurado na comunhão trinitária, ingressarei na festa que se faz de fé e na qual toda esperança extravasa no amor que não conhece dor.Então a palavra se fará verbo, o verbo, carne, e a carne será transubstanciada em festival perene Carnaval.

O Direito de Dormir - Ruben Alves

NÃO EXISTE IMAGEM que mais tranquilize a alma que a imagem de uma criança adormecida. Seus olhinhos fechados dizem que o seu pequeno corpo está fechado dentro de si mesmo, num ninho de silêncio e escuridão.Mas é comum que essa tranquilidade seja precedida por uma luta contra o sono: a criança não quer dormir. Ela tem medo da escuridão. E o medo agita a alma.Foi pensando nisso que os músicos inventaram um tipo de música chamado "berceuse", que é uma canção doce destinada a ajudar as crianças a dormir. Ah! Como são lindas as "berceuses" de Brahms e de Schumann! Elas acalmam a criança amedrontada que mora em mim, põem os seus medos para dormir. E enquanto seus medos dormem, eu durmo bem longe deles...Mas isso que os músicos fizeram foi apenas instrumentalizar as canções que as mães de todo o mundo inventaram para fazer seus filhos dormirem. As "berceuses" acalmam as almas das crianças.Tudo o que existe precisa dormir. O simples existir cansa. A se acreditar nos poetas e nas crianças, até mesmo as coisas.Minha filha de quatro anos, olhando os vales e montanhas que se perdiam de vista nos horizontes de Campos de Jordão, fez-me essa pergunta metafísica: "Papai, as coisas não se cansam de serem coisas?"Fernando Pessoa teve suspeita semelhante e escreveu: "Tenho dó das estrelas luzindo há tanto tempo, há tanto tempo... Tenho dó delas. Não haverá um cansaço das coisas, de todas as coisas, como das pernas ou de um braço? Um cansaço de existir, de ser, só de ser, o ser triste, brilhar ou sorrir...".Ele, poeta, estava cansado. Olhava para as estrelas que luziam havia tanto tempo e tinha dó delas. Elas deveriam estar muito cansadas. Suas pálpebras jamais se fechavam. Seus olhos estavam sempre abertos, sem poder dormir jamais...Pergunto-me então se não haverá um simples cansaço de viver. Será que não chega o momento em que a vida diz, das profundezas do seu ser, como um pedido de socorro aos que entendem a sua fala: "Estou cansada. Quero dormir o grande sono..."?Os especialistas na arte da tortura descobriram que uma das técnicas mais eficazes e discretas para se obter a confissão de um torturado era a de impedir que ele dormisse. Assentado numa poltrona confortável, o prisioneiro espera. O tempo passa em silêncio, sem interrogatório. Vem o sono. As pálpebras pesam e querem se fechar. Mas alguém que o vigia o sacode para impedir que ele durma. E assim o tempo vai passando. O desejo de dormir vai crescendo, as pálpebras pesam até um ponto insuportável. Nesse momento, a necessidade de dormir é tão terrível que o prisioneiro está pronto para confessar qualquer coisa só para poder dormir.Foi coisa parecida que fizeram com a Eluana Englaro, mulher italiana com 38 anos de idade, dos quais 17 em vida vegetativa. Seu sono sem despertar dizia que ela desejava dormir. Mas os torturadores, a ciência, as leis e a religião lhe negavam esse direito. Obrigavam-na a continuar viva contra a vontade do seu corpo, que ansiava pelo grande sono. Ligaram seu corpo a máquinas que impediam que ela dormisse. Vivia mecanicamente.Finalmente o direito de dormir lhe foi concedido. Fantasio que ela dormiu como uma criança, ouvindo a "berceuse" de Brahms.

Folha de São Paulo - 17/02

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Professores que alfabetizam em SP seriam reprovados


Cerca de 40% dos professores responsáveis pela alfabetização dos estudantes tiveram nota abaixo de cinco no teste realizado pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo --ou seja, seriam reprovados. A alfabetização é uma das questões mais graves da educação no país, cuja deficiência explica boa parte da crise do ensino já que o estudante tem dificuldades de ler e escrever.
Obtive esses dados a partir da tabulação das notas dos 48 mil professores temporários da primeira e quarta série (o período de alfabetização). Entre os que seriam reprovados, 2.019 tiraram zero ou ficaram muito próximos dessa nota. Apenas 103 (0,2%), daquele total, ficaram com a nota máxima.
De acordo com o documento ao qual tive acesso, 15.800 professores ficaram pouco acima da média, entre a nota cinco e seis, o que significa 32% da amostra. Ou seja, 72% dos professores da primeira e quarta série estão abaixo do regular.
Essas informações detalham notícia divulgada domingo na Folha de SP, mostrando que, do total dos que fizeram a prova (214 mil), 3.000 tiraram zero e cerca da metade ficou abaixo da média.
O sindicato dos professores conseguiu barrar, na Justiça, a determinação da Secretaria da Educação de que as notas servissem como critério para que os temporários escolhessem aula na rede pública.

