"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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domingo, 1 de junho de 2008

Teatro começa a modificar sociedade da Índia

Caio Dib

Um grupo de teatro tem conseguido integrar os diversos segmentos sociais da Índia. Por meio de músicas, jogos, viagens e, é lógico, da dramaturgia, o Teatro do Oprimido (TO) trabalha para curar traumas, estabelecer a paz e aumentar a responsabilidade social no país.
A população da Índia tem um grande número de refugiados, grupos étnicos descriminados, pessoas alcoólatras e mulheres portadoras do vírus da AIDS. A naco é uma das mais populosas do mundo, com mais de um bilhão de pessoas.

Em 1971, Augusto Boal saiu da direção do Teatro de Arena de São Paulo e criou o Teatro do Oprimido no Brasil, que visa à construção da cidadania por meio de exercícios, jogos e técnicas teatrais. O projeto também foi criado para pessoas que possuem dificuldades de integração social, econômica, política e cultural, tentando promover a restauração do diálogo e da convivência entre todos em mais de 70 países.

Boal acredita que a iniciativa ajuda as pessoas a viver em sociedade através do jogo teatral. No TO são discutidos e trabalhados temas como racismo, gravidez precoce, machismo, violência, entre outros, que estão presentes em nosso cotidiano. Dessa forma, quem sofre algum desses tipos de agressão consegue ter voz e, muitas vezes, mudar a realidade vivida.

Armindo Pinto, do TO de Santo André, diz que “muitas pessoas já conseguiram melhorar sua vida. A Jane, aos 16 anos, já dá aulas de dança e esse é seu sonho: ser professora de dança. Sonho que luta para concretizar. Fernando, 17 anos, voltou para a escola e acredita que, sendo professor, vai ensinar história, como aprendeu com o Teatro do Oprimido. Michele, 17 anos, aprendeu a se relacionar com sua mãe. Diego aprendeu que mulher é mais que fogão e tanque. Peterson aprendeu a combater o racismo”.

Segmentos do Teatro do OprimidoNo Brasil, o Teatro do Oprimido desenvolve vários projetos em sete Estados diferentes. O Teatro Imagem transforma questões, problemas e sentimentos em linguagens concretas por meio da linguagem corporal, buscando a compreensão dos fatos. Já o Teatro Invisível teatraliza uma cena do cotidiano em lugar em que ela realmente poderia acontecer, contando com a participação do público. Também existe o Teatro Legislativo, que, analisando questões interpessoais e individuais sobre temas do cotidiano, recolhe sugestões da platéia para elaboração de propostas de leis que visem à solução do problema apresentado na peça. Em razão desse projeto, já foram produzidas várias leis, garantindo a democratização através do teatro.

O Teatro do Oprimido também trabalha nas escolas e nas prisões, desenvolvendo projetos de atividade artísticas e visando abertura de espaços de diálogo entre os diferentes atores do sistema prisional e destes com a sociedade civil, além de vários outros projetos.

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