Esta é a história de um homem que chega à porta da felicidade.
Seu passo é firme e decidido.
Uma força invisível parece atraí-lo até ali.
Era, de fato, sua porta da felicidade.
Entretanto, enquanto se aproxima cheio de esperança, surge o guardião que, admirado e olhando-o fixamente, põe-se na sua frente.
E como era amedrontador...
Nosso homem fica um pouco perplexo, desconcentrado e sem capacidade de reação.
Depois de vacilar por alguns instantes, senta-se no chão e fica pensativo, ensimesmado.
E assim passa um bom tempo...
Em seguida, começa a olhar ao seu redor, curioso: a porta, as janelas, o prédio... Como se buscasse um modo de entrar e enganar o guardião.
Nenhuma solução parece suficiente.
Nervoso, luta com o desejo, a dúvida, a indecisão...
E vai embora.
Passam-se os anos e todos os dias o homem caminha em direção à porta da felicidade.
Quantas maravilhas deveriam estar aguardando apenas pelo momento em que atravessasse pela soleira.
Mas lá está o guardião, imponente como uma resistente muralha.
O tempo não perdoa e o homem, já muito velho e doente, sente-se esmorecido. Quem sabe esse seu estado inspire compaixão ao guardião e o deixe entrar... Assim, reunindo as últimas forças, aproxima-se da porta e pergunta com voz moribunda:
- Se esta é a porta da minha felicidade, por que nunca me deixou entrar?
E o guardião, surpreso, retruca:
- Mas você nunca me pediu...
A felicidade só é impossível àqueles que temem lançar-se ao desafio de buscá-la!
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