Professor nota zero - Gilberto Dimenstein

Dos 214 mil professores que se submeteram à prova da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, 3.000 tiraram zero: não acertaram uma única questão sobre a matéria que dão ou deveriam dar em sala de aula. Apenas 111, o que é estatisticamente irrelevante, tiraram nota dez. Os números finais ainda não foram tabulados, mas recebo a informação que pelo menos metade dos professores ficaria abaixo de cinco. Essa prova tocou no coração do problema do ensino no Brasil, o resto é detalhe.
Como esperar que um aluno de um professor que tira nota ruim ou mediana possa ter bom desempenho? Impossível. Se fosse para levar a sério a educação, provas desse tipo deveriam ser periódicas em toda a rede (assim como os alunos também são submetidos a provas). Quem não passasse deveria ser afastado para receber um curso de capacitação para tentar se habilitar a voltar para a escola.
A obrigação do poder público é divulgar as listas com as notas para que os pais saibam na mão de quem estão seus filhos. Mas a culpa, vamos reconhecer, não é só do professor. O maior culpado é o poder público que oferece baixos salários e das universidades que não conseguem preparar os docentes. Para completar, os sindicatos preferem proteger a mediocridade e se recusam a apoiar medidas que valorizem o mérito.
O grande desafio brasileiro é atrair os talentos para as escolas públicas --sem isso, seremos sempre uma democracia capenga. Pelo número de professores reprovados na prova, vemos como essa meta está distante.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Quem sou eu?



Quem sou eu? Eu vivo para saber. Interessante descoberta que passa o tempo todo pela experiência de ser e estar no mundo. Eu sou e me descubro ainda mais no que faço. Faço e me descubro ainda mais no que sou. Partes que se complementam.
O interessante é que a matriz de tudo é o "ser". É nele que a vida brota como fonte original. O ser confuso, precário, esboço imperfeito de uma perfeição querida, desejada, amada.
De vez em quando, eu me vejo no que os outros dizem e acham sobre mim. Uma manchete de jornal, um comentário na internet ou até mesmo um e-mail que chega com o poder de confidenciar impressões. É interessante. Tudo é mecanismo de descoberta. Para afirmar o que sou, mas também para confirmar o que não sou.
Há coisas que leio sobre mim que iluminam ainda mais as minhas opções, sobretudo quando dizem o absolutamente contrário do que sei sobre mim mesmo. Reduções simplistas, frases apressadas que são próprias dos dias em que vivemos.
O mundo e suas complexidades. As pessoas e suas necessidades de notícias, fatos novos, pessoas que se prestam a ocupar os espaços vazios, metáforas de almas que não buscam transcendências, mas que se aprisionam na imanência tortuosa do cotidiano. Tudo é vida a nos provocar reações.
Eu reajo. Fico feliz com o carinho que recebo, vozes ocultas que não publico, e faço das afrontas um ponto de recomeço. É neste equilíbrio que vou desvelando o que sou e o que ainda devo ser, pela força do aprimoramento.
Eu, visto pelo outro, nem sempre sou eu mesmo. Ou porque sou projetado melhor do que sou ou porque projetado pior. Não quero nenhum dos dois. Eu sei quem eu sou. Os outros me imaginam. Inevitável destino de ser humano, de estabelecer vínculos, cruzar olhares, estender as mãos, encurtar distâncias.
Somos vítimas, mas também vitimamos. Não estamos fora dos preconceitos do mundo. Costumamos habitar a indesejada guarita de onde vigiamos a vida. Protegidos, lançamos nossos olhos curiosos sobre os que se aproximam, sobre os que se destacam, e instintivamente preparamos reações, opiniões. O desafio é não apontar as armas, mas permitir que a aproximação nos permita uma visão aprimorada. No aparente inimigo pode estar um amigo em potencial. Regra simples, mas aprendizado duro.
Mas ninguém nos prometeu que seria fácil. Quem quiser fazer diferença na história da humanidade terá que ser purificado nesse processo. Sigamos juntos. Mesmo que não nos conheçamos. Sigamos, mas sem imaginar muito o que o outro é. A realidade ainda é base sólida do ser.

