"Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes,mesmo que não germinem no tempo certo...Mesmo que pareçam frágeisl frente às intempéries...Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas.O espírito de um meste nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis com desafios a serem vencidos. Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com acolheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"(Gabriel Chalita)

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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A ESTRUTURA ESCOLAR


A cada semana vemos notícias que nos mostram o quanto a educação faz o ser humano avançar, tanto no mercado de trabalho, quanto em sua vida em sociedade. Mas, e a educação? Não cremos que ela também precisa avançar?Para que a mesma surta algum efeito na sociedade, é preciso que esta gere algum efeito sobre si mesma, e isso não vem sendo observado há muito.No que tange à estrutura escolar, a escola, no seu âmbito restrito de salas de aula, alunos, professores, métodos de contrato – uns têm o direito de falar, outros de responder –, a escola perde e muito em capacidade de aquisição e provisão de conhecimento. E é isso o que temos visto com a chamada evasão escolar. E os que permanecem também, necessariamente precisam entrar nos cálculos da evasão, pois apenas estão ali com o intuito de conseguir uma melhor posição social, uma melhor pretensão salarial e não, em primeiro lugar, com a certeza de que a escola é o local certo para a obtenção de conhecimento e um local de prazer, no qual se adquire grandes experiências e vivências para a vida toda. Enfim, a escola me lembra, com isso, um trem-fantasma, no qual os que por ele entram, entram para sair de lá correndo.Se pensarmos em algo mais básico, mas também indispensável à estrutura escolar, chegamos à sua estrutura arquitetônica em si: paredes pichadas, salas caindo aos pedaços, quadro-negro sem mais condição de escrita, carteiras sem um olhar à verdadeira necessidade do aluno, dentre outras tantas (des) aquisições da escola. Isso, com certeza, afeta até mesmo, seus próprios funcionários, desestimulando-os (chamo-os aqui de “funcionários”, pois, a partir desse contexto, os mesmos já não vivem a escola como vocação, mas trabalham como profissão).Algumas escolas hoje, além desses problemas que já mencionamos, mostram uma realidade de sala de aula a qual já vivemos há anos, uma realidade inviável nos dias atuais. Uma relação professor-aluno, aluno-professor, professor-professor, aluno-aluno extremamente excludente, na qual um não interfere na estrutura do outro, e, principalmente, a relação professor-aluno no que concerne à vínculos apenas profissionais – no sentido de se restringir à disciplina, à matéria dada e ao exercício de casa – sem, ao menos, existir uma relação mútua de afeto, respeito, cuidado, zelo pelos sonhos e objetivos que estão sendo lapidados naqueles momentos tão importantes da escola.Ainda há muito que pensar sobre educação, se olharmos para ela como educação, não como degrau para se chegar a algum lugar somente. A educação hoje precisa sobreviver a tantos ataques sensacionalistas e de realidades outras a que a mesma não está inserida, e nós, como educadores, temos que fazer o nosso papel, não só hoje, mas a cada instante que respiramos educação, seja ensinando, seja aprendendo. Aí, sim, teremos avanços grandiosos e inéditos a contar todos os dias.




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Priscila Buares

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