"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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sábado, 2 de junho de 2007

DOÇURA SEM FIM

Era uma vez, uma escola no interior da Áustria, em uma pequena aldeia aos pés das montanhas. Os alunos, em sua maioria, eram filhos de camponeses que aproveitavam as pastagens naturais desta parte da Europa para criarem seus rebanhos. O professor tirava grande satisfação do seu trabalho, mas a tristeza que via nos olhos de um dos meninos lhe causou preocupação. Ele sabia que o rapaz vinha de uma família muito pobre, cujo pai havia morrido prematuramente e que ficara cuidado por sua dedicada mãe, que não media esforços para sustentar o filho. Por isso, o professor resolveu lhe ensinar uma valiosa lição.- "Jovem", disse o mestre, "Tenho para ti uma tarefa importante. Se cumprires, terás a distinção de se tornar o líder de sua classe e a minha indicação para que prossigas teu estudo na grande Universidade de Viena." Isso foi para o rapaz uma grande surpresa. Jamais poderia sonhar que a vida lhe fosse grata depois de tudo o que passara.- "Quero que aches uma colméia de forma perfeita, na qual se observe o cuidadoso trabalho matemático feito pelas abelhas em cada um dos seus favos”.Mas não só isso: Quero que esse favo de mel seja de tal forma perfeito, que a cada vez que dele se tire o saboroso caldo, mais ele produza e assim seja uma fonte inesgotável de mel".O rapaz riu para si mesmo. Onde poderia achar tal coisa? Pensou até que o velho mestre estivesse criando uma desculpa para rejeitá-lo em sua pretensão de alcançar a universidade. Era uma missão impossível! Um favo mágico que nunca perdesse sua doçura? O jovem passou horas meditando no sentido daquela tarefa, até que abandonou completamente a idéia, desprezando a hipótese de que seria possível. No dia seguinte, como de costume, o rapaz estava sentado em sua carteira escolar com a tristeza de sempre, quando oprofessor se aproximou.- "Jovem", disse ele, "antes que me digas que te pedi o impossível, tenho para ti outra tarefa. Antes que o dia termine, faça sete pedidos a tua dedicada mãe. Peça que ela te prepare a refeição; que te ajude na tarefa escolar; que te conserte uma roupa; que te dê uma atenção especial para uma conversa; que te faça a ceia da noite; que te prepare a cama, e que, por fim, te conte uma história para que adormeças".No dia seguinte, ao chegar à escola, o jovem sorria com uma alegria que não lhe era comum. Junto com ele vinha sua mãe que parecia não entender a razão pela qual fora urgentemente chamada.- "Mestre", disse o menino, "entendi a tua lição e descobri o favo de mel do qual me falavas. Ao notar minha mãe atendendo aos meus pedidos com doçura e carinho, verifiquei que tinha em minha própria casa a tal riqueza que pensei não existir. Assim, descobri a solução do enigma e sei que me enviarás a Viena. Eis aqui a minha mãe. Ela é, na minha vida, um favo cuja doçura nunca tem fim".

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