sábado, 31 de janeiro de 2009

A escola dos sonhos de Drummond


"Para Sara, Raquel, Lia e para todas as Crianças"Carlos Drummond de Andrade
Eu queria uma escola que cultivasse a curiosidade de aprender que é em vocês natural.
Eu queria uma escola que educasseseu corpo e seus movimentos:que possibilitasse seu crescimentofísico e sadio. Normal
Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a natureza, o ar, a matéria, as plantas, os animais, seu próprio corpo. Deus.
Mas que ensinasse primeiro pela observação, pela descoberta,pela experimentação.
E que dessas coisas lhes ensinassenão só o conhecer, como tambéma aceitar, a amar e preservar.
Eu queria uma escola que lhesensinasse tudo sobre a nossa históriae a nossa terra de uma maneiraviva e atraente.
Eu queria uma escola que lhesensinasse a usarem bem a nossa língua,a pensarem e a se expressaremcom clareza.Eu queria uma escola que lhesensinassem a pensar, a raciocinar,a procurar soluções.
Eu queria uma escola que desde cedousasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáticos, os conceitos de números, as operações... pedrinhas... só porcariinhas!... fazendo vocês aprenderem brincando...
Oh! meu Deus!
Deus que livre vocês de uma escolaem que tenham que copiar pontos.
Deus que livre vocês de decorarsem entender, nomes, datas, fatos...
Deus que livre vocês de aceitaremconhecimentos "prontos",mediocremente embaladosnos livros didáticos descartáveis.
Deus que livre vocês de ficarempassivos, ouvindo e repetindo,repetindo, repetindo...
Eu também queria uma escolaque ensinasse a conviver, acooperar,a respeitar, a esperar, a saber viverem comunidade, em união.
Que vocês aprendessema transformar e criar.
Que lhes desse múltiplos meios devocês expressarem cadasentimento,cada drama, cada emoção.
Ah! E antes que eu me esqueça:Deus que livre vocêsde um professor incompetente.

A dislexia na sala de aula


A escritora Agatha Christie costumava ditar suas histórias para uma secretária. O físico Albert Einstein só foi alfabetizado aos nove anos. O que eles têm em comum? Ambos sofriam de dislexia, um transtorno de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração. Esse problema atinge entre 5 e 17% da população mundial e é o distúrbio de maior incidência em sala de aula, segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD). O disléxico tem dificuldade para fazer a relação entre os sons e sua representação visual, discernindo letras, sílabas e palavras. Com isso, escrever, ler, soletrar e compreender a escrita são tarefas árduas para eles, que acabam muitas vezes sendo tratados como incapazes ou preguiçosos. Trata-se de um grande engano, pois o problema nada tem a ver com má alfabetização, desatenção ou pouca inteligência. Também não é considerado doença, mas um transtorno que necessita de métodos diferentes de aprendizado. "A dislexia não está relacionada à inteligência. Pelo contrário, os disléxicos apresentam inteligência normal ou, como ocorre muitas vezes, até mesmo acima da média", explica a fonoaudióloga e coordenadora técnica da ABD, Maria Ângela Nogueira Nico. Hoje já se sabe que o distúrbio depende de uma condição hereditária, que apresenta alterações genéticas até mesmo no padrão neurológico. Segundo Maria Ângela, pesquisas recentes apontam que o problema estaria ligado a determinados cromossomos, responsáveis pela associação da representação visual das sílabas aos seus sons. "Isso explica também a hereditariedade do problema", afirma a fonoaudióloga. Maria Ângela Nogueira Nico, fonoaudióloga, psicopedagoga clínica e coordenadora científica da
Associação Brasileira de Dislexia

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Gabriel Chalita ministra palestra para educadores de Natal


O educador e palestrante Gabriel Chalita faz palestra com o tema "A reinvenção do processo ensino e aprendizagem" para os gestores, docentes e funcionários que compõem a rede municipal de ensino da capital, no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves - CEMURE.
Educador por vocação, Gabriel Chalita preparou-se cuidadosamente para o oficio de professor, desde a infância, estimulado por uma família entusiasmada com o seu talento para o ensino. Foi sempre um observador atento das atitudes de professores e, ao questionar consigo mesmo as técnicas pedagógicas foi consolidando um jeito próprio de lidar com todos os tipos de aprendizes.
Gabriel Chalita tem 45 publicações, desde livros didáticos até tratados sobre a ética e a filosofia. Destacam-se os seguintes títulos: "Os dez mandamentos da ética", "Ética do Rei Menino", "Pedagogia do amor", "Vivendo a filosofia", "O Poder", "As seduções no discurso" e "Mulheres que mudaram o mundo".

PENSAMENTOS