"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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sábado, 1 de setembro de 2007

O pássaro cativo - Olavo Bilac

Armas, num galho de árvore, o alçapãoE, em breve, uma avezinha descuidada,Batendo as asas cai na escravidão.Dás-lhe então, por esplêndida morada,Gaiola dourada;Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos e tudo. Por que é que, tendo tudo, há de ficar O passarinho mudo,Arrepiado e triste sem cantar?É que, criança, os pássaros não falam.Só gorjeando a sua dor exalam,Sem que os homens os possam entender;Se os pássaros falassem, Talvez os teus ouvidos escutassem Este cativo pássaro dizer:"Não quero o teu alpiste!Gosto mais do alimento que procuroNa mata livre em que voar me viste;Tenho água fresca num recanto escuroDa selva em que nasci;Da mata entre os verdores,Tenho frutos e floresSem precisar de ti!Não quero a tua esplêndida gaiola!Pois nenhuma riqueza me consola,De haver perdido aquilo que perdi...Prefiro o ninho humilde construídoDe folhas secas, plácido, escondido.Solta-me ao vento e ao sol!Com que direito à escravidão me obrigas?Quero saudar as pombas do arrebol!Quero, ao cair da tarde,Entoar minhas tristíssimas cantigas!Por que me prendes? Solta-me, covarde!Deus me deu por gaiola a imensidade!Não me roubes a minha liberdade...Quero voar! Voar!Estas cousas o pássaro diria,Se pudesse falar,E a tua alma, criança, tremeria,Vendo tanta aflição,E a tua mão tremendo lhe abririaA porta da prisão...

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