"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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quarta-feira, 20 de junho de 2007

O CORAÇÃO FELIZ





Era uma vez um pequeno príncipe que morava em um país muito distante.

Era um dos príncipes mais felizes que já existiram; ria, cantava e brincava o dia inteiro.

Sua voz era doce como música, seus passos levavam alegria aonde quer que fosse. Todos pensavam que era alguma magia.

O príncipe levava ao pescoço uma corrente de ouro com um maravilhoso coração, feito de ouro e enfeitado com pedras preciosas.

A madrinha do pequeno príncipe lhe dera de presente esse coração quando ele era bem pequenininho... Lhe avisando:

- Usando esse coração, serás sempre feliz.

Cuidado para que não o percas!

Todas as pessoas que cuidavam do príncipe vigiavam muito para que a corrente estivesse sempre segura.

Mas, um dia, encontraram o príncipe no seu jardim muito triste e lacrimoso, franzindo o rosto numa careta feia.

- Vejam!

- disse ele, apontando para o pescoço.

E todos viram o que tinha acontecido.

O coração feliz havia sumido!

Ninguém conseguiu encontrá-lo, e a cada dia o príncipe ficava mais triste.

Um dia, perderem-no de vista.

Ele havia partido, sozinho, para procurar o coração feliz de que tanto precisava.

O pequeno príncipe procurou o dia todo, pelas ruas da cidade e pelas estradas do campo.

Procurou nas lojas, nas portas das casas onde moravam os ricos.

O coração feliz que ele havia perdido não estava em lugar algum.

Finalmente, veio chegando a noite.

Ele estava muito cansado e com fome.

Nunca havia andado para tão longe, nem se sentido tão infeliz.

Quando o Sol estava quase morrendo, o pequeno príncipe chegou a uma casinha pequenina.

Muito pobrezinha e marcada pelo tempo, ficava na beira da floresta.

Mas pela janela passava uma luz muito brilhante.

Assim, ele abriu a porta, como faziam os príncipes, e entrou.

Viu uma mãe alimentando um bebê...

Um pai lendo historinhas em voz alta...

A filhinha arrumava a mesa para o jantar...

Um menino da idade dele estava cuidando do fogo.

O vestido da mãe era velho, o jantar seria mingau com batatas e a lareira era muito pequena. Mas a família estava feliz...

Tanto quanto o pequeno príncipe queria estar.

Como os rostos eram risonhos!

E os pezinhos tão lépidos!

Como era doce a voz da mãe!

- Quer jantar conosco?

- convidaram.

- Onde estão os corações felizes de vocês?perguntou o príncipe.

- Não entendemos o que estás dizendo

- disseram o menino e a menina.

- Ora - disse o príncipe - para rir e ser feliz como vocês, é preciso usar uma corrente de ouro no pescoço.

Onde está a de vocês?

Ah... como as crianças riram!

- Nós não precisamos usar corações de ouro

- disseram

- nós todos nos amamos muito e brincamos que esta casa é um castelo e que vamos ter peru e sorvete para jantar.

Depois mamãe conta histórias.

Só precisamos disso para sermos felizes.

Assim, ele jantou na casa pequenina que era um castelo.

Brincou que o mingau com batatas era peru e sorvete.

Ajudou a lavar os pratos e depois todos se sentaram perto da lareira.

Logo o pequeno príncipe começou a sorrir. Era o mesmo riso feliz de sempre. Sua voz voltou a ser doce como música.

Ele passou horas bem agradáveis, e depois o menino acompanhou-o uma parte do caminho de volta.

Quando estavam chegando aos portões do palácio, o príncipe disse:

- É muito estranho, mas eu me sinto exatamente como se tivesse encontrado meu coração feliz.

O menino riu.

- Ora essa, você encontrou sim!

- disse ele

- só que agora você o está usando por dentro.


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