"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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domingo, 1 de junho de 2008

O salário dos professores e a qualidade

Maximilien Calligaris


Um artigo publicado no “New York Times” de 7 de março está alimentando uma animada discussão na internet. Eis de que se trata. Uma “Charter School” (escola pública, geralmente experimental, que nasce com fundos públicos mas a partir de uma iniciativa privada) de Nova York deve abrir no bairro de Washington Heights em 2009 para tentar responder à pergunta: será que salários melhores, atraindo professores mais qualificados, podem oferecer aos alunos uma educação substancialmente melhor? Será que a chave para melhorar as escolas está num salário mais generoso para os professores?A escola oferecerá à seus professores um salário base de US$ 125 mil por ano (R$ 200 mil) – é quase o dobro do que ganham, em média, os professores das escolas públicas de Nova York e duas vezes e meio o que recebem, em média, os professores da rede pública no resto dos EUA. A hierarquia tradicional da escola será também invertida: o diretor ganhará US$ 90 mil por ano, quase US$ 3.000 por mês, menos do que seus professores (os quais terão também tarefas administrativas).O criador e primeiro diretor da escola, Zeke M. Vanderhoek, acredita que salários mais altos para os professores são cruciais para oferecer uma educação de melhor qualidade, muito mais importante do que a variedade de matérias facultativas ou a riqueza de material de alta tecnologia. A escola abrirá com apenas sete professores e 120 estudantes, entre 5º e 8º séries, mas a proposta é que chegue a uma capacidade plena de 28 professores e 480 alunos. Os jovens serão selecionados numa loteria orientada para privilegiar crianças com resultados escolares inferiores à média, de famílias hispânicas de baixa renda.Os professores serão selecionados por processo rigoroso: entrevistas telefônicas e pessoais, provas da performance e dos resultados de seus estudantes passados, e curriculum: por exemplo, um resultado de 90% mínimo no GRE (o exame de admissão à qualquer pós-graduação), GMAT (mesma coisa para a matemática) e outros testes similares. O processo de seleção terminará com três aulas públicas.O projeto é inovador e prometedor, é um desafio que ainda deve demostrar sua eficácia. Aumentar o salário do professor para atrair candidatos mais qualificados é um dilema que já está presente na maioria das escolas dos EUA. Discute-se bastante para saber como os professores deveriam ser selecionados e se laboratórios de informática ou um número reduzido de alunos por classe são mesmo menos importantes do que as qualificações do próprio professor.Para aumentar os salários, é necessário cortar outros gastos que normalmente são esperados numa “boa” escola. Mas, as autoridades da cidade e do Estado aprovaram o projeto depois que Vanderhoek apresentou um orçamento detalhado. Ele está reunindo fundos privados para alugar uma sede permanente no bairro e usará os fundos da cidade, do Estado e da Federação para cobrir os outros gastos.O projeto de Vanderhoek, se tiver sucesso, produzirá um impacto considerável sobre o sistema educativo dos EUA, e não só dos EUA. Ele poderia ser adotado, num efeito bola de neve, por outras escolas públicas, mudando radicalmente a idéia do que é necessário para oferecer uma educação de qualidade e de resultados.